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O Projeto de Lei 8.046 de 2010101, do novo CPC, teve sua redação final votada e aprovada em 26/03/2014, pela Câmara Federal e, posteriormente, foi encaminhado ao Senado Federal. Devido a algumas divergências entre os textos aprovados pelas duas casas, os Senadores irão analisar os projetos com o fim de compatibilizar as alterações.102 Para este estudo será utilizado o texto aprovado pela Câmara Federal.

O projeto trouxe grandes e muitas mudanças em todos os âmbitos do Processo Civil e, mesmo antes de sua entrada em vigor, vem sendo estudado por muitos doutrinadores, inclusive com alguns livros publicados sobre um assunto. O objetivo do legislador é atualizar o CPC, que data de 1973, trazendo mais agilidade, simplificando os procedimentos, alterando os prazos e extinguindo figuras processuais ultrapassadas.

Considerando as recentes modificações legislativas trazidas pelas Leis nº 11.232/05 e nº 11.328/06, conforme já mencionado anteriormente, o Projeto não promove alterações substanciais quer no cumprimento de sentença, quer na execução dos títulos extrajudiciais. Ao contrário, o legislador optou por manter as mudanças já estabelecidas anteriormente. Nesse sentido:

Nessa seara, é importante recordar que o direito processual brasileiro, em época relativamente recente, sofreu várias alterações no plano da tutela executiva.

Evidente que um novo CPC não conseguiria abolir e destruir todo um arcabouço “recém-criado” (reformas de 2005/2006) para a execução civil.

Então, dessa forma, estarão, por exemplo, mantidas as técnicas de “cumprimento de sentença que o sistema passou a conhecer” (v.g. arts. 461, 461-A e 475-J CPC/73).103

No que diz respeito especificamente ao tema central do presente estudo, as impenhorabilidades, o projeto manteve basicamente a mesma redação dos artigos 649 e 650, que correspondem aos artigos 849 e 850 no projeto do novo CPC, com poucas mudanças substanciais e pequenas alterações redacionais. Observe-se:

101 Disponível em:

<http://www.camara.gov.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra;jsessionid=4B4FAD084EE620A2F711FC6A CA05C3E6.proposicoesWeb2?codteor=1246935&filename=REDACAO+FINAL+-+PL+8046/2010 > Acesso em 16 de setembro de 2014.

102 Disponível em: <http://www12.senado.gov.br/noticias/materias/2014/06/11/juristas-tentam-encontrar- solucoes-para-divergencias-entre-versoes-do-novo-cpc > Acesso em: 16 de setembro de 2014.

103 VIANA, Juvêncio Vasconcelos. Um novo CPC para o Brasil. In: VIANA, Juvêncio Vasconcelos; MAIA, Gretha Leite; AGUIAR, Ana Cecília Bezerra de. (orgs.). O projeto do futuro CP: tendências e desafios de efetivação. Curitiba: CRV, 2013. p. 11.

Art. 849. São impenhoráveis:

I – os bens inalienáveis e os declarados, por ato voluntário, não sujeitos à execução; II – os móveis, os pertences e as utilidades domésticas que guarnecem a residência do executado, salvo os de elevado valor ou que ultrapassem as necessidades comuns correspondentes a um médio padrão de vida;

III – os vestuários, bem como os pertences de uso pessoal do executado, salvo se de elevado valor;

IV – os vencimentos, os subsídios, os soldos, os salários, as remunerações, os proventos de aposentadoria, as pensões, os pecúlios e os montepios, bem como as quantias recebidas por liberalidade de terceiro e destinadas ao sustento do devedor e de sua família, os ganhos de trabalhador autônomo e os honorários de profissional liberal, ressalvado o § 2º;

V – os livros, as máquinas, as ferramentas, os utensílios, os instrumentos ou outros bens móveis necessários ou úteis ao exercício da profissão do executado;

VI – o seguro de vida;

VII – os materiais necessários para obras em andamento, salvo se estas forem penhoradas;

VIII – a pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que trabalhada pela família;

IX – os recursos públicos recebidos por instituições privadas para aplicação compulsória em educação, saúde ou assistência social;

X – a quantia depositada em caderneta de poupança, até o limite de quarenta salários mínimos;

XI – os recursos públicos do fundo partidário recebidos por partido político, nos termos da lei;

XII – os créditos oriundos de alienação de unidades imobiliárias, sob regime de incorporação imobiliária, vinculados à execução da obra.

§ 1º A impenhorabilidade não é oponível à execução de dívida relativa ao próprio bem, inclusive àquela contraída para sua aquisição.

§ 2º O disposto nos incisos IV e X do caput não se aplica à hipótese de penhora para pagamento de prestação alimentícia, independentemente de sua origem, devendo a constrição observar o disposto no art. 542, § 7º, e no art. 543, § 3º. § 3º Incluem-se na impenhorabilidade prevista no inciso V do caput os equipamentos, implementos e máquinas agrícolas pertencentes a pessoa física ou a empresa individual produtora rural, exceto quando tais bens tenham sido objeto de financiamento e estejam vinculados em garantia a negócio jurídico, ou quando respondam por dívida de natureza alimentar, trabalhista ou previdenciária.

Art. 850. Podem ser penhorados, à falta de outros bens, os frutos e os rendimentos dos bens inalienáveis. (grifou-se)

Destacam-se, então, como mudanças efetivas, sem analisar as pequenas mudanças redacionais, a introdução de um novo inciso ao rol de impenhorabilidades, inciso XII do art. 849 do projeto de Lei, que não encontra correspondência no atual CPC, ampliando ainda mais a proteção dada ao devedor, adicionando como impenhoráveis “os créditos oriundos de alienação de unidades imobiliárias, sob regime de incorporação imobiliária, vinculados à execução da obra”104.

Outra mudança interessante ocorreu no parágrafo 2º do art. 849, que além dos rendimentos de natureza alimentar, excepcionou também a quantia depositada em caderneta de poupança, até o limite de quarenta salários mínimos, independente da sua origem, nos

casos de penhora para pagamento de prestação alimentícia, respeitado o disposto no art. 542, § 7º105, e no art. 543, § 3º106 do mesmo projeto de Lei.

Por fim, foi acrescentado um terceiro parágrafo ao art. 849, que não encontra um correspondente com o atual art. 649, também ampliando a proteção ao devedor. No art. 850, que é correspondente, no atual CPC, ao art. 650, teve apenas a parte final suprimida.

Vale destacar, também, outra mudança pertinente ao tema, no artigo 851 do Projeto de Lei 8.046/10, que corresponde ao art. 655 do atual código. Esse artigo determina a ordem de prioridade para a penhora de bens, no entanto, essa ordem foi alterada no novo CPC, além disso, no primeiro parágrafo do artigo 851 do projeto de Lei, mais uma vez o legislador afirma que deve ser dada prioridade a penhora do dinheiro do devedor, e, além disso, ainda autoriza que o juiz altere a ordem de prioridade no caso concreto, o que demonstra a tendência Do nono código de apresentar o juiz como uma figura mais participativa, adotando um modelo cooperativo de processo.

O Senador Valter Pereira tentou promover a diminuição do valor da impenhorabilidade da poupança de 40 (quarenta) para 30 (trinta) salários mínimos, no entanto, sua proposta não foi acatada.

Dessa forma, o Projeto de Lei nº 8.046/10, que foi aprovado em 26/03/2014 na Câmara dos Deputados e, posteriormente, devolvido ao Senado Federal, se a redação aqui analisada for mantida, não trará qualquer mudança substancial e efetiva no que diz respeito à busca de uma maior efetividade do procedimento de execução, não atendendo aos anseios de mudança tão esperada pela sociedade brasileira.

Enquanto essa necessária mudança na legislação brasileira não acontece, a jurisprudência dos Tribunais dos Estados vem se consolidando no sentido de relativizar a

105 “Art. 542. No cumprimento de sentença que condena ao pagamento de prestação alimentícia ou de decisão interlocutória que fixa alimentos, o juiz, a requerimento do exequente, mandará intimar o executado pessoalmente para, em três dias, pagar o débito, provar que o fez ou justificar a impossibilidade de efetuá-lo. Caso o executado, nesse prazo, não efetue o pagamento, prove que o efetuou ou apresente justificativa da impossibilidade de efetuá-lo, o juiz mandará protestar o pronunciamento judicial, aplicando-se, no que couber, o disposto no art. 531.

[...]

§ 7º O exequente pode optar por promover o cumprimento da sentença ou decisão desde logo, nos termos do disposto neste Livro, Título II, Capítulo III, caso em que não será admissível a prisão do executado e, recaindo a penhora em dinheiro, a concessão de efeito suspensivo à impugnação não obsta a que o exequente levante mensalmente a importância da prestação.” (BRASIL, 2010.)

106“Art. 543. Quando o executado for funcionário público, militar, diretor ou gerente de empresa, bem como empregado sujeito à legislação do trabalho, o exequente poderá requerer o desconto em folha de pagamento da importância da prestação alimentícia.[...]

§ 3º Sem prejuízo do pagamento dos alimentos vincendos, o débito executado pode ser descontado dos rendimentos ou rendas do executado, de forma parcelada, nos termos do caput deste artigo, contanto que, somado à parcela devida, não ultrapasse cinquenta por cento de seus ganhos líquidos.” (BRASIL, 2010)

impenhorabilidade dos rendimentos de natureza alimentar, analisando cada caso concretamente para melhor atender aos auspícios da justiça.

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Diante da pesquisa realizada para a confecção do presente trabalho, verifica-se a importância do estudo das impenhorabilidades no procedimento de execução. Observou-se que o procedimento de execução apresenta inúmeras causas e fatores que obstam sua efetividade, dentre estas pode-se ressaltar a algumas comuns a todos os procedimentos no processo civil, como a morosidade do judiciário.

No entanto, outros fatores específicos ao procedimento executório aparecem como mais influentes no seu evidente fracasso, como a inadequação dos meios executivos, o extenso rol de bens impenhoráveis, assim como a mentalidade dos magistrados que interpretam a norma jurídica apartados da realidade social e das necessidades materiais do caso concreto.

Portanto, fica evidente que o procedimento de execução não alcança os objetivos para os quais foi criado e sua inefetividade traz prejuízos para economia do país como um todo. Pode ser citada como exemplo a elevação da taxa de juros, em função da pouca confiança do investidor e das poucas garantias que a legislação dá aos credores.

O legislador, na tentativa de mudar o quadro do procedimento de execução, buscando maior celeridade e efetividade promoveu algumas mudanças no Código de Processo Civil, através das Leis de nº 11.232/2005 e nº 11.328/2006. Mesmo após as reformas do CPC, as mudanças esperadas não ocorreram em parte e principalmente devido aos artigos 649 e 650 do CPC que tratam do rol de impenhorabilidades, mais especificamente do inciso IV do art. 649, que trata da impenhorabilidade dos rendimentos de natureza alimentar.

Para um processo executório eficiente faz-se necessária uma interpretação mais ampla e flexível dessa regra, que é o ponto central sobre o qual gravita o presente trabalho.

O ideal seria que os devedores cumprissem com suas obrigações, obviamente não é o que ocorre, por isso existe a necessidade de executar a dívida. No entanto, ao invés de o juiz analisar concretamente cada caso procurando promover a justiça, o que ocorre é a aplicação absoluta da legislação, principalmente no que diz respeito à impenhorabilidade dos rendimentos de natureza alimentar, justificado pelo princípio da dignidade da pessoa humana, sem que ocorra uma análise da capacidade patrimonial do executado, nem do valor recebido como natureza alimentar.

O zelo exagerado pela dignidade humana do devedor, que justifica uma série de cautelas na penhora de bens de propriedade deste, não é motivo suficiente para impedir, de modo absoluto, a penhora de parte de seus vencimentos, sob pena de romper o equilíbrio do

sistema executivo, cabendo ao credor suportar todas as regras de impenhorabilidade e garantias dadas ao devedor. É claramente desproporcional a relação entre as partes do procedimento de execução.

Nos dias atuais, é uma necessidade premente a flexibilização da regra que impõe a impenhorabilidade absoluta dos salários, uma vez que se faz necessário balancear os malefícios que a execução impõe ao devedor, com os prejuízos que o credor suportara se tiver frustrada a execução de seus créditos, ou seja, encontrar uma solução equilibrada que não sufoque de forma demasiada o devedor e que também não negue ao credor a tutela jurisdicional a que tem direito, ao revés de como agem os operadores do direito atualmente no processo executório, privilegiando o devedor, sem observar os direitos do credor. A interpretação mais correta dos princípios que protegem o devedor é no sentido de amenizar os males suportados por ele e não para privilegiá-lo.

Já sensíveis a essa questão específica da execução e inspirados pela regra estabelecida na Lei nº 10.820/2003, os magistrados e desembargadores dos Tribunais Estaduais passaram a decidir pela mitigação da regra da impenhorabilidade, com o bloqueio de parcelas dos rendimentos de natureza alimentar, geralmente no percentual de 30%, analisando cada caso em concreto e respeitando a capacidade financeira de cada devedor.

Sendo assim, aparece como perfeitamente cabível a limitação da penhora na margem de 30% dos salários recebidos pelo executado, garantindo-lhe reserva suficiente para seu sustento e, portanto, não constituindo qualquer ofensa ao princípio da dignidade.

Este entendimento inspira-se na necessidade de uma prestação jurisdicional eficaz e em tempo hábil no sentido de assegurar ao exequente a concretização do direito material deduzido em Juízo. Esse entendimento ainda não é majoritário, no entanto, o número de decisões nesse sentido vem aumentando e acredita-se que está aí a solução para o problema da inefetividade do procedimento de execução e, quem sabe, para as altas taxas de inadimplemento no país.

Portanto, ficou comprovada a viabilidade da proposta de relativização da impenhorabilidade dos rendimentos de natureza alimentar. Além disso, comprovou-se, também, que a implementação dessa regra trará maior efetividade ao procedimento de execução, aplicando o princípio da efetividade da execução, constantemente mitigado.

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VIANA, Juvêncio Vasconcelos. Um novo CPC para o Brasil. In: VIANA, Juvêncio

Vasconcelos; MAIA, Gretha Leite; AGUIAR, Ana Cecília Bezerra de. (orgs.). O projeto do

Tribunal de Justiça de Minas Gerais

1.0433.06.199657-8/003

Número do Númeração 0918668-

Des.(a) Mota e Silva

Relator:

Des.(a) Mota e Silva

Relator do Acordão:

18/02/2014

Data do Julgamento:

21/02/2014

Data da Publicação:

EMENTA: AGRAVO DE INSTRUMENTO - DIREITO PROCESSUAL CIVIL -

EXECUÇÃO - SALÁRIO - IMPENHORABILIDADE - LIMITE DE 30%.

- A parte Executada deve responder por seus débitos sem, no entanto,

comprometer o seu sustento e de sua família.

- Legítima a manutenção da penhora apenas sobre 30% do valor,

considerando a excepcionalidade do caso.

AGRAVO DE INSTRUMENTO CV Nº 1.0433.06.199657-8/003 - COMARCA

DE MONTES CLAROS - AGRAVANTE(S): ÊXITO CONSTRUÇÕES E

INCORPORAÇÕES LTDA - AGRAVADO(A)(S): GILVÂNIA OLIVEIRA

DIAMANTINO NEVES, ROBERTO LIMA NEVES

A C Ó R D Ã O

Vistos etc., acorda, em Turma, a 18ª CÂMARA CÍVEL do Tribunal