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b) ERRADA As OSCIP devem prestar contas ao controle externo previsto no art 70 da CF apenas dos recursos públicos eventualmente recebidos em

No documento Aula 03 Direito Administrativo (páginas 52-64)

virtude do termo de parceira. Seus recursos próprios, assim como aqueles

recebidos de terceiros privados, não são objeto de prestação de contas ao

controle externo. É isso que dispõe a Lei 9.790/1999:

 Art. 4o Ate ndid o o disposto no art. 3o, exige-se ainda, para qualificarem-se como Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público, que as pessoas jurídicas interessadas sejam regidas por estatutos cujas normas expressamente disponham sobre:

I - a observância dos princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade, economicidade e da eficiência;

II - a adoção de práticas de gestão administrativa, necessárias e suficientes a coibir a obtenção, de forma individual ou coletiva, de benefícios ou vantagens pessoais, em decorrência da participação no respectivo processo decisório;

III - a constituição de conselho fiscal ou órgão equivalente, dotado de competência para opinar sobre os relatórios de desempenho financeiro e contábil, e sobre as operações patrimoniais realizadas, emitindo pareceres para os organismos superiores da entidade;

IV - a previsão de que, em caso de dissolução da entidade, o respectivo patrimônio lí quido será transferido a outra pessoa jurídica qualificada nos termos desta Lei, preferencialmente que tenha o mesmo objeto social da extinta;

V - a previsão de que, na hipótese de a pessoa jurídica p erde r a qualificação instituída por esta Lei, o respectivo acervo patrimonial disponí vel, adquirido com recursos públicos durante o período em que perdurou aquela qualificação, será transferido a outra pessoa jurídica qualificada nos termos desta Lei, preferencialmente que tenha o mesmo objeto social;

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VI - a possibilidade de se instituir remuneração para os dirigentes da entidade que atuem efetivamente na gestão executiva e para aqueles que a ela prestam serviços específicos, respeitados, em ambos os casos, os valores praticados pelo mercado, na região correspondente a sua área de atuação;

VII - as normas de prestação de contas a serem observadas pela entidade, que determinarão, no mínimo:

a) a observância dos princípios fundamentais de contabilidade e das Normas Brasileiras de Contabilidade;

b) que se dê publicidade por qualquer meio eficaz, no encerramento do exercício fiscal, ao relatório de atividades e das demonstrações financeiras da entidade, incluindo-se as certidões negativas de débitos junto ao INSS e ao FGTS, colocando-os à disposição para exame de qualquer cidadão;

c) a realização de auditoria, inclusive por auditores externos independentes se for o caso, da aplicação dos eventuais recursos objeto do termo de parceria conforme previsto em regulamento;

d) a prestação de contas de todos os recursos e bens de origem pública recebidos pelas Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público será feita conforme determina o parágrafo único do art. 70 da Consti tuição Federal.

c) CERTA, nos termos do inciso III acima.

d) CERTA. O termo de parceria é o instrumento que qualifica uma entidade como OSCIP. Já as OS são qualificadas mediante contrato de gestão.

e) CERTA, nos termos do art. 1° da Lei 9.790/1999:

 Art. 1o Podem qualificar-se como Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público as pessoas jurídicas de direito privado, sem fins lucrativos, desde que os respectivos objetivos sociais e normas estatutárias atendam aos requisitos instituídos por esta Lei.

Gabarito: alternativa “ b”

26. (ESAF - CGU 2006) Com a transferência da execução de alguns serviços públicos para o setor privado, tornou-se necessário criar, na administração pública, agências especiais destinadas a regular, controlar e fiscalizar tais serviços no interesse dos usuários e da sociedade. São aspectos comuns às agências reguladoras de infra-estrutura, exceto,

a) os seus quadros de servidores são regidos por regime jurídico estatuário peculiar. b) os seus dirigentes são nomeados pelo Presidente da Republica, com prévia aprovação do Senado Federal.

c) os seus administradores possuem mandatos fixos como fundamento de sua independência administrativa.

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d) os que possuem autonomia financeira, ou seja, contam com recursos próprios e têm liberdade para aplicá-los.

e) os que possuem poder normativo, ou seja, podem editar sobre matérias de sua competência.

Comentários: Vamos analisar cada alternativa:

a) ERRADA. Os servidores das agências reguladoras são regidos pelo regime estatutário, sem qualquer peculiaridade  em relação aos demais servidores sujeitos ao mesmo regime, daí o erro.

