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1.8 – Barreiras da importação.

No documento E-Book - Aprenda a Fazer Negocio Com a China (páginas 148-153)

Antes de iniciar o seu vôo, é oportuno considerar quais serão as barreiras ou dificuldades que se deve enfrentar. Se você as conhecer antes, terá mais possibilidades de passar por cima delas e superá-las.

Principais barreiras:

1. Cotas de importação. Ex: Limitação de importações pela fixação de quotas para produtos.

2. Normas técnicas.

3. Localização geográfica (custos elevados de transporte). 4. Excesso de regulamentações. 5. Diferenças culturais. 6. Nível tecnológico. 7. Concorrência local. 8. Instabilidade econômica. 9. Embargos. 10. Moeda não-conversível.

11. Formas de comercialização diferentes daquelas praticadas no mercado

internacional.

12. Dificuldades para conseguir informações confiáveis. 13. Excessivo protecionismo na indústria local.

14. Poder de pressão dos sindicatos. 15. Falta de política de comércio exterior. 16. Impostos de importação.

17. Leis contra dumping.

18. Investigação antidumping em curso.

19. Direitos antidumping aplicados, provisórios ou definitivos; 20. Investigação antidumping suspensa por acordos de preços; 21. Investigação de subsídios em curso;

22. Direitos compensatórios aplicados, provisórios ou definitivos; 23. Investigação de subsídios suspensa por acordo de preços;

24. Medidas financeiras. Ex: Criação de sobretaxa para as importações;

25. Proibição total ou temporária. Ex: Proibição de importação de um produto que seja permitido comercializar no mercado interno do país que efetuou a proibição;

26. Salvaguardas. Ex: Aplicação de quotas de importação ou elevação de tarifas por questões de medidas de salvaguarda, exceto salvaguardas preferenciais previstas em acordos firmados;

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149 27. Impostos e gravames adicionais. Ex: adicionais de tarifas portuárias ou de

marinha mercante, taxa de estatística, etc.

28. Impostos e gravames internos que discriminem entre o produto nacional e o importado. Ex: imposto do tipo do ICMS que onere o produto importado em nível superior ao produto nacional;

29. Preços mínimos de importação/preços de referência. Ex: estabelecimento prévio de preços mínimos como referência para a cobrança das tarifas de importação, sem considerar a valoração aduaneira do produto;

30. Licenças de importação automáticas. Ex: Produtos sujeitos a licenciamento nas importações, apenas para registro de estatísticas;

31. Licenças de importação não automáticas. Ex: Produtos sujeitos a anuência prévia de algum órgão no país importador;

32. Controles sanitários e fitossanitários nas importações. Ex: Normas sanitárias e fitossanitárias exigidas na importação de produtos de origem animal e vegetal;

33. Restrições impostas a determinadas empresas. Ex: Exigências específicas para importações de produtos de determinadas empresas;

34. Organismo estatal importador único. Ex: Produtos cuja importação é efetuada pelo Estado, em regime de monopólio;

35. Serviços nacionais obrigatórios. Ex: Direitos consulares;

36. Requisitos relativos às características dos produtos. Ex: produtos sujeito à avaliação de conformidade;

37. Requisitos relativos à embalagem. Ex: Exigências de materiais, tamanhos ou padrões de peso para embalagens de produtos;

38. Requisitos relativos à rotulagem. Ex: Exigências especiais quanto a tipo, tamanho de letras ou tradução nos rótulos de produtos;

39. Requisitos relativos à informações sobre o produto. Ex: Exigências de conteúdo alimentar ou protéico de produtos ou de informações ao consumidor;

40. Requisitos relativos à inspeção, ensaios e quarentena. Ex: Produtos sujeitos à inspeção física e análise nas alfândegas ou a procedimentos de

quarentena;

41. Outros requisitos técnicos. Ex: Exigência de certificados relativos à fabricação do produto mediante processos não poluidores do meio ambiente;

42. Inspeção prévia à importação. Ex: Inspeção pré-embarque;

43. Procedimentos aduaneiros especiais. Ex: Exigência de ingresso de importações somente por determinados portos ou aeroportos;

44. Exigência de conteúdo nacional/regional. Ex: Discriminação de importações para favorecer as que tenham matéria-prima originária do país importador; 45. Exigência de intercâmbio compensado. Ex: Condicionamento de importações

à exportação casada de determinados produtos;

46. Exigências especiais para compras governamentais. Ex: Tratamento favorecido aos produtos nacionais em concorrências públicas;

47. Exigência de bandeira nacional. Ex: Exigência de uso de navios ou aviões de bandeira nacional para o transporte das importações;

48. Falta de transparência na legislação de importação (atraso na emissão de guias de importação);

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150 49. Falta de confiança no país;

50. Falta de estrutura da empresa importadora;

51. Falta de profissionalismo da empresa importadora.

1.9 – De quem importar?

