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Avaliar o Plano Periodicamente.

No documento BAQUARA MAIO/2019 VOL 1 NUMERO1 ISSN (páginas 163-166)

premissas do Ministério da Educação para o PNE 2014-

Etapa 4: Avaliar o Plano Periodicamente.

• Os planos municipais aprovados devem ter um dispositivo que defina o período de avaliação. Seguindo esse comando, que pode variar de plano para outro (avaliação bianual, trianual, quadrienal etc.), os Relatórios Anuais de Moni- toramento elaborados pela Comissão Coordenadora deverão ser considerados, no seu conjunto, pela equipe técnica, para que se elabore a versão preliminar de um novo texto, chamado de Avaliação do Plano Municipal de Educação – Versão Preliminar.

• Essa Versão Preliminar será o subsídio mais importante para o debate

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nas audiências públicas de avaliação dos resultados alcançados, por isso, a avalia- ção deve ser elaborada e debatida com muito cuidado e seriedade. Dela poderão derivar recomendações para a alteração da lei do plano. Por essa razão, o dirigente municipal, as unidades de ensino, as equipes técnicas da prefeitura, os parlamen- tares e as representações da sociedade em geral deverão estar muito atentos e preparados para o debate.

• O produto da consulta pública deverá se concretizar no documento Avaliação do Plano Municipal de Educação – Versão Final, que nada mais é do que a Versão Preliminar acrescida das alterações aprovadas na audiência pública e sistematizadas pela comissão coordenadora com o apoio da equipe técnica.

• Após os ajustes, a comissão coordenadora encaminhará o documento à secretaria municipal, que poderá rever as políticas, as ações e os programas e/ou propor possíveis alterações no plano vigente, caso necessárias.

As etapas apresentadas são contínuas, ou seja, para que o trabalho seja realizado, cada uma deve ser seguida de forma sistemática e adaptada à realidade do ente federativo, quando necessário.

A disseminação desta metodologia junto aos entes federativos, conta com a contribuição da Rede de Assistência Técnica para Monitoramento e Ava- liação dos Planos de educação.

Esta rede foi formada a partir da instituição de um comitê Tripartite em cada ente federado, constituído pelo Ministério da Educação - MEC, a União Na- cional dos Dirigentes Municipais de Educação- Undime e a Secretaria Estadual de Educação - Seduc.

A Undime e Seduc são as responsáveis pela indicação dos participantes da Rede, denominados Avaliadores Educacionais. O MEC, toma como responsa- bilidade a formação e assistência técnica e financeira.

No período de final de fevereiro a final de abril de 2016, a DICOPE/ SASE/MEC, realizou a Formação aos Avaliadores Educacionais da Rede de As- sistência Técnica para Monitoramento e Avaliação dos Planos de Educação, vistas ao início do trabalho junto aos estados e municípios.

A Rede é a responsável por replicar a formação aos entes federativos. Entretanto, é necessário que os estados, Distrito Federal e municípios, com lei do plano sancionada, assinem o Termo de Adesão à Assistência Técnica, a partir de

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então dar-se o “start” no processo de monitoramento e avaliação.

Segundo dados do Portal PNE em Movimento, dos entes federativos que iniciaram o processo de monitoramento e avaliação, a partir da adesão, temos:

Tabela 1- Relação de estados e municípios que aderiram à Assistência Técnica da

Sase/MEC para o Monitoramento e Avaliação dos Planos de Educação

Total Total com lei

sancionada Com adesão Sem adesão

Estados 2710 23 23 0

Municípios 556911 5513 4650 863

O quadro acima, demostra a grande aceitação dos entes federativos quanto a metodologia apresentada pela SASE/MEC. Os planos de educação, que de uma forma histórica, mobilizaram todo o pais, fazendo com quase 100% dos estados e municípios elaborassem seus planos de educação, está também de for- ma crescente e significativa, realizando a conscientização acerca do processo de M&A.

Ainda no Portal PNE em Movimento, o Ministério da Educação, dis- ponibilizou um Mapa de Monitoramento das Metas do PNE 2014-2024. Em parceria com o Inep, foi selecionado um conjunto de indicadores a partir das informações de diversas fontes oficiais. Esses indicadores foram publicados no documento intitulado Plano Nacional de Educação PNE 2014-2024: Linha de Base (Inep, 2015), que apresenta análises descritivas das séries históricas e desa- gregações dos indicadores. As fichas técnicas de cada indicador também estão disponíveis na publicação, apresentando as fórmulas de cálculo, abrangência, fon- te, série histórica e observações sobre cada um. (Educação, PNE em Movimento, 2016)

Com este instrumento, a sociedade em geral poderá acompanhar a evo- lução ou não do cumprimento das metas do Plano Nacional de Educação 2014- 2024, cobrando dos gestores quando necessário e uma vez que o plano é de toda

10 O quantitativo representa os 26 estados e o Distrito Federal.

11 O quantitativo representa os 5568 municípios brasileiros e o distrito de Fernando de Noronha que recebe pelo IBGE, código de município.

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sociedade, contribuir também para o atingimento das metas estabelecidas.

A partir do histórico apresentado neste trabalho, que abrange desde a sanção do Plano Nacional de Educação 2001-2011, dada a partir da lei 10.172/01, até o final de sua vigência (2011), foi possível observar diversos entraves que difi- cultaram a execução deste plano.

No dado período, o então Presidente da República, Fernando Henrique Cardoso, ao sancionar a lei do PNE – 2001, realizou 9 vetos que atingiram direta- mente os artigos que tratavam sobre o financiamento das metas propostas.

Para um plano de longo prazo, que é o caso do PNE e que engloba desde a educação infantil até a educação superior, transpassando todos os níveis e modalidades de ensino, o financiamento torna-se o principal garantidor da exe- cução do plano.

Outro fator importante que também dificultou a execução, o monito- ramento e a avaliação do PNE 2001-2011, deu-se à grande quantidade de metas adotadas em sua estrutura.

Estes fatores contribuíram diretamente nos resultados apresentados no final de vigência do plano. O balanço do PNE 2001 apresentado pela Revista Nova Escola, com autoria de Francisco das Chagas Fernandes e Mozart Neves Ramos, demonstra, a partir de importantes metas do PNE, que a maioria das metas não alcançaram o percentual proposto ou evoluíram em partes.

O Plano não contou com uma periodicidade no monitoramento de suas metas, sendo divulgada, pelo Ministério da Educação, apenas uma avaliação que corresponde ao período de 2001 a 2008.

A carência de monitoramento e avalição, principalmente dos planos subnacionais, e os outros fatores supramencionados, transformaram o Plano Na- cional de Educação em uma mera carta de intenção.

Por outro lado, o PNE 2014-2024, sancionada pela atual Presidente da República, Dilma Rousseff, não sofreu nenhum veto, garantindo em lei os objeti- vos traçados nas metas e estratégias, incluindo a garantia do financiamento de no mínimo 10% do PIB para a educação até 2024.

No documento BAQUARA MAIO/2019 VOL 1 NUMERO1 ISSN (páginas 163-166)