Baixa Média Alta
AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DE VIDA DE PACIENTES COM INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA: REVISÃO INTEGRATIVA
Ana Klisse Silva Araújo1,Clayanne Reis Braga1,Lorena Mayara Hipólito Feitosa1,Antônia Luzângela da Costa Pereira1,Ronaldo César Feitosa Formiga2,Laura Maria Feitosa Formiga1
1Universidade Federal do Piauí 2FACID
RESUMO
Objetivo: Foi realizada uma revisão integrativa com o objetivo de caracterizar as
publicações científicas relacionadas à avaliação da qualidade de vida em pacientes portadores de insuficiência renal crônica em tratamento dialítico, no período que compreende os anos de 2004 a 2014. Métodos: Foram selecionados artigos nas bases de dados LILACS e SciELO, utilizando os descritores em saúde: insuficiência renal crônica; diálise, qualidade de vida. Critérios de inclusão: artigos publicados na íntegra, que abordavam a questão norteadora, acessados pelo meio online nos idiomas português, inglês ou espanhol; estudos realizados com adultos e/ou idosos em tratamento dialítico. Os critérios de exclusão foram os seguintes: resumos que não apresentavam o texto na íntegra; estudos realizados com crianças, adolescentes, gestantes, cuidadores e/ou com pacientes submetidos a transplante renal. Resultados: Nos estudos analisados, (48,3%) não definiram Qualidade de Vida (QV) e (20,7%) definiram Qualidade de Vida Relacionada à Saúde (QVRS). Relacionado aos instrumentos que mensuram QV, identificou-se que (37,9%) estudos aplicaram o SF-36 (The Medical Outcomes Study 36-item Short-Form
Health Survey) e (31%) utilizaram o KDQOL-SF (Kidney Disease and Quality of Life-Short Form). Conclusão: Foi possível alcançar o objetivo proposto e compreender que a doença
renal crônica interfere na qualidade de vida dos pacientes, uma vez que os mesmo precisam sobreviver e se adaptar as novas condições relacionadas ao corpo, alimentação, sexualidade, medicamentos, vida social e familiar.
Palavras-chave: Insuficiência renal crônica. Diálise. Qualidade de vida.
INTRODUÇÃO
Vários estudos no Brasil e no mundo discutem o conceito de QV, termo esse que, por muitas vezes, é confundido com estilo ou condições de vida. Apesar das inúmeras discussões sobre o conceito dessa palavra, sua definição ainda não é constante. Para entender o que é QV, deve diferenciá-la do estado de saúde por meio de três dimensões principais: saúde mental, função física e social. Para determinar o estado de saúde de uma pessoa, o fator mais importante a ser observado é a função física, e para caracterizar a QV, é preciso considerar também sua saúde metal e seu bem-estar psicológico, social e ambiental (PIMENTA et al., 2008).
De acordo com Torres et al. (2010), o conceito de QV está relacionado à autoestima e ao bem estar pessoal abrangendo uma série de aspectos, tais como a capacidade funcional, o nível socioeconômico, o estado emocional, a interação social, a atividade intelectual, o autocuidado, o suporte familiar, o próprio estado de saúde, os valores culturais e éticos, a religiosidade, o estilo de vida, a satisfação com o emprego e/ou atividades diárias e o ambiente em que se vive, sendo mensurada através dos instrumentos mais adequados para sua avaliação.
A insuficiência renal crônica (IRC) consiste em perda progressiva e irreversível da função dos rins. Os principais grupos de risco para o desenvolvimento desta patologia são
pessoas portadoras de diabetes mellitus (DM), hipertensão arterial e história familiar de IRC. Além destes, outros fatores estão relacionados à perda de função renal, como glomerulopatias, doença renal policística, doenças auto-imunes, infecções sistêmicas, infecções urinárias de repetição, litíase urinária, uropatias obstrutivas e neoplasias (BRASIL, 2006).
Atualmente, a IRC surge como um grande problema de saúde pública em todo o mundo. No Brasil, de acordo com censo 2012 da Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN), há 696 Unidades Renais Cadastradas na SBN, dentre essas, 651 são ativas com oferta de Programa Crônico, tendo uma estimativa de 97.586 pacientes em tratamento dialítico. (SBN, 2012).
O impacto da IRC sobre a qualidade de vida pode sofrer influência de vários fatores: convívio com doença irreversível (incurável), esquema terapêutico rigoroso que provoca modificações alimentares, de hábitos, das atividades sociais e de trabalho, utilização de vários medicamentos e dependência de uma máquina (SANTOS, 2006).
O tratamento provoca muitas limitações aos pacientes ocasionando várias mudanças no seu dia-a-dia que podem causar alterações na qualidade de vida destes. Com isso, o presente estudo teve como objetivo caracterizar as publicações científicas relacionadas à qualidade de vida em pacientes portadores de insuficiência renal crônica em tratamento dialítico, no período que compreende os anos de 2004 a 2014 identificando os aspectos tidos como relevantes.
METODOLOGIA
O método de pesquisa utilizado foi a revisão integrativa da literatura, sendo este, um método que tem a finalidade de reunir e sintetizar resultados de pesquisas sobre um delimitado tema ou questão, de maneira sistemática e ordenada, contribuindo para o aprofundamento do conhecimento do tema investigado. Por meio dele, pode-se realizar a síntese de múltiplos estudos publicados e possibilitar conclusões gerais a respeito de uma particular área de estudo (POLIT; BECK, 2011).
Nesse contexto, a revisão integrativa emerge como uma metodologia que proporciona a síntese do conhecimento e a incorporação da aplicabilidade de resultados de estudos significativos na prática (SOUZA; SILVA; CARVALHO, 2010).
Componentes da revisão integrativa da literatura, segundo Mendes; Silveira e Galvão (2008).
A questão norteadora do estudo foi: “Qual o conhecimento científico já produzido, relacionado a qualidade de vida dos pacientes com insuficiência renal crônica em tratamento dialítico?”.
No que tange ao levantamento bibliográfico foram consultadas as bases de dados LILACS (Literatura Latino Americana e do Caribe em Ciências da Saúde), e na biblioteca SciELO (Scientific Electronic Library on Line) com os seguintes descritores: insuficiência renal crônica; diálise; qualidade de vida (DeCS).
Os critérios de inclusão utilizados foram: artigos publicados na íntegra, que abordavam a questão norteadora, publicados entre os anos de 2004 a 2014 acessados pelo meio on line nos idiomas português, inglês ou espanhol e estudos realizados com adultos e/ou idosos em tratamento dialítico. Critérios de exclusão: resumos que não apresentavam o texto na íntegra; estudos realizados com crianças, adolescentes, gestantes, cuidadores e/ou com pacientes submetidos a transplante renal.
Na base de dados SciELO foram identificados 162 artigos, que após leitura e análise minuciosa dos mesmos, 20 se adequaram aos critérios de inclusão. Na base de dados LILACS localizou-se 38 estudos. Destes, foram incluídos 9 artigos e 29 excluídos por não se adequarem aos critérios de inclusão. Desta forma, totalizou-se uma amostra final de 29 estudos nesta revisão integrativa. É importante ressaltar que a produção científica sobre
qualidade de vida e insuficiência renal crônica é bastante vasta, justificando a delimitação da pesquisa.
Na perspectiva de sumarizar e organizar as informações adaptou-se, especificamente para este estudo, o instrumento de Nicolussi (2008), que identifica a publicação com ano de publicação, autores, formação profissional, país e idioma, juntamente com os critérios de avaliação de estudos de QV e suas características metodológicas. Os dados foram categorizados e discutidos segundo os objetivos da revisão integrativa.
RESULTADOS
Ao final da análise foram selecionados 29 artigos relacionados ao objetivo como demonstra as tabelas abaixo, sendo descritos apenas os resultados mais relevantes.
Quadro 1: Descrição dos resultados incluídos na revisão integrativa segundo autor (es),
base de dados, periódicos e ano de publicação.
Nº Autor (es) Base de dados
Periódicos
Ano de publicação
01 Higa, K; Kost, MT; Soares,
DM; Morais, MC; Polins, BRG.
SciELO Acta Paul Enferm 2008
02 Santos, PR. SciELO Rev Assoc Med Bras 2006
03 Kusumota, L; Marques, S;
Haas, VJ; Rodrigues, RAP.
SciELO Acta Paul Enferm 2008
04 Souza, FF; Cintra, FA; Gallani,
MABJ.
SciELO Rev Bras Enferm 2005
05 Martins, MRI; Cesarino, CB. SciELO Rev Latino-am
Enfermagem
2005
06 Costa, PB; Vasconcelos, KFS;
Tassitano, RM.
SciELO Fisioter Mov. 2010
07 Santos, I; Rocha, RPF;
Berardinelli, LMM.
SciELO Esc Anna Nery (impr.) 2011
08 Cunha, MS; Andrade, V;
Guedes, CAV; Meneghetti,
CHZ; Aguiar, AP; Cardoso, AL.
SciELO
Fisioterapia e Pesquisa 2009
09 Barbosa, GS; Valadares, GV. SciELO Acta Paul Enferm 2009
10 Takemoto, AY; Okubo, P;
Bedendo, J; Carreira, L.
SciELO Rev Gaúcha Enferm 2011
11 Grincenkov, FRS; Fernandes,
N; Chaoubah, A; Bastos, K; Qureshi, AR; Filho, RP; Filho, JCD; Bastos, MG.
SciELO
J Bras Nefrol 2011
12 Frazão, CMFQ; Ramos, VP;
Lira, ALBC.
13 Silva, AS; Silveira, RS; Fernandes, GFM; Lunardi, VL; Backes, VMS.
SciELO Rev Bras Enferm 2011
14 Oliveira, MP; Kusumota, L;
Marques, S; Ribeiro, RCHM; Rodrigues, RAP; Haas, VJ.
SciELO
Acta Paul Enferm 2012
15 Grasselli, CSM; Chaves, ECL;
Simão, TP; Botelho, PB; Silva, RR.
LILACS Rev Bras Clin Med 2012
16 Nóra, RT; Zambone, GS;
Júnior, FNF.
LILACS Arq Ciênc Saúde 2009
17 Santos, PR; Pontes, LRSK. SciELO Rev Assoc Med Bras 2007
18 Orlandi, FS; Pepino, BG;
Pavarini, SCI; Santos, DA; Mendiondo, MSZ.
SciELO Rev Esc Enferm USP 2012
19 Thomas, CV; Alchieri, JC. LILACS Avaliação Psicológica 2005
20 Santos, FR; Filgueiras, MST;
Chaoubah, A; Bastos, MG; Paula, RB.
SciELO Rev. Psiq. Clín 2008
21 Rudnicki, T. SciELO Estudos de Psicologia 2007
22 Guerra-Guerrero, V;
Sanhueza-Alvarado, O;
Cáceres-Espina, M.
SciELO Rev. Latino-Am.
Enfermagem
2012
23 Cordeiro, JABL; Brasil, VV;
Silva, AMTC; Oliveira, LMAC; Zatta, LT; Silva, ACCM.
LILACS
Rev. Eletr. Enf. 2009
24 Cavalcante, MCV; Lamy, ZC;
Filho, FL; França, AKTC; Santos, AM; Thomaz, EBAF; Silva, AAM; Filho, NS.
SciELO
J Bras Nefrol 2013
25 Padulla, SAT; Matta, MV;
Melatto, T; Miranda, RCV; Camargo, MR.
LILACS Cienc Cuid Saude 2011
26 Kirchner, RM; Machado, RF;
Löbler, L; Stumm, EMF.
LILACS O Mundo da Saúde 2011
27 Mortari, DM; Menta, M; Scapini, KB; Rockembach, CWF; Duarte, A; Leguisamo, CP. LILACS Scientia Medica 2010
28 Silveira, CB; Pantoja, IKOR;
Silva, ARM; Azevedo, RN; Sá,
NB; Turiel, MGP; Nunes,
MBG.
SciELO
J Bras Nefrol 2010
29 Cattai, GBP; Rocha, FA;
Junior, NN; Pimentel, GGA.
LILACS Cienc Cuid Saude 2007
Em relação ao ano de publicação, verificou-se um predomínio de estudos no ano de 2011 com sete (24,2%) estudos, seguido por 2009 e 2012, ambos com quatro (13,8%)
estudos. Os anos de 2005, 2007, 2008 e 2010 tiveram 3 artigos publicados em cada um, representando (10,3%) do total. Por último, os anos de 2006 e 2013 tiveram apenas uma publicação (3,5%) cada. Sobre a autoria dos estudos, observou-se que onze (37,9%) foram publicados por equipes multiprofissionais, oito (27,6%) por enfermeiros, e cinco (17,2%) não foi possível identificar a formação dos autores. A maior incidência de publicação deu-se no periódico Acta Paul. Enferm., com quatro (13,8%) publicações, seguido do Jornal Brasileiro de Nefrologia com 3 (10,3%) publicações.
Quadro 2: Descrição dos estudos incluídos na revisão integrativa segundo o delineamento
de pesquisa, objetivos, definição de QV e instrumento utilizado.
N º Tipo de Estudo Objetivos Definição de QV Instrumento 0 1 Quantitativ o
Analisar a qualidade de vida de pacientes com insuficiência renal crônica, em tratamento de hemodiálise. QV Geral WHOQOL-breve 0 2 Quantitativ o
Determinar a relação do sexo e da idade com o nível de qualidade de vida (QV) em portadores de insuficiência renal crônica sob terapia hemodialítica.
Não define SF-36 0 3 Seccional e populacio nal
Caracterizar os adultos e idosos em hemodiálise residentes em Ribeirão Preto-SP. Avaliar e descrever as diferenças na Qualidade de Vida Relacionada à Saúde (QVRS) desses pacientes. QVRS KDQOL-SF 0 4 Correlacio nal de corte transversa l
Verificar, em uma população de idosos com Insuficiência Renal Crônica Terminal (IRCT) em hemodiálise ambulatorial, a relação entre uma medida genérica de qualidade de vida (WHOQOL-breve) e a medida de severidade da IRCT (ESRD-SI – Índice de Severidade da IRCT)
Não define
WHOQOL-breve e ICRT
0
5 Descritivo
Avaliar a qualidade de vida de pessoas em tratamento de hemodiálise
(HD) e identificar as atividades cotidianas que podem comprometer sua qualidade de vida. QVRS SF-36 0 6 Epidemiol ógico, descritivo, do tipo transversa l.
Descrever as características e analisar as possíveis associações entre a
Insuficiência Renal Crônica (IRC) e a qualidade de vida em uma amostra representativa de pacientes com o agravo no município de Caruaru, PE QVRS KDQOL- SF 0 7 Descritivo com
Identificar a qualidade de vida de pessoas com doença renal crônica, em terapia de hemodiálise, aplicando o questionário
abordage m quantitativ a, transversa l e naturalista
Kidney Disease Quality of Life Shor t Form, relacionando-a às necessidades de
orientação de enfermagem para o
autocuidado.
0 8
Transvers al
Avaliar a capacidade funcional e a qualidade de vida em pacientes com
incapacidade renal crônica (IRC)
submetidos a tratamento hemodialítico e verificar possíveis correlações entre essas variáveis clínicas e idade, índice de massa corpórea (IMC) e tempo de hemodiálise.
QVRS SF-36
0
9 Qualitativo
Identificar como o paciente dependente de hemodiálise enfrenta no dia-a-dia o processo saúde-doença, considerando atitudes, comportamentos e práticas.
Não define Entrevista
semi-estruturada 1 0 Quantitativ a, de caráter descritivo exploratóri o
Avaliar a qualidade de vida dos idosos
com insuficiência renal crônica,
submetidos ao tratamento hemodialítico.
QV Geral Instrumento estruturado 1 1 Coorte prospectiv o e multicêntri co
Avaliar a qualidade de vida (QV) na
admissão de pacientes em diálise
peritoneal no Brasil. Não define Índice de Karnofsky e SF-36 1 2 Descritivo e exploratóri o
Investigar a qualidade de vida de pacientes diagnosticados com a doença
renal crônica, em tratamento de
hemodiálise, a partir do questionário SF-36
OMS SF-36
1
3 Qualitativo
Conhecer as percepções dos pacientes com Insuficiência Renal Crônica acerca das mudanças ocorridas em sua rotina de vida, decorrentes do tratamento de hemodiálise, identificando os elementos que influenciam a sua qualidade de vida.
