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c) CERTA No Brasil, embora não haja determinação constitucional, adotou-se como prática instituir as agências reguladoras com a forma de

No documento Aula 03 Direito Administrativo (páginas 47-52)

autarquias sob regime especial, pessoas jurídicas de direito público, dotadas

de autonomia administrativa e financeira. Como ensina Hely Lopes Meireles,

“entendeu-se indispensável a outorga de amplos poderes a essas autarquias,

tendo em vista a enorme relevância dos serviços por elas regulados e

fiscalizados, como também o envolvimento de poderosos grupos econômicos

(nacionais e estrangeiros) nessas ativid ades” .

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d) CERTA. E certo que as agências reguladoras são dotadas de autonomia financeira, normativa e de gestão. Porém, a meu ver, a despeito do gabarito da banca, não é possível se falar em autonomia política,  termo que indica a capacidade legislativa originária, só pertencente às pessoas políticas (União, Estados, DF e Municípios).

e) ERRADA. De acordo com o art. 37 da Lei 9.986/2000, as licitações das agências reguladoras podem  observar regime especial, nos termos de regulamento próp rio . Vejamos:

 Art. 37.  A aquisição de bens e a contratação de serviços pelas Agências Reguladoras poderá se dar nas modalidades de consulta e pregão, observado o disposto nos arts. 55 a 58 da Lei no 9.472, de 1997, e nos termos de regulamento próprio.

Parágrafo único. O disposto no caput não se aplica às contratações referentes a obras e serviços de engenharia, cujos procedimentos deverão observar as normas gerais de licitação e contratação para a Administração Pública.

Como se vê, o dispositivo afirma que as agências podem  adotar  regulamento próprio. Se não o fizerem, devem observar a Lei 8.666/1993.

 Ademais, conf or me o parágrafo únic o acima, as co nt ratações ref erentes a obras e serviços de engenharia  devem observar as normas gerais de licitação aplicáveis à Administração Pública (Lei 8.666/1993). Por isso, é errado dizer  que as agências reguladoras não estão sujeitas às normas gerais de licitação.

Gabarito: alternativa “ e”

22. (ESAF - CGU 2008) Sobre as Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público - OSCI P, julgue as assertivas a seguir:

I. a outorga da qualificação como O SCI P é ato discricionário.

II. as entidades de beneficio mútuo destinadas a proporcionar bens ou serviços a um círculo restrito de associados ou sócios são passíveis de qualificação como OS CI P prevista na lei.

III. a promoção da segurança alimentar e nutricional é uma das finalidades exigidas para a qualificação como OS CI P, instituída pela lei.

IV. as organizações sociais são passíveis de qualificação como OSCI P.

V. as fundações, sociedades civis ou associações de direito privado criadas por órgão público ou por fundações públicas não poderão ser qualificadas como OSCI P. Assinale a opção correta.

a) I, II e III são verdadeiras e IV e V são falsas. b) II e III são falsas e I, IV e V são verdadeiras.

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c) I e III são verdadeiras e II, I V e V são falsas. d) I, III e V são verdadeiras e II e IV são falsas. e) I, II e IV são falsas e III e V são verdadeiras.

Coment ários : Vamos analisar cada afir mativa:

I. FALSA. A outorga da qualificação como OSCIP é ato vinculado, vale dizer, o Ministério da Justiça, responsável pela qualificação, só poderá indeferir o pedido no caso de a pessoa jurídica requerente desatender a algum dos requisitos previstos na Lei 9.790/1999. Caso contrário, deverá atende-lo e qualif icar a entidade.

II. FALSA. A Lei 9.790/1999 enumerou um rol de entidades que não

poderão ser qualificadas como Oscip. Vejamos:

 Art. 2o Não sã o passí veis de qualif ic ação como Org an iza çõ es da Soc ieda de C iv il de Interesse Público, ainda que se dediquem de qualquer forma às atividades descritas no art. 3o desta Lei:

I - as sociedades comerciais;

II - os sindicatos, as associações de classe ou de representação de categoria profissional;

III - as instituições religiosas ou voltadas para a disseminação de credos, cultos, práticas e visões devocionais e confessionais;

IV - as organizações partidárias e assemelhadas, inclusive suas fundações;

V - as entidades de benefício mútuo destinadas a prop orcion ar bens ou se rviços a um c írculo restrito de associados ou sóc ios;

VI - as entidades e empresas que comercializam planos de saúde e assemelhados; VII - as instituições hospitalares privadas não gratuitas e suas mantenedoras;

VIII - as escolas privadas dedicadas ao ensino formal não gratuito e suas mantenedoras;

IX - as organizações sociais; X - as cooperativas;

XI - as fundações públicas;

XII - as fundações, sociedades civis ou associações de direito privado criadas po r órgão público ou po r fundações púb licas;

XIII - as organizações creditícias que tenham quaisquer tipo de vinculação com o sistema financeiro nacion al a que se refere o art. 192 da Constituição Federal.

III. VERDADEIRA. A promoção da segurança alimentar e nutricional é uma das finalidades exigidas para a qualificação como OSCIP, conforme art. 3°, inciso V da Lei 9.790/1999.

