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CAPÍTULO III – DESENVOLVIMENTO DA FERRAMENTA PROPOSTA

3.4 Uma ferramenta para o ensino e aprendizado da generosidade

3.4.2 O BigChain Escola

Como avaliamos ao longo deste trabalho, as evoluções tecnológicas têm permitido cada vez mais um novo tipo de relação entre as pessoas. Elas podem ocorrer e muitas vezes se iniciam no ciberespaço, amplificadas por ferramentas tecnológicas de comunicação interativa com o poder de conectar pessoas e conteúdo como estabelecem Coll e Monereo.

Nesse contexto, a proposta do “BigChain Escola” é de uma rede social exclusiva para as escolas e que permita a interação de pais, alunos e professores em torno de objetivos sociais comuns com efeito multiplicador em um elo de referência, reflexão e ação social, presente ao longo de toda a vida de seus usuários.

Primeiramente vamos explicar passo a passo o funcionamento proposto do

BigChain Escola.

Passo 1:

O Passo 1 é o que chamamos de “configuração inicial”. Esse processo de configuração consiste em:

• Cadastramento e criação de uma comunidade interna no BigChain Escola com o nome da escola

• Cadastramento das salas de aulas que utilizarão a ferramenta • Cadastramento dos professores

• Cadastramento dos alunos com nome, idade e endereço.

• Cadastramento dos pais dos alunos que irão utilizar a ferramenta para que os mesmos possam receber automaticamente do BigChain Escola um e-mail convidando-os também a participar da rede.

• Configuração de comunidades iniciais internamente a comunidade da escola, nas quais os alunos poderão participar e interagir. Exemplos de comunidades que poderão já estar pré-configuradas para interação e integração dos alunos com a plataforma:

o Doação de sangue o Centros de reciclagem o Doação de alimentos o Doação de agasalhos o Auxilio a idosos o Desigualdade Social o Generosidade Passo 2:

O Passo 2 que chamamos de “Referência Social” é o inicio das dinâmicas em si através dessa rede social. A escola incentiva os estudantes com um propósito de uma “educação para generosidade” a relatarem histórias sociais próprias ou de familiares (pai, mãe, tio, tia, primo, etc...), incluindo fotos e vídeos se necessário.

Cada história relatada fica disponível para que todos os alunos da rede possam comentar e interagir.

As histórias podem também serem relatadas anonimamente, ou seja, o usuário que ler a história não saberá o nome do autor.

O sistema contará também com um botão de denúncia abaixo da história relatada que poderá ser utilizado caso a história contenha palavras inadequadas, ofensivas ou discriminatórias. Acionado, o botão encaminha automaticamente uma mensagem de alerta ao administrador da rede.

Vale observar também que as histórias relatadas passam a integrar uma base de dados que ao longo do tempo visa tornar o ambiente cada vez mais rico de conteúdo.

Passo 3:

Esse passo 3 é o que chamamos de “Reflexão”. Ou seja, as histórias sociais relatadas alimentam uma base de dados e através de uma interface tecnológica própria, conforme é possível verificar na figura 7 a seguir, oferecem aos usuários (estudantes) a possibilidade de influenciar e inspirar os usuários a agirem generosamente e vice-versa. Considerando o poder de influência de cada história relatada por amigos, professores, pais e funcionários da escola, é como se as próprias histórias em si agissem como ações sociais realizadas pelos alunos.

Chamamos esse passo de “Reflexão”, pois acreditamos que durante todo o processo de navegação e interação nessa rede social, os alunos são instigados a refletir sobre atitudes relatadas por amigos na ferramenta.

Abaixo algumas categoriais exemplo nas quais as histórias podem ser dividas conforme também pode-se observar na figura 7 a seguir.

• Auxílio a idosos • Auxílio profissional • Cultura e Lazer • Discriminação social • Doenças contagiosas • Educação • Liberdade de Expressão

• Medicina e Saúde • Música

• Natureza e Meio Ambiente • Outros

• Problemas Sociais • Religião

• Saúde Infantil • Solidariedade

Além dessas categorias, sugerimos que sejam definidas também:

• “Atitude da semana” como a atitude mais acessada da semana

• “Atitude aleatória” que aleatoriamente poderá escolher na base de dados uma atitude a ser apresentado ao usuário.

