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As transformações tecnológicas do século XX: linguagens, sons e imagens

A Revolução Industrial no fim do século XVII e começo do século XVIII, na Europa, trouxe o conceito de produção mecanizada e em série. Lucrava mais quem produzia mais em menos tempo, por isso surgiu o lema de que “tempo é dinheiro”.

A produção desenfreada dos livros com conteúdos de entretenimento no mercado foi considerada como o início da massificação de conteúdo para a população. Essa época é caracterizada pela substituição da produção de um item por um artesão para um cliente específico, pela produção desenfreada de diversos produtos iguais para consumidores desconhecidos.

O desenvolvimento de novas tecnologias fez surgir mídias (analógicas) que se utilizavam da voz, da imagem, com o aparato de se falar muitas vezes ao mesmo tempo diminuindo distâncias e ressignificando a questão do “tempo”.

“Quando, na Revolução Industrial, aprendemos a vencer o tempo e a distância através das máquinas movidas por outras fontes de energia que não a propulsão manual ou a tração animal, aprendemos com os sistemas de transmissão de eletricidade. Postes e fios também foram suportes utilizados para que mensagens sonoras e escritas atravessassem longas distâncias vencendo o tempo e o espaço. Seguimos produzindo arte e adaptando linguagem às necessidades de expressão e de comunicação de mensagens comerciais, políticas e jornalísticas” (GONTIJO, 2004, p. 370).

Nos séculos XIX e XX, a humanidade desenvolveu meios cada vez mais sofisticados de comunicação. Com o passar do tempo, as faculdades de falar, ouvir e ver e se mover inspiraram o desenvolvimento de tecnologias voltadas para a ampliação dessas experiências, vencendo distâncias cada vez maiores.

Samuel Finley B. Morse, em 1840, desenvolveu o telégrafo como conhecemos hoje e um código para sua utilização.

”Em 1874, Elisha Gray construiu um receptor de voz, onde descobriu que uma enorme gama de tons sonoros poderia ser mandada de uma só vez usando o fio telegráfico, muito parecido com o usado hoje. Em 1875, Alexander Graham Bell e seu assistente, Thomas Watson, construíram um aparelho parecido, com uma membrana vibratória e uma mola, aquela sendo o transmissor e esta o receptor. A vantagem de Bell sobre Gray foi a velocidade no registro de patentes. Seis dias de vantagem fizeram com que Bell, mesmo sem ter provado que poderia transmitir o som satisfatoriamente, ganhasse a patente”

(GONTIJO, 2004, p. 337).

Mas o homem ainda conseguiu inovar a disseminação de ideias com a invenção do rádio. Sua primeira transmissão, datada de 1.890, foi um marco na história, pois, ao contrário do jornal, as ondas do rádio tinham alcance e velocidade muito superiores.

Guglielmo Marconi conseguiu ter sucesso ao patentear a transmissão de sinais sonoros e ao introduzir o rádio, o meio de comunicação sem fio. Com um alto poder de difusão de informações, o rádio se estabeleceu no Brasil, oficialmente, em 07 de setembro 1922, mas há registros de transmissões feitas no país, anteriores a essa data, pelo Padre Landell de Moura, em junho de 1900. A transmissão radiofônica de sua própria voz, da Avenida Paulista ao bairro de Sant‟ana, na presença de autoridades e da imprensa. O rádio revolucionou como meio de comunicação de massa e deleitou-se ao utilizar a mais recente invenção, o fonógrafo. É importante registrarmos o advento do fonógrafo inventado por Thomas Edison. A grande contribuição desse invento se manifestou na programação do rádio que, agora, podia contar com a retransmissão de sons gravados, facilitando a difusão de informações e a construção de programação gravada.

