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Imposto sobre o valor acrescentado – iva

No documento MANUAL DO EMPREENDEDOR (páginas 88-91)

9. SISTEMA FISCAL

9.3. Imposto sobre o valor acrescentado – iva

O que é o IVA?

O IVA, Imposto sobre o Valor Acrescentado, é um imposto que incide sobre a despesa ou consumo e tributa o “valor acrescentado” das transações efetuadas pelo contribuinte.

O que está sujeito a IVA?

x Todas as transmissões de bens e as prestações de serviços efetuadas a título oneroso por um sujeito passivo agindo como tal e que ocorram no território nacional;

x As importações de bens;

x As aquisições intracomunitárias efetuadas no território nacional.

Quem são os sujeitos passivos deste imposto?

x As pessoas singulares ou coletivas que, de um modo independente e com carácter

regular, exerçam atividade de:

x Produção;

x Comércio ou de prestação de serviços; x Atividades extrativas e agrícolas.

x As pessoas singulares ou coletivas que exerçam atividade independente e as que pratiquem uma só operação tributável, desde que essa operação preencha os pressupostos de incidência real de IRS e de IRC;

x As pessoas singulares ou coletivas que, segundo a legislação aduaneira, realizem importações de bens;

x As pessoas singulares ou coletivas que, em faturas ou documentos equivalentes, mencionem indevidamente IVA;

x As pessoas singulares ou coletivas que efetuem operações intracomunitárias;

x Os adquirentes dos serviços referidos nos n.ºs 11, 13, 16, 17, alínea b), e 19 do artigo 6.º do Código do Imposto sobre o Valor Acrescentado (CIVA), nas condições aí previstas e desde que os respetivos prestadores não tenham, no território nacional, sede, estabelecimento estável ou domicílio a partir do qual o serviço seja prestado;

x As pessoas singulares ou coletivas referidas nas alíneas a) e b), pela aquisição dos serviços abrangidos pela alínea a) do n.º 6 do artigo 6.º do CIVA, quando os respetivos

89 prestadores não tenham, no território nacional, sede, estabelecimento estável ou, na sua falta, o domicílio, a partir do qual os serviços são prestados;

x As pessoas singulares ou coletivas referidas nas alíneas a) e b) que sejam adquirentes em transmissões de bens ou prestações de serviços efetuadas no território nacional por sujeitos passivos que aqui não tenham sede, estabelecimento estável ou domicílio nem disponham de representante nos termos do artigo 30.º do CIVA;

x As pessoas singulares ou coletivas referidas nas alíneas a) e b) que sejam adquirentes dos bens indicados no n.º 4 do artigo 6.º do CIVA, nas condições aí previstas, desde que os respetivos transmitentes não tenham, no território nacional, sede,

estabelecimento estável ou, na sua falta, o domicílio, a partir do qual as transmissões são efetuadas;

x As pessoas singulares ou coletivas referidas nas alíneas a) e b) que, no território nacional, sejam adquirentes dos bens ou dos serviços mencionados no anexo E e no CIVA e tenham direito à dedução total ou parcial do imposto, desde que os respetivos transmitentes ou prestadores sejam sujeitos passivos do imposto;

x As pessoas singulares ou coletivas referidas nas alíneas a) e b) que disponham de sede, estabelecimento estável ou domicílio em território nacional e que pratiquem

operações que confiram o direito à dedução total ou parcial do imposto, quando sejam adquirentes de serviços de construção civil, incluindo a remodelação, reparação, manutenção, conservação e demolição de bens imóveis, em regime de empreitada ou subempreitada.

x As pessoas singulares ou coletivas referidas nas alíneas a) e b) que disponham de sede, estabelecimento estável ou domicílio em território nacional e que pratiquem

operações que confiram o direito à dedução total ou parcial do imposto, quando sejam adquirentes de prestações de serviços que tenham por objeto direitos de emissão, reduções certificadas de emissões ou unidades de redução de emissões de gases com efeito de estufa, aos quais se refere o Decreto-Lei n.º 233/2004, de 14 de dezembro.

Quais as taxas a aplicar ao abrigo do IVA?

As taxas de imposto são diferentes consoante as operações tributáveis sejam consideradas localizadas na Região Autónoma dos Açores, no Continente ou na Região Autónoma da Madeira.

As taxas aplicáveis na RAA são as seguintes:

x Taxa reduzida, 4%, que se aplica às importações, transmissões de bens e prestações de serviços mencionados na Lista I anexa ao Código do Imposto sobre o Valor

Acrescentado (CIVA), e que inclui, entre outros, os bens alimentares, os livros, revistas, jornais, produtos farmacêuticos, o alojamento em estabelecimento do tipo hoteleiro, o transporte de passageiros, a eletricidade, etc.;

x Taxa intermédia, 9%, que se aplica às importações, transmissões de bens e prestações de serviços mencionados na Lista II anexo ao CIVA, e que inclui, entre outros, os bens alimentares não incluídos na Lista I, flores de corte, plantas ornamentais, prestações de serviços de alimentação e bebidas, etc;

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x Taxa normal, 18%. Quem liquida IVA?

Os contribuintes, ou seja, os sujeitos passivos, que são pessoas singulares ou coletivas, empresas que exerçam uma atividade económica ou aquelas pessoas que pratiquem um ato isolado de comércio. Por isso, sempre que venderem bens ou prestarem serviços deverão liquidar e cobrar IVA aos seus clientes.

No caso das importações, quem liquida e cobra o IVA são os Serviços Alfandegários.

Em que momento se deve liquidar o IVA?

O IVA deve ser liquidado no ato da emissão da fatura ou documento equivalente que comprove a operação da venda dos bens ou prestação de serviços.

A fatura ou documento equivalente deve ser emitido, no momento em que a operação de venda ou prestação de serviço se efetivar, ou o mais tardar no prazo máximo de cinco dias úteis após a data da venda do bem ou da prestação de serviço.

Nas importações, a liquidação é feita juntamente com os direitos aduaneiros no boletim do despacho aduaneiro.

O que é a declaração periódica do IVA?

A declaração periódica do IVA é uma declaração mensal ou trimestral, enviada à administração fiscal, relativa às operações efetuadas pelo sujeito passivo do IVA, no exercício da sua

atividade, com a indicação do imposto devido ou do crédito existente, bem como dos elementos que serviram de base ao seu respetivo cálculo.

A Portaria n.º 988/2009, de 7 de setembro, veio aprovar um novo modelo de declaração periódica do IVA.

A declaração periódica do IVA deve ser entregue, pelos sujeitos passivos do regime normal ou pelos Técnicos Oficiais de Contas (TOC), via online, através do Portal das Finanças, até ao dia 10 do segundo mês seguinte àquele a que respeitam as operações (no caso da periodicidade mensal), ou até ao dia 15 do segundo mês seguinte ao trimestre a que respeitam as operações (no caso da periodicidade trimestral).

Como posso pagar o IVA e qual o prazo?

O IVA pode ser pago por cheque, vale de correio e transferência bancária, assim como na Direção de Serviços de Cobrança do IVA, na seção de Cobrança do Serviço de Finanças com Sistema Local de Cobrança ou noutros locais autorizados.

Sem prejuízo do disposto no regime especial dos pequenos retalhistas, os sujeitos passivos são obrigados a entregar o montante do imposto exigível até:

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