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5. ATIVIDADES DE INTEGRAÇÃO NO MEIO

5.1. Atividades no âmbito da direção de turma

No decorrer do ano letivo, foi-nos proporcionada a experiência de podermos acompanhar e exercer funções no âmbito da direção de turma em conjunto com a orientadora cooperante. Esta experiência foi extremamente enriquecedora, uma vez que nos proporcionou a oportunidade de vivenciar situações de relação direta com os encarregados de educação, com os alunos e com os professores da turma as quais beneficiaram a nossa formação e decerto as nossas competências enquanto futuros professores.

As competências do Diretor de Turma são as consignadas no artigo 43.º do Decreto Legislativo Regional n.º 21/2006/M, p. 4405, que prevê que o diretor de turma, é competente para a aplicação das medidas disciplinares de advertência comunicada ao encarregado de educação e da repreensão registada.

A organização das atividades pedagógicas expressa no artigo 84.º do regulamento interno da ESJM, no que concerne ao diretor de turma refere que o diretor de turma é o professor que estabelece o elo de ligação e coesão entre os vários intervenientes no processo educativo dos alunos, nomeadamente os restantes professores, os encarregados de educação, as estruturas de administração e gestão da Escola bem como com as entidades exteriores à Escola no âmbito das atividades da turma.

O diretor de turma é designado pelo Presidente do Conselho Executivo, tendo em conta a sua competência pedagógica e capacidade de relacionamento entre os professores.

O artigo 86.º do regulamento interno expressa de forma pormenorizada as competências do diretor de turma. Uma das suas funções é a responsabilidade pelo controlo do número de faltas justificadas e injustificadas do aluno e por garantir que os encarregados de educação sejam informados relativamente a essas faltas.

De acordo com o Decreto-lei, n.º.21/2013, artigo 24.º, p. 3505 referente ao estatuto do aluno, “as medidas corretivas e disciplinares sancionatórias visam ainda garantir o normal prosseguimento das atividades da escola, a correção do comportamento perturbador e o reforço da formação cívica do aluno, com vista ao desenvolvimento equilibrado da sua personalidade, da sua capacidade de se relacionar

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com os outros, da sua plena integração na comunidade educativa, do seu sentido de responsabilidade e da sua aprendizagem”.

As funções desempenhadas pelos professores estagiários do núcleo de estágio da ESJM, no âmbito da direção de turma, foram corresponsavelmente partilhadas entre a professora coorientadora e os estagiários desde o início do ano letivo até sensivelmente meados de fevereiro, ficando desde então a cargo do professor estagiário Élvio Abreu até ao fim do ano letivo.

A função de direção de turma faz parte das tarefas a desempenhar ao longo do estágio pedagógico do mestrado em educação física, e consideramos que o nosso envolvimento enquanto professores em formação profissional constituiu uma mais-valia para a descoberta e obtenção de novos conhecimentos e competências.

Para dar início a este processo, foi crucial consultar e analisar o regulamento interno da escola assim como selecionar a informação pertinente a transmitir aos nossos alunos, tendo sido também parte dessa informação dada aos encarregados de educação na primeira reunião do ano letivo.

A nossa colaboração nas funções de direção de turma foi sempre realizada em conjunto com a orientadora cooperante, que nos acompanhou durante todo o processo, facultando diretrizes importantes relativamente ao trabalho que deveria ser desenvolvido semanalmente, à caracterização da turma, à preparação das reuniões de conselho de turma, das reuniões intercalares e das reuniões pontuais de atendimento aos encarregados de educação, bem como das reuniões de entrega das avaliações, entre outras tarefas.

Além disso, foi necessário proceder à eleição do delegado de turma no início do ano letivo, a qual foi realizada no final da aula de Educação Física que contou com a presença de todos os alunos.

O controlo semanal do número de faltas foi um dos procedimentos realizados durante todo o estágio, contudo este acompanhamento foi mais evidente durante as últimas semanas de aulas, quando alguns alunos se encontravam em vias de exclusão por faltas injustificadas. O controlo do número de faltas foi feito através de plataforma digital, simplificando o papel do diretor de turma no fornecimento da informação aos encarregados de educação relativamente ao número de faltas.

O contacto estabelecido entre os professores estagiários e os alunos da turma foi de proximidade e afetividade, dado estes partilharem situações e vivências com os

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professores, quer de carácter pessoal quer de questões particulares, que contribuíram para a o seu conhecimento.

A relação estabelecida entre o diretor de turma e os restantes professores foi-se definindo durante as reuniões formais do conselho de turma e em encontros informais no espaço da escola, relativamente a algum acontecimento pontual.

Quanto aos encarregados de educação, estes foram informados sobre o horário de atendimento no início do ano letivo durante o decorrer da primeira reunião. Esta informação foi depois transmitida através dos alunos aos encarregados de educação que não puderam comparecer.

Pudemos verificar que alguns encarregados de educação sentiram a necessidade de se deslocar à Escola durante o horário de atendimento para se informar relativamente ao progresso e desenvolvimento dos seus educandos. O atendimento aos encarregados de educação foi um mecanismo fundamental no conhecimento dos nossos alunos.

No termo desta função, pudemos constatar que o diretor de turma exerce um papel fundamental no acompanhamento e orientação dos seus alunos ao longo do ano letivo. Comprovámos que a noção neles inculcada de sentido de responsabilidade e organização foi uma mais-valia para a sua formação, não só enquanto alunos mas também enquanto elementos integrantes da sociedade.

Através das regras impostas pela escola, pelo diretor de turma e pelos professores, os alunos sofrem transformações e ficam alertados para as questões de responsabilidade que serão uma constante no seu quotidiano. Com efeito, as exigências neles incutidas preparam-nos para uma nova fase do seu processo de formação e de conquista dos seus objetivos, seja a sua entrada subsequente na universidade, seja o seu ingresso no mundo do trabalho.