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IV. FALSA. As organizações sociais não  são passíveis de qualificação

como OSCIP, nos termos do art. 2°, inciso IX da Lei 9.790/1999 acima transcrito.

V. VEDADEIRA, nos termos do art. 2°, inciso XII da Lei 9.790/1999 acima transcrito.

Gabarito: alternativa “ e”

23. (ESAF - GDF 2007) No tocante às agências reguladoras no Direito Brasileiro: I. As agências reguladoras são autarquias sob regime especial;

II. Entre as atividades afetas à disciplina e controle de tais entidades destacam- se os serviços públicos relacionados à energia elétrica, transportes terrestres, transportes aquaviários, aviação civil, atividades de fomento e fiscalização de atividade privada; III. A Constituição Federal de 1988 prevê expressamente a criação de um órgão regulador;

IV. As agências reguladoras exercem a atividade de regulação, abrangendo competência para estabelecer regras de conduta, para fiscalizar, reprimir, punir, resolver conflitos, não só no âmbito da própria concessão, mas também nas relações com outras prestadoras de serviço;

V. Nos termos da Lei n. 9.986/2000, as agências reguladoras podem utilizar o pregão para as contratações referentes a obras e serviços de engenharia.

A quantidade de itens incorretos é igual a: a) 4

b) 2 c) 3 d) 1 e) 5

Comentários: Vamos analisar cada alternativa:

I) CERTO. No Brasil, embora não haja determinação constitucional, adotou-se como prática instituir as agências reguladoras com a forma de autarquias sob regime especial, pessoas jurídicas de direito público, dotadas de auton omi a admin istr ativa e financeira.

II) CERTO. São exemplos de agências reguladoras no Brasil que disciplinam e controlam serviços públicos relacionados à energia elétrica (ANEEL), transportes terrestres (ANTT), transportes aquaviários (ANTAQ), aviação civil (ANAC), atividades de fomento (ANCINE) e fiscalização de atividade privada (ANS).

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III) CERTO. Na CF, a criação de um órgão regulador está prevista em duas partes, especificamente para disciplinar e controlar os setores de telecomunicações (art. 21, inciso XI) e de petróleo (art. 177, §2°, inciso III):

 Art. 21. Compete à União:

XI - explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão ou permissão, os serviços de telecomunicações, nos termos da lei, que disporá sobre a organização dos serviços, a criação de um órgão regulador e outros aspectos institucionais.

 Art. 177. Constituem monopólio da União: § 2° A lei a que se refere o § 1° disporá sob re:

III - a estrutura e atribuições do órgão regulador do monopólio da União;

IV) CERTO. A assertiva apresenta uma definição exata do papel das agências reguladoras, transcrevendo lições da Prof. Di Pietro.

V) ERRADA. Nos termos da Lei n. 9.986/2000, a aquisição de bens e a contratação de serviços pelas Agências Reguladoras poderá se dar nas modalidades de consulta e pregão, observado o disposto nos arts. 55 a 58 da Lei no 9.472, de 1997, e nos termos de regulamento próprio. Todavia, tal permissivo não se aplica  às contratações referentes a obras e serviços de engenharia, cujos procedimentos deverão observar as normas gerais de licitação e contratação para a Administração Pública, daí o erro.

Gabarito: alternativa “ d”

24. (ESAF - PGFN 2006) As pessoas jurídicas que integram o chamado Terceiro Setor têm regime jurídico

a) de direito público. b) de direito privado.

c) predominantemente de direito público, parcialmente derrogado por normas de direito privado.

d) predominantemente de direito privado, parcialmente derrogado por normas de direito público.

e) de direito público ou de direito privado, conforme a pessoa jurídica.

Comentári os: Corr eta a alternativa “ d” . As pessoas jur ídicas que integram o terceiro setor são entidades privadas que desempenham atividades de interesse público, sem fins lucrativos. Portanto, têm regime jurídico de direito privado. Quando recebem recursos públicos para o desempenho de suas atividades, a exemplo das entidades que se qualificam como organizações sociais, seu regime jurídico de direito privado passa a ser parcialmente derrogado por normas de direito público.

Gabarito: alternativa “ d”

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25. (ESAF - PGFN 2006)

Sobre as pessoas jurídicas qualificadas como Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público, assinale a opção incorreta. a) Não podem ser fundações públicas.

b) Prestam contas, na sistemática adotada para o controle externo pela Constituição Federal, de todos os bens e recursos que tenha recebido de terceiros.

c) Devem possuir conselho fiscal ou órgão equivalente.

d) O vínculo de cooperação com o Poder Público é estabelecido por meio de termo de parceria.

e) Necessariamente não têm fins lucrativos.

Comentários: Vamos analisar cada alternativa, buscando a opção errada:

a) CERTA. Nos termos do art. 2°, inciso XI da Lei 9.790/1999, as fundações

públicas

não

 são passíveis de qualificação como OSCIP.

b) ERRADA. As OSCIP devem prestar contas ao controle externo previsto

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