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As relações da sociedade com o território

Este primeiro capítulo do trabalho tem como objectivo central situar mais claramente o problema da investigação.

Antes de mais, discutem-se as funções da terra na reprodução dos sistemas sociais. Que funções sociais desempenha a terra e como se transformam? É uma questão que se considera central e prévia a outros avanços no trabalho. Deste modo, ao longo das primeiras secções do capítulo reflecte-se sobre as principais funções sociais da terra e discutem-se as suas mudanças. Rejeita-se a tradicional posição neoclássica de redução da terra à sua única função de meio de produção. De facto, como muitos autores têm demonstrado, incluindo alguns que se inscrevem claramente nessa matriz teórica4, a terra desempenha funções mais complexas. Certamente algumas dessas funções sofreram mudanças profundas acompanhando as transformações sociais. Mas não constituem essas mudanças uma chave imprescindível na leitura das mutações da relação da sociedade com o território? Algumas dimensões tão importantes como o papel da terra na hierarquização social, outrora determinantes, são certamente hoje, nalgumas sociedades, pouco significativas. Outras, todavia, valorizam-se, envolvem novos actores e novas escalas e, por isso, produzem novos conflitos. O território é hoje sede de novas procuras, ofertas e preocupações sociais.

No último ponto do capítulo o objectivo é algo distinto. Caracteriza-se um aspecto central em todo o trabalho: as estruturas sociais típicas de ocupação do território e exploração dos recursos naturais na região objecto de estudo. De facto, a ocupação humana do território e a relação com o uso dos recursos naturais diferencia-se de alguns contextos regionais para outros. Por exemplo, essa relação é claramente diferente entre as estruturas típicas de grande propriedade no sul do país, o povoamento mais desconcentrado e disperso nalgumas regiões do Minho, ou o povoamento concentrado em comunidades rurais característico de Trás-os- Montes ou da Beira Interior. Partindo do pressuposto de que o modo de estruturação da relação da sociedade com o território é um factor central para explicar as dinâmicas em curso, na quarta secção do capítulo, identificam-se as principais características das comunidades rurais típicas da região objecto de estudo, sobretudo as que se relacionam com o uso dos recursos naturais.

1.1 - Da exploração da terra ao uso do território

Para entender a evolução dos usos do território e a sua articulação com os sistemas económico e social, estabelece-se uma distinção entre o que se considera serem dois níveis distintos de utilização: o da utilização directa da terra, cuja regulação é feita pela propriedade,

e o da utilização do território, ou indirecta da terra, que não depende, ou se sobrepõe, à propriedade da terra.

No nível da utilização directa – dependente da propriedade – incluem-se aquelas actividades que, por requerem o uso directo da terra, estão, no caso mais geral, sujeitas à posse da terra ou ao acesso a direitos de uso por qualquer outra forma. Enquadram-se neste nível a agricultura, a floresta, a residência e, em menor escala, outras formas de aproveitamento industrial dos recursos (exploração mineira e outras).

Tradicionalmente, o nível de utilização do território, não dependente da propriedade, circunscrevia-se ao pastoreio, à caça e a actividades colectoras. De facto, aos rebanhos raramente eram dedicadas em exclusivo áreas agrícolas. Em regra, o pastoreio fazia-se (e continua a fazer-se) nos baldios e nos terrenos agrícolas em pousio. A exploração destes animais não estava, pois, na dependência directa da posse da terra.

Mais recentemente, este nível de utilização do território veio a alargar-se com o aparecimento de novas actividades: algumas reservas de caça, os parques e reservas e determinados valores naturais que ganharam uma nova dimensão pelos interesses sociais e económicos de que começam a ser alvo: é o caso da paisagem e da biodiversidade.