Originariamente, o art. 1° da Lei 9.986/2000, que dispõe sobre a gestão de recursos humanos das agências reguladoras, estabeleceu o regime celetista para as agências. Todavia, a eficácia deste dispositivo foi suspensa  em razão de medida liminar deferida pelo STF no bojo da ADI 2310, na qual o Supremo considerou o regime de emprego público incompatível com a atividade a ser  desenvolvida pelo pessoal das agências reguladoras. Essa ADI acabou por  perder seu objeto com a promulgação da Lei 10.871/2004, que dispõe sobre a criação de carreiras e organização de cargos efetivos das autarquias especiais denominadas agências reguladoras, cujo art. 6° prescreve que o regime  jurídico do pessoal das agênci as é o inst it uído pela Lei 8.112/1990, ou seja, o

regime estatutário aplicável aos servidores federais em geral, sendo esta a regra atualmente vigente.

b) CERTA, nos termos do art. 5° da Lei 9.986/2000:

 Art. 5o O Presidente ou o Diretor-Geral ou o Diretor-Presidente (CD I) e os demais membros do Conselho Diretor ou da Diretoria (CD II) serão brasileiros, de reputação ilibada, formação universitária e elevado conceito no campo de especialidade dos cargos para os quais serão nomeados, devendo ser escolhidos pelo Presidente da República epor ele nomeados, após aprovação pelo Senado Federal, nos termos da alínea f do inciso III do art. 52 da Constituição Federal.

c) CERTA. A estabilidade dos dirigentes no cargo é uma das formas de se garantir a autonomia das agências reguladoras. Estando eles imunes a eventuais pressões de uma autoridade superior que lhes possa tirar o cargo, espera-se que desempenhem suas atribuições com maior independência. Nos termos do art. 6° da Lei 9.986/2000, “o mandato dos Conselheiros e dos

Diretores terá o prazo fixado na lei de criação de cada Agência" e “somente perderão o mandato em caso de renúncia, de condenação judicial transitada em julgado ou de processo administrativo disciplinar",  podendo a lei de criação da agência prever out ras condiçõ es para a perda do mandato.

d) CERTA. A autonomia financeira é característica comum a todas as entidades da administração indireta, portanto, aplicável a todas as agências reguladoras i nstit uídas sob a for ma de autarqui a de regime especial.

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e) CERTA. Característica import ante das agências regul adoras é seu poder normativo, o qual lhes permite editar regulamentos de natureza técnica a

serem observados pelo setor de sua área de competência. Ressalte-se, porém, que as agências não podem editar regulamentos inteiramente autônomos, isto é, que não tenham base em determinada lei. Ainda que o tema do ato normativo tenha natureza estritamente técnica, deve sempre existir uma lei que expressamente autorize a sua elaboração e que imponha os limites da regulação. Dessa forma, a lei deve estabelecer as diretrizes básicas relativas ao setor a ser regulado e essas diretrizes orientarão a edição, pela agência reguladora, das normas específicas que as concretizem e as tornem efetivas.

Gabarito: alternativa “ a”

27. (ESAF - CGU 2006) Todos os itens abaixo definem aspectos da autonomia das agências regulatórias de infra-estrutura, em geral, exceto que

a) podem efetuar compras e contratação de serviços segundo regime especial de licitação, nas modalidades de consulta e pregão, nos termos do regulamento próprio. b) possuem dotações próprias no orçamento federal.

c) não estão subordinadas ao controle nem pelos centros decisórios da política macroeconômica, nem pelos ministérios setoriais.

d) não estão sujeitas ao controle por parte do Tribunal de Contas da União.

e) seus dirigentes só podem ser destituídos por condenação judicial transitada em  julgado, improbidade administrativa ou descumprimento injustificado do contrato de

gestão.

Comentários:

a) CERTA, nos termos do art. 37 da Lei 9.986/2000:

 Art. 37.  A aquisição de bens e a contratação de serviços pelas Agências Reguladoras poderá se dar nas modalidades de consulta e pregão, observado o disposto nos arts. 55 a 58 da Lei no 9.472, de 1997, e nos termos de regulamento próprio.

Parágrafo único. O disposto no caput não se aplica às contratações referentes a obras e serviços de engenharia, cujos procedimentos deverão observar as normas gerais de licitação e contratação para a Administração Pública.

Portanto, as agências reguladoras podem efetuar compras e contratar  serviços segundo regime especial de licitação,  nas modalidades de consulta e pregão, nos termos do regulamento próprio, EXCETO nas contratações referentes a obras e serviços de engenharia, cujos procedimentos deverão observar as normas gerais de licitação da Administração Pública, ou seja, aquelas previstas na Lei 8.666/1993.