Aqui no Brasil, o Padre Landell de Moura continuou a perceber a possibilidade de, além do som, também transmitir imagem à distância. Criou o telephotorama, que, certamente, contribuiu muito para o surgimento da televisão a que assistimos até hoje. Isso tudo além da invenção do telefone sem fio. Utilizando a luz como onda portadora de som, o Padre Landell também transmitia a voz humana através de seu Transmissor de Ondas, assim como transmitia e recebia sinais telegráficos, utilizando do código Morse, através do espaço. Ou seja, dispensando a utilização de fios.

Landell foi considerado desequilibrado pela igreja católica e pelas “elites” científicas da época. Em 1890, o padre-cientista previa, em suas teses, a "telegrafia sem fio", a "radiotelefonia", a "radiodifusão", os "satélites de comunicações" e os "raios laser". Assim, todas suas invenções foram tardiamente patenteadas no Brasil, país que, após ignorar Alberto Santos Dumont, ignorou, também, mais esse grande cientista brasileiro. Os norte-americanos, decorridos dezessete anos de prazo que marca a lei das patentes, puseram em execução as teorias de Moura.

A primeira foto surgiu em 1826, quando o francês Joseph Nicéphore Niépce reproduziu uma imagem numa placa feita de estanho com um derivado de petróleo fotossensível. Com técnicas primárias, a imagem precisou ficar exposta à luz solar por oito horas para ter o resultado final, que foi chamado de “heliografia”.

Outro nome importante para a evolução da foto foi Daguerre, que produziu efeitos visuais, denominados “diorama”, e foi a partir disso que Daguerre e Niépce passaram a se corresponder firmando sociedade. Após a morte de Niépce, Daguerre descobriu um processo à base de vapor de mercúrio, reduzindo o tempo de revelação das imagens de horas em minutos, chamado de daguerreotipia, considerado um grande avanço para a fotografia.

Em 1839, o britânico William Henry Fox Talbot realizava pesquisas com papéis fotossensíveis e enviou seus trabalhos à Royal Institution e à Royal Society, garantindo que suas descobertas fossem creditadas a ele. Desenvolveu um processo, até então novo, chamado de calótipo, com papéis revestidos de cloreto de prata que, em contato com outro papel, produziria mais uma imagem. Este é um processo idêntico ao que se usa hoje, produzindo um negativo com o qual é possível fazer cópias posteriores das imagens.

A partir de 1888 é que, de fato, a fotografia se popularizou, com isso, surgiram empresas como a Kodak, a George Eastman, abrindo portas para que todos pudessem tirar suas fotos com máquinas portáteis e com rolos de filme. Primeiramente, surgiam os filmes em preto e branco; depois, os filmes coloridos, com melhorias também na qualidade, no foco e na rapidez da revelação.

A massificação e banalização da fotografia se deram, em princípio, com as máquinas portáteis e, hoje, com os aparelhos celulares.

A animação pode ser chamada de “precursora do cinema” porque, na ciência que estuda a física óptica, desenvolveu-se a tecnologia necessária para projetar imagens em movimento, com base em uma característica comum da visão humana: a persistência da visão. Essa propriedade consiste na retenção de todas as imagens que vemos por um breve momento após essas deixarem de existir, como se fosse uma espécie de “memória temporária”. Essa característica permite que façamos, de forma natural, a ligação entre imagens intermitentes. Dessa forma, conseguimos acumular, nessa “memória temporária”, uma sequência de imagens que nos foram expostas e retiradas em fração de segundos. A esse fato, nosso cérebro atribui a interpretação de imagens em movimento.

Na verdade, tanto a animação como o cinema se beneficiaram dessa característica humana. Porém, foi na animação que o propósito da aplicação se manifestou, embora não fosse tão simples assim.

Em 1834, também, o inglês William George Horner criou a “roda do demônio”, que, mais tarde, foi denominada “zoétropo” ou “roda da vida”. Esse brinquedo tinha o mesmo princípio do “fenakistoscópio”, porém, consistia em um cilindro giratório em vez de um disco. No interior do cilindro, eram colocadas tiras com sequências de imagens pintadas, que, ao serem observadas através dos orifícios (ou fendas) do cilindro em movimento, passavam a animar-se. Esses orifícios (ou fendas) que ficam no cilindro do zoétropo, quando este está em movimento, simulam, de forma muito simples, a operação do complexo obturador que existe até hoje nos projetores de cinema. Émile Reynaud, animador francês autodidata, aprimorou o zoétropo de Horner, introduzindo um prisma com doze espelhos no interior do cilindro. Com isso, em 1877, ele criou o praxinoscópio. Segundo (GONTIJO: 2004), foi o equipamento mais avançado da época.

