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UMA PSICOLOGIA DA MENTE

3. Auto-importância ou orgulho

Conceito: Auto-importância ou orgulho é um fator mental distinto que, baseado na visão da coleção transitória, “eu” e “meu”, apreendida como inerentes, é fortemente apegada a uma imagem inflada e superior de si próprio. Ela tem a função de evitar a realização de qualquer alta virtude e de causar desrespeito e menosprezo pelos outros. Por meio disto ela conduz alguém ao doloroso e indesejável. A base para a auto-importância é a visão da coleção transitória, por exemplo a concepção errônea que os elementos corpo e mente são o “eu” ou essencialmente “meu”. Esta concepção exagerada

conseqüentemente fará surgir a auto-importância e sentimentos de orgulho tais como: “Olhem-me, quão sábio eu sou!” Devido a este tipo de pensamento uma imagem altamente inflada de si próprio

desenvolve-se e como resultado torna-se muito presunçoso diante dos outros. Através deste fator mental produze-se um senso inflado de personalidade superior, ela não é uma superioridade real mas meramente uma produção conceitual falsa.

Uma vez surgida, ela automaticamente nos causará inveja dos superiores, competitivo com os iguais e arrogantes com os inferiores. Por meio disso ele cria uma atmosfera tensa a e hostil. Na perseguição mundana, ela pode parecer uma qualidade conveniente, mas na prática do Darma ela é somente um obstáculo para o nosso desenvolvimento.

De acordo com suas causas, auto-importância pode ser divida em sete tipos: 1 – 3 Auto-Importância Menor, Maior e Extrema.

Estas três formas de auto-importância são chamadas de “materialmente-orientadas” visto que elas surgem em relação a tais coisas como status social e riqueza. Auto-importância menor vem através da comparação de si próprio com aqueles que parecem ter menos que você. Este é o pensamento que considera: “Eu sou maior que aqueles que tem uma posição social inferior e que são mais pobres em conhecimento que eu.” Auto-importância maior surge em relação àqueles que são iguais a nós. Ele considera: “ embora ele possa ser igual a mim em sua posição social, etc, todavia, através das minhas qualidades de generosidade, moralidade e assim por diante, eu sou superior a ele.” Auto-importância extrema toma como seus objetos aqueles que superior a você e considera, “ mesmo comparado com aqueles que tem posição social, riqueza, conhecimento, etc superior ao meu, apesar disto eu sou superior.”

4. Auto-importância egoística

Esta atitude convencida é um estado mental inflado que resulta da imaginação que os seus próprios agregados de corpo e mente são alguma coisa perfeita. Ele, então, concebe fortemente que uma pessoa que é não auto-existente passa a ser uma pessoa auto-existente.

5. Auto-importância inflada

É uma qualidade humana negativa, por exemplo, todas as atividades que surgem do apego, ódio e confusão, são contrapostas pela absorção mental e meditação. Auto-importância inflada é atitude

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convencido que tem.

6. Auto-importância auto-retraída

Este é um estado mental inflado que considera, “visto que tenho somente uma fração de status social, conhecimento etc. destes superiores a mim, eu estou completamente humilhado e insignificante.” 7. Auto-importância Distorcida

Um exemplo de auto-importância distorcida seria atitude inflada de uma pessoa moralmente degenerada que se considera moralmente correta e virtuosa. Então ela é distorcida visto que ela nos faz acreditar que estamos dotados com qualidades benéficas que de fato estão faltando.

4. Ignorância

Conceito: Ignorância é um estado aflitivo de desconhecimento que produz sobre a mente confusão sobre a natureza de coisas tais como a lei de causa e efeito, as três jóias e assim por diante. Ela tem como função agir como base e uma raiz para todas as aflições e ações corrompidas .

A ignorância que estamos falando aqui é a confusão, é qualidade de consciência que obscurece-nos do conhecimento claro das coisas. Ela age como base para, mas é distinta da ignorância que concebe

falsamente a auto-existência da pessoa. Esta qualidade mais específica de ignorância será tratada quando abordarmos a visão da coleção transitória.

Classificação: Geralmente falando, existem dois tipos de ignorância: confusão do o significado da sua própria realidade, como exemplo a ignorância sobre a natureza do eu, e a confusão sobre tópicos como a lei de causa e efeito.

Aflições derivadas da Ignorância a). Dissimulação

Conceito: Dissimulação é um fator mental que deseja esconder as nossas qualidades maléficas e de outra pessoa. Ela tem a função de causar pesar e a função indireta de não permitir que o corpo e a mente permaneçam tranqüilos.

Isto ocorre quando alguém genuinamente tenta ajudar-nos apontando uma certa fraqueza que

possuímos. Em vez de darmos atenção a suas palavras, ignoramos e imediatamente tentamos esquecer o que ele disse. Na dissimulação necessariamente não reagimos com violência ou negatividade para com a outra pessoa, simplesmente suprimimos qualquer manifestação ou conhecimento da falha que ele descreveu.

Superficialmente parece que agimos como uma defesa, mas quanto mais nos referenciamos a ela, mais ela causa aflição e desconforto na mente.

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Conceito: Obtusidade é um fator mental que, tendo causado na mente lapso e escuridão e deste modo tornando-se insensível, não compreende o objeto claramente, tal como ele é. Ela tem a função de fazer o corpo e a mente pesados e inflexíveis, e de aumentar a sonolência e o afundamento.

