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Imposto sobre o rendimento das pessoas coletivas – IRC

No documento MANUAL DO EMPREENDEDOR (páginas 83-86)

9. SISTEMA FISCAL

9.1. Imposto sobre o rendimento das pessoas coletivas – IRC

Quem são os sujeitos passivos de IRC?

São sujeitos passivos de IRC:

x As sociedades comerciais ou civis sob forma comercial, as cooperativas, as empresas públicas e as demais pessoas coletivas de direito público ou privado, com sede ou direção efetiva em território português;

x As entidades desprovidas de personalidade jurídica, com sede ou direção efetiva em território português, cujos rendimentos não sejam tributáveis em imposto sobre o rendimento das pessoas singulares (IRS) ou em IRC diretamente na titularidade de pessoas singulares ou coletivas;

x As entidades, com ou sem personalidade jurídica, que não tenham sede nem direção efetiva em território português e cujos rendimentos nele obtidos não estejam sujeitos a IRS.

Para efeitos do Código de IRC consideram-se residentes as pessoas coletivas e outras entidades que tenham sede ou direção efetiva em território português.

As pessoas coletivas e outras entidades com sede ou direção efetiva em território português são tributadas sobre a totalidade dos seus rendimentos, incluindo os obtidos fora desse território. Pelo contrário, relativamente aos sujeitos passivos que não tenham sede nem direção efetiva em território português, o IRC incide apenas sobre os rendimentos neles obtidos.

Quais são as taxas de IRC?

A taxa normal sobre o lucro das sociedades abrangidas pelo regime geral de tributação é de 21%.

84 No caso de sujeitos passivos que exerçam, diretamente e a título principal, uma atividade económica de natureza agrícola, comercial ou industrial que sejam qualificados como pequena ou média empresa, nos termos previstos no anexo ao Decreto-Lei n.º 372/2007, de 6 de novembro, a taxa de IRC aplicável aos primeiros 15 000 euros de matéria coletável é de 17 %, aplicando-se a taxa prevista no número anterior ao excedente.

Para os Açores estas taxas sofrem uma redução de 20%.

A taxa de imposto em sede de IRC aplicável às entidades não residentes que aufiram

rendimentos na Região Autónoma dos Açores varia em função da eventual existência de um estabelecimento estável localizado na Região Autónoma dos Açores e da natureza do rendimento auferido.

Qual o período de tributação do IRC?

O IRC é devido por cada exercício económico o qual coincidirá com o ano civil.

Contudo, esta regra contém algumas exceções, nomeadamente no que diz respeito aos sujeitos passivos não residentes que disponham de estabelecimento estável em território português, os quais poderão optar por um período de tributação anual diferente do ano civil. Para além desta existem ainda outras exceções.

O período de tributação poderá ser inferior a um ano nas seguintes situações:

x No ano do início de tributação, em que é constituído pelo período decorrido entre a data em que se inicia a atividade, a sede ou direção efetiva passa a situar-se em território português ou se começam a obter rendimentos que dão origem a sujeição a imposto, consoante o caso, e o fim do período de tributação;

x No exercício da cessação da atividade, em que é constituído pelo período decorrido

entre o início do exercício e a data da cessação da atividade;

x Quando as condições de sujeição a imposto ocorram e deixem de verificar-se no mesmo exercício, em que é constituído pelo período efetivamente decorrido;

x No exercício em que seja adotado um período de tributação diferente do ano civil, i.e., diferente daquele que vinha sendo seguido até aí, em que é constituído pelo período decorrido entre o início do ano civil e o dia imediatamente anterior ao do início do novo período.

Finalmente, o período de tributação poderá ser superior a um ano relativamente a sociedades e outras entidades em liquidação, em que poderá ter a duração correspondente à desta.

A liquidação é feita por quem?

A liquidação do IRC é efetuada pelo próprio contribuinte ou pela Autoridade Tributária e Aduaneira.

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Quais as obrigações declarativas?

Os sujeitos passivos de IRC são obrigados a apresentar:

x Declaração de inscrição, de alteração ou de cessação;

x Declaração periódica de rendimentos;

x Declaração anual de informação contabilística e fiscal.

Qualquer uma das declarações referidas será de modelo oficial, aprovado por despacho do Ministro das Finanças.

Onde é efetuado o pagamento do IRC?

O pagamento do IRC pode ser feito nos bancos, correios e na seção de cobrança do serviço de finanças da Autoridade Tributária e Aduaneira.

Quais as regras de pagamento?

Relativamente às regras de pagamento, o código estabelece regimes diferentes, consoante as entidades exerçam a título principal, uma atividade de natureza comercial, industrial ou agrícola, incluindo as não residentes com estabelecimento estável em território português, ou não exerçam qualquer uma dessas atividades.

As entidades residentes que exerçam a título principal uma atividade de natureza comercial, industrial ou agrícola e as entidades não residentes com estabelecimento estável em território português devem proceder ao pagamento do imposto nos termos seguintes:

x Em três pagamentos por conta, com vencimento nos meses de julho, setembro e 15 de dezembro do exercício a que respeita o lucro tributável ou, nos casos de o período de tributação não coincidir com o ano civil, no 7.º, 9.º e no dia 15 do 12.º mês do

respetivo período de tributação;

x Até ao termo do prazo fixado para a apresentação da declaração periódica de rendimentos, ou seja, até ao último dia do mês de maio, pela diferença que existir entre o imposto total aí calculado e as importâncias entregues por conta;

x Até ao dia da apresentação da declaração de substituição, pela diferença que existir entre o imposto total aí calculado e as importâncias já pagas.

Entidades residentes que não exerçam, a título principal uma atividade comercial, industrial ou agrícola e não residentes sem estabelecimento estável em território português.

Para estes sujeitos passivos, não existe a obrigatoriedade de efetuarem pagamentos por conta. Todo o imposto deverá ser pago até ao termo do prazo para a apresentação da declaração periódica de rendimentos ou, em caso de declaração de substituição, até ao dia da sua apresentação.

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No documento MANUAL DO EMPREENDEDOR (páginas 83-86)