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Bloco cirúrgico da Clínica Origen: área física e dados de sistemas e

3. ESTUDO DE CASO, 1ª ETAPA: COLETA DE DADOS EM CAMPO

3.3 Clínica Origen

3.3.2 Bloco cirúrgico da Clínica Origen: área física e dados de sistemas e

Com relação à sua área física (FIG. 24), o bloco cirúrgico da Clínica Origen possui aproximadamente 110m2 de área construída, distribuídos entre três salas de cirurgia,

posto de enfermagem, área de escovação, vestiário de barreira, depósito de material de limpeza (DML) e sala de expurgo. A porta de acesso ao laboratório de fertilização

in vitro localizada no interior do bloco cirúrgico não é utilizada (o acesso ao

laboratório é feito exclusivamente pela área de circulação externa ao bloco). A unidade funciona de segunda a sábado, de 8h às 19h.

FIGURA 24 - Clínica Origen – Bloco cirúrgico (sem escala)

Fonte: CUNHA73, [2005?]. (Houve alteração nas fontes para melhor compreensão do desenho).

FIGURA 25 - Saída de ar e janela alta, sala de cirurgia 2

Fonte: Foto tirada pela autora.

FIGURA 26 - Sala de cirurgia 2 Fonte: Foto tirada pela autora.

73

CUNHA, Renata Torres Miari. Adequação RDC 33/05 – Laboratório FIV. [2005?]. 04 pranchas. Projeto de reforma e levantamento cadastral fornecido pela Clínica Origen em formato impresso. Não publicado.

De modo semelhante ao Hospital Belvedere, foi verificada a existência de janelas altas que permitem a entrada de luz natural nas salas de cirurgia da Clínica Origen, dessa vez com orientação aproximada lés-sudeste, o que indica que há incidência de radiação solar direta no período da manhã (FIG. 25 e 26).

Não foram encontrados anteparos de proteção contra radiação solar, tais como brise-soleil, persianas ou outros. Além disso, o bloco cirúrgico localiza-se no segundo pavimento da clínica (ANEXO C), em nível elevado com relação ao muro lateral existente e à edificação vizinha, de apenas um pavimento, bem como não há presença de vegetação arbórea próxima a esta fachada. Nesse sentido, a radiação solar direta não encontra obstáculos até a fachada em referência.

Por outro lado, os vidros das janelas do bloco, assim como os das demais janelas da edificação, possuem película de proteção solar na cor verde. As demais paredes divisórias do bloco cirúrgico não possuem janelas e, em sua maioria, estão voltadas para a área interna do hospital.

3.3.2.1 Características do sistema de climatização

Conforme pode ser observado no QUADRO 11, todos os ambientes do bloco cirúrgico são climatizados através de ar condicionado central com potência de 10 toneladas de refrigeração (TR), o qual permanece ligado durante todo o horário de funcionamento do bloco.

Com relação à sua idade, o equipamento de ar condicionado possui mais de 10 anos de uso. Devido ao serviço de manutenção constante, o mesmo se encontra em boas condições de funcionamento. Não foi encontrado Selo Procel de eficiência energética. A sala de máquinas do ar condicionado encontra-se no andar térreo da clínica (ANEXO C), em um recesso da circulação. As saídas de ar no interior das salas encontram-se estrategicamente localizadas, embutidas no forro, o que possibilita uma adequada distribuição do ar frio nos ambientes (FIG. 25 e 26).

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QUADRO 11 Sistema de climatização do bloco cirúrgico da Clínica Origen, jan./fev. 2012

Ambiente Tipo Nº Potência

(TR) a Uso (h/dia) Tempo de uso (anos) Conservação B= boa R= regular P= precária Selo Procel S= Sim N= Não Localizaçãob Observações

Sala Cirurgia 1 Central _ 10 11 > 10 B N Forro.

Temperatura máxima nos

ambientes: 18ºC. Sem restrições de umidade mínima ou máxima.

Sala Cirurgia 2 Central _ 10 11 > 10 B N Forro.

Sala Cirurgia 3 Central _ 10 11 > 10 B N Forro.

Posto de

enfermagem Central _ 10 11 > 10 B N Forro.

DML Central _ 10 11 > 10 B N Forro.