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b) CERTA. As receitas das agências reguladoras geralmente são provenientes de taxas de fiscalização e de dotações nas leis orçamentárias. Como exemplo, vejamos o que dispõe a lei que instituiu a ANEEL, Lei 9.427/1996:

 Art. 11. Constituem receitas da Ag ência Nacional de Energia Elétrica - ANEEL:

I - recursos oriundos da cobrança da taxa de fiscalização sobre serviços de energia elétrica, instituída por esta Lei;

II - recursos ordinários do Tesouro Nacional consignados no Orçamento Fiscal da União e em seus créditos adicionais, transferências e repasses que lhe forem conferidos;

II - produto da venda de publicações, material técnico, dados e informações, inclusive para fins de licitação pública, de emolumentos administrativos e de taxas de inscrição em concurso público;

IV - rendimentos de operações financeiras que realizar;

V - recursos provenientes de convênios, acordos ou contratos celebrados com entidades, organismos ou empresas, públicos ou privados, nacionais ou internacionais;

VI - doações, legados, subvenções e outros recursos que lhe forem destinados;

VII - valores apurados na venda ou aluguel de bens móveis e imóveis de sua propriedade.

Parágrafo único. O orçamento anual da ANEEL, que integra a Lei Orçamentária da União, nos termos do inciso I do § 5o do art. 165 da Constituição Federal, deve considerar as receitas previstas neste artigo de forma a dispensar, no prazo máximo de três anos, os recursos ordinários do Tesouro Nacional.

c) CERTA. As agências reguladoras não estão subordinadas  aos centros decisórios da política macroeconômica, nem aos ministérios setoriais. Com efeito, como entidades integrantes da Administração Indireta, estão apenas vinculadas (mas não subordinadas) ao respectivo Ministério setorial, para fins de tutela admin ist rativa ou con trol e finalístico. De forma alguma se sujeitam ao controle dos centros decisórios da política macroeconômica, como o Banco Central e o Ministério da Fazenda, vale dizer, a atuação das agências não está sujeita à influência desses centros, pelo menos não num sentido coercitivo, de hierarquia, uma vez que as agências possuem autonomia técnica para agir  com imparcialidade e relativa independência.

d) ERRADA. Como entidades integrantes da Administração Pública, as agências reguladoras se sujeitam  ao controle do Tribunal de Contas, no que tange à gestão dos recursos fi nanceiros postos à sua dispo sição.

e) CERTA. Alternativa duvidosa, dada como certa pela banca. Embora as leis instituidoras de algumas agências reguladoras estabeleçam a

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obrigatoriedade da assinatura de contrato de gestão com o Poder Executivo, no geral, as agências não celebram esse tipo de contrato. Um exemplo de agência que deve celebrar contrato de gestão é a ANEEL, cuja lei instituidora estabeleceu o seguinte (Lei 9.427/1996):

 Art. 8° A exoneração imotivada de dirigente da ANEEL somente poderá ser  promovida nos quatros meses iniciais do mandato, findos os quais é assegurado seu pleno e integ ral exercício. (Revogado pela Lei n° 9.986, de 2000)

Parágrafo único. Constituem motivos para a exoneração de dirigente da  ANEEL, em qualquer época, a prática de ato de improbidade administrativa, a condenação penal transitada em julgado e o descumprimento injustificado do contrato de gestão. (Revogado pela Lei n° 9.986, de 2000)

Portanto, como se vê, a banca reproduziu trecho da lei da ANEEL que hoje se encontra revogado. De fato, atualmente, a regra para exoneração dos dirigentes das agências, inclusive da ANEEL, é a prevista na Lei 9.986/2000, cujo art. 9° dispõe que “ os Conselheiros e os Diretores somente perderão o mandato em caso de renúncia, de condenação judicial transitada em julgado ou de processo administ rativo di sci pli nar” , podendo a “ lei de criação da  Ag ência poderá prever outr as condiç ões para a perda do man dat o” . Poder-se- ia também incluir nesse rol a prática de ato de improbidade administrativa, pois a Lei 8.429/1992, que dispõe sobre as sanções aplicáveis aos agentes públicos que praticam atos dessa natureza, incluindo aí os dirigentes das agências reguladoras, prevê a pena de perda da função pública. Porém, o “ descumprimento injustificado de contrato de gestão”   não seria uma regra geral aplicável a qualquer agência, uma vez que nem todas celebram contrato de gestão, daí a dúv ida que, a meu ver, t ornaria a assertiva errada.