• “Atitudes mais acessadas” em um determinado período

• “Atitudes sugeridas” pelo sistema conforme o “perfil social” dos usuários • “Atitudes por data”

• “Atitudes da minha rede” que poderá apresentar apenas atitudes relatadas por usuários que figurem como amigos diretamente pertencentes à rede de relacionamentos do aluno.

Enfim, esses são apenas exemplos da forma como poderá ser composta a navegação e a interface dos usuários com a ferramenta.

Vale observar, conforme avaliado anteriormente neste trabalho, que a interface composta por mecanismos gráficos, formas de navegação, cores, fotos e vídeos são de fundamental importância para o sucesso de uma rede social entre seus usuários.

Conforme apontado por Coll e Monereo, adaptabilidade, mobilidade e cooperação são conceitos que aparecem repetidamente na literatura que descreve as relações entre tecnologia e educação.

A figura que apresentamos a seguir é uma mera ilustração para caracterizar o que denominamos interface ao longo deste trabalho e procura demonstrar a importância de oferecer aos usuários uma plataforma completa

Figura 7 – Tela inicial de um

Passo 4:

Nesse passo 4 que denominamos de “Ação Prática”, configuração inicial, geração de

“reflexão” através da navegação e identificação com as atitudes, propomos que os usuários sejam conduzidos

Através de um trabalho tecnológico conhecido como “mineração de dados” qual o BigChain Escola poderá

interações do mesmo na rede social

A figura que apresentamos a seguir é uma mera ilustração para caracterizar o que denominamos interface ao longo deste trabalho e procura demonstrar a importância de oferecer aos usuários uma plataforma completa e de fácil navegação.

e um usuário do BigChain Escola

que denominamos de “Ação Prática”, após o processo de configuração inicial, geração de “referências sociais” através de atitudes relatadas

através da navegação e identificação com as atitudes, propomos que os conduzidos então a ações práticas.

Através de um trabalho tecnológico conhecido como “mineração de dados” poderá guardar o histórico de navegação do usuário e

na rede social, definimos o que denominamos “perfil social” do A figura que apresentamos a seguir é uma mera ilustração para caracterizar o que denominamos interface ao longo deste trabalho e procura demonstrar a importância

navegação.

após o processo de através de atitudes relatadas, através da navegação e identificação com as atitudes, propomos que os Através de um trabalho tecnológico conhecido como “mineração de dados” no o do usuário e avaliar as denominamos “perfil social” do

usuário. As variáveis sistêmicas que apontamos para definir o “perfil social” de um determinado usuário podem ser:

• X1 = Número de histórias / atitudes relatadas. • X2 = Número de histórias / atitudes lidas

Desta forma, se definirmos P como sendo o “Perfil Social” de um determinado usuário segue abaixo a equação proposta:

P = Y

Y = ((2 x X1) + X2)

Para definição de Y, atribuímos maior valor a histórias relatadas do que a histórias lidas e extraímos o resultado da seguinte forma:

• Se o resultado de Y for muito inferior à média do grupo avaliado, definimos o perfil desse usuário como “Perfil Social - Moderado”.

• Se o resultado de Y for igual à média do grupo avaliado, definimos o perfil desse usuário como “Perfil Social – Semi Ativo”.