Obtusidade não deve ser confundida com afundamento. O afundamento ocorre somente nos estados mentais mais avançados de meditação na quietude e necessariamente não é uma aflição. Quando o corpo e a mente são luminosos e joviais, afundamento se manifesta como um declínio da energia mental. Algo similar ao ar escapando através de um minúsculo furo em um balão.

Existem dois tipos de obtusidade: uma grosseira e uma sutil. c). Descrença

Conceito: Descrença é um fator mental que, visto que ele causa a ausência de acreditar ou respeito por quem é merecedor de confiança – tal como a lei de ações e seus efeitos – é a oposição completa a fé. Ele tem a função de agir como uma base para a preguiça e de causar o decréscimo da força da fé. Além do mais, ela faz alguém desacreditar, desrespeitar e não ter desejo pelo que é positivo, deste modo serve de raiz para qualquer desenvolvimento benéfico.

Classificação: Existem duas formas de descrença: aquela que simplesmente não vê a necessidade para ou os frutos da virtude, e aquela na qual considera a virtude e não virtude como não existentes.

d) Preguiça

Conceito: Preguiça é um fator mental que, tendo firmemente agarrado um objeto que oferece felicidade temporária, não quer fazer nada benéfico ou, apesar de querer, é medroso. Ele tem a função de causar a diminuição da força do entusiasmo. Ele age como base para a degeneração das tendências benéficas já acumuladas tanto quanto por evitar a produção de novas virtudes. Este fator mental negativo é o que é dominado pelo entusiasmo. Suas três principais divisões já foram explanadas na seção referente ao entusiasmo. Entretanto, em adição a estas divisões podemos acrescentar três mais: preguiça que vem no inicio em relação a prática do Darma como desnecessária; preguiça de procrastinar é aquela que apesar de ser capaz de praticar o Darma, considera não existir tempo agora; e preguiça destrutiva é aquela que apesar de ver a necessidade de praticar agora, é atraído para atividades maléficas.

e). Esquecimento

Conceito: Esquecimento é um fator mental que, tendo causado a perda da apreensão de um referente benéfico, induz lembrança de uma distração através de um distúrbio referente. Ele tem a função de destruir o vaso no qual contem todas as qualidades benéficas e de causar o declino da força da lembrança. Deste modo ele conduz alguém a apreender objetos que perturbam a mente.

Aqui esquecimento refere-se ao fator mental que, além de perder de vista o que é benéfico, atrai alguém para apreender o que é maléfico. Ele não corresponde ao que é usualmente compreendido por “esquecer alguma coisa”, por exemplo, simplesmente sendo incapaz de reter a lembrança de um objeto na mente. Na realidade é uma forma de lembrança que perturba a mente por envolvê-la com objetos contaminados. Esta forma negativa de esquecimento é um grande obstáculo para a execução de qualquer tarefa, seja ela mundana ou espiritual.

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referente benéfico; e aquele no qual vem através da força de ser atento em relação a um distúrbio referente.

f). Desatenção

Conceito: Desatenção é um fator mental que, sendo um estado aflitivo de inteligência no qual nada tenha feito ou somente uma análise superficial, não está completamente consciente da conduta do seu próprio corpo, fala e mente e deste modo causa a alguém entrar em um estado de indiferença descuidada. Ela tem a função de causar o declínio da força da inteligência e provocar o aumento das ações negativas de corpo fala e mente. Ela também impede a aplicação das quatro forças oponentes.

Geralmente falando, a desatenção refere-se a qualquer estado de inteligência aflitiva. Além do mais, qualquer estado mental que surja enquanto alguém não está completamente consciente da conduta do seu corpo, fala e mente é chamado de uma forma “aflitiva” de inteligência, porque ele tem a função de ser um grande causador de quedas moral.

Existem três tipos de desatenção: desatenção que acompanha visões malvadas, desatenção que evita o desenvolvimento de uma inteligência analítica válida; e desatenção que interrompe a quietude mental. Estes três tipos são, respectivamente, mais e mais sutis.

Aflições derivadas de Apego e Ignorância a). Pretensão

Conceito: Pretensão é um fator mental que, quando alguém está publicamente apegado em relação a um ganho material, fabrica uma qualidade particular excelente sobre si próprio e então deseja fazê-la

evidente para os outros. Ela age como base para estabelecer um estilo de vida errôneo e como uma causa para monges seres derrotados pela falta da mentira.

Existem dois tipos de pretensão: aquela que surge do apego e aquela que surge da confusão. b). Desonestidade

Conceito: Desonestidade é um fator mental que, quando alguém está completamente apegado em relação ao um ganho material, deseja confundir os outros mantendo suas próprias falhas desconhecidas deles. Ela tem a função de não dar uma resposta clara para questões e causar uma interferência para obter vantagens para si próprio.

Ambos, pretensão e desonestidade são similares no que eles desejam transmitir uma imagem falsa de si próprio para os outros. Superficialmente eles parecem enganar e iludir os outros, mas na realidade eles somente enganam e iludem a si próprio.

Classificação: Existem dois tipos de desonestidade: aquela que surge do apego e aquela que surge da confusão.

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