• Nenhum resultado encontrado

Pretendemos aqui, apresentar e contextualizar os lugares do Agente Penitenciário e do Sentenciado no complexo jurídico penitenciário atual. Explicitaremos as leis que orientam as relações e que definem o lugar que cada um ocupa no ambiente intramuros. Veremos que algumas das ações citadas no capítulo anterior e que recaem sobre o sentenciado são prescritas na lei e não se tratam, de decisões sádicas que o Agente Penitenciário lança mão em sua relação com o apenado. Fazem, portanto parte do modo impositivo de lida de uma Instituição Total com o seu público.

Dentre as leis que regem estes atores, destaca-se a LEP, Lei de Execução Penal, que determina as regras a que ambos estão submetidos e transcreveremos aqui os artigos que são relevantes à nossa questão.

Retomamos, primeiramente, o objetivo da Execução Penal:

Lei de Execução Penal - L-007.210-1984 Título I

Do Objeto e da aplicação da Lei de Execução Penal

Art. 1º - A execução penal tem por objetivo efetivar as disposições de

sentença ou decisão criminal e proporcionar condições para a harmônica integração social do condenado e do internado.

Art. 3º - Ao condenado e ao internado serão assegurados todos os direitos

não atingidos pela sentença ou pela lei.

Art. 3º - Ao condenado e ao internado serão assegurados todos os direitos

Para tanto, propõe-se a assistência multidisciplinar ao apenado:

Art. 10 - A assistência ao preso e ao internado é dever do Estado,

objetivando prevenir o crime e orientar o retorno à convivência em sociedade.

Parágrafo único - A assistência estende-se ao egresso. Art. 11 - A assistência será:

I - material; Il - à saúde; III - jurídica; IV - educacional; V - social; Vl - religiosa.

Entretanto, como veremos, nem sempre essas assistências são oferecidas. Após uma rebelião ou graves desordens disciplinares, comumente são canceladas assistências como a educacional, por exemplo. Ainda quando são oferecidas, podem haver peculiaridades que minimizam a validade da assistência, como na exigência da presença física de Agentes Penitenciários nas consultas psicológicas, o que retira uma das mais importantes características do atendimento psicológico, a saber o sigilo profissional.

O lugar que cabe ao apenado é o da submissão, do cumprimento de deveres. São eles:

Art. 38 - Cumpre ao condenado, além das obrigações legais inerentes ao seu estado, submeter-se às normas de execução da pena.

Art. 39 - Constituem deveres do condenado:

I - comportamento disciplinado e cumprimento fiel da sentença;

II - obediência ao servidor e respeito a qualquer pessoa com quem deva relacionar-se;

IV - conduta oposta aos movimentos individuais ou coletivos de fuga ou de subversão à ordem ou à disciplina;

V - execução do trabalho, das tarefas e das ordens recebidas; VI - submissão à sanção disciplinar imposta;

VII - indenização à vítima ou aos seus sucessores;

Vlll - indenização ao Estado, quando possível, das despesas realizadas com a sua manutenção, mediante desconto proporcional da remuneração do trabalho;

IX - higiene pessoal e asseio da cela ou alojamento; X - conservação dos objetos de uso pessoal.

Parágrafo único - Aplica-se ao preso provisório, no que couber, o disposto neste artigo.

Talvez por isso, fica claro que o lugar ocupado pelo sentenciado na hierarquia penitenciária, não seria outro, senão a última das posições hierárquicas dentro da penitenciária.

O apenado também possui direitos. Entretanto, estes, para serem obtidos dependem do Outro, pois a sua obtenção é intermediada pela equipe dirigente, realçando o jogo de poder dentro da Instituição Penitenciária, ou seja, quem detém e quem é desprovido do poder. Nesse jogo, há uma dificuldade acessória, pois os agentes penitenciários, receptáculos primeiros das demandas dos apenados, sentem-se pouco à vontade para responder a estas demandas pois costumam se sentir como empregados dos sentenciados. Nessa posição, muitos se sentem ofendidos por estarem no papel de quem atende a uma solicitação de quem, para esses, não deveriam demandar, mas sim responder a demandas sociais. Assim, a demanda do sentenciado pode ser mal interpretada e aumentar a dificuldade dele ser atendido.