OMS Entrevista 1 4 Seccional e populacio nal
Descrever e comparar a Qualidade de Vida Relacionada à Saúde (QVRS) de pacientes em Diálise Peritoneal (DP) que tinham ou não trabalho remunerado
QVRS KDQOL- SF 1 5 Descritivo e transversa
Avaliar a QV dos pacientes submetidos à hemodiálise
QVRS KDQOL
l 1 6 Retrospec tivo com análise de prontuário s e posteriorm ente questionár ios.
Avaliar a qualidade de vida de pacientes do sexo masculino, com disfunção erétil, portadores de insuficiência renal crônica em hemodiálise no Hospital de Base de São José do Rio Preto –
FAMERP. Não define IIFE e outro para avaliação da QV que não é citado 1 7 Quantitativ o
Verificar mudança de QV em portadores de IRCT em hemodiálise durante 12 meses e identificar variáveis associadas com piora ou melhora de QV.
Não define SF-36 1 8 Descritivo e transversa l
Avaliar o nível de esperança dos idosos renais crônicos em hemodiálise, por meio da Escala de Esperança de Herth (EEH)
Não define EEH
1 9
Quantitativ o
Investigar as variáveis que indicam aderência ou não ao tratamento de Hemodiálise por meio da identificação das principais características de personalidade pelo Inventário Millon de Personalidade (MIPS) na expressão de comportamentos aderentes ao tratamento.
Não define
SF-36
2
0 Coorte
Avaliar os efeitos da abordagem
interdisciplinar na qualidade de vida de pacientes com DRC em tratamento conservador. Não define SF-36 2 1 Quantitativ o
Responder qual a relação entre as
variáveis, apoio social, estressores
percebidos e características
biodemográficas com a qualidade de vida
dos pacientes renais crônicos em
tratamento de hemodiálise. OMS Índice de qualidade de vida-QOL 2 2 Eexplorató rio, descritivo, transacion al com amostrage m de probabilid ade estratifica da
Determinar a qualidade de vida de pessoas em hemodiálise crônica e sua relação com variáveis sociodemográficas, médico-clínicas e de laboratório. OMS KDQOL-36 2 3 Descritivo e exploratóri
Avaliar a QV dos portadores de doença renal crônica em hemodiálise
o 2
4 Transvers
al
Identificar fatores socioeconômicos,
demográficos, clínico-nutricionais e
laboratoriais associados a piores níveis de QV em adultos em HD em São Luís, Maranhão, Brasil. OMS KDQOL-SF 2 5 Quantitativ o
Avaliar e comparar a qualidade de vida de pacientes submetidos à fisioterapia com controles.
Não define KDQOL-SF
2 6 Quantitativ o, descritivo e transversa l
Avaliar o estilo de vida de pacientes renais crônicos em tratamento hemodialítico
Não define Instrumento criado e testado pelas pesquisadoras 2 7 Transvers al
Avaliar a qualidade de vida de indivíduos com doença renal crônica terminal submetidos à hemodiálise QV Geral SF-36 2 8 Transvers al analítico-descritivo
Avaliar a qualidade de vida de pacientes com IRC em programa de hemodiálise ambulatorial em um hospital público de Belém – Pará.
Não define SF-36
2
9 Quantitativ
o
Verificar a qualidade de vida (QV) dos pacientes com insuficiência renal crônica
e analisar a correlação entre as
dimensões do SF-36.
Não define SF-36
Em relação ao delineamento metodológico, a maioria dos estudos são de natureza quantitativa descritiva, sendo seis (20,7%) transversais e quatro (13,8%) longitudinais.
No que diz respeito ao país de origem da pesquisa, identificou-se uma maior incidência de estudos desenvolvidos no Brasil com 28 (93,1%) pesquisas, disponíveis nos idiomas português, inglês e espanhol, porém, a maior parte no idioma português. Destes, a maioria desenvolvidos na região sudeste com 14 (48,3%) estudos. Um estudo (3,4%) realizado no Chile publicado no idioma espanhol, e um (3,4%) não foi possível identificar o país de origem.
Destaca-se que nos estudos analisados 14 (48,3%) não definiram QV, uma vez que se trata de um conceito subjetivo e multidimensional. Seis estudos (20,7%) definiram Qualidade de Vida Relacionada à Saúde (QVRS). Relacionado aos instrumentos que mensuram QV, identificou-se que onze (37,9%) estudos aplicaram o SF-36 (The Medical
Outcomes Study 36-item Short-Form Health Survey) e nove (31%) utilizaram o KDQOL-SF
CONCLUSÃO OU CONSIDERAÇÕES FINAIS
A revisão integrativa possibilitou a construção de uma síntese do conhecimento científico a cerca da qualidade de vida nos pacientes com insuficiência renal crônica em tratamento. Foi possível alcançar o principal objetivo colocado, de caracterizar as publicações científicas relacionadas à Qualidade de Vida e Insuficiência Renal Crônica em tratamento através de diálise (hemodiálise ou diálise peritoneal) no tempo estabelecido.
Através dos principais resultados analisados, constatou-se fatores que são capazes de aumentar ou diminuir a qualidade de vida de doentes renais crônicos, assim como, fatores que não tiveram interferência direta sobre a patologia.
Foi possível entender o quanto a doença renal crônica interfere na qualidade de vida dos pacientes, uma vez que os mesmo precisam sobreviver e se adaptar as novas condições relacionadas ao corpo, alimentação, sexualidade, medicamentos, vida social e familiar, dentre outros.
O desenvolvimento desse estudo foi bastante relevante, pois através do mesmo foi possível ampliar o conhecimento através da leitura e análise dos artigos sobre a patologia, sua progressão, principais sinais e sintomas, formas de tratamentos e fatores que influenciam a qualidade de vida dos portadores da doença.
No que se refere à intervenção profissional, é necessário uma equipe multidisciplinar a fim de ajudar o paciente a cooperar com o tratamento, fornecendo-lhes informações sobre a IRC e sobre o tratamento dialítico, a enfrentar a situação da doença e assim diminuir o estresse para que aprendam a conviver melhor frente à doença crônica e assim assegurar uma melhor qualidade de vida além de manter a existente.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Prevenção clínica de doenças cardiovasculares, cerebrovasculares e renais. Ministério da Saúde, 2006.
NICOLUSSI, A.C. Qualidade de vida de pacientes com câncer de cólon e reto: uma
revisão integrativa. 2008. 209 p. Dissertação. Ribeirão Preto: Escola de Enfermagem de
Ribeirão Preto/USP, 2008.
PIMENTA, F. A. P. et al. Avaliação da qualidade de vida de aposentados com a utilização do
questionário sf-36. Rev Assoc Med Bras., v. 54, n. 1, p. 55-60, 2008.
POLIT, F.; BECK, C. T. Fundamentos da pesquisa em enfermagem: avaliação de evidências para a prática da enfermagem. 7. ed. São Paulo: ArtMed, 2011.
SANTOS, P. R. Relação do sexo e da idade com nível de qualidade de vida em renais crônicos hemodialisados. Rev Assoc Med Bras, v. 52, n. 5, p. 356-359, 2006.
SBN, Sociedade Brasileira de Nefrologia. Censo de Diálise SBN, 2012. Disponível em: <http://www.sbn.org.br/pdf/publico2012.pdf >. Acesso em: 22 Out. 2015.
SOUZA, M. T.; SILVA, M. D.; CARVALHO, R. Revisão integrativa: o que é e como fazer.
Einstein, v. 8, n.1, p. 102-106, 2010.
TORRES, M. V. et al. Análise da qualidade de vida em idosos praticantes de atividades física regular em Teresina
– Piauí. ConScientiae Saúde., v. 9, n. 4 , p. 667-675, 2010.
AGRADECIMENTOS
A DEUS! Arquiteto do universo...
CONHECIMENTO SOBRE DROGAS ENTRE ACADÊMICOS INGRESSANTES DE UMA