Foi então que Reynaud, aperfeiçoando ainda mais seu invento, criou, em 1888, o Teatro Ótico, sua obra-prima. Neste, a tira de imagens se transformou numa tira bem maior, de tecido transparente e com orifícios para engrená-la a uma roda, sendo manipulada por meio de duas manivelas, uma enrolando e outra desenrolando. O prisma de espelhos passou a comportar 36 espelhos. “As imagens iluminadas por uma lâmpada (esta que foi inventada em 1880 por Thomas Edison) se animavam no prisma e eram devolvidas a outro espelho que, por ser móvel, permitia a Reynaud deslocar as imagens sobre o cenário projetado” (OLIVEIRA, 2001, p.06).

Reynaud, com seu Teatro Óptico, foi o primeiro a conseguir projetar imagens animadas e com qualidade, sem o movimento cíclico, ou seja, sem repetir a sequência de animação como ocorria no zoétropo de Horner. Por isso, foi considerado o “pai da animação”.

A partir das aplicações que a animação estabeleceu naquela época, somadas ao aperfeiçoamento das técnicas de fotografia, fundamentou-se a cinematografia. Em 1877, o fotógrafo Eadweard Muybridge, com o objetivo de comprovar que um cavalo, ao galopar, retirava as quatro patas do solo, instalou vinte e quatro câmeras fotográficas em linha e fotografou o animal vinte e quatro vezes durante o galope (GONTIJO, 2004). Apesar de utilizar vinte e quatro câmeras, e não apenas uma, gerou a primeira sequência de cinematografia de que se tem registro e, até hoje, o cinema ainda utiliza vinte e quatro quadros por segundo.

Os irmãos franceses Augusto e Louis Lumière, conhecendo o invento de Edison, baseando-se, também, no princípio da câmera de Marey e na projeção por transparência de Reynauld, desenvolveram, em 1895, uma prática e portátil câmera que servia tanto para filmar como projetar filmes, denominada Cinematógrafo.

A primeira exibição de cinema em toda a história mundial ocorreu no ano de 1895 na cidade de Paris, França, no Grand Café. Os organizadores dessa grande proeza foram os irmãos Auguste e Louis Lumière. Filhos de um fotógrafo e industrial do ramo da fotografia, os irmãos Lumière inventaram o cinematógrafo, a primeira câmera filmadora do mundo, que registrava e reproduzia imagens em um anteparo (OLIVEIRA, 2001, p.07).

Na primeira sessão de cinema, os irmãos Lumière exibiram 10 filmes com 40 a 50 segundos cada um. Os filmes dessa primeira sessão foram: "A saída dos operários da Fábrica Lumière" e "A chegada do trem à Estação Ciotat", cujos títulos já retratam bem seus conteúdos. A sessão inaugural do cinema acabou sendo um verdadeiro sucesso na França. Todos passaram a comentar e a querer ver a nova invenção.

Em pouco tempo, o cinema e a produção de filmes começaram a se espalhar por todo o mundo. Já no começo do século XX, Hollywood surgiu como uma importante região produtora de filmes (uma indústria de filmes), nos Estados Unidos, e sua posição

de grande destaque mundial se confirmou ainda durante os terríveis anos da Primeira Guerra Mundial, quando a Europa estava arrasada pelos conflitos.

No final dos anos 1920, o cinema ganhou um complemento impensável até então, a reprodução sonora. Desde a primeira sessão no final do século XIX, todos os filmes eram mudos. A cor no cinema surgiu bem mais tarde, já em meados da década de 1950. Hoje, esses dois elementos são marcas indispensáveis da maioria dos filmes produzidos, mas é ainda possível encontrar diretores que preferem trabalhar como nos antigos tempos.