Certa ocasião, APs relataram-me que houve um tempo, como já citado anteriormente, em que os sentenciados faziam churrascos e festas semanais no interior dos blocos. Ainda que estas fossem custeadas pelos próprios presos, as festas só eram possíveis com a colaboração compulsórias dos Agentes Penitenciários que transportavam do exterior para o interior da penitenciária, bebidas, carnes e carvões dos churrascos.

Tal obrigação, despertava nos funcionários da casa uma revolta e um sentimento de estarem sendo humilhados por trabalharem tão explicitamente para os apenados. “Eles é que deveriam trabalhar para a gente” diziam.

Art. 40 - Impõe-se a todas as autoridades o respeito à integridade física e moral dos condenados e dos presos provisórios.

Art. 41 - Constituem direitos do preso: I - alimentação suficiente e vestuário;

II - atribuição de trabalho e sua remuneração;

Apenas 10 sentenciados do regime semi-aberto têm direito a trabalhos externos à penitenciária. Somente trabalham nas dependências da mesma, alguns sentenciados desse regime. Os que estão condenados ao regime fechado só trabalham em seus blocos e na função de faxineiros desses.

III - previdência social; IV - constituição de pecúlio;

V - proporcionalidade na distribuição do tempo para o trabalho, o descanso e a recreação;

Vl - exercício das atividades profissionais, intelectuais, artísticas e desportivas anteriores, desde que compatíveis com a execução da pena; Vll - assistência material, à saúde, jurídica, educacional, social e religiosa; Vlll - proteção contra qualquer forma de sensacionalismo;

IX - entrevista pessoal e reservada com o advogado;

Como citado anteriormente, nem sempre há o sigilo profissional, ora pela divergência de estilos de atendimento entro os técnicos, ora por imposição da administração da penitenciária sob a alegação de que a presença do Agente Penitenciário contribuiria para a segurança interna do presídio.

X - visita do cônjuge, da companheira, de parentes e amigos em dias determinados;

Xl - chamamento nominal;

Aqui vemos outro desrespeito à Lei, pois como já dissemos são usados apelidos genéricos ou números para a denominação de presos.

Xll - igualdade de tratamento salvo quanto às exigências da individualização da pena;

Xlll - audiência especial com o diretor do estabelecimento;

Quando a solicitação da audiência chega, por intermédio do Agente Penitenciário, aos diretores, estes costumam atender aos sentenciados. Cabe, muitas vezes, ao Agente, quantificar a urgência ou a importância da demanda e, a partir de seus próprios critérios subjetivos, passá-la ou não adiante. Como

a comunicação nesta fronteira se dá, quase que exclusivamente, por meio de reclamações e pedidos, os agentes penitenciários tendem a perceber as demandas a eles direcionadas, como supérfluas, exageradas, descabidas ou inoportunas.

XIV - representação e petição a qualquer autoridade, em defesa de direito; XV - contato com o mundo exterior por meio de correspondência escrita, da leitura e de outros meios de informação que não comprometam a moral e os bons costumes.

Parágrafo único - Os direitos previstos nos incisos V, X e XV poderão ser suspensos ou restringidos mediante ato motivado do diretor do estabelecimento.

Art. 42 - Aplica-se ao preso provisório e ao submetido à medida de segurança, no que couber, o disposto nesta Seção.

Art. 43 - É garantida a liberdade de contratar médico de confiança pessoal do internado ou do submetido a tratamento ambulatorial, por seus familiares ou dependentes, a fim de orientar e acompanhar o tratamento.

Parágrafo único - As divergências entre o médico oficial e o particular serão resolvidas pelo juiz de execução.

A disciplina é obtida a partir do cumprimento de um conjunto de normas e que tem como objetivo principal a manutenção da ordem interna da Instituição Penitenciária.

