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Facilidades para o desenvolvimento das ações

Em relação aos pontos que facilitaram o desenvolvimento das ações propostas pelos residentes nas entrevistas houve unanimidade. Uma vez que os trabalhadores indicaram que o Grupo de Trabalho Humanizado – GTH ajudou a equipe a se sentir mais unida através das reuniões mensais, como pode ser constatado nas falas dos entrevistados, transcritas abaixo:

Criaram umas reuniões uma vez por mês (E01).

Sempre tinha reunião eles tinha o grupo né humanizaSUS nas sexta-feiras (E02).

Grupo de Trabalho Humanizado (E05). Aqui era muito difícil a gente se reunir, a gente ver que estava errado de se integrar mais com os colegas e esse GTH foi pra objetivo foi pra isso (E06).

Na análise do relatório das ações dos residentes, outros pontos foram destacados: disposição de alguns dos trabalhadores da equipe em participar das ações propostas; o interesse em aprimorarem conhecimentos, estimular a participação mais ativa da comunidade e resolução de conflitos internos; a parceria com a escola estadual, associação de

estudo realizados (BRASIL, 2006b). Ainda de acordo com a análise desse documento, esses espaços coletivos resultaram na aproximação das pessoas, em novos vínculos, resolução de conflitos e empoderamento dos trabalhadores, potencializando a produção de saúde.

A parceria com a escola estadual, associação de moradores e participação da população com sugestões e até cedendo sua residência para grupo em microáreas, também são citadas pelos residentes como relevantes para a realização de atividade como ações educativas, núcleos descentralizados e revitalização do conselho local de saúde. Ressalta-se que a participação social deve ser valorizada e incentivada no dia a dia dos serviços do SUS (BRASIL, 2009b).

Essa participação pode potencializar os serviços em saúde como mostra a análise do relatório, em que possibilitou a criação dos núcleos descentralizados, os quais foram pen- sados devido às dificuldades de alguns usuários se deslocarem até a Unidade de Saúde. Então foi proposto pela equipe o atendimento em microáreas, onde a adesão foi positiva por parte de alguns que até cederam suas casas para realização de atividades coletivas.

Conclusão

Os resultados apontam que, para os profissionais en- trevistados, os pontos dificultadores foram os conflitos (per- sonalidade e comunicação) e a não aceitação das propostas (não concordarem, não quererem participar) e resistência em trabalhar com os residentes. Entretanto, os residentes apon- tam no relatório das ações a ausência de um espaço físico adequado; falta de material para a construção do painel de si-

das deliberações do antigo conselho local de saúde e falta de compromisso dos conselheiros anteriores do CLS, como os principais problemas enfrentados.

O Grupo de Trabalho Humanizado foi o ponto que mais facilitou o desenvolvimento das ações propostas, por ser um espaço onde cada um tinha o direito de falar e os problemas existentes eram discutidos com todos os presentes. Contudo, na análise do relatório dos residentes, outros pontos que facili- taram a execução das ações foram destacados, como: disposi- ção dos trabalhadores da equipe em participar das ações pro- postas; o interesse em aprimorarem conhecimentos, estimular participação mais ativa da comunidade e resolução de conflitos internos; a parceria com a escola estadual, associação de mora- dores e participação da população.

O estudo possibilitou visualizar os pontos que dificulta- ram e os que facilitaram a execução das ações propostas pelos residentes. Nesse sentido, vale ressaltar que nesse processo os residentes provocaram a equipe com ações interdisciplinares, de inclusão dos sujeitos envolvidos o que resultou em mudanças no processo de trabalho, em que os profissionais mudaram suas práticas de trabalho individual para o trabalho em equipe. O que refletiu não só na equipe, como também para os usuários dos serviços, porque houve uma melhora no relacionamento geral percebida, principalmente, nas relações interpessoais en- tre os profissionais de saúde e mesmo entre estes e os usuários, durante a prestação dos serviços.

Acredita-se que estas melhorias fomentem a motivação para o trabalho em saúde, onde a valorização dos trabalhadores pode possibilitar o desenvolvimento de uma assistência efetiva e de qualidade à saúde. Por conseguinte, ressalta-se a importân- cia de se ter espaços coletivos onde os trabalhadores e usuários

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