O cinema, apesar de mudo, fez muito sucesso. Suas estrelas já brilhavam internacionalmente. Personagens como Carlitos, o Gordo e o Magro e muitos outros, que até hoje são ícones da cinematografia, após atingirem todo o glamour de Hollywood, tiveram que se adaptar rapidamente a uma nova realidade: o cinema falado.

Foi um processo muito rápido, o cinema deixou de ser mudo e passou a ser uma multimídia, mesmo que, naquela época, ninguém ainda soubesse o que isso significava. Assim como nos anos 1950, todos pensavam que o rádio acabaria com a chegada da televisão, da mesma forma, naquela época, pensaram que a animação também acabaria com a difusão do cinema. A animação cresceu e se integrou ao cinema. Estúdios como Disney, Warner e outros atravessaram fronteiras e continentes com seus desenhos animados e cultura norte-americana, levando espetáculo e entretenimento para crianças e adultos. A indústria do cinema, em particular a norte-americana, utilizou-se dessa arte para ganhar muito dinheiro aliado à imposição de seu império capitalista à grande massa mundial, especialmente nos países subdesenvolvidos. O cinema como arte não adquiriu tanta força, com raríssimas exceções.

O passo seguinte foi o surgimento da televisão, em 1924, que era a junção dos componentes gráficos de um jornal, como imagens e figuras, com os componentes de áudio do rádio, a fala, sendo assim possível ver imagens em movimento juntamente com

o áudio. A televisão foi desenvolvida simultaneamente por diversos inventores. Os primeiros passos foram dados no final do século XIX, quando se descobriu que a capacidade de conduzir energia elétrica de um elemento químico, o selênio, variava de acordo com a quantidade de luz que ele recebia. Em teoria, isso tornava possível transmitir, por correntes de eletricidade, imagens compostas de pontos de diferentes graus de luminosidade. Colocá-lo na prática coube a outros inventores que, nas décadas seguintes, fizeram diversos experimentos baseados nas ideias do pesquisador alemão Paul Julius Gottlieb Nipkow, acrescentando novidades tecnológicas. Um dos primeiros a demonstrar um aparelho de TV para a comunidade científica foi o engenheiro escocês John Logie Baird, em 1926. Paralelamente a Baird, porém, outras máquinas foram desenvolvidas na década de 1920, por nomes como os dos engenheiros Vladimir Zworykin (russo), Philo Farnsworth (americano) e Ernst Alexanderson (sueco). Somadas todas essas contribuições vindas de diferentes países, formou-se a televisão moderna, que, surpreendentemente, demorou a conquistar o público: dez anos após a demonstração de Baird, não havia mais do que dois mil televisores no mundo. O grande

boom aconteceria só após o final da Segunda Guerra Mundial. Em 1948, já havia mais de 350 mil aparelhos só nos Estados Unidos. Desde então, a TV não parou mais de proliferar e se desenvolver, passando pelo aparelho em cores e por modelos portáteis, até chegar aos equipamentos digitais de hoje, com alta definição e telas de plasma.

Cada meio de comunicação que apareceu disputou a atenção do público com outros veículos que já existiram. Quando a televisão surgiu, todas as outras mídias sofreram o impacto e precisaram se reajustar a uma nova realidade. A diferença dos outros processos adaptativos é que a capacidade de leve-ver vêm transformando mais do que um sistema de transmissão de dados. O objeto central dessas mudanças é o próprio ser humano e sua capacidade simbólica. O livro, o jornal, o telégrafo, o telefone, mais adiante, o rádio iniciaram a era das comunicações diretas e eliminaram a distância física entre o emissor e o receptor. Nenhum desses meios atingiu a nossa natureza simbólica, nem mesmo o rádio, que fala e divulga mensagens expressas em palavras. A televisão, ao contrário, transmite basicamente imagens, e estimula, predominantemente, o ver sobre o falar e o ouvir. Em geral, a voz, ao vivo ou editada, está em função da imagem, que explica a mensagem, sem exigir do telespectador a habilidade de

abstração. O telespectador, no papel passivo de receptor, vai atrofiando sua capacidade de compreender e de elaborar o que percebeu daquela realidade. Enganam-se aqueles que o receptor participa do que está sendo editado. Participa quando o emissor assim o deixar, por funções mercadológicas, como exemplo, aumento de audiência.