Art. 44 - A disciplina consiste na colaboração com a ordem, na obediência às determinações das autoridades e seus agentes e no desempenho do trabalho.

Parágrafo único - Estão sujeitos à disciplina o condenado à pena privativa de liberdade ou restritiva de direitos e o preso provisório.

Art. 45 - Não haverá falta nem sanção disciplinar sem expressa e anterior previsão legal ou regulamentar.

§ 1º - As sanções não poderão colocar em perigo a integridade física e moral do condenado.

§ 2º - É vedado o emprego de cela escura. § 3º - São vedadas as sanções coletivas.

Aqui novamente, vemos outra divergência. Apesar de não ocorrer com freqüência, as sanções coletivas são uma forma de punição usadas para coibir indisciplinas. Sempre quando não é possível se verificar a autoria espontânea ou compulsória de uma ação indesejada, pune-se coletivamente na esperança de que, com a pressão dos companheiros, surja o culpado.

Art. 46 - O condenado ou denunciado, no início da execução da pena ou da prisão, será cientificado das normas disciplinares.

Art. 47 - O poder disciplinar, na execução da pena privativa de liberdade, será exercido pela autoridade administrativa conforme as disposições regulamentares.

Art. 48 - Na execução das penas restritivas de direitos, o poder disciplinar será exercido pela autoridade administrativa a que estiver sujeito o condenado.

Parágrafo único - Nas faltas graves, a autoridade representará ao juiz da execução para os fins dos arts. 118, I, 125, 127, 181, §§ 1º, d, e 2º desta Lei.

Há um temor, por parte dos sentenciados, de que os agentes penitenciários, pelo fato de representarem o poder constituído, possam impor arbitrariamente sanções a eles. Qualquer pendenga entre ambos pode suscitar esse temor. Assim, procuram ser absolutamente deferentes em seus tratos com os Agentes Penitenciários, pois temem ter suas palavras mal interpretadas

e tomadas como desrespeitosas. Bilhetes dirigidos ao diretores, agentes ou técnicos da casa, costumam ser precedidos de inúmeras loas e pronomes de tratamento antes da explanação da demanda. Abaixo, um texto padrão, reproduzido com as correções ortográficas necessárias:

“Excelentíssimo, Ilmo, Senhor, Doutor Ricardo, gostaria, humildemente, de solicitar à vossa douta pessoa a fineza de me chamar para o seu precioso atendimento, visto que preciso falar-lhe.”

3.1 - A DISCIPLINA DOS AGENTES PENITENCIÁRIOS

Assim como os sentenciados, os agentes penitenciários também estão sujeitos a normas e deveres. Esta peculiaridade torna a ambos ainda mais similares. Os Aps, também estão sujeitos a represálias quando do não cumprimento de suas obrigações.

A função dos agentes penitenciários varia de acordo com a categoria à qual eles pertencem, sendo classificados em Agentes de Segurança Penitenciária I, II, III, constituindo desta forma, uma hierarquia que determina a qualificação de suas funções.

Os serviços aos quais são atribuídos aos Agentes de Segurança Penitenciária I (ou simplesmente ASP I) são:

§ zelar pela disciplina e segurança dos detentos; § efetuar rondas periódicas;

§ acompanhar trabalhos executados por detentos; § informar ocorrências de seu turno de trabalho;

§ dirigir veículos oficiais quando credenciado e habilitado;

§ acompanhar sob custódia, detentos requisitados para audiências, ou quando da realização de exames médicos ou laboratoriais.

Os ASP II tem como funções:

§ identificar pessoal interno através de fichas de acompanhamento; § preparar notas de serviços;

§ registrar ocorrências em livro próprio; § elaborar relatórios;

§ promover a distribuição de presos nas celas; Os ASP III tem como funções;

§ coordenar o trabalho das equipes em plantão nos estabelecimentos penais;

§ coordenar atividades laborativas e recreativas dos detentos;

§ estudar e propor medidas que aprimorem o tratamento penitenciário definido para cada detento;

§ colaborar na classificação dos internos observando-se o índice de aproveitamento revelado no cumprimento da pena;

§ prestar assistência técnica quando da implantação de normas ou novos métodos de trabalho;

§ realizar estudos e pesquisas relativos a problemas penitenciários.

