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Perspectivas para a economia mundial deterioraram-se de forma significativa

Desde Junho de 2001, quando foi publicado o último número trimestral do Boletim Mensal do BCE, as perspectivas económicas mundiais deterioraram-se significativamente. O persistente abrandamento da actividade económica nos Estados Unidos repercutiu-se a quase todas as restantes regiões, causando assim uma descida significativa no crescimento económico mundial e, principalmente, no comércio internacional. No Japão, a tímida recuperação observada na segunda metade de 2000 inverteu-se abruptamente na primeira metade de 2001. Nas economias dos mercados emergentes, o crescimento do produto em pequenas economias abertas na Ásia tem sido particularmente afectado pela forte contracção do investimento empresarial americano e das importações relacionadas com as tecnologias de informação e comunicação (TIC). Neste contexto, persistem preocupações adicionais relativamente às condições económicas e financeiras na Argentina e na Turquia e às suas possíveis repercussões para os mercados financeiros mundiais. À luz desta evolução, o calendário e amplitude de uma recuperação da procura mundial permanecem incertos. Esta situação agudizou-se na sequência dos ataques terroristas nos Estados Unidos. Deste modo, em termos gerais, o saldo dos riscos continua a revelar-se em baixa.

Nos Estados Unidos, o abrandamento económico acentuou-se no segundo trimestre de 2001. No curto prazo, entre substanciais incertezas, a probabilidade de uma firme recuperação da actividade económica continua a ser baixa, prevendo-se que o crescimento do PIB real, embora ainda positivo, não se faça praticamente sentir e que a inflação se mantenha estável. No médio prazo, o fortalecimento da economia dependerá da dimensão em que os ganhos de produtividade registados na segunda metade dos anos 90 se revelem duradouros. Em termos trimestrais em cadeia anualizados, o PIB real cresceu 0.2% no segundo trimestre de 2001, após 1.3% no primeiro trimestre, de acordo com estimativas oficiais preliminares. Estes dados reflectem um crescimento relativamente firme, embora decrescente, das despesas de consumo e de investimento residencial, que se situaram em 2.5% e 5.8%, respectivamente. Porém, o investimento não residencial fixo registou uma contracção considerável de 14.6%, e as exportações líquidas deram um contributo ligeiramente negativo para o crescimento do PIB, enquanto as exportações diminuíram de forma ainda mais acentuada do que as importações reais (12.2% face a 7.7%). No curto prazo, o crescimento real do PIB deverá continuar a ser principalmente apoiado por despesas de consumo privado. Os efeitos negativos da descida do emprego e do mais lento crescimento do rendimento disponível

deverão ser contrariados, pelo menos parcialmente, pela descida das taxas de juro de curto prazo e pelos reembolsos fiscais adoptados em Julho de 2001. Apesar disso, o investimento empresarial privado deverá continuar a retardar o crescimento do PIB real no futuro imediato, dado que a actual correcção de existências deverá atrasar a recuperação da utilização da capacidade produtiva e adiar a recuperação das despesas das empresas em bens de investimento. A este respeito, algumas publicações de dados recentes, que apontam para uma possível recuperação do nível mais baixo atingido pelo sector da indústria transformadora, são ainda demasiado preliminares, nesta fase, para permitir uma avaliação mais optimista da evolução a médio prazo do investimento empresarial privado.

Os riscos descendentes para o futuro crescimento do PIB real nos Estados Unidos continuam a ser significativos. Em particular, se a rentabilidade empresarial continuar a cair, a descida do investimento privado poderá ter um impacto adicional sobre o mercado de trabalho, fazendo aumentar o desemprego. Por seu lado, tal poderá atenuar o crescimento do consumo privado, ameaçando assim pressionar a economia no sentido de um abrandamento mais marcado e prolongado. Um risco desta natureza é exacerbado pela recente evolução da confiança dos consumidores, que desceu em Agosto de 2001, depois de ter aumentado nos dois meses anteriores.

A evolução inflacionista não se fez sentir nos Estados Unidos. Em Julho, as taxas de crescimento homólogas da inflação global de preços no consumidor e no produtor foram mais moderadas, situando-se em 2.7% e 1.7%, respectivamente, face a 3.3% e 2.6% no mês anterior, principalmente como consequência da descida nos preços da energia (ver Gráfico 32). Numa análise prospectiva, a fraca procura agregada deverá contribuir para conter as pressões inflacionistas. Além disso, não parecem ter-se verificado efeitos de segunda ordem de anteriores aumentos no preço do petróleo.

O Federal Open Market Committee (FOMC) reduziu de novo o objectivo para a taxa dos fundos federais em 25 pontos base para 3.5% em 21 de Agosto de 2001. Na declaração de 21 de Agosto de 2001, o FOMC referiu-se à fraqueza dos lucros empresariais e das despesas de investimento e ao abrandamento do crescimento no exterior como principais factores que pesam negativamente sobre a economia nos EU. Em simultâneo, o FOMC considerou que as pressões inflacionistas se mantinham contidas, dado que as condições dos mercados do produto e de trabalho continuaram a abrandar. Os desenvolvimentos ocorridos após 12 de Setembro não são mencionados nesta secção do Boletim Mensal. No Japão, a situação económica continuou a deteriorar-se, com o enfraquecimento da procura a colocar maiores pressões descendentes sobre os preços. O crescimento anualizado do PIB desacelerou de 2.6% no quarto trimestre de 2000 para 0.5% no primeiro trimestre de 2001. A descida nas exportações e no investimento privado foi particularmente pronunciada, enquanto o consumo privado registou um impulso temporário devido à introdução de uma nova lei sobre a reciclagem de aparelhos domésticos. Contudo, no segundo trimestre de 2000, o PIB real contraiu-se 3.2% (em termos trimestrais em cadeia, anualizados), reflectindo em larga medida a fraqueza do investimento privado e público e a continuação de um comportamento das exportações pouco dinâmico, particularmente notório nos produtos relacionados com as TIC .

Numa análise prospectiva, as perspectivas de crescimento a curto e médio prazo para a economia japonesa parecem bastante moderadas, enquanto uma melhoria nas perspectivas a longo prazo parece depender da adopção de reformas estruturais. No contexto de condições de lucros empresariais menos favoráveis e perspectivas incertas para a procura interna e externa, é provável que as despesas de investimento não residencial privado se mantenham fracas durante algum tempo, como indicam os recentes dados

sobre as encomendas de máquinas. As despesas de consumo privado não deverão recuperar num futuro próximo, dado o persistente enfraquecimento do rendimento disponível. A procura agregada pouco dinâmica, em conjugação com possíveis pressões descendentes do lado da oferta associadas com reestruturações empresariais e uma maior concorrência, sugere que as pressões deflacionistas deverão persistir durante algum tempo. Neste contexto, em 14 de Agosto de 2001, o Banco do Japão decidiu aumentar o saldo das contas correntes detidas neste banco de cerca de JPY 5 triliões para cerca de JPY 6 triliões. Em simultâneo, decidiu aumentar o montante das suas aquisições mensais a título definitivo de obrigações de dívida pública de longo prazo de JPY 400 mil milhões para JPY 600 mil milhões.

No Reino Unido, o desempenho económico manteve-se relativamente forte, em comparação com a evolução da economia mundial. Porém, a combinação de condições externas mais fracas e de uma firme procura por parte dos particulares deu origem a uma maior divergência no crescimento sectorial na economia. No geral, o crescimento homólogo do PIB real desacelerou de 2.7% no primeiro trimestre de 2001 para 2.1% no segundo trimestre (ver Gráfico 32). O principal efeito descendente sobre o crescimento homólogo do PIB real no segundo trimestre deveu-se a existências, uma vez que as industrias transformadoras começaram a reduzir os seus elevados níveis de existências. O comércio líquido contribuiu também negativamente para o crescimento homólogo do PIB real. As principais forças impulsionadoras da actividade económica no segundo trimestre foram o consumo real privado e público, que aumentou 3.2% e 3.6%, respectivamente, em comparação com o ano anterior. Enquanto a subida do consumo público reflectiu progressos no sentido dos objectivos de despesa do governo, o consumo privado foi apoiado por uma confiança dos consumidores bastante acima da sua média de longo prazo, reflectindo a continuação do

1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 -4 -2 0 2 4 6 8 -4 -2 0 2 4 6 8 área do euro Estados Unidos Japão Reino Unido 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 -2 -1 0 1 2 3 4 -2 -1 0 1 2 3 4 1998 1999 2000 -5 -3 0 3 5 -5 -3 0 3 5 área do euro Estados Unidos Japão Reino Unido área do euro Estados Unidos Japão Reino Unido Gráfico 32

Principais desenvolvimentos nas maiores economias industrializadas

Balança corrente

em percentagem do PIB 1)

(dados mensais/trimestrais)

Fontes: Dados nacionais, BPI, Eurostat e cálculos do BCE. 1) Os dados do Eurostat são utilizados para a área do euro

e Reino Unido. Para os Estados Unidos e Japão são utilizados dados nacionais.

2) Os dados para a área do euro até 1995 são estimativas do IHPC, tendo por base dados nacionais do IPC; após 1995, os dados são do IHPC. Para o Reino Unido, é utilizado o índice IPRX.

3) Os dados do BCE e do Eurostat são utilizados para a área do euro e Reino Unido; para os Estados Unidos e Japão são utilizados dados nacionais. Para a área do euro, Estados Unidos e Japão os valores referem-se a dados corrigidos de sazonalidade quer para o PIB quer para a balança corrente; para o PIB do Reino Unido, os dados são corrigidos de sazonalidade, enquanto os dados da balança corrente não são corrigidos de sazonalidade.

Taxas de inflação 2)

(taxas de variação homólogas (%); dados trimestrais)

Crescimento do produto 1

crescimento do emprego, aumentos sustentados nos rendimentos e uma nova subida nos preços da habitação. A formação bruta de capital fixo foi 1.8% mais elevada no segundo trimestre, em termos homólogos. Contudo, o crescimento subjacente do investimento pareceu enfraquecer, devido à deterioração da confiança empresarial, à diminuição da rentabilidade e aos níveis historicamente muito baixos de utilização da capacidade produtiva.

A inflação no Reino Unido manteve-se relativamente moderada. A inflação de preços no consumidor, medida com base no Índice de Preços a Retalho, excluindo o pagamento de juros de hipotecas (IPRX), situou-se numa taxa homóloga de 2.2% em Julho, face a 2.4% no mês anterior. O maior efeito descendente teve origem nos preços dos produtos alimentares (sazonais). As pressões sobre os custos salariais, porém, parecem ter aumentado, enquanto o mercado de trabalho continuou recentemente a revelar-se mais restritivo. A taxa de crescimento homóloga dos rendimentos da economia total acelerou para 4.8% em Junho, de 4.6% em Maio. As perspectivas de curto prazo para a economia do Reino Unido dependem em larga medida da dimensão em que o enfraquecimento externo continuar a afectar a economia interna, bem como da resistência do consumo privado. Num contexto de uma moderação projectada das pressões sobre os preços decorrentes do abrandamento mundial, o Comité de Política Monetária do Bank of England decidiu diminuir a taxa de juro directora em 25 pontos base para 5.0% em 2 de Agosto de 2001.

Os desenvolvimentos regionais das economias emergentes da Ásia caracterizam-se por comportamentos de crescimento significativa- mente divergentes. As duas maiores economias da área, nomeadamente a China e a Índia, continuam a crescer a um ritmo rápido, mantendo-se assim relativamente isolados do abrandamento mundial. Em contraste, os países mais pequenos e mais globalmente integrados sofreram principal-

mente de uma forte descida das suas exportações de TIC. O abrandamento das TIC começou a repercutir-se noutros sectores das economias destes países, travando assim ainda mais os investimentos das empresas e o rendimento global. Em reflexo destes desenvolvimentos, as economias orientadas para a exportação de Singapura e Taiwan atravessam uma recessão, enquanto na Coreia foi registado um crescimento moderado que teve subjacente uma procura interna mais forte do que o previsto. A tendência económica descendente moderou ainda mais as pressões inflacionistas na região.

As perspectivas económicas nos maiores países que pretendem aderir à União Europeia são ligeiramente menos favoráveis, em comparação com o ano transacto, dado que a deterioração das perspectivas mundiais, apesar de alguma resistência inicial devida à forte procura interna, se repercute gradualmente através do canal comercial. No contexto desta perspectiva alargada, surgiram agora tendências diferentes. Por um lado, as perspectivas económicas gerais, até à data, têm-se mantido positivas na Hungria e na República Checa, embora se possa intensificar alguma moderação do crescimento nos próximos meses, como sugerem dados recentes da produção industrial. Por outro lado, na Polónia, o enfraquecimento da actividade económica – confirmado pela recente publicação de dados sobre o crescimento do PIB real e produção industrial – é já bastante considerável, enquanto a procura interna pouco dinâmica acentua o impacto de um enquadramento externo desfavorável.

Na Turquia, embora as perspectivas financeiras pareçam ter melhorado ligeiramente, a economia real enfrenta ainda uma recessão severa, entre condições fiscais e financeiras rigorosas. Numa análise prospectiva, embora se preveja que a procura interna se mantenha moderada no próximo ano, o sector externo poderá tornar-se um factor de apoio, em resultado da desvalorização da lira. Na Rússia, de acordo

com estimativas preliminares, o PIB real cresceu 5.9%, em termos homólogos, no segundo trimestre de 2001. Embora a situação orçamental continue a evoluir e o excedente da balança corrente se mantenha significativo, a actual apreciação da taxa de câmbio real poderá ter algumas consequências negativas consideráveis sobre as exportações de produtos não energéticos. Em geral, as perspectivas económicas caracterizam-se por um forte crescimento do consumo no contexto de algum enfraquecimento da formação bruta de capital fixo. Uma contínua fonte de preocupações está relacionada com a inflação, que se manteve acima de 20% em termos homólogos ao longo do ano.

As perspectivas para a América Latina deterioraram-se significativamente nos últimos meses, dado que o impacto do abrandamento económico mundial e das perturbações financeiras na Argentina está actualmente a ser acrescido de uma grave escassez de electricidade no Brasil. Enfrentando custos financeiros extremamente elevados, a Argentina aprovou, no final de Julho de 2001, um projecto de lei de “défice zero”, afirmando que o Governo não gastará mais do que recebe de receitas. Em Agosto, as autoridades asseguraram um financiamento extra de fundos do FMI no valor de USD 8 mil milhões. No entanto, apesar de uma reacção preliminar do mercado positiva, os custos do empréstimo são demasiado elevados, segundo padrões internacionais. As dificuldades económicas da Argentina contribuíram para a deterioração das perspectivas para o vizinho Brasil causadas pelo actual racionamento de electricidade, baixos preços das exportações das matérias- primas do país e diminuição dos fluxos de IDE. Como resultado, de acordo com os dados mais recentes divulgados, a expansão do Brasil atingiu uma estagnação virtual no segundo trimestre de 2001 (0.8% em termos homólogos, face a 4.3% em termos homólogos no primeiro trimestre). Embora revelando poucos sinais de contágio do resto da América do Sul, a economia mexicana regista ainda um abrandamento como

reacção à forte queda da procura dos Estados Unidos – o seu principal parceiro comercial – e à anterior descida dos preços do petróleo. Os cortes nas despesas públicas contribuíram também para a desaceleração da procura interna, dado que o Governo se manteve empenhado no objectivo do défice orçamental para 2001, embora as receitas sejam inferiores às expectativas. À luz destas condições económicas, o crescimento do PIB real foi de 0.9%, em termos homólogos, no primeiro semestre de 2001, face a 6.9% no ano transacto.

Euro ligeiramente mais forte em termos efectivos, face ao final de Julho

A evolução nos mercados cambiais nas três primeiras semanas de Agosto de 2001 caracterizou-se pela continuação da apreciação do euro face à maioria das principais moedas, por um enfraquecimento bastante generalizado do dólar dos EU e pela relativa resistência do iene japonês. Depois de ter estabilizado ligeiramente no final de Agosto, o dólar dos EU flutuou de forma bastante errática face à maioria das principais moedas no início de Setembro, em resultado da publicação de dados contraditórios sobre a economia americana e dos ataques terroristas a Nova Iorque e Washington, D.C. No geral, a incerteza de mercado quanto à profundidade do abrandamento americano e à dimensão do seu impacto sobre outras regiões do mundo, aliada à alegada repatriação de fundos por instituições financeiras no Japão, parecem ter sido os principais factores que explicam os movimentos observados nos mercados cambiais ao longo deste período. Face ao dólar dos EU, o euro, tirando partido do seu anterior dinamismo, apreciou-se nas três primeiras semanas de Agosto, principalmente apoiado por ténues perspectivas de uma rápida recuperação da actividade nos EU. A publicação do Livro Bege da Reserva Federal em 8 de Agosto, que sugeria que o enfraquecimento na indústria transformadora se poderia repercutir a outros sectores da economia americana, e a revisão

