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Executivo, hipótese em que a autonomia em relação ao órgão supervisor se vê ampliada ainda mais.

No documento Aula 03 Direito Administrativo (páginas 42-47)

(iii) VERDADEIRA. Alternativa confusa. Quanto às agências reguladoras, o

modelo adotado no Brasil é o unisetorial, quer dizer, para cada área de

atuação, uma agência reguladora. Por exemplo, transportes terrestres - ANTT;

energia elétrica - ANEEL; aviação civil - ANAC, e assim sucessivamente. No

entanto, a doutrina não costuma fazer essa avaliação em relação às agências

executivas. Aliás, a rigor, uma vez que são autarquias ou fundações públicas,

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até se poderia argumentar que as agências executivas devem observar o princípio da especialidade, princípio aplicável às entidades da administração indireta.

(iv) VERDADEIRA. Agênci a executi va é uma quali fic ação dada à autarqu ia ou fundação que celebre contrato de gestão com o órgão da administração

direta a que se acha vinculada, para fins de ampliação de sua autonomia. Gabarito: alternativa “ b”

17. (ESAF - DNIT 2013) A respeito do terceiro setor, analise as afirmativas abaixo, classificando-as como verdadeiras ou falsas.

Ao final, assinale a opção que contenha a sequência correta.

( ) Integram o terceiro setor as pessoas jurídicas de direito privado, sem fins lucrativos, que exercem atividades de interesse público, não exclusivas de Estado, recebendo fomento do Poder Público.

( ) As entidades do terceiro setor integram a Administração Pública em sentido formal.

( ) O terceiro setor coexiste com o primeiro setor, que é o próprio Estado e com o segundo setor, que é o mercado.

( ) Integram o terceiro setor as organizações sociais de interesse público e as organizações sociais. a) V, V, F, V b) V, F, V, V c) F, F, V, V d) V, F, F, V e) V, V, V, F

Comentários: Vamos analisar cada alternativa:

i) VERDADEIRA. Ressalte-se que existem entidades que integram o terceiro setor, mas que não recebem fomento do Poder Público. Para integrar o terceiro setor, basta ser pessoa jurídica de direito privado, sem fins lucrativos, que desempenhe atividades de interesse público. Quando recebem fomento do

Estado, as entidades do terceiro setor passam a ser entidades paraestatais. ii) FALSA. As entidades do terceiro setor não  integram a Administração

Pública em sentido formal. São entidades que atuam “ ao lado” do Estado, em colaboração com ele, e não “ dentro” do Estado.

iii) VERDADEIRA.

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iv) VERDADEIRA. As OS e as OSCIP são enti dades pri vadas que se qualificam junto ao Poder Público para receber fomento com vistas ao

desempenho de certas ativid ades de int eresse públi co, sem fins lucrativos. Gabarito: alternativa “ b”

18. (ESAF - SUSEP 2010) Acerca do tema "Agências Executivas e Agências Reguladoras", é correto afirmar:

a) a denominação "Agência Executiva" designa um título jurídico que pode ser atribuído a autarquias e fundações públicas, não traduzindo uma nova forma de pessoa jurídica pública.

b) as Agências Reguladoras gozam de uma autonomia precária, conferida pela simples contratualização de suas atividades.

c) as Agências Executivas surgem da descentralização do Estado e da substituição da sua função empreendedora, o que requer o fortalecimento das funções de fiscalização.

d) na União, o título de Agência Reguladora é conferido mediante decreto do Presidente da República.

e) em geral, as Agências Reguladoras implementam as políticas públicas, sem se ocuparem de disciplinar a atuação de outras entidades.

Comentários: Vamos analisar cada alternativa:

a) CERTA. “ Agência Executiva” não é uma nova categori a de entidade da  Admini st ração Públ ica formal, e sim uma quali fi cação que pode ser conf erida às autarquias e fundações públicas que celebrem contrato de gestão com o Poder Público com vistas à ampliação da sua autonomia gerencial, orçamentária e financeira.

b) ERRADA. As agências reguladoras geralmente são instituídas sob a forma de autarquia sob regime especial e, por isso, possuem maior autonomia que as autarquias comuns, e não uma autonomia precária, como afirma o quesito. Ademais, suas atividades não são “ cont ratualizadas” , e sim previstas diretamente na lei que as criou.

c) ERRADA. O quesito apresenta uma explicação para o surgimento das agências reguladoras, e não das agências executivas. De fato, a criação de agências reguladoras foi intensificada a partir do movimento de Reforma do Estado, no qual as atividades públicas de natureza empreendedora, vale dizer, de produção de bens e de riqueza, foram descentralizadas para entidades da iniciativa privada, gerando a necessidade de fortalecimento da função regulatória para organizar e controlar as empresas privadas que assumiram as responsabili dade do Poder Público.

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d) ERRADA. A agência reguladora já nasce com esse título a partir da lei que a criou. A qualifi cação con ferida por decreto é a de agência executiv a.

e) ERRADA. Ao contrário do que afirma a assertiva, as agências reguladoras atuam sim disciplinando a atuação de outras entidades. Aliás, essa é sua principal atividade, razão pela qual foram criadas.