A explicação da imagem prescinde da subjetividade do raciocínio abstrato, “[...] um entorpecimento mental, um “molóide criado pelo vídeo”, um viciado criado na vida dos videogames” (SARTORI, 2001, p.24).

Giovanni Sartori complementa que:

“[...] Portanto, o que nós vemos e percebemos concretamente não produz „ideias‟, mas se insere nas ideias (ou conceitos) que o classificam e „significam‟3 E é justamente este o processo que vem

sendo atrofiado quando o Homo sapiens é suplantado pelo Homo vídens” (SARTORI, 2001, p.33).

A partir dos anos 1980, houve uma grande transformação na mídia de massa, segundo Manuel Castells, que intitulou-a de Nova Mídia. Nessa época, surgiram os videocassetes, possibilitando gravar qualquer programa ou filme e reproduzi-los em horários desejados; apareceram os walkmans, que proporcionam a gravação de músicas em fitas, com a possibilidade de criarem bibliotecas musicais particulares; bem como grande variedade de canais da TV a cabo. Tudo isso forneceu uma gama de opções de acesso ao conteúdo do entretenimento. Segundo (CASTELLS: 2007), transformou-se a relação entre homem-mídia; a partir de então, tornou-se possível escolher o que e quando se deseja ver ou ouvir determinada programação. Para o autor, a partir desse momento, o receptor passou a ser mais “dinâmico” com relação à mídia.

3 Com base nessa premissa foi elaborada sucessivamente a “psicologia da forma” (Gestalt) de onde aprendemos de modo experimental – que as nossas percepções nunca são representações ou decalques imediatos daquilo que observamos, mas reconstruções mentais “emolduradas” do que é observado.

Já, Pierre Bourdieu entende que na mídia, mais especificamente na televisão:

“O princípio de seleção é a busca do sensacional, do espetacular. A televisão convida à dramatização, no duplo sentido: põe em cena, em imagens, um acontecimento e exagera lhe a importância, a gravidade, e o caráter dramático e trágico. Em relação aos subúrbios, o que interessará são as rebeliões. Que palavra grandiloquente... (Faz-se o mesmo trabalho com as palavras. Com palavras comuns, não se „faz cair o queixo do burguês‟, nem do „povo‟. É preciso palavras extraordinárias. De fato, paradoxalmente, o mundo das imagens é dominado por palavras)” (BOURDIEU, 1997, p.25-26).

Já a Sociedade da Informação, a Sociedade do Conhecimento, a Terceira Onda, a Era Pós-Industrial, a Pós-Modernidade - ou qualquer outro termo, que possa designar a época posterior à Revolução Industrial - pode ser considerada revolucionária segundo o aspecto mercantil, principalmente pela égide da comunicação, da cultura, da educação, do entretenimento, da política, da economia e da ideologia. A sociedade como um todo, na qualidade do sujeito, ganha certos espaços nesse meio, pois a obtenção de informações passa ser definida a partir de vários aparatos tecnológicos e não exclusivamente por meio da linguagem oral.

Dado o entender que o foco passara, por meio do capital a ser no indivíduo e não mais na multidão. A informação é considerada o princípio organizacional da própria vida, a descoberta do DNA – informação genética do ser humano - é um exemplo. Quanto mais informações sobre o público, melhor este será atendido. A disputa mundial não será mais por energia ou matéria prima, mas por informação que o sistema capitalista chama de base de dados do conhecimento.