A caça, embora não sendo uma actividade recente, ganhou novos contornos pelo interesse económico que passou a ter, do qual alguns instrumentos reguladores recentes não são mais do que um reflexo. A figura das zonas de caça controlada, embora tendendo, nalgumas situações, a aproximar esta actividade das do primeiro nível (na medida em que utiliza a terra principalmente ou exclusivamente com este fim), na maioria das situações, insere-se no território sobrepondo-se a outras utilizações principais. Este facto deve-se em grande medida à estrutura da propriedade fundiária. De facto, contrariamente a zonas de grande propriedade, noutras regiões, o elevado parcelamento da propriedade da terra inviabiliza o aparecimento de áreas contíguas com uma dimensão suficientemente grande para permitir a criação de uma reserva de caça na qual o aproveitamento do território esteja subordinado principalmente a este fim. A solução tem sido constituir estas zonas de caça englobando maioritariamente áreas baldias e negociar as contrapartidas, na maioria das vezes não individualmente com os proprietários, mas com os representantes das populações (juntas de freguesia ou comissões de compartes).

Relativamente à paisagem e à biodiversidade, diversos interesses económicos e sociais vieram revalorizar estes recursos. De entre os interesses económicos, o turismo é sem dúvida aquele que potencialmente mais beneficiará dos recursos naturais, aproveitando novas tendências de procura do espaço rural e de valores ambientais. Por outro lado, são cada vez mais evidentes as preocupações sociais de natureza ambientalista e diversos grupos de pressão constituem-se também como "consumidores" do espaço rural, com objectivos de preservação do ambiente e dos recursos naturais, mas igualmente de fruição e de lazer.

Por fim, os parques e reservas inserem-se no território com o objectivo sobretudo de regular as utilizações que dele são feitas e, sendo a sua actuação conduzida no sentido de preservar o equilíbrio ambiental, vêm sobretudo favorecer estes últimos usos.

Ao aumento da importância deste segundo nível de usos do território associa-se, claramente, um decréscimo da importância da propriedade da terra enquanto meio de regulação e de captação de benefícios económicos.

A compatibilização entre estas diferentes formas de uso não é, porém, isenta de conflitos, ou pelo menos não o é a partir de determinado ponto. Quando a sua dimensão aumenta, a um patamar de indiferença seguir-se-á, necessariamente, um outro de conflitualidade com a exploração agrícola ou florestal da terra.

Por outro lado, entre estes dois níveis de utilização existem inter-relações e interdependências, sobretudo dos segundos face aos primeiros: a paisagem é, em grande parte, paisagem agrícola, algumas espécies dependem de ecossistemas agrícolas e florestais e, de um modo mais geral, o carácter específico de um ambiente rural conforme às representações sociais mais comuns é imprimido pelo uso agrícola da terra e pelas suas estruturas espaciais. Porém, a diferente escala de uso do território, traduz-se numa impossibilidade de regulação destas relações pela propriedade da terra. Tão pouco é possível haver através do mercado um fluxo de benefícios de sentido inverso às interdependências físicas, uma vez que a escala da propriedade da terra e a escala de uso se dissociam completamente. Ou seja, os novos usos do território separam-se da propriedade e da exploração da terra, o que implica uma perda de importância da função reguladora da propriedade, mas também uma incapacidade de o aumento da procura dos novos usos se traduzir em incentivos ao nível da exploração directa da terra, no sentido da produção dos atributos que favorecem esse aumento da procura.

1.2 - A multiplicidade de funções da terra

A este aparente decréscimo da importância da propriedade da terra na regulação do uso do território, contrapõe-se a herança de estruturas patrimoniais fundiárias outrora dominantes, as quais continuam a ter localmente efeitos económicos e sociais bem maiores do que a sua actual importância macroeconómica faria supor (Newby, 1986). Alguns autores referem mesmo a emergência de uma tendência neo-patrimonialista (Hespanha, 1992: 118- 119) na sequência da crise do Estado-Providência e da insegurança do emprego a partir de meados dos anos 1970.