A única atribuição comum a todos os agentes, independente da categoria à qual pertença, é a de efetuar serviços de vigilância interna e custódia de presos.

A Lei dita padrões de conduta desejados que, por sua simples existência estabelece a conduta indesejada. Ademais, profere as condições a que estarão os sujeitos que a ferem. Assim, a conduta desviante, por estar à margem do desejado, nos evidencia os contornos do desejável e exige um enquadramento do desviante a fim de não comprometer nossos modelos com a crise ou com a violência que é anunciada pela conduta indesejável. Desta forma, a lei estabelece a sua violação no momento em que se revela e prescreve o

comportamento aceitável. O Desvio é, pois, esperado e anunciado pela própria lei.

Norma: No sentido que Baudrillard nos fornece, é o modelo ou a padronização. Para ele, a sociedade atual vive um mínimo de socialidade real (respeito às leis) e num máximo de simulação (seguimos normas e modelos). Isto é, vivemos na imanência cool da norma e dos modelos impostos pela mídia. Esta determina os padrões estéticos, éticos, morais, econômicos, culturais, etc. (Silva, 1998, p. 162)

A norma é algo mais amplo e menos rígido que a lei, e, por isso mesmo o que a ela escapa anuncia a catástrofe, “esse acontecimento bruto máximo,

ainda mais acontecimal que o acontecimento – mas acontecimento sem conseqüências que deixa o mundo em suspenso”. (Baudrillard, citado por

Pereira, 1990, p. 93)

Isto posto, o sentenciado seria aquele que encarna o ilegal, visto que ele infringiu uma lei e, desta infração, mediante o pacto social vigente, está passando por uma sanção prevista neste mesmo pacto. Este, prevê a adoção de medidas que excluem da sociedade, por determinado tempo o condenado e impõe a outro o dever de assistir, em todas as conotações deste verbo, ao apenado ao longo de sua sentença, o Agente Penitenciário. Estas assistências se prescrevem na mesma lei que prevê a reclusão do indivíduo marginal. Assim, ambos se encontram circunscritos sob uma mesma lei que dita direitos e deveres a todos os envolvidos neste processo.

Sob a condição de reclusão, o apenado depara-se com este assistente, num contexto que norteia a sua percepção de modo a estimular a confrontação entre estes dois atores do processo que tendem a se perceber como distintos

e, às vezes, antagônicos. Em seus atos, os Agentes Penitenciários, na tentativa de manter a lei, a disciplina, a ordem, por vezes, lançam mão de uma série medidas extras ou sobrepenas, além das técnicas obrigatórias inerentes à sua função, que não estão, por sua vez, descritas na lei que orienta a relação entre eles e os sentenciados.

Essas sobrepenas são, claramente, fruto de uma atuação particularizada, embora bastante disseminada entre os Agentes Penitenciários. Isto lhes coloca, entretanto, no campo da ilegalidade e em conseqüente semelhança com aqueles que recebem tal tratamento à margem da lei. As sobrepenas são tão ilegais quanto os atos infracionais que levaram o marginal à sua condição de sentenciado. Eis aqui, novamente, a mimeze refeita.

O contexto penitenciário orienta, como já foi citado, os olhares em uma direção de potencialização dos atos daquele que se percebe como antagônico, principalmente aos olhos da vítima do ato tido como violento. Na instituição penitenciária, ambos são vítimas. Os sentenciados como vítimas das sobrepenas e os Agentes Penitenciários como vítimas, por extensão, do ato criminoso do sentenciado quando em liberdade, além de estarem sempre vitimizados pelo medo da grande vingança intramuros, a rebelião. Assim, os atos de ambos podem ser percebidos como algo fora do normal, ilegal.

O sentenciado que julgava pagar pelo seu ato infracionário com a pena de reclusão, poderia agora se ver sobrepenado e perceber o seu agressor como alguém mais criminoso que a si mesmo.

“Sabíamos que quem nos prendera, quem nos mantinha presos, quem

que nós. A diferença era que estávamos presos” (Mendes, 2001, p. 411-412). E

ambos situam-se à margem da lei.

Então, a sobrepena passa a ser vista como uma violência mais violenta que a própria violência, e o seu ator “mais violento que o próprio violento”, o sentenciado. Este fica, então, “em uma situação de imprevisibilidade e

suspense: nem morto e nem vivo”. (Baudrillard, 2001, p. 76)

Este indivíduo “nem morto e nem vivo”, sem identidade, se vê como alguém que sofre uma pena mais intensa que seu ato e,

(...) por seu raciocínio, depois de (...) ter sido submetido a castigo injusto ou excessivo, bem como a tratamento mais degradante que o prescrito pela lei, passa a justificar o seu ato – o que não podia fazer quando cometeu. Decide “descontar” o tratamento injusto na prisão, e a vingar- se, na primeira oportunidade, através de outros crimes. (McCleery, 1953, citado por Goffman, 1961, p. 56).

Ou, novamente nas palavras de Mendes, após um castigo físico considerado excessivo

O mundo todo agora era composto por inimigos, e doravante era assim que os encararia. Eles iam ver... Não haveria dó ou piedade por ninguém. Agora compreendia o que era ser bandido. Entendia que bandido era sinônimo de crueldade e perversidade. Nunca matara ninguém, agora estava arrependido por não haver matado quantos pudesse! Só apanhara e sofrera desde criança. Mas eu agora sabia: podia demorar, mas eu sairia e aí as coisas seriam diferentes. Não era o bicho que eles queriam? Pois era o que iriam ter! (Mendes, 2001, p. 335)

Aquele indivíduo que, para Girard, perdera o seu fio da meada, e junto com ele o fio condutor da sede infinita da vingança, poderia reencontrá-lo na

face do agente penitenciário, enquanto indivíduo ou enquanto grupo, e reascender a chama, outrora apagada, pelo sistema judiciário.

Assim, a relação dentro do set penitenciário poderia, influenciar na vida do sentenciado no ambiente intra e extramuros. Ele pode, como mencionado acima, justificar não o seu ato primeiro, mas os futuros com base na relação que estabelecera com o Aagente penitenciário. Ao sair da prisão, fato que sempre ocorre, à exceção daqueles que falecem durante sua reclusão, ele poderia fazer uso do seu, agora, “justo” ato vingativo contra o seu algoz penitenciário ou lançar mão do artifício daqueles que são portadores da sede da vingança, o da vítima expiatória citada por Girard.

Então, o sentenciado, agora em liberdade, volta a ter uma gama de vítimas potenciais que lhe confere uma imensa amplitude de atuação, porém, daqui para frente, ele terá motivos que, sob seu olhar, se mostram justos. Assim, o ciclo da violência se refaria, mostrando-se como nunca, ou como sempre, infinito.

Percebe-se aqui, que, embora estejam inscritos na mesma lei, ambos se encontram em posições díspares. Essa disparidade se reflete não só na condição de submissão do apenado ao Agente Penitenciário, mas também nas diferentes formas de vigilância e disciplinas aos quais os dois estão submetidos.

Ambos, apesar de estarem sujeitos à disciplina intramuros, sofrem conseqüências diferentes quando da infração cometida. Enquanto os Agentes Penitenciários são responsáveis pelo relato da ocorrência infracionária dos

sentenciados, não há uma vigilância isenta, para o relato das infrações cometidas pelos próprios Agentes Penitenciários.

Essa disparidade corrobora com a sensação de injustiça que tendem a sentir os apenados na sua relação com a equipe dirigente de um modo mais amplo.

CAPÍTULO IV

Documentos relacionados