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Benefícios fiscais

No documento MANUAL DO EMPREENDEDOR (páginas 96-100)

9. SISTEMA FISCAL

9.7. Benefícios fiscais

Onde pode ser pago o IMT?

Na Secção de Cobrança de qualquer Serviço de Finanças, nos CTT, no Multibanco e nas instituições bancárias que têm protocolo com a Autoridade Tributária e Aduaneira para o efeito.

Quais os prazos para pagamento do IMT?

O IMT deve ser pago no dia da liquidação ou no 1º dia útil seguinte.

Se o ato ou contrato for celebrado no estrangeiro, o imposto deverá ser liquidado e pago durante o mês seguinte ao da transmissão.

Será nos 30 dias contados da assinatura do auto ou da sentença que homologar a transação, no caso de transmissão por arrematação e venda judicial ou administrativa, adjudicação, transação e conciliação, de liquidação adicional, de exercício do direito de preferência, de caducidade da isenção, de partilhas, bem como de cedências de posição contratual em

contratos promessa sem cláusula de livre cedência ou ajuste de revenda, e ainda nas permutas de bens presentes por bens futuros já construídos.

Quais são as taxas do IMT? x Prédios rústicos – 5%;

x Aquisição de Prédios urbanos exclusivamente destinados a habitação – 1% a 6%;

x Prédios urbanos exclusivamente destinados a habitação própria e permanente – 0% a

6%;

x Outros prédios e outras aquisições – 6,5%;

x Prédios adquiridos por entidades que tenham domicílio fiscal em país, território ou

região sujeitos a um regime fiscal claramente mais favorável, constantes de lista aprovada por portaria do Ministro das Finanças –10%.

9.7. Benefícios fiscais

O que são os Benefícios Fiscais?

Através do Decreto Legislativo Regional nº 2/99/A, de 20 de janeiro, a Assembleia Legislativa Regional decretou a adaptação do sistema fiscal nacional à realidade da Região Autónoma dos Açores. Assim, para além dos incentivos de âmbito nacional que se aplicam à totalidade do território nacional, pode o Governo Regional, conceder, em regime contratual, benefícios fiscais em sede de IRC.

Os benefícios fiscais, poderão, consoante a estrutura do respetivo imposto, revestir as modalidades de isenções, reduções de taxa, deduções à matéria coletável e à coleta ou amortizações e reintegrações aceleradas.

97 Para além dos incentivos fiscais específicos da RAA, os contribuintes residentes, e que

desenvolvem a sua atividade na Região, podem usufruir dos benefícios fiscais vigentes na totalidade do território nacional.

A que Benefícios Fiscais posso ter acesso?

Em matéria de incentivos fiscais aplicáveis à Região Autónoma dos Açores, a legislação em vigor prevê os seguintes benefícios aplicáveis a sujeitos passivos e a situações que cumpram os respetivos requisitos:

Redução Genérica das Taxas de IRS

O artigo 4º do Decreto Legislativo Regional n.º 2/99/A, de 20 de janeiro dispõe que às taxas nacionais do IRS, em vigor em cada ano, é aplicada uma redução de 20%, nos seguintes casos:

x Ao IRS devido por pessoas singulares consideradas fiscalmente residentes nos Açores, independentemente do local em que exerçam a respetiva atividade;

x Ao IRS retido, a título definitivo, sobre os rendimentos pagos ou postos à disposição de pessoas singulares consideradas fiscalmente não residentes em qualquer circunscrição do território português, por pessoas singulares ou coletivas com residência, sede ou direção efetiva nos Açores ou por estabelecimento estável situado nos Açores a que tais rendimentos devam ser imputados.

Redução Genérica das Taxas de IRC

O artigo 5º do Decreto Legislativo Regional n.º 2/99/A, de 20 de janeiro dispõe que às taxas nacionais do IRC, em vigor em cada ano, é aplicada uma redução de 30%, nos seguintes casos:

x Ao IRC devido por pessoas coletivas ou equiparadas que tenham sede, direção efetiva ou estabelecimento estável nos Açores;

x Ao IRC devido por pessoas coletivas ou equiparadas que tenham sede ou direção efetiva em território português e possuam sucursais, delegações, agências, escritórios, instalações ou quaisquer formas de representação permanente sem personalidade jurídica própria em mais de uma circunscrição, determinado este pela proporção entre o volume de negócios anual correspondente às instalações situadas nos Açores e o volume anual, total, de negócios do exercício;

x Ao IRC retido, a título definitivo, sobre os rendimentos gerados na Região Autónoma dos Açores, relativamente às pessoas coletivas ou equiparadas que não tenham sede, direção efetiva ou estabelecimento estável em território nacional.

Benefícios Fiscais ao Investimento de Natureza Contratual

O Governo Regional dos Açores, através do artigo 9.º do Decreto Legislativo Regional n.º 2/99/A, de 20 de janeiro, ficou autorizado a conceder, em regime contratual, benefícios fiscais em sede de Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas (IRC), Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI), Imposto Municipal sobre Transmissões Onerosas de Imóveis (IMT),

98 relativamente a projetos de investimento em unidades produtivas considerados de

reconhecida e notória relevância estratégica para a economia regional, o que veio a acontecer com a publicação do Decreto Regulamentar Regional n.º 9/2014/A, de 27 de junho, alterado republicado pelo Decreto Legislativo Regional nº 12/2015/A de 23 de junho.