De facto, a posição central da propriedade da terra na estruturação da hierarquia das sociedades rurais pré-modernas é bem conhecida. Os direitos de monopólio que a propriedade da terra conferia sobre um recurso central no processo de acumulação agrícola estruturavam a configuração das classes sociais nessas sociedades e asseguravam a sua reprodução através de processos complexos de sucessão e transmissão do património (ver p.e. O’Neill, 1984). Porém, a partir de finais da Segunda Guerra Mundial o Estado-Providência substitui parcialmente o mercado e o património nas funções de segurança e de reserva de capitais para

fases inactivas do ciclo de vida, mostrando-se os sistemas de segurança social mais eficazes do que a propriedade nestas funções. Mais recentemente, a crise desencadeada a partir de meados dos anos 1970 veio introduzir uma tendência, acentuada na última década com a crise anunciada do sistema de segurança social, caracterizada pelo questionar do modelo do Estado- Providência (de qualquer forma ainda com um desenvolvimento incipiente na formação social portuguesa) e pela crescente demissão do Estado dos processos de regulação laboral. Estes dois factores conjugados – crise da segurança social e insegurança no emprego – seriam responsáveis pelo retomar do argumento das funções providenciais da propriedade e por um retorno à ideologia de um individualismo possessivo (Hespanha, 1992).

A propriedade da terra, para além do seu papel central no processo de produção agrícola, e da dimensão simbólica que encerra, desempenha portanto funções patrimoniais de colocação segura de activos a serem parcialmente mobilizados em situações de crise ou para assegurar o sustento na velhice. Reside de resto aqui alguma da natureza conflitual da terra: constituindo simultaneamente um meio de produção agrícola - portanto central no processo de acumulação - e um património que se pretende valorizado para assegurar funções de reprodução, o preço da terra (ou o valor da renda fundiária) define-se em boa parte a partir do balanço deste conflito de funções.

Mas a terra assume uma grande diversidade de funções consoante os modos de inserção dos indivíduos e das famílias na sociedade global. Estas funções estendem-se desde o domínio económico (renda fundiária, funções reprodutivas básicas como sejam a produção de bens para auto-consumo e a residência; obtenção de rendimentos agrícolas no mercado, colocação da poupança) até ao domínio do simbólico e da estruturação dos poderes. Não pretendendo retomar aqui a discussão sobre a importância do económico, do social e do cultural, ou sobre o que determina o quê, na nova configuração do espaço rural, estas últimas questões tendem a subalternizar-se face ao domínio do económico. Convém no entanto realçar a importância de algumas tendências novas, ainda que por enquanto marginais, nas quais os determinantes do acesso à propriedade da terra têm a ver sobretudo com motivações de carácter social e cultural. É o caso da procura das amenidades e dos valores ambientais do rural, protagonizada por alguns novos (ou antigos) rurais, ou a busca da participação num determinado espaço de sociabilidade por parte, por exemplo, de alguns reformados de uma vida activa exercida em meio urbano.

Como se procurará demonstrar mais à frente, quando se estudar uma comunidade rural, existe hoje uma grande diversidade de modos de reprodução das famílias com interesses no espaço rural. Dessa pluralidade de interesses resultam duas consequências importantes.

A primeira tem a ver com a diversidade de grupos sociais para os quais a terra e espaço rural são objecto de interesses e, nessa medida, todos eles se constituem como agentes activos na dinâmica de evolução do uso da terra. Esta diversidade de situações só é possível de apreender se se tomar como ângulo de análise a sociedade rural no seu todo. Uma

abordagem sectorial deixaria certamente de fora muitos destes agentes dado que não intervêm directamente na actividade agrícola.

