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UMA PSICOLOGIA DA MENTE

5. Visões Aflitivas

Conceito: Uma visão aflitiva é um estado de inteligência aflitiva que considera os agregados como senso inerentemente “eu” ou “meu” ou em direta dependência de tal visão, uma inteligência aflitiva que desenvolve outras concepções errôneas. Visões Aflitivas têm a função de agir como a base para todos os

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transtornos engendrados através das aflições tanto quanto todas as outras perspectivas falsas e negativas.

Existem muitos tipos de visões aflitivas mas, aqui abordaremos aquelas cinco principais e mais importantes:

1 A visão da composição transitória

A visão da composição transitória é uma visão aflitiva que, quando se refere aos agregados de corpo e mente, concebe-os por ser ambos inerentemente “eu” ou “meu” Ela age como base para tudo que é maléfico.

Esta visão errônea é assim chamada porque ela tem como seu objeto a coleção transitória de corpo, sensação, discriminação, elementos formativos e consciência primária. Na confusão da ignorância, ela então concebe erroneamente uma pessoa auto-existente para existir independentemente destes

elementos. Alternativamente, ela considera-os como uma substância de uma pessoa auto-existente ou os objetos pertencentes para tal pessoa auto-existente. Ela é considerada como uma forma de inteligência, mas porque ela é uma discriminação distorcida, ela tem como uma característica fundamental

perturbadora e maléfica. Devido a esta concepção falsa que todos os seres ordinários são dotados com o senso de um “eu” independentemente auto-suficiente. Deste modo está presente em todas as formas da existência condicionada. Em animais ele é meramente um senso instintivo de identidade enquanto no homem ele é freqüentemente cultivado e justificado intelectualmente.

Para obter a liberação da existência cíclica, este é o fator mental chave para ser reconhecido e transformado. Mas tal processo não é fácil. Ele requer muita análise da natureza do caminho no qual distorcidamente concebemos a nós próprios como existente. Primeiro, temos que reconhecer

claramente que este falso “eu” que temos tão fortemente assumido existir. Somente então podemos construtivamente proceder para penetrar na sua não realidade e reduzir a obsessão instintiva de apego a ele como algo real.

Existem dois tipos desta visão: a apreensão de um “eu” inerente e a apreensão de algo como senso inerentemente “meu”.

2 Visões Extremas

Uma visão extrema é um estado aflitivo de inteligência que, quando refere-se ao “eu” e ao “meu” concebido pela visão da composição transitória, considera-os como um aspecto eternalista ou niilista. Ele tem a função de impedir que alguém encontre o caminho do meio o qual está livre dos extremos e de criar causas para alguém retornar a tarefa de estabelecer as causas para status elevado no samsara e a liberação.

Existem dois extremos nos quais estamos sujeitos a falhar uma vez que tenhamos assentado o senso do eu trazido pela visão da composição transitória: os extremos do eternalismo e do niilismo. O extremo do eternalismo é aquele que considera nossa identidade pessoal algo imutável, a qual sobreviverá à morte e continuará indefinidamente. O extremo do niilismo é a visão que considera que apesar de uma identidade pessoal estar presente agora, na morte, esta identidade e o elemento da consciência, cessarão

completamente. No Budismo estes extremos são evitados através da negação da existência independente de uma pessoa por um lado, mas por outro lado também afirmando a continuidade momentânea da consciência.

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Uma visão de superioridade é um estado aflitivo de inteligência que considera outras visões negativas ou os agregados de corpo e mente como sendo supremos, exaltados, principais ou sagrados. Ela tem a função de causar apego a visões falsas para aumentá-las.

Tal visão seria o pensamento: “não existe nada superior à crença na auto-existência da pessoa que é eterna e imutável”. Este tipo de pensamento somente exagera e fortalece nossas opiniões falsas. 4 Visões que consideram Disciplinas morais e espirituais insatisfatórias como suprema.

A visão que considera disciplinas morais e espirituais insatisfatórias como supremas é um estado aflitivo de inteligência que acredita que a purificação das corrupções mentais possa ser possível por meio de práticas ascéticas e de códigos de éticas inferiores que foram inspirados em visões errôneas. Ela age como base para não se obter os frutos para a liberação da existência cíclica tanto quanto por obter os resultados não desejados por nós. Visto que elas nos causam exaustão enquanto não atingimos metas reais. Estas visões encontradas em nós próprios manifestadas na submissão a tremendas dores físicas na espera que por tais práticas tendências maléficas serão purificadas. Em algumas religiões tradicionais acredita-se que privando uma pessoa da sua alimentação ou queimando o seu próprio corpo, por

exemplo, esta pessoa seria ajudada a atingir a liberação do sofrimento. De fato, como Buda descobriu por si próprio, estes métodos são insuficientes para afetar a raiz de nossos problemas e descontentamentos. Visto que a fonte de toda a escravidão está dentro da mente, o caminho da liberação é essencialmente um de desenvolvimento mental e purificação.

5. Visões errôneas

Uma visão errônea é um estado de inteligência aflitiva que nega a existência de algo que realmente existe. Ela age como uma base para obstrução e qualquer conduta maléfica.

Um exemplo de uma visão errônea seria a negação de qualquer causa relacional entre ações e seus resultados, uma recusa em acreditar que felicidade é o resultado da virtude e sofrimento é o resultado da maldade. Do mesmo modo, negar a existência de um estado de liberação do sofrimento seria também constituída de uma visão errônea.

Além do mais, temos as visões errôneas que negam a existência de algo existente, podemos falar também das visões errôneas que negam a existência de algo não existente.

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