• Se o resultado de Y for superior à média do grupo avaliado, definimos o perfil desse usuário como “Perfil Social – Ativo”

Há muitas outras formas de definir o perfil dos usuários que poderia também buscar uma relação com a categoria das atitudes relatadas e lidas pelos usuários e com isso definir perfis como:

• Perfil social – Idoso • Perfil social – Educação • Perfil social – Saúde

• Perfil social – Meio Ambiente • Perfil social – Cultura

Poderia também haver uma composição de perfis para apresentar aos usuários, de forma ainda mais precisa, atitudes práticas que possam realmente interessá-los. No entanto, o objetivo de definir o que chamamos de “perfil social” é sugerir no contexto da Web 2.0, o que Coll e Monereo chamam de “Sistemas de guia ou apoio inteligente” definidos da seguinte forma:

...programas que são capazes de identificar as necessidades e estratégias do aluno durante a realização de uma tarefa de certa complexidade (escrever, ler, resolver um problema matemático, etc.) e proporcionar-lhe auxílios on-line ou

off-line. Para que o sistema recomende ou facilite o acesso a um determinado conhecimento, deve partir de um modelo das diversas opções para enfrentar ou desenvolver a tarefa, seja porque previamente o usuário, a partir de perguntas do sistema, forneceu o modelo, seja porque as alternativas são finitas e o sistema pode identificar o processo de pensamento que o usuário está seguindo (COLL, MONEREO, 2010, p. 180

Nesse passo 4, portanto, o objetivo é, a partir de um determinado “perfil social”, sugerir ações práticas aos usuários que podem ser desde uma visita a um asilo de idosos para um “Perfil Social – Ativo”, cuidados com a reciclagem de materiais para um “Perfil Social - Moderado” ou auxiliar um amigo em uma tarefa para um “Perfil Social – Semi Ativo” por exemplo.

Enfim, o objetivo é estimular os alunos primeiramente a pensarem de maneira generosa para que na sequência possam também protagonizar atitudes.

Passo 5:

O passo 5 é o que definimos como “indicadores”. Ou seja, periodicamente o

BigChain Escola deverá encaminhar para a escola um relatório com indicadores do nível de atividade social dos estudantes na ferramenta como:

• Número de usuários que relataram atitudes sociais. • Número de comunidades criadas por esses usuários. • Número de vezes em que as atitudes foram lidas. • Interação com as comunidades sociais da escola.

A seguir uma figura ilustrativa desta ferramenta educacional proposta:

Figura 8 – Tela inicial de uma comunidade

Como observamos, o exercício da generosidade adolescentes: as redes sociais.

No entanto encontram

que definimos da Web 2.0 na educação como: • Expansão das salas de aula

• Educação em qualquer situação • O “mundo real” nas escolas

A seguir uma figura ilustrativa desta ferramenta educacional proposta:

Tela inicial de uma comunidade do BigChain Escola

Como observamos, o “BigChain Escola” visa estimular os estudantes ao generosidade, através de uma linguagem atual própria dos jovens e adolescentes: as redes sociais.

encontram-se presentes nessa ferramenta todos os efeitos potenciais que definimos da Web 2.0 na educação como:

Expansão das salas de aula Educação em qualquer situação O “mundo real” nas escolas

A seguir uma figura ilustrativa desta ferramenta educacional proposta:

Escola” visa estimular os estudantes ao ópria dos jovens e a ferramenta todos os efeitos potenciais

• Dinâmicas persuasivas

• Construção de uma identidade • Construção de rede de referências • Aprendizagem colaborativa

• Expansão da rede de relacionamento • Integração de Pais, Alunos e Professores • Exploração de valores

Diante desses efeitos que explicamos anteriormente no capítulo 3.2 em que avaliamos a Web 2.0 como ferramenta educacional, descrevemos a seguir os principais benefícios que identificamos para utilização dessa rede social proposta nas escolas:

• Estimular os estudantes ao exercício da generosidade, através de uma linguagem atual própria dos jovens e adolescentes.

• Incentivar o uso de uma rede de relacionamento social que instigue os jovens e adolescentes a agirem generosamente.

• Direcionar os estudantes a conhecerem atitudes generosas de diferentes pessoas da própria comunidade da escola integrando pais, alunos e professores.

• Divulgar e debater com os estudantes ações sociais praticadas pela comunidade da escola auxiliando-os na formação de uma identidade social com princípios de generosidade.

• Incentivar os estudantes a uma aprendizagem colaborativa em uma rede na qual eles possam ser produtores e consumidores de conteúdo através de atitudes sociais relatadas, fotos e videos em torno de objetivos sociais comuns e com efeito multiplicador.