A segunda tem a ver com a evidência de um conflito latente entre os diversos tipos de interesses em presença: para alguns agentes são dominantes os interesses no processo de acumulação agrícola, para outros os interesses patrimoniais sobrepõem-se. Para os primeiros, dado que a terra constitui um meio de produção central no processo de produção agrícola, interessa que o valor da terra se mantenha a baixos níveis; porém, para os segundos, o cumprimento das expectativas em torno da acumulação ou da conservação de um património fundiário passa pela valorização da renda fundiária. O balanço relativo destes interesses antagónicos pode mesmo assumir proporções diferentes ao longo do ciclo de vida de um mesmo indivíduo ou família: enquanto em fase activa algumas famílias envolvem-se activamente no processo de acumulação agrícola de modo a reproduzir de forma alargada a sua unidade produtiva e, nessa medida, posicionam-se do lado tomador de terras. Porém, se em fase final do ciclo de vida a exploração agrícola se encontra sem sucessão evidente, chega a hora de privilegiar a natureza patrimonial da terra.

Actualmente, a crise da agricultura e os baixos níveis demográficos em meio rural favorecem nitidamente os interesses agrícolas, na medida em que a renda fundiária tem descido drasticamente. Porém, do outro lado, a frustração das expectativas de valorização do património fundiário, para quem ao longo da vida o foi acumulando, leva a comportamentos de refúgio (por exemplo, recusa de celebrar contratos de arrendamento formais) e a tentativas de valorização do património fundiário por outras vias, nomeadamente através da transferência da terra para outros usos, pelo recurso a algumas actividades produtivas compatíveis com as disponibilidades de mão-de-obra, ou ainda pela conjugação dessas actividades com a captação de subsídios concedidos no âmbito de políticas cujo objectivo formal é o de favorecer o processo de acumulação agrícola. Pode, assim, desenhar-se um renascer da velha questão da terra e da renda fundiária, agora, pela via das políticas de subsídios, desligada da mobilização produtiva desses recursos (Baptista, 1994).

A resolução deste conflito nas novas condições pode, assim, assumir várias formas. Explicita-se a sua configuração em fases subsequentes deste trabalho.

1.3 - A diferenciação espacial do território

A dimensão espacial e a diversidade de condições naturais têm mantido uma relação difícil com a economia. De facto, a teoria económica não soube ultrapassar as reflexões pioneiras de Von Thunen e as análises que privilegiam a dimensão espacial permanecem embrionárias e, basicamente, concentradas na variável distância (Blaug, 1985). Porém, a sua importância parece evidente seja na explicação de processos de desenvolvimento desigual seja

na forma como as comunidades locais se estruturam económica e socialmente em torno de actividades produtivas intensivamente utilizadoras do território5.

Ainda que a evolução do uso da terra seja largamente determinada pelas condições sócio-económicas globais, as configurações que assume localmente e a importância que a terra adquire para as diversas actividades que a utilizam, mantêm-se em estreita relação com a variabilidade de condições naturais. Ao longo do tempo, variações sócio-económicas de diversa ordem (tecnologia, mercados, demografia) vão provocando ajustamentos contínuos na forma como o território é utilizado e, reciprocamente, induzem modificações nos recursos naturais, estabelecendo-se assim um processo contínuo de ajustamento do sistema. Os dois aspectos não poderão pois ser desligados. Deste modo, a inserção dos processos de acumulação no território diferencia-se em função da diversidade de condições naturais.

A terra encerra propriedades variáveis ao longo do espaço geográfico, dons naturais ou iniciais, que se traduzem em valores de uso. Por outro lado o espaço é socialmente construído, como tem sido teorizado por diversos autores.6

Também outros autores salientam a subordinação do espaço natural pelo desenvolvimento tecnológico e social capitalista. Smith (1984) salienta a reconstituição do espaço natural como mercadoria e valor de troca, o que, argumenta, radica na natureza contraditória do capitalismo, entre as tendências opostas de equalização da taxa de lucro e a concentração e centralização da acumulação do capital.