em baixa da taxa de crescimento dos EU para o segundo trimestre de 2001 pareceram ter tido um peso significativo sobre o dólar dos EU ao longo deste período. A decisão da Reserva Federal de 21 de Agosto de baixar o seu objectivo para a taxa dos fundos federais em 25 pontos base adicionais para 3.5% era largamente esperada e não teve um impacto imediato sobre o dólar americano. Porém, no início de Setembro, a publicação de dados apresentando sinais contraditórios sobre a situação da economia dos EU causou uma inversão parcial de anteriores ganhos do euro face à moeda americana. Imediatamente após os ataques terroristas aos Estados Unidos, surgiram temporariamente incertezas nos mercados cambiais e o dólar americano caiu face todas as principais moedas. Em 12 de Setembro, o impacto deste acontecimento sobre a moeda americana foi bastante limitado em termos de amplitude. Neste contexto de crescente incerteza quanto às perspectivas económicas americanas no período desde o final de Julho a 12 de Setembro, o dólar dos EU caiu 3.4% face ao euro, 4.3% face ao iene japonês e, em menor escala, face à libra esterlina (2.8%). Da mesma

forma, face ao dólar dos EU, o euro foi cotado a USD 0.91 em 12 de Setembro (ver Gráfico 33), praticamente 2% abaixo do seu valor médio em 2000.

Em Agosto e no início de Setembro, o iene japonês revelou-se bastante resistente face ao euro, tendo-se mesmo apreciado face ao dólar dos EU. De acordo com observadores de mercado, a robustez do iene japonês no período em análise, que é difícil de reconciliar com um contexto de deterioração adicional das condições económicas no Japão, poderá estar em parte relacionada com a observação de que as instituições de crédito japonesas têm repatriado fundos consideráveis do exterior, em resultado da introdução de novas regras contabilísticas e do fim do semestre fiscal no Japão. A decisão do Banco do Japão de continuar a tornar menos restritiva a situação monetária não teve um efeito duradouro sobre a moeda japonesa. Em 12 de Setembro, o euro era cotado a JPY 108.15, isto é, um nível cerca de 1% inferior ao verificado no final de Julho, mas quase 9% acima do seu valor médio em 2000.

Gráfico 33

Evolução das taxas de câmbio (dados diários)

Mar. Abr. Maio Jun. Jul. Ago. 2001 0.75 0.80 0.85 0.90 0.95 1.00 1.05 1.10 0.75 0.80 0.85 0.90 0.95 1.00 1.05 1.10 USD/EUR

Mar. Abr. Maio Jun. Jul. Ago. 2001 0.50 0.52 0.54 0.56 0.58 0.60 0.62 0.64 0.66 0.68 0.70 0.72 0.50 0.52 0.54 0.56 0.58 0.60 0.62 0.64 0.66 0.68 0.70 0.72 GBP/EUR GBP/USD

Mar. Abr. Maio Jun. Jul. Ago. 2001 88 92 96 100 104 108 112 116 120 124 128 88 92 96 100 104 108 112 116 120 124 128 JPY/EUR JPY/USD

Mar. Abr. Maio Jun. Jul. Ago. 2001 1.30 1.35 1.40 1.45 1.50 1.55 1.60 1.65 1.70 1.75 1.80 1.85 1.30 1.35 1.40 1.45 1.50 1.55 1.60 1.65 1.70 1.75 1.80 1.85 CHF/EUR Fonte: BCE.

Face à libra esterlina, o euro registou uma forte apreciação na primeira metade de Agosto atingindo o seu nível mais elevado em cinco meses em resposta às condições de deterioração no sector da indústria transformadora no Reino Unido e à descida da produção industrial. Contudo, no início de Setembro, com a publicação de dados empresariais e de confiança dos consumidores robustos no Reino Unido, os observadores de mercado adoptaram uma visão mais positiva das perspectivas económicas do país. Tendo em vista esta evolução, a taxa de câmbio euro- -libra esterlina retomou os níveis observados no final de Julho. A decisão do Bank of England de 2 de Agosto de descer as taxas de juro 25 pontos base para 5% não teve um efeito significativo sobre as tendências nos mercados cambiais. Em resultado destes movimentos contraditórios, em 12 de Setembro o euro era cotado a GBP 0.62, mantendo-se praticamente inalterado face ao final de Julho e situando-se ligeiramente mais de 1% acima do seu nível médio em 2000. Em Agosto e no início de Setembro, a coroa dinamarquesa oscilou num intervalo estreito