Para quem lhe oferece as melhores condições de fornecimento e pagamento!

Quem estabelece estas condições o comprador ou o vendedor?

Muitas vezes não são os exportadores que vendem, mas os importadores que compram e, portanto, mais que importador você é cliente (aceitando quase sempre as condições do vendedor).

O seu parceiro fornecedor deve ser identificado, avaliado, selecionado e provado; só depois você deve iniciar o seu processo de importação. Quantas vezes você aceita comprar do primeiro que lhe envia uma proposta? Muitos importadores não têm o cuidado de gerir o processo de desenvolvimento de fornecedores e ou parceiros no exterior.

Para quem importar? Veremos com mais detalhes no item 8 – A seleção dos parceiros.

Preliminarmente, citamos algumas formas de localizar um possível fornecedor parceiro no exterior.

• E-sourcing: Pesquisa feita na internet.

• Escritórios de promoção comercial das embaixadas. • Câmaras de comércio bilaterais.

• Empresas de consultoria.

• Revistas e jornais especializados. • Associações da categoria.

• WTC – World Trade Center. • Feiras internacionais.

• Visitas a empresas fornecedoras.

A seleção dos fornecedores parceiros é fator determinante para o êxito da internacionalização. Naturalmente ela depende do seu poder contratual, porém faça o possível para ter várias alternativas antes de decidir com quem vai trabalhar.

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1.10 – Universo do importador.

É comum para o importador iniciante sentir-se desamparado quando começa a encontrar as primeiras dificuldades. Ele desconhece (ou desconfia) das entidades ou especialistas que poderiam ajudá-lo a sair desses problemas.

Veja uma lista preliminar de algumas entidades relacionadas ao comércio exterior. Falaremos mais sobre elas adiante.

• Itamaraty.

• Secretaria de Comércio Exterior. • Banco do Brasil.

• Bancos em geral.

• Câmaras de comércio bilaterais. • Empresas de consultoria.

• Despachantes aduaneiros. • Agentes de carga.

• Associações. • Transportadoras.

• Organizadores de feiras internacionais. • Agentes de compras no exterior.

• WTC – World Trade Center.

• Empresas de pesquisa de mercado no exterior.

1.11 – Engenharia da importação.

Normalmente, as maiores reclamações dos importadores, principalmente dos iniciantes, são:

• Falta de apoio do governo;

• Câmbio não favorável a importação; • Burocracia excessiva;

• Falta de financiamento.

Claro que estas coisas influenciam (e em alguns casos de forma decisiva) sobre o êxito da importação, porém isso é só a ponta do iceberg.

Veja quais os assuntos que deveriam ser geridos pelos importadores: • Conhecimento dos obstáculos.

• Seleção do mercado. • Seleção do parceiro.

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152 • Seleção do canal de compra.

• Logística competitiva. • Gestão financeira. • Financiamento. • Política cambial. • Seguros. • Transporte. • Trâmites alfandegários. • Integração empresarial. • Conhecimento de contratos.

• Estrutura interna para importação. • Método de elaboração de custos. • Gestão do fornecedor.

• Perfil profissional.

Há muita coisa para se conhecer sobre importação para a montagem de um projeto viável de importação de baixo risco, com qualidade, rápido de ser feito e sustentável no médio e longo-prazo.

Caso a sua empresa não tenha estrutura física, recursos humanos e tecnologia para fazer todo o desenvolvimento do processo de importação, grande parte do conhecimento e experiência para o desenvolvimento deste trabalho pode ser obtido no mercado na forma de prestação de serviços por empresas como:

• Agentes de sourcing (desenvolvimento de fornecedores no exterior). • Despachantes aduaneiros.

• Agentes de carga. • Bancos.

O modelo de processo de importação que recomendamos deve considerar as seguintes atividades:

a. Registro e credenciamento.

b. Identificação do produto a ser importado. c. Localização de fornecedores internacionais. d. Cotação de preços e análise das ofertas.

e. Análise das características de uma importação. f. Impostos e custos incidentes na importação. f.1. Custo da mercadoria.

f.2. Frete internacional.

f.3. Seguro de transporte internacional. f.4. Impostos.

g. Levantamento de estimativa de custos de importação. h. Negociação final e pedido de fatura pro forma.

i. Emissão de licenciamento de importação – LI.

j. Fechamento de câmbio e modalidades de pagamento. j.1. Pagamento antecipado.

j.2. Cobrança documentária.

j.3. Crédito documentário (Carta de Crédito). k. Contratação de seguro e frete internacional. l. Instrução de embarque.

m. Chegada da mercadoria. n. Despacho aduaneiro.

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