O ênfase no espaço socialmente construído tem porém reduzido o espaço natural, e a sua diversidade, à ausência de significado, homogeneizando-o artificialmente. No processo de construção teórica da(s) teoria(s) do espaço parece pois desenhar-se uma separação, quase maniqueísta, entre os espaço natural e o espaço produzido (socialmente construído). O que conta afinal? O espaço natural ou o espaço produto social?

A resposta parece óbvia: nenhum dos dois isoladamente mas o conjunto das suas relações. Como refere Sayer (1990: 59) “o espacial é parcialmente constituído pelo social, mas não é redutível nem aos constituintes naturais nem aos sociais”. Os dons naturais são subordinados pelo desenvolvimento capitalista, mas a taxa e a modalidade como essa dominação ocorre varia segundo os sectores da economia, as regiões e os estados (Redclift, 1987). Analisando o uso da terra interessa particularmente considerar que a terra entra nos processos de produção de forma diferente (Harvey, 1981) e que, portanto, a influência das características naturais é desigual entre os diversos sistemas de produção.

O território, enquanto produto das relações do social e cultural com o natural, ganha mais recentemente uma dimensão económica autónoma possível de ser valorizada no

5 Veiga (2000) mostra num trabalho recente a importância da especificidade do lugar ou território, “função da sua história acumulada e da constelação de relações sociais locais e globais”, na definição de dinâmicas locais de desenvolvimento e de mudança social.

mercado. O território passa assim a ser capaz de gerar rendas territoriais de qualidade associadas à não reprodutibilidade de um conjunto de características específicas noutros espaços (Mollard et alt, 1998). Esta possibilidade requer, porém, uma forte componente institucional, capaz de assegurar a protecção dessa raridade nas produções do território e de transmitir o sinal ao mercado.

O território ganha, pois, sentido enquanto suporte de diferenças, de não homogeneidade, não só naturais, mas sobretudo social e culturalmente construídas a partir das relações entre essas dimensões e o meio natural.

1.4 - A construção do sistema de uso e apropriação da terra: a

comunidade de aldeia

Pela sua utilidade social, em torno da terra foram sendo construídos sistemas complexos de uso e apropriação. Estes sistemas originaram padrões característicos de povoamento e ocupação do espaço organizados em torno de comunidades rurais que, tomando a designação de Garcia de Cortazar7, se passam a designar por “comunidades de aldeia”.

Entender o processo de consolidação destas estruturas sociais é fundamental para explicar os mecanismos de regulação do uso do território. Estes sistemas não são, de facto, independentes dos processos históricos que os produziram. Considerou-se, por isso, necessário alinhar algumas referências históricas para situar a construção da unidade social “comunidades de aldeia” e dos sistemas de uso e apropriação do território que lhes estão associados. Situando a análise na região objecto de estudo, procura-se ao longo desta secção identificar as características que particularizam estas estruturas e as distinguem de outras formas de relação entre a sociedade e o uso dos recursos naturais.

1.4.1 - A paisagem de partida e a hierarquização do território

A ocupação humana no que é hoje Trás-os-Montes faz-se sobre um território integralmente coberto por um bosque pristino, composto na sua maioria por quercíneas. Este coberto vegetal primitivo tem vindo a ser caracterizado pelos recentes estudos biogeográficos de Portugal (ver Costa et al., 1989), o que permite definir um referencial de paisagem, ou seja, um coberto vegetal natural e estável e para o qual a sucessão ecológica tenderia na ausência de intervenção humana. Segundo Ramil Rego (1994) a ocupação humana e a expansão da agricultura dão-se dos planaltos para os vales8. Os planaltos situam-se na região a altitudes moderadas, proporcionando temperaturas amenas, dispõem de solos graníticos, leves e fáceis de mobilizar, sendo nestas condições a floresta muito menos resiliente do que nos vales. Só com a utilização da tracção animal e de formas incipientes do arado se passou a dispor de

7 Garcia de Cortazar, 1985 e 1986

8 O que constitui uma excepção face ao processo que ocorre na maioria das regiões da Europa, onde se