• Nenhum resultado encontrado

D – Tributação das Mais-Valias Em sede de IRS

Capítulo 4. INFORMAÇÕES RELATIVAS À ACTIVIDADE DO EMITENTE

4.1. Actividades e Mercados

4.1.3. Actividade Bancária (Banca Comercial)

4.1.3.2. Banif – Banco Internacional do Funchal, S.A.

Em consequência do processo de reestruturação do Grupo Banif, ocorrido no 1º Semestre de 2002 e conforme já foi referido anteriormente, a actividade bancária exercida sob a marca Banif, foi concretizada pela Banif SGPS, SA (antigo Banif – 1º trimestre) e pelo novo Banif – Banco Internacional do Funchal, S.A.. Deste modo, para se poder efectuar uma análise comparativa entre os exercícios de 2002/2001, foram elaboradas Demonstrações Financeiras consolidadas do Banif SGPS, com o novo Banif – Banco Internacional do Funchal, S.A., as quais integram, assim, toda a actividade bancária e de “holding” exercida ao longo de 2002, tal como havia sido exercida, também, em 2001.

O actual Banif – Banco Internacional do Funchal, S.A. é uma nova sociedade que resulta da operação de reestruturação do Grupo Banif, a qual possui um capital social de 240.000.000 Euros.

Não obstante, e com o objectivo de informar de forma clara e rigorosa, optou-se por evidenciar a evolução da actividade bancária desenvolvida independentemente da pessoa jurídica que a desenvolveu.

Evolução da Actividade Bancária

Seguidamente apresenta-se um resumo da evolução da actividade bancária desenvolvida por área de negócio:

(i) Negócio desenvolvido na Região Autónoma da Madeira

No 1º semestre de 2003, a actividade do Banco foi desenvolvida num contexto de ligeiro abrandamento económico, marcado por vários factores, dos quais se destacam as desacelerações do sector imobiliário, os reflexos derivados de uma recessão internacional e nacional e os efeitos da crise nos principais países de acolhimento da emigração madeirense. Ao nível dos recursos de clientes, o crescimento no último ano foi de 5%, sendo de 7% o acréscimo nos depósitos de residentes. Pela primeira vez a evolução dos depósitos de não residentes foi negativa, em resultado, sobretudo, da desvalorização do dólar e da diminuição das remessas de emigrantes.

O crédito concedido voltou a registar um forte crescimento de 19%, reflexo da importante contribuição do Banco para a economia da Região. É de salientar que esta evolução refere-se, sobretudo, a crédito ao investimento, dado que os valores de crédito ao consumo sofreram uma forte desaceleração, apresentando no final do ano uma evolução negativa.

Ao longo dos últimos 12 meses foi possível redobrar a acção comercial, com melhorias acentuadas na qualidade, eficiência e rapidez do serviço e consequente reforço do grau de satisfação e fidelização dos clientes.

Entrou em plena actividade o Banif Privado (CPIRAM), orientando a sua actividade fundamentalmente para o segmento médio/alto do mercado de particulares e para os

institucionais, tendo atingido níveis de satisfação elevados traduzidos por uma forte captação e recuperação de clientes.

A actividade do Centro de Empresas (CERAM) permitiu alargar ainda mais a base de clientes, consolidando a sua posição de liderança na Região, com base em critérios de segurança, rentabilidade e melhoria da qualidade de serviço.

A venda cruzada de produtos das várias empresas do Grupo atingiu níveis elevados, reflexo da forte implantação do Banco, permitindo acréscimos de rentabilidade e de fidelização dos clientes.

Com o objectivo de reforçar a capacidade de intervenção e reforçar a quota de mercado no crédito à habitação, procedeu-se à criação do Núcleo de Canais Agenciados (NCA), tendo em vista proporcionar aos promotores imobiliários com protocolo de cooperação com o Banco e aos nossos clientes, um melhor serviço, com qualidade acrescida e assente na rapidez de decisão e execução processual. Em consonância com esse objectivo, o Banco abriu na Região Autónoma da Madeira uma Loja Habitação.

Em Abril último foi lançado um produto de crédito ao consumo, denominado “Crédito Pessoal – Cliente Ponto de Venda – Banif RAM”, que é comercializado directamente pelos lojistas da RAM. Este produto visa proporcionar um melhor serviço aos clientes, empresas e particulares, sendo inovador no mercado .

A nível institucional, aprofundaram-se os protocolos de cooperação celebrados com o Governo Regional da Madeira e autarquias, no âmbito dos serviços de empresas na área da saúde, educação, desporto, construção civil e obras públicas.

Na sequência de uma actividade orientada pelo relevante posicionamento do Banif na RAM e pelo conhecimento profundo dos clientes, foram apoiados diversos eventos científicos, desportivos e culturais, dos quais é de referir o protocolo de colaboração com a Escola Secundária Jaime Moniz, para implementação de um projecto de automação dos serviços da escola, o patrocínio ao Clube Sport Marítimo, ao programa “Jogos Escolares” promovido pela Secretaria Regional de Educação e ao “Prémio Zarco”, promovido pelo Banif em parceria com o Diário de Notícias da Madeira.

Em termos globais, o desenvolvimento da actividade do Banco foi, também, marcado por uma forte concorrência, tendo-se, no entanto, invertido a tendência de estreitamento das margens de intermediação, o que, aliado ao forte crescimento verificado e ao aumento do nível da cobrança de comissões, permitiu alcançar um acréscimo significativo no produto bancário originado na RAM.

Principais Indicadores da RAM

Variação Jun. 2003/2002

Crédito + 19%

Recursos + 5%

(ii) Negócio desenvolvido no Continente - Negócio no Segmento de Empresas

Durante o 1º semestre de 2003 o Banif Empresas (Direcção de Centro de Empresas) prosseguiu a sua função tradicional de acompanhamento e gestão da sua carteira de empresas de média e pequena dimensão, através dos vários centros e delegações em todos o país, tendo adoptado, no entanto, uma nova estratégia que priveligia a colocação de produtos estratégicos do Banco e a captação de negócios para outras áreas comerciais.

Tendo como objectivo fundamental a maximização do contributo total em termos financeiros, o Banif Empresas manteve a orientação de crescimento moderado e prudente na concessão de crédito e uma política agressiva na captação de recursos e na prestação de serviços, susceptível de proporcionar comissões.

No âmbito da actividade tradicional, o Banif Empresas manteve um estreito acompanhamento dos clientes que evidenciaram sinais de alerta e prosseguiu o objectivo, traçado no início do ano, de diversificação do risco da carteira, desmobilizando o envolvimento do Banco nos clientes de maior risco, reduzindo os maiores envolvimentos, diminuindo a exposição em alguns sectores onde a conjuntura desfavorável se faz sentir com maior intensidade e captando novos clientes de bom risco.

Durante o 1º semestre de 2003, o Banif Empresas captou 308 novos clientes. Na área de cross-selling com outras empresas é de registar:

o crescimento de 36.5% em operações de leasing (mobiliário e imobiliário), face ao volume alcançado no 1º semestre de 2002;

− a ultrapassagem do objectivo de prémios de seguros em 483%;

− a colocação de 5.5 milhões de Euros de fundos mobiliá rios, em especial na campanha realizada em Junho último.

Em 2003, o Banif Empresas assumiu dois novos objectivos: a colocação de outros produtos do Banco e a captação de negócio para outras áreas comerciais, assumindo-se, assim, como um canal de “venda in directa”.

Embora esta nova estratégia tenha sido implementada só em Abril, os resultados alcançados têm-se revelado muito animadores, designadamente na colocação de cartões de crédito, na promoção do Banif@ast e na captação de clientes particulares.

De referir, ainda, a racionalização operada na Direcção de Centros de Empresas que incluiu: a criação de três novos Centros de Empresa:

− Centro de Empresas do Vale do Ave, composto pelas Delegações de

Guimarães e de Famalicão (anteriormente pertencente ao Centro de Empresas de Braga)

− Centro de Empresas do Porto composto pelas Delegações dos Aliados e de V. N. de Gaia

− Centro de Empresas de S. João da Madeira

a extinção dos Centros de Empresas de Guimarães, Aliados e V. N. de Gaia

a afectação da Delegação de Vila Real ao Centro de Empresas da Maia (anteriormente no Centro de Empresas dos Aliados).

A evolução conseguida nas principais rúbricas poder-se-á aferir do quadro seguinte de indicadores de desempenho:

Principais Indicadores da Banca de Empresas

Variação Jun. 2003/2002 Crédito Concedido

(saldo médio mensal)

+ 13%

Crédito por Assinatura

+ 1%

Recursos Captados

(saldo médio mensal)

+ 28%

Comissões Cobradas

+ 33%

Base de Clientes

+ 7%

- Negócio no Segmento Alto de Particulares

O Banif Privado (Direcção de Particulares) iniciou, durante o primeiro semestre do corrente ano, um processo de reestruturação que se irá prolongar durante o ano.

No final do 1º semestre de 2003, os recursos de balanço dos clientes geridos desta área de negócio, rondavam os 508 milhões de Euros. Por seu turno, o volume de fundos de investimento e produtos estruturados em carteira, apresentava valores próximos dos 168 milhões de Euros, o que representa um crescimento absoluto de 50 milhões de Euros durante o 1º semestre do corrente ano.

O Banif Privado apresentava, assim, em termos médios, um asset allocation de 77% em aplicações financeiras no Banco e 23% em fundos de investimento e produtos estruturados. O número de clientes desta área de negócio ascendia a cerca de 3.700 no final do 1º semestre de 2003, tendo, durante o último semestre, sido captados 180 novos clientes.

No que respeita ao crédito, registou-se um crescimento absoluto de 7 milhões de Euros, com particular incidência para o crédito imobiliário.

Principais Indicadores do Segmento Alto de Particulares

Variação Jun. 2003/2002

Crédito + 15%

Recursos - 3,5%

Produtos Estruturados e Fundos +42%

Base de Clientes + 5%

- Negócio no Segmento de Retalho

No 1º semestre de 2003, a Direcção de Rede de Agências (“DRA”) manteve a sua principal vocação de venda de produto e de prestação de serviços, orientada essencialmente para particulares, profissionais liberais e pequenas empresas.

O papel principal na comercialização de produtos estratégicos (Crédito Imobiliário , Conta Gestão de Tesouraria, Cartões e Crédito Pessoal) é assumido pelas Agências, juntamente com o objectivo da manutenção de um bom nível de captação de recursos e da exploração do potencial de cross-selling com outras empresas do Grupo.

Assim, a DRA alargou a sua rede de balcões no Continente para um total de 114, tendo as Agências de Alcântara, Bragança e Fânzeres iniciado a sua actividade neste primeiro semestre. Num contexto cada vez mais competitivo, tem sido dada especial atenção à imagem das Agências, tendo sido efectuadas diversas intervenções e melhoramentos ao nível das suas instalações.

Neste semestre verificaram-se alterações importantes nesta Direcção, nomeadamente a realocação de recursos humanos, a criação de duas novas áreas comerciais – permitindo optimizar as suas funções de acompanhamento e orientação às Agências – e o desenvolvimento de um sistema de informação de gestão disponibilizado através da Intranet do Banco. Em simultâneo, e com a colaboração da Direcção de Gestão Global de Risco, foi revisto o Regulamento de Crédito desta área de negócio.

Efectuando uma análise do período de Junho 2002 a Junho 2003, verificou-se um crescimento de 12% na rubrica de recursos, correspondendo a uma variação de 102 milhões de Euros, para um total no final do 1º semestre de 2003 de 965 milhões de Euros. De salientar, também, o excelente resultado das Agências nas campanhas de cross-selling efectuadas, que proporcionaram melhores resultados na satisfação das necessidades e preferências dos nossos clientes e ainda a prossecução do objectivo de crescimento da captação de recursos.

Relativamente ao crédito total, verificou-se um crescimento de cerca de 16%, correspondente a um aumento de 184 milhões de Euros, destacando-se o crédito aos pequenos negócios e o crédito imobiliário (com crescimentos de 19%) e o crédito a cartões (+ 14%). Em 30 de Junho de 2003, o valor global do crédito concedido por esta área de negócio ascendia a 1.324 milhões de Euros.

De salientar o esforço efectuado na colocação do Banif@st, numa perspectiva de

aproximação do Banco aos clientes e redução dos custos de operação, verificando-se, neste momento, já uma taxa de penetração de 28,6%, o que significa um aumento bastante substancial do número de contratos activos face ao final de Junho de 2002.