Gabarito: alternativa “ d”

28. (ESAF - MPOG 2013) No Brasil, o movimento recente de adoção de instrumentos de contratualização de resultados ganhou corpo em grande parte a partir do debate estabelecido pelo Plano Diretor da Reforma do Estado (1995) e pelo conjunto de legislações que se seguiram, como as iniciativas de criação dos modelos de Organizações Sociais (Lei n. 9.637/1998), de Agências Executivas (Lei n. 9.649/1998) e das Agências Regulatórias. Neste processo, especial destaque deve ser dado à Emenda Constitucional n. 19/1998, que, no parágrafo 8o do art. 37 por ela inserido, estabeleceu que a autonomia gerencial orçamentária e financeira dos órgãos e entidades da administração direta e indireta poderá ser ampliada mediante o estabelecimento de contrato de gestão, instrumento que deverá definir metas de desempenho para o órgão ou entidade. Assinale a afirmação correta acerca da contratualização.

a) Segundo a definição da Secretaria de Gestão do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, contratualização é o procedimento de ajuste de condições

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específicas no relacionamento entre o Poder Público e seus órgãos e entidades de direito público e privado ou entre o Poder Público e entidades da sociedade civil, em que há a negociação e as expectativas de desempenho de cada parte, reunida em torno de uma carta de intenções contendo os objetivos declarados que levaram as partes a firmar um compromisso geral.

b) A característica central dos contratos de gestão, termos de parceria e outros instrumentos do gênero é o pacto que se estabelece entre o Poder Público e a entidade signatária da pactuação de resultados, pois os contratos de gestão, termos de parceira e outros instrumentos do gênero são similares quanto às suas finalidades.

c) Quando firmada dentro do próprio Poder Público (entre órgãos públicos ou entidades estatais), a contratualização visa ampliar a capacidade interna do governo de implantar políticas públicas setoriais, de forma a firmar contratos coordenados e sinérgicos com outras áreas fora de sua atuação original no setor público, como OSCIPS e ONGs.

d) Quando ocorre entre o Poder Público e terceiros (entes privados), a contratualização visa estabelecer uma relação de fomento e parceria entre Estado e sociedade civil, para a execução de atividades que, por sua essencialidade ou relevância para a coletividade, possam ser assumidas de forma compartilhada, observadas a eficácia, a eficiência e a efetividade da ação.

e) O processo de contratualização de desempenho é um importante mecanismo de apoio à centralização administrativa - o processo de negociação e estabelecimento de metas favorece o alinhamento da atividade centralizada com os objetivos prioritários de governo e o monitoramento e avaliação sistemáticos contribuem para o aperfeiçoamento da gestão e das relações entre as instâncias de formulação e implementação das políticas públicas de forma unitária por um órgão decisor.

Comentários: Vamos analisar cada alternativa:

a) ERRADA. O erro está na expr essão “ de cada parte” . Na contratualização as “expectativas de desempenho” são dirigidas aos órgãos e entidades de direito público e privado e às entidades da sociedade civil que firmam a parceira com o Poder Público. Portanto, tais expectativas não se aplicam à outra parte do contrato, o Poder Público, daí o erro.

b) ERRADA. O erro é que os contratos de gestão, termos de parceira e outros ins trumentos do gênero podem variar quanto às suas finalidades.

c) ERRADA. Quando firmada dentro do próprio Poder Público, a contratualização visa ampliar a capacidade interna do governo. Portanto, não abrange os contratos firmados com OSCIPS e ONGS, que são entidades externas ao governo.

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d) CERTA. Apresenta a definição correta da contratualização envolvendo o Poder Público e terceiros (entes privados).

e) ERRADA. O processo de contratualização de desempenho é um importante mecanismo de apoio à descentralização  administrativa (e não centralização).

Gabarito: alternativa “ d”

29. (FCC - DP/AM 2013) As Organizações Sociais são pessoas jurídicas de direito privado, qualificadas pelo Poder Executivo, nos termos da Lei Federal no 9.637/98, com vistas à formação de parceria para execução de atividades de interesse público. NÃO está entre as características das Organizações Sociais, nos termos da referida

lei,

a) a necessidade de aprovação de sua qualificação, por meio de ato vinculado do Ministro ou titular de órgão supervisor ou regulador da área de atividade correspondente ao seu objeto social e do Ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão.

b) a previsão de participação, no órgão colegiado de deliberação superior, de representantes do Poder Público e de membros da comunidade, de notória capacidade profissional e idoneidade moral.

c) a proibição de distribuição de bens ou de parcela do patrimônio líquido em qualquer hipótese, inclