• Nenhum resultado encontrado

A pesquisa revela que é notória a expansão da pós-graduação da UFRN a partir dos anos 1990. Muito embora, que o acesso à pós-graduação não tem a mesma proposta de universalidade do ensino básico e médio dada às particularidades deste nível de ensino. Nos últimos anos houve uma tendência crescente na procura por mestrado e doutorado, bem como na ampliação de cursos e vagas. Se considerarmos o acesso à educação como um processo permanente e que abre incessantemente novos desafios pessoais e profissionais, temos que entender que o acesso à pós-graduação tem que ser visto como direito e não como privilégio, algo destinado a grupos minoritários.

No que se refere às condições de permanência num curso de pós- graduação como é o caso do mestrado, o que parece relevante destacar é que a expansão de cursos e vagas não foi acompanhada na mesma proporção das condições materiais e humanas na universidade para assegurar ao aluno dimensões fundamentais para que o estudo possa acontecer. Este processo de expansão, do ponto de vista das diretrizes da política educacional, revela também o financiamento do setor privado pela esfera pública. Isto significa que a finalidade da expansão não é prioritariamente o atendimento das necessidades educacionais dos indivíduos e sim responder as metas dos organismos internacionais em termos da titulação acadêmica da juventude. Entre um processo de qualificação real e o mero recebimento de um diploma instaura-se um grande abismo que está diretamente relacionado com os projetos de educação e de universidade em disputa política na realidade brasileira.

Nos processos educacionais que orientam para a mercantilização do ensino superior este financiamento no âmbito privado é estratégico para garantir a formação de recursos humanos necessários e de qualidade para manutenção de instituições privadas de ensino, via as instituições públicas federais de ensino superior.

Entretanto, a realidade dos estudantes do curso de pós-graduação em serviço social nos revela que a expansão na UFRN não ocorre na mesma proporção no que se refere à quantidade de ações e programas sociais disponíveis para se garantir a permanência dos alunos nos cursos.

Analisando as condições de permanência na Pós-Graduação da UFRN e fazendo um recorte para os estudantes do curso de mestrado em serviço social, os dados empíricos da pesquisa que se seguem na TAB. 22 vai retratar a realidade desses estudantes no que se refere à obtenção de bolsas de Assistência Estudantil disponibilizadas para este contingente.

TABELA 22 - Possui algum tipo de bolsa de assistência estudantil?

Possui ou possuiu algum tipo de bolsa? Número %

Não 10 38,50

Sim 16 61,50

Total 26 100

Fonte: Pesquisa de Campo do Mestrado realizado por SILVA, Maria Lúcia da Silva, no programa de Posgraduação em Serviço Social em outubro de 2012.

Os dados da TAB. 23 mostraram que de 26 estudantes um total de 16 (61,5%) possuem ou possuíram algum tipo de bolsa (bolsa alimentação, residência, bolsa financeira da CAPES, etc...). Aqueles que responderam que não possuem ou não possuíram representam 38,5%, equivalendo um número de 10 discentes.

Quando questinados sobre o tipo de bolsa que foram contemplados, um total de 14 alunos indicaram a bolsa demanda social e apenas 01 estudante no universo de 16 alunos indicou a bolsa alimentação, como dispõe a Tabela 23 que se segue. TABELA 23 - Tipo de bolsas indicadas pelos estudantes

Tipos de bolsas Número %

Bolsa demanda social 14 87,50

Bolsa REUNI - - Bolsa alimentação 01 6,25 Bolsa moradia - Outras 01 (Bolsa UERN) 6,25 Total 16 100

Fonte: Pesquisa de Campo do Mestrado realizado por SILVA, Maria Lúcia da Silva, no programa de Posgraduação em Serviço Social em outubro de 2012.

Estes dados revelam que a assistência estudantil aos alunos do mestrado em Serviço Social estão concentradas na CAPES. A UFRN apesar de ter uma

Política de Assistência ao Estudante regularmentada para alunos de pós-graduação, colocando-se na vanguarda de muitas universidades, principalmente na região nordeste, seu atendimente ainda é insiginificante perante o número de bolsas e ações disponibilizadas para esta demanda. No caso específico deste recorte, esses índices podem está associado a vários fatores, dentre os quais o desconhecimento dos alunos em relação ao acesso a Política de Assistência Estudantil da UFRN; insuficiência no número de bolsas direcionadas para os estudantes de pós-graudção e, até mesmo, por não necessitarem de assistência estudantil para se manter no curso, hipótese bastante improvável. Sobre o desconhecimento dos alunos em relação ao acesso a Política de Assistência Estudantil da UFRN merece reflexão de que essa divulgação é de responsabilidade do setor responsável pela política de assistência estudantil. O acesso à informação integra a política de direitos, mas muitas instituições que trabalham com programas de assistência operam com padrões conservadores em que a baixa divulgação constitui-se numa estratégia para não obter aumento de demanda pela presença quantitativa maior de usuários.

A TAB. 24 apresenta o tempo que a aluno é contemplado com algum tipo de bolsa de Assistência Estudantil pela UFRN após a solicitação desta pelo aluno. TABELA 24 - Tempo de atendimento às solicitações por bolsa de assistência estudantil na UFRN

Quando solicitou assistência estudantil

conseguiu da primeira vez? Número %

Não 07 27

Sim 06 23

Consegui da 2ª vez - -

Não solicitou assistência estudantil 13 50

Total 26 100

Fonte: Pesquisa de Campo do Mestrado realizado por SILVA, Maria Lúcia da Silva, no programa de Posgraduação em Serviço Social em outubro de 2012.

Nesta Tabela merece destaque o número de alunos que não solicitaram Assistência Estudantil. Os dados mostram que 50% dos 26 alunos, ou seja, 13 discentes responderam que não solicitaram qualque tipo de bolsa. Com base nestes dados podemos novamente questionar se a UFRN tem socializado de forma mais efetiva no meio acadêmico as ações e os programas destinados à assistência estudantil, principalmente dos alunos novatos no curso. Um percentual de 27%,

portanto 07 estudantes declararam que não conseguiram pela primeira vez, o que vem reforçar a insuficiência do número de bolsas para esta demanda. Os que responderam que foram contemplados com bolsas pela primeira vez representa 23%, o equivalente a 06 estudantes.

No tocante a realidade social e econômica dos alunos do curso de mestrado em Serviço Social, verificamos com o estudo em questão que estes estudantes pertencem ao universo da classe trabalhadora e possuem baixo poder aquisitivo.

Por isso, quando perguntamos se as condições sociais e econômicas destes alunos interferem ou interferiram na trajetória acadêmica e profissional deles, os dados da TAB. 25 aponta um percentual de 84,6% respondeu que sim, o que equivale a 22 alunos. Aqueles que responderam que não representa 15,4%, portanto úmero de 04 alunos.

TABELA 25 - Interferência das condições socioeconômicas na trajetória acadêmica e profissional dos sujeitos entrevistados

As suas condições socioeconômicas interferem ou interferiram na sua trajetória acadêmica e profissional?

Número %

Não 04 15,40

Sim 22 84,60

Total 26 100

Fonte: Pesquisa de Campo do Mestrado realizado por SILVA, Maria Lúcia da Silva, no programa de Posgraduação em Serviço Social em outubro de 2012.

Os dados revelam que o nível socioeconômico dos estudantes impõe barreiras severas no processo ensino-aprendizagem, rebatendo diretamento no rendimento acadêmico desses alunos e gerando implicações futuras na qualidade de sua formação profissional.

As justificativas apresentadas por estudantes que responderam se as condições socioeconômicas interferem na trajetória acadêmcia mostram o esforço pessoal de cada aluno para conseguir garantir o direito de concluir uma pós- graduação. As falas revelam que numa sociedade capitalista possuir condições socioeconômicas suficiente é fundamental para assegurar educação de qualidade, um dos direitos essenciais na construção de uma sociedade democrática.

As implicações das condições sócio-econômicas na vida acadêmica e profissional apontadas pelos alunos ocorrem de várias formas, a exemplo da

dificuldade com transporte para chegar na UFRN, visto que boa parte moram em cidades distantes da capital e o custo com passagens torna-se elevado, como evidenciam os fragmentos das respostas a seguir:

“a bolsa principalmente, que foi a responsável por minha estada na capital, considerando que moro no interior, distante por mais de 400 km. O auxílio para eventos também, representam importância para os discentes em geral, estimulam a produção científica.” (Luiza)

A difícil tarefa de conciliar trabalho com estudo e manter a qualidade em ambos foi ressaltada como uma grande dificuldade. Três respostas ilustram isso:

“a necessidade de trabalhar em paralelo enquanto cursava as disciplinas do mestrado tiveram implicações diretas no rendimento acadêmico. A bolsa de estudos foi adquirida após a finalização das disciplinas.” (Raimunda)

“Quando entrei na pós-graduação, trabalhava na Secretaria de Assistência Social de Parnamirim, porque não recebi bolsa logo no início do mestrado, recebi apenas um ano depois do início do mesmo. Entrei em Março de 2009 e só comecei a receber bolsa em Abril de 2010, durante 9 meses trabalhei nesta secretaria em Parnamirim e tinha que conciliar 40 horas de trabalho mais as disciplinas do mestrado, porque precisava trabalhar para me sustentar. Era liberada do trabalho 3 tardes durante a semana para assistir as aulas, então nestes três dias trabalhava pela manhã e saia às 12h e ia para universidade assistir aula. Lia os textos depois das aulas ou do trabalho e era bem pesado, pois as responsabilidades do trabalho e da pós exigiam muito. Mas consegui conciliar durante 9 meses. Percebi que não estava conseguindo me dedicar ao mestrado como deveria, assim sai do trabalho. Passei ainda 3 meses sem receber a bolsa usando para passagens, alimentação e outras contas pessoais algum dinheiro que tinha economizado durante o tempo de trabalho na Prefeitura de Parnamirim. Após esse período comecei a receber a bolsa da pós, o que me possibilitou a dedicação exclusiva ao mestrado. Antes de conseguir concluir a dissertação perdi a bolsa e precisei trabalhar como professora substituta em um centro infantil, com crianças entre 4 e 7 anos para continuar pagando as minhas contas, posteriormente passei para professora substituta de uma universidade federal e enquanto realizava este trabalho terminei a minha dissertação. Considero que a necessidade de trabalhar para me sustentar objetivamente influenciou em alguns atrasos na conclusão da dissertação, no entanto não foi o único determinante neste processo, outras questões subjetivas também contribuíram.” (Geralda)

“No primeiro ano do curso de mestrado tive que conciliar trabalho e as atividades da pós-graduação. Sentir na pele o quanto é difícil demandar as duas coisas. Logo porque, o mestrado exige uma demanda de leitura intensa, da qual devo dizer: se não se tem tempo disponível para cumpri-la, em algum momento do percurso, este seguirá num passo aligeirado, deficiente e sufocante...” (Josefa)

Outra dificuldade explicitada por um dos sujeitos da pesquisa põe em debate as relações sociais de gênero e os desafios postos à mulher para conciliar estudo, maternidade e trabalho:

“por ter um filho e uma filha, morar um pouco afastada da universidade, questões como sistema de transporte precário, não acesso a serviço de creche para o meu bebê e minha filha que hoje tem 6 anos e o fato dom meu companheiro ter dois empregos e fazer faculdade à noite foram as principais dificuldades que eu e minha família enfrentamos nesse percurso. Tivemos que remunerar precariamente uma pessoa para cuidar das crianças três dias por semana para que eu tivesse disponibilidade de ir às aulas, comprar os livros, realizar leituras na biblioteca, ir a campo, pagar alimentação quando passava o dia inteiro na universidade ou na rua. Essas condições demandaram maior esforço para dar conta da participação no espaço acadêmico. A impossibilidade de leitura em casa por conta da presença das crianças me fez buscar mais a biblioteca e passar o dia fora de casa para tentar suprir as necessidades de leitura. O que fez os gastos aumentarem e o tempo ser reduzido para as reais necessidades de leitura e produção textual.” (Joana)

Exatamente por isso, os movimentos feministas desenvolvem lutas históricas para que o Estado assegure creches, licença maternidade e um conjunto de direitos que possibilitem a vivência da maternidade sem que a mulher tenha que abrir mão de seus estudos, carreira profissional e que não fique sob sua responsabilidade exclusiva as respostas necessárias à educação dos filhos, envolvendo, também, os companheiros ou ex-companheiros e o próprio Estado.

A família e até mesmo parentes têm contribuido para que os alunos consigam concluir seu curso de mestrado, é como se fosse formada uma rede de apoio que envolve familiares, amigos e parentes, que se movem pela solidariedade e na perspectiva de que a educação seja uma mola propulsora de mudanças nas condições materiais da família, como enfatizam os sujeitos da pesquisa:

“Quando ingressei no mestrado eu não tinha nenhuma forma de me manter economicamente, tive que morar em casa de parentes em uma cidade perto de Natal. Meus pais era quem bancava minhas despesas, embora não dispusessem de boas condições econômicas.“ (Sebastiana)

“Estou enfrentando muitas dificuldades para permanecer “focada” no mestrado. As condições materiais para permanência e dedicação exclusiva à pesquisa são fundamentais, por isso, na ausência de qualquer tipo de auxílio, me vejo, às vezes, impossibilitada de me debruçar verdadeiramente sobre a pesquisa. Saí da graduação direto para o mestrado e, uma coisa que muito passa pela minha cabeça ultimamente é a questão da independência financeira, de obter um emprego satisfatório e atenuar todas as despesas que meus pais tiveram e estão tendo comigo, por isso, saber

que estou no mestrado, por uma opção minha de continuar me dedicando a pesquisa por mais dois anos e não ter nenhuma contrapartida financeira da universidade é na maioria das vezes frustrante. Só para especificar, sou de um interior que fica a uma distância de 180 Km de Natal, por isso, estou morando durante a semana na casa da minha tia em Parnamirim, as despesas são consideráveis, pois gasto com transporte, alimentação e Xerox, cerca de R$250,00 por mês.” (Rosa)

Quando os discentes não encontram esse apoio por parte dos familiares e amigos, o percurso do mestrado se torna bem mais árido como afirma um dos sujeitos da pesquisa:

“por muitas vezes faltam as condições objetivas para arcar com aluguel, comida, vestimenta e material de estudo ao mesmo tempo. Sobretudo para quem vem de cidades do interior e que não conhece muitas coisas na cidade em que estuda e ou não tem familiares ou amigos para dar um suporte. Com certeza a insuficiência de recursos que viabilizem a permanência de discente no curso interfere diretamente na sua produção, no seu rendimento, na resposta que esse discente vai dar a sociedade.” (José)

A escassez de condições materiais além de interferir na qualidade acadêmica da participação do discente acarreta outros danos de caráter subjetivo, como os processos de adoecimento, considerando a preocupação com o cumprimento dos prazos que é bastante intensa na pós-graduação, bem como as situações de estresse geradas por busca da qualidade dos trabalhos, necessidade de maior dedicação aos estudos e ao mesmo tempo preocupação com a sobrevivência, como ilustra o fragmento a seguir:

“A escassez de condições materiais me impôs a necessidade de trabalhar formalmente durante toda a minha formação acadêmica (graduação e mestrado), o que limitou o tempo destinado a estudo e plena participação nas atividades acadêmicas, além de comprometer a disposição física e mental no acompanhamento das disciplinas, trabalhos e leituras, o que implicou num rendimento não muito satisfatório apesar de exitoso.”(Vera)

Diante do reconhecimento quanto as implicações das condições materiais no cotidiano de estudante, a bolsa de demanda social é ressaltada como fundamental para a permanência dos discentes no curso:

“A condição básica da vida do sujeito passa por moradia de qualidade com o espaço adequado para estudo, condição financeira para aquisição de livros, além de um equipamento para acesso à internet e produção de trabalhos, com certeza, a impossibilidade que tive e tenho em alguns

desses aspectos interferiram e interferem na minha condição acadêmica uma vez que, na minha casa tenho condições precárias para essas atividades. Ainda se não fosse a bolsa não teria condição para aquisição de livros.” (Júlia)

Os estudantes foram questionados se além da bolsa de demanda social da CAPES eles procuraram a Assistência Estudantil da UFRN para outras necessidades, como moradia, alimentação, transportes, serviços médico- odontológico e apoio psicológico e pedagógico. Os dados da TAB. 26 demonstram que um percentual de 61,5%, ou seja, 16 estudantes disseram que não procuraram assistência estudantil. Apenas um percentual de 38,5%, o que representa 10 alunos responderam que haviam procurado Assistência Estudantil.

Estes dados indicam como já destacamos anteriormente que a Política de Assistência Estudantil na UFRN não é divulgada suficientemente pelo CAPAP ao público da pós-graduação, principalmente para os ingressantes e os alunos de outras cidades. Quando é justamente neste primeiro ano de estudo que o aluno precisa mais de apoio, devido a adaptação a dinâmica do curso e as mudanças que precisam enfrentar. A maioria dos alunos desconhece a própria legislação que regulamenta a Assistência Estudantil para o contingente da pós-graduação.

TABELA 26 - Ações de Assistência Estudantil solicitadas pelos estudantes além da Bolsa de Demanda Social

Além da bolsa Demanda Social da CAPES você procurou a Assistência Estudantil para outras necessidades?

Número %

Não 16 61,5

Sim 10 38,5

Total 26 100

Fonte: Pesquisa de Campo do Mestrado realizado por SILVA, Maria Lúcia da Silva, no programa de Posgraduação em Serviço Social em outubro de 2012.

Dos 10 alunos que solicitaram Assistência Estudantil na UFRN, um número de 7 alunos buscaram ajuda financeira para custear participação em eventos. Entre os depoimentos, destacam-se:

“A permanência no programa de pós-graduação requer que algumas necessidades sociais sejam supridas que vai das mais básicas/fundamentais, como: alimentação, moradia e transporte às necessidade que o programa

demanda para os estudantes, como: livros, participação em eventos, acesso a internet, dentre outros.” (Dalva)

Outro aspecto relevante refere-se ao número de alunos que procuraram por apoio psicológico. O fato é que os alunos oriundos de outras cidades do interior do Estado e de outros estados enfrentam uma mudança muito radical para acompanhar a dinâmica do mestrado, seja do ponto de vista emocional e/ou material. Este último fator é o que mais aflinge os alunos visto que precisam garantir as condições básicas de sobrevivência na capital, como moradia, alimentação, transporte e livros, bem como precisam adaptar-se a uma nova realidade, muitas vezes, distanciando- se geograficamente da família e dos amigos.

“(...) o auxílio psicológico: essa assistência tem sido, se não a mais importante, decisiva para o meu processo de continuidade na Pós- Graduação, bem como em outros muitos aspectos de minha vida, pois em um processo difícil de saúde mental o apoio psicológico me ajudou a não desistir de lutar, não desistir de lutar por mim, nem desistir de lutar por melhores condições de vida para as outras pessoas.” (Sebastiana)

“A possibilidade de participar de evento nacional na área do Serviço Social para apresentação de trabalho científico, um ambiente profícuo para o amadurecimento teórico-metodológico e fortalecimento ético-político da profissão.” (Raimunda)

Entre as ações de assistência assinaladas anteriormente, sobressai como uma das mais utilizadas e reconhecidas pelos sujeitos da pesquisa o apoio financeiro para custear participação em eventos, como mostra a TAB. 27.

TABELA 27 - Bolsas de assistência estudantil indicadas na opção sim

Bolsas de assistência estudantil indicadas na opção sim

Bolsa residência 03

Bolsa alimentação 03

Bolsa transporte

Apoio financeiro para custear participação em eventos 07

Apoio psicológico 04

Assistência à saúde 03

Assistência médico-odontológico 01

Fonte: Pesquisa de Campo do Mestrado realizado por SILVA, Maria Lúcia da Silva, no programa de Posgraduação em Serviço Social em outubro de 2012.

Vale registrar que integra a política de gestão do PPGSS apoio à participação dos docentes e discentes em eventos, com prioridade para os de caráter nacional e internacional e que sejam historicamente reconhecidos e legitimados na área de Serviço Social, a exemplo do Encontro Nacional de pesquisadores em Serviço Social (ENPESS). Jornada Internacional de Políticas Públicas (UFMA), dentre outros. A tendência tem sido apoiar o docente e o discente em alguma de suas solicitações (pagamento da taxa de inscrição, passagem e ajuda de custo), pois considerando o orçamento da unidade na maioria das vezes não é possível apoiar o conjunto das solicitações. No ENPESS 2012 realizado em Juiz de Fora-MG, a delegação do mestrado em Serviço Social da UFRN compareceu com uma delegação de 06 docentes e 13 discentes. Em relação aos discentes, foi