Gabarito: alternativa “ a”

19. (ESAF - CVM 2010) A lei que cria entidade da administração indireta assegurando-lhe mecanismos de autonomia administrativa, financeira e gerencial, a fim de que ela possa atingir seus objetivos, entre eles o de assegurar a prestação de serviços públicos adequados, está criando:

a) Fundação Pública. b) Empresa Pública.

c) Sociedade de Economia Mista. d) Autarquia Ordinária.

e) Agência Reguladora.

Coment ários : No direito brasileiro, as entid ades que possuem a atri buição de “assegurar a prestação de serviços públic os adequados”   são as agências regul adoras (opção “ e” ). Conforme ensi na Hely Lopes Meireles, “ todas essas agências for am c riadas como autarquias sob r egime especial,  considerando-se o regime especial como o conjunto de privilégios específicos que a lei outorga à entidade para a consecução de seus fins. No caso das agências reguladoras até agora criadas no âmbito da Administração Federal esses privilégios caracterizem-se basicamente pela independência administrativa, fundamentada na estabilidade de seus dirigentes (mandato fixo), autonomia

financeira  (renda própria e liberdade de sua aplicação) e poder normativo (regulamentação das matérias de sua comp etência)” .

Gabarito: alternativa “ e”

20. (ESAF - MPOG 2010) Acerca da contratualização de resultados, pela administração pública, é correto afirmar:

a) segundo alguns doutrinadores do Direito Administrativo, o Contrato de Gestão não seria o termo adequado para a pactuação entre órgãos da administração direta. b) como área temática, a contratualização de resultados tem por objetivo maior a redução das amarras burocráticas impostas à administração direta.

c) o Contrato de Gestão, quando firmado com OSCI Ps, prescinde do estabelecimento de padrões de desempenho.

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d) a contratualização de resultados nada mais é que um dos processos de terceirização preconizados pelo Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado, de

1995.

e) o Termo de Parceria, quando firmado com Organizações Sociais, obriga ao estabelecimento de padrões de desempenho.

Comentários: Vamos analisar cada alternativa:

a) CERTA. Analisando o contrato de gestão previsto no art. 37, §8° da CF, Maria Sylvia Di Pietro afirma que dificilmente estarão presentes as características típicas de um contrato quando a celebração se dá entre órgãos da administração direta, haja vista não serem dotados de personalidade  ju rídi ca,  sendo a sua atuação imputada à pessoa jurídica em que estão

integrados. Tais contratos, ao fim e ao cabo, seriam firmados entre integrantes da mesma pessoa jurídica. Para a autora, não há, evidentemente, contraposição de interesses entre as partes contratantes, razão pela qual, conclui que, nesses casos, a natureza jurídica do instituto seria a de um “termo de compromisso” assumido pelo dirigente do órgão. Mesmo no caso dos contratos de gestão firmados entre o Poder Público e entidades da administração indireta seria difícil reconhecer ao ajuste natureza jurídica contratual. Segundo a doutrinadora, não pode haver, entre a administração direta e a administração indireta, interesses opostos e contraditórios, uma das características presentes nos contratos em geral. Nesse caso, tais contratos se assemelhariam muito mais a “ conv ênios” .

b) ERRADA. No bojo da Reforma do Estado, a contratualização de resultados dirige-se principalmente à Administração Indireta, com o objetivo de reduzir as amarras burocráticas criadas com a Constituição de 1988.

c) ERRADA. O contrato de gestão costuma ser firmado com as organizações sociais. As OSCIP celebram termos de parceria. Ademais, o contrato de gestão não  prescinde do estabelecimento de padrões de desempenho, pois é firmado justpmente com esse fim (estabelecer metas e padrões de desempenho).

d) ERRADA. A contratualização de resultados é uma ferramenta que tem como foco definir metas e resultados a priori  em troca da concessão de algumas flexibilidades de gestão, que facilitaria o atingimento das metas acordadas. Ela pode envolver, inclusive, a prestação de serviços finalísticos, como quando é feita mediante contratos de gestão com órgãos e entidades administrativas. Portanto, tem um escopo mais abrangente que a terceirização, que é a contratação pelo Estado de particulares para o desempenho de atividades não finalísticas.

e) ERRADA. Os termos de parceria são firmados com Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público, e não com Organizações Sociais.

Gabarito: alternativa “ a”

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21. (ESAF - MPOG 2009)

Com relação às Agências Reguladoras no Brasil, indique a opção incorreta.

a) Após a instituição do Programa de Desestatização, em 1997, foram criadas a Agência Nacional de Telecomunicações, a Agência Nacional do Petróleo e a Agência Nacional de Energia Elétrica, todas elas para a regulamentação e controle de atividades até então exercidas pelo Estado como monopólio.

b) A função das agências reguladoras é ditar as normas de condução entre os agentes envolvidos: o Poder Público, o prestador de serviços e os usuários.

c) A agência reguladora é uma pessoa jurídica de direito público interno, geralmente constituída sob a forma de autarquia especial ou outro ente da administração indireta.

d) As agências reguladoras são dotadas de autonomia política, financeira, normativa e de gestão.

e) As agências reguladoras não estão sujeitas às normas gerais de licitação.

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