Em resumo, a evolução da DRA, no período de Junho 2002 a Junho de 2003 foi a seguinte:

Principais Indicadores do Segmento de Retalho

Variação Jun. 2003/2002 Recursos

(inc. Produtos Estruturados)

+12%

Crédito

+ 16%

Base de Clientes + 16%

- Crédito Imobiliário

No 1º semestre de 2003 foram contratados 2.024 empréstimos no valor total de 125,5 milhões de Euros, dos quais:

- 1.757 empréstimos no montante de 103,7 milhões de Euros, no Continente e

- 267 empréstimos no montante de 21,8 milhões de Euros, na Região Autónoma da Madeira. Relativamente a igual período do ano passado, verificou-se uma diminuição de 266 no número de

empréstimos e, em montante, menos 8,5 milhões de Euros, o que representa

um decréscimo de 6,3%.

Também durante o primeiro semestre de 2003, foram liquidados 623 empréstimos no valor aproximado de 33,3 milhões de Euros.

A carteira de crédito imobiliário do Banif ascendia assim, no final do semestre, a 676 milhões de Euros (correspondendo aproximadamente 483 milhões de Euros ao Continente e 193 milhões de Euros à Madeira).

Em Fevereiro de 2003 o Banif concretizou a sua 1ª operação de titularização de créditos imobiliários num total de EUR 500 milhões. Foram cedidos 9.171 contratos com um loan-to- value médio de 64,47% e um prazo remanescente médio (até ao vencimento) de 281 meses. A operação, designada Atlantes Mortgage nº 1, foi liderada e colocada pelo Credit Suisse First Boston e pelo Deutsche Bank AG, junto de cerca de 50 investidores institucionais internacionais. No âmbito desta operação foram emitidos 500 milhões de Euros de Notes com as seguintes notações de rating atribuídas pelas Agências de Rating Standard & Poor´s, Moody’s e Fitch Ratings: “AAA” a 462,5 milhões de Euros (Class A Mortgage Backed Floating Rate Notes); “A”, “A2” e “A”, respectivamente, a 22,5 milhões de Euros (Class B Mortgage Backed Floating Rate Notes); “BBB”, “Baa3” e “BBB”, respectivamente, a 12,5 milhões de Euros (Class C Mortgage Backed Floating Rate Notes); e “BB”, “Ba2” e “BB”, respectivamente, a 2,5 milhões de Euros (Class D Mortgage Backed Floating Rate Notes). No 1º semestre de 2003 foram analisadas cerca de 2470 propostas no valor total de 235 milhões de Euros, dos quais foram aprovados 135,5 milhões de Euros, o que equivale a uma taxa de aprovação de 58%.

O total de processos analisados distribuiu-se de forma regular ao longo do semestre.

Os canais agenciados de venda de crédito imobiliário, nomeadamente promotores assurfinance, comerciais e mediadores imobiliários, têm mantido o seu peso no número de propostas enviadas para apreciação e aprovação, representando no semestre cerca de 23% do total de propostas aprovadas. Em termos de contratação estes canais de venda assumiram um peso de 19% do total do crédito concedido neste último semestre.

O comportamento do crédito imobiliário do Banco neste 1º semestre de 2003 foi ainda fortemente marcado pelas últimas alterações introduzidas na legislação respeitante aos regimes bonificado e jovem bonificado, bem como pela incerteza que marcou a evolução da situação económica em termos nacionais e internacionais, não tendo inclusive a generalizada baixa das taxas de juro que se verificou ao longo do semestre funcionado como factor de motivação para os consumid ores deste produto.

Serão contudo factores importantes para a dinamização do crédito à habitação, a médio prazo, as alternativas criadas em consequência do fim do crédito bonificado, como sejam o alargamento dos prazos no Regime Geral, e a criação de novos produtos como o Banif Crédito Habitação Jovem e o Banif Crédito Habitação Senior.

- Crédito a Particulares e Negócios

a. Cartões e Outros Meios Electrónicos de Pagamento

O número de cartões de crédito emitidos aumentou 7,2%, de 41.162 em Junho 2002 para 44.121 em Junho 2003. Os cartões de débito aumentaram 10%, de 106.308 para 116.525 no mesmo período.

O saldo de crédito aumentou 35%, de 4.631 milhares de Euros para 6.261 milhares de Euros (não incluindo o float).

De entre as principais actividades desenvolvidas na área de cartões durante o primeiro semestre, cabe salientar:

- Adesão do Banif ao MBNet, com a respectiva inscrição de alguns clientes e comunicação da sua existência a todos os clientes através de um mailing específico;

- Lançamento de uma campanha, em parceria com a Avis, com oferta de descontos e outras

promoções para titulares de cartões Privilege, Excellence e Classic, utilizando para tal