No que concerne à concessão de benefícios fiscais contratuais, para o ano de 2018, os investimentos devem ser superiores a €2 milhões para as ilhas de São Miguel e Terceira (€1 milhão para a ilha Terceira, condicionado à criação de postos de trabalho) e a €400 mil para as restantes ilhas e devem ter relevância estratégica para a Região.

€ 200 mil para projetos de investimento em Biotecnologia Marinha e/ou Aquacultura, independentemente da sua localização, que prevejam despesas em I&D no valor mínimo de 10% do investimento.

Aos promotores dos projetos de investimento que se enquadrem no âmbito do Decreto Regulamentar Regional n.º 9/2014/A, de 27 de junho, alterado e republicado pelo Decreto Legislativo Regional nº 12/2015/A de 23 de junho, sempre que sejam sujeitos passivos dos impostos adiante previstos, podem ser concedidos, cumulativamente, os seguintes benefícios fiscais:

x Dedução à coleta de Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas (IRC), e até à concorrência de 90% da mesma, da importância de 30% das aplicações relevantes do projeto efetivamente realizadas;

x Isenção ou redução de Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI), por um período até dez anos, relativamente aos prédios utilizados pelo promotor na atividade desenvolvida no âmbito do projeto;

x Isenção ou redução de, pelo menos, 75% do Imposto Municipal sobre as Transmissões Onerosas de Imóveis (IMT) relativamente aos imóveis adquiridos pelo promotor destinados ao exercício da sua atividade no âmbito do projeto.

A percentagem a aplicar sobre as aplicações relevantes referidas é acrescida em função da previsão de criação de postos de trabalho, de acordo com os escalões seguintes:

x 10% (igual ou maior que) 10 postos de trabalho; x 20% (igual ou maior que) 25 postos de trabalho;

x 30% (igual ou maior que) 50 postos de trabalho;

x 40% (igual ou maior que) 100 postos de trabalho;

x 50% (igual ou maior que) 150 postos de trabalho.

A percentagem a aplicar sobre as aplicações relevantes é ainda acrescida nas seguintes situações:

x Em 50%, se o projeto se desenvolver no âmbito das medidas compensatórias de minimização do impacto da redução da atividade em circunstâncias excecionais que afetem o tecido reprodutivo local em área ou áreas geográficas específicas, a definir através de resolução do Conselho de Governo Regional;

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x Em 30 %, se o projeto respeitar a atividades de biotecnologia marinha ou de

aquacultura e prever a criação de pelo menos três postos de trabalho, acrescidos de 10 %, caso um ou mais postos de trabalho sejam altamente qualificados, isto é, correspondentes a uma formação mínima ao nível do doutoramento.

A dedução à coleta de IRC é efetuada na liquidação respeitante ao período de tributação em que se realizar o investimento, desde que seja realizado no período de vigência do contrato. A atribuição dos benefícios fiscais relativos a IMI e IMT fica dependente do pedido de parecer prévio ao município ou municípios da área onde os projetos de investimento se localizem.

Outros Benefícios Fiscais ao Investimento

O artigo 6º do Decreto Legislativo Regional n.º 2/99/A, de 20 de janeiro prevê que os sujeitos passivos de IRC possam deduzir à coleta, até ao limite da mesma, os lucros comerciais, industriais e agrícolas reinvestidos na importância correspondente a:

x 20% para os investimentos realizados nas ilhas de São Miguel e Terceira, que terão ainda uma majoração de 25% nos investimentos concretizados nos concelhos de Nordeste e Povoação;

x 30% para os investimentos realizados nas ilhas de São Jorge, Faial e Pico;

x 40% para os investimentos realizados nas ilhas de Santa Maria, Graciosa, Flores e Corvo.

Para efeitos do reinvestimento acima referido, considera-se relevante todo o investimento em ativo fixo diretamente afeto à exploração, com exceção de bens de luxo, supérfluos, mera decoração e benfeitorias voluntárias.

Os lucros que beneficiam da dedução à coleta acima referida são definidos anualmente, pelo Governo Regional dos Açores, através de Decreto Legislativo Regional.

Para efeitos do ano de 2018, o artigo 32.º do Decreto Legislativo Regional n.º 1/2018/A, de 3 de janeiro, determina que os lucros que beneficiam da dedução à coleta, acima referida, são os que forem reinvestidos de acordo com o seguinte:

x Na promoção turística e na reabilitação de empreendimentos turísticos;

x Na aquisição de novas embarcações de pesca;

x Na investigação científica e desenvolvimento experimental (I&D) com interesse relevante;

x No tratamento de resíduos e efluentes, em energia renováveis e eficiência energética;

x Aquicultura e transformação de pescado;

x No reforço da capacidade de exportação das empresas regionais e de criação de bens

transacionáveis de caráter inovador;

x Em investimentos de apoio social de âmbito empresarial;

x Na aquisição de veículos automóveis elétricos ligeiros ou pesados, de passageiros ou

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