Vestiário de

barreira Central _ 10 11 > 10 B N Forro.

Sala de

expurgo Central _ 10 11 > 10 B N Forro.

Fonte: dados coletados pela autora. Notas:

Todo o bloco é atendido pelo mesmo equipamento de ar condicionado central.

a) TR: Tonelada de Refrigeração (1TR = 3,516kW; 1BTU/h = 0,293W) (FROTA; SCHIFFER, 2001, p. 240). Se 1kW = 1000W, 1TR = 3.516W; portanto, 1TR = 12.000 BTU/h.

3.3.2.2 Características do sistema de iluminação artificial

Com relação ao sistema de iluminação geral da unidade (QUADRO 12), o tempo de acionamento das luminárias em horas/dia equivale ao mesmo observado para os aparelhos de ar condicionado, ou seja, as lâmpadas permanecem acesas durante todo o horário de atendimento do bloco.

Dentre as 22 luminárias instaladas, 10 são próprias para lâmpadas fluorescentes tubulares e 12 para lâmpadas fluorescentes compactas ou incandescentes. Destas, cinco encontravam-se com lâmpadas fluorescentes compactas instaladas e sete com lâmpadas incandescentes. A distribuição de luminárias por tipo pode ser verificada no GRAF. 8, abaixo.

GRÁFICO 8 - Distribuição dos tipos de luminárias encontradas no bloco cirúrgico da Clínica Origen, 2012

Fonte: Dados coletados pela autora.

Aproximadamente 45% do total das luminárias existentes na unidade são específicas para lâmpadas fluorescentes tubulares com potência de 40W e de 32W, distribuídas da seguinte maneira: 27% de luminárias do tipo 2X40W e 18% de luminárias do tipo 2X32W. Estas são seguidas de 32% de luminárias de 1X60W e 23% de luminárias de 1X15W. As luminárias de 1X15W e de 1X60W receberam esta classificação em função das lâmpadas que estavam instaladas no momento da visita – fluorescentes compactas e incandescentes, respectivamente.

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QUADRO 12 Sistema de iluminação artificial do bloco cirúrgico da Clínica Origen, jan./fev. 2012

Ambiente Luminárias Lâmpadas Potência do conjuntob (W) Observações Tipo Nº (h/dia)Uso

Reatores Conservação B= boa R= regular P= precária Refletor AL= Alumínio BR= Branco Aletas AL= Alumínio BR= Branco Difusor S= Sim N= Não Tipoa FT FC IC W Nº Tipo EM=Eletromag. ET=Eletrônico Fator de Potência Sala Cirurgia 1 2X40 4 11 ET ... B _ _ S FT 40 8 88 a) FT- fluorescente tubular; FC - fluorescente compacta; IC- incandescente. Sala Cirurgia 2 2X32 4 11 ET ... B AL _ N FT 32 8 70,4

Sala Cirurgia 3 1X15 2 11 Integrado ... B _ _ S FC 15 2 15

Posto de enfermagem 2X40 2 11 ET ... B _ _ S FT 40 4 88 1X15 3 11 Integrado ... B _ _ S FC 15 3 15 DML 1X60 1 11 _ _ B _ _ S IC 60 1 60 b) Potência lâmpadas+reator, por luminária. Para lâmpadas com reator integrado, a potência do conjunto equivale à potência nominal da lâmpada. Sala de Expurgo 1X60 2 11 _ _ B _ _ S IC 60 2 60 Vestiário de barreira 1X60 2 11 _ _ B _ _ S IC 60 2 60 Sanitário fem. 1X60 1 11 _ _ B _ _ S IC 60 1 60 Sanitário masc. 1X60 1 11 _ _ B _ _ S IC 60 1 60

Segundo informações do representante do setor de manutenção da Clínica Origen, todos os reatores instalados são eletrônicos. Não foi possível identificar o fator de potência dos mesmos, uma vez que não havia exemplares disponíveis para verificação.

As luminárias encontravam-se em bom estado de conservação, sem avarias tais como quebras, peças faltantes, instalação inadequada ou outras. Em quatro das 22 luminárias instaladas foi verificada a existência de refletores (em alumínio), sem aletas e difusores. Nos restantes (82% do total), foram encontrados difusores para controle de ofuscamento.

Com relação às lâmpadas utilizadas no bloco cirúrgico, o GRAF. 9 a seguir demonstra a sua distribuição por potência nominal. Aproximadamente 63% do total de lâmpadas instaladas correspondem a modelos fluorescentes tubulares com potências de 40W (38%) e de 32W (25%). Em seguida encontram-se as lâmpadas incandescentes de 60W, que representam aproximadamente 22% do total, e as fluorescentes compactas com potência de 15W, equivalentes a 16% do total.

GRÁFICO 9 - Distribuição por potência das lâmpadas do bloco cirúrgico da Clínica Origen, 2012

3.3.2.3 Focos cirúrgicos – dados gerais

Na Clínica Origen foi identificado apenas um tipo de foco cirúrgico, de mesma marca, modelo e potência das lâmpadas utilizadas, conforme pode ser observado no QUADRO 13 e FIG. 27 e 28 a seguir. Na sala de cirurgia 3 não foi encontrado foco.

QUADRO 13 Focos cirúrgicos da Clínica Origen, jan./fev. 2012

Ambiente

Foco Cirúrgico Lâmpadas

Tipo Marca Nº Uso

(h/dia) Conservação B= boa R= regular P= precária Refletor AL= Alumínio BR= Branco Difusor S= Sim N= Não Tipob W Nº Sala Cirurgia 1 Fixoa Baumer 1 11 B AL N Hal. 150 2 Sala Cirurgia 2 Fixoa Baumer 1 11 B AL N Hal. 150 2

Sala Cirurgia 3 _ _ _ _ _ _ _ _ _ _

Fonte: Dados coletados pela autora. Notas:

a) 02 cúpulas com 01 lâmpada cada. b) Hal.: halógena.

Ambos os focos são acionados através de um painel de controle com potência de 110W.

FIGURA 27 - Foco da sala de cirurgia 1 Fonte: Foto tirada pela autora.

FIGURA 28 - Foco da sala de cirurgia 2 Fonte: Foto tirada pela autora.

Assim como o sistema de climatização e de iluminação artificial, os focos cirúrgicos permanecem ligados durante todo o horário de funcionamento do bloco cirúrgico, que ocorre em média durante 11 horas diárias. Os equipamentos encontram-se em boas condições de conservação e de funcionamento.

3.3.2.4 Equipamentos – dados gerais

Os equipamentos encontrados no bloco cirúrgico da Clínica Origen encontram-se listados no QUADRO 14 a seguir. A exemplo do realizado para o Hospital Belvedere, procurou-se identificar os responsáveis pelos maiores acréscimos de temperatura ambiente, bem como os que são utilizados com maior frequência.

QUADRO 14 Equipamentos do bloco cirúrgico da Clínica Origen, jan./fev. 2012

Ambiente Equipamento Marca Nº (h/dia)Uso

Conservação

B=boa R=regular P=precária

Potência Sala cirurgia 1 Desfibrilador FAJ 200 1 11 B ...

Monitor Dixtal 1 11 B 240 VA Carrinho de anestesia Takaoka 1 11 B ... Oxímetro de pulso Dixtal 1 11 B ... Eletrocautéreo Deltronix 1 11 B ... Sala cirurgia 2 Desfibrilador FAJ 200 1 11 B ...

Monitor Dixtal 1 11 B 240 VA

Carrinho de anestesia

Takaoka 1 11 B ...

Eletrocautéreo Deltronix 1 11 B ... Sala cirurgia 3 Ultrassom 1 Toshiba 1 ... B 680 VA

Ultrassom 2 Toshiba 1 ... B ...

Posto de enfermagem

Computador LG 1 11 B ...

Fonte: Dados coletados pela autora.

Notas: a coluna “Nº” indica o número de equipamentos encontrados em cada um dos ambientes. Não foi possível estimar o tempo de uso diário dos equipamentos de ultrassom uma vez que estes são utilizados por curtos períodos de tempo, em procedimentos específicos.

Os equipamentos, utilizados em média durante 11 horas diárias, encontravam-se em bom estado de conservação e de operação. Na maior parte dos casos não foi possível identificar a potência nominal dos mesmos, devido à inexistência de etiquetas informativas bem como à indisponibilidade de manuais de uso e operação no local.