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março de 2006 que fortalece a organização da atenção primá- ria, a Estratégia Saúde da Família (ESF) e Programa Agentes Co- munitários de Saúde (PACS), definindo Atenção Primária como um conjunto de ações individuais e coletivas que abrangem a promoção, proteção a saúde, prevenção dos agravos, diagnós- tico, tratamento, reabilitação e manutenção da saúde. Sendo assim, uma estratégia de organização do sistema de serviços de saúde, bem como um elemento de um processo contínuo de atenção individual, familiar e comunitária (BRASIL, 2006).

Neste contexto, o estudo teve por objetivo implantar o acolhimento com classificação de risco nas Unidades de Saúde da Família no município de Palmas –TO, para isso, a equipe de residentes junto à equipe da gerência de atenção básica, elaboraram um projeto de Intervenção.

Atenção Primária

O Programa Saúde da Família (PSF) foi desenvolvido em 1994, pelo Ministério da Saúde, na perspectiva de reor- ganizar a atenção primária e consolidar o SUS, serviço este

a territorialidade com ampliação da acessibilidade tendo o indivíduo em sua integralidade (ROSA; LABATE, 2005).

Existem duas modalidades de assistência na atenção primária, o Programa de Agentes Comunitários de Saúde (PACS) e as equipes de Estratégia Saúde da Família. Nos mu- nicípios onde há somente o PACS, este pode ser considerado um programa de transição para saúde da família. No PACS, as ações dos agentes comunitários de saúde são acompanha- das e orientadas por um enfermeiro supervisor, lotado em uma unidade de saúde. Os ACS podem ser encontrados em duas situações, ligados a uma unidade de saúde que ainda não esteja organizada na lógica do saúde da família ou vinculados a uma unidade de saúde, como membro da equipe multiprofissional do Estratégia Saúde da Família (BRASIL, 2011).

As equipes de saúde devem trabalhar de forma trans- versal, possibilitando a troca de experiências e conhecimento entre os diferentes integrantes. Estas equipes são compostas por no mínimo um médico de família, um enfermeiro, um auxiliar de enfermagem e seis agentes comunitários de saú- de (ACS). Sendo responsáveis pelo acompanhamento de até quatro mil habitantes, embora o ideal seja um número que não ultrapasse três mil habitantes por equipe, cada equipe será, portanto, responsável por uma área de abrangência previa- mente determinada, dividida em microáreas onde atuaram os ACS. As equipes de saúde da família atuam principalmente nas USF, podendo ainda realizar atendimentos residenciais e comunitários (BRASIL, 2011).

A Estratégia Saúde da Família (ESF) é prioritariamente a porta de entrada do sistema de rede assistencial à saúde que atua em um território definido, com uma população delimitada que é de sua responsabilidade, devendo, portanto, intervir nos

serviços de saúde (BRASIL, 2011).

A Portaria nº 2488/GM de 21 de outubro de 2011, que revoga a portaria Nº 648/GM de 28 de março de 2006, estabelece a revisão das diretrizes e normas para a organização da atenção primária, Estratégia Saúde da Família (ESF) e o Pro- grama de Agentes Comunitários de Saúde (PACS), definindo a atenção primária como um conjunto de ações individuais e coletivas, sendo uma estratégia de re-organização do sistema de serviços de saúde, tornando-se elemento de um processo contínuo de atenção individual, familiar e comunitária, que deve atuar através da prática de cuidado democrático e participativo (BRASIL, 2011).

Toda essa lógica conceitual de estruturação das ESF, de acordo com Campos apud Merhy (1998), não resolve todas as particularidades da assistência à saúde, nem garante a construção de um novo modelo, pois se assim fosse bastaria a ampliação do número desses serviços no país. No entanto, faz-se necessário a análise das ESF em desenvolvimento nos municípios, particularmente no que se refere aos processos de trabalho e às práticas de saúde, repensando concepções de novas racionalidades com uma equipe multiprofissional que trabalhe na ótica da interdisciplinaridade com objetivos comuns.

Seguindo uma nova lógica de atendimento a Portaria Nº 2488/GM de 21 de outubro de 2011, destaca a importância de ordenar as redes de assistência à saúde de acordo com a necessidade da população, organizando o fluxo dos usuários a fim de garantir acesso aos serviços de referência e ações de saúde fora do âmbito da atenção primária, sendo atribuições comuns a todos os profissionais a participação no acolhimento dos usuários, fazendo a escuta qualificada das necessidades de saúde e realizando a primeira avaliação com classificação de risco

tores e profissionais por meio do trabalho coletivo e da amplia- ção do grau de comunicação entre estes, buscando favorecer a estruturação de um SUS mais acolhedor, resolutivo e equânime em suas ações. A PNH se estrutura através dos seguintes valo- res: transversalidade e indissociabilidade acontecem através da tríplice inclusão de todos os envolvidos na produção de saúde, (usuários, trabalhadores e gestão), buscando desenvolver ações integradas através de uma comunicação horizontal (as relações são transversais, mas não impedem que a comunicação seja ho- rizontal, ou seja, sem barreiras); protagonismo dos sujeitos en- volvidos, principalmente trabalhadores e usuários, por estarem ligados diretamente ao processo de produção de saúde, sendo os usuários os sujeitos da ação, não para quem se desenvolve, mas com quem desenvolvem ações de saúde, é fazer com o usuário e não para ele. Isso favorece a co-responsabilidade e oferece autonomia aos sujeitos e coletivos envolvidos na pro- dução de saúde. O acolhimento é uma das diretrizes da PNH, sendo o acolhimento com classificação de risco um dispositivo desta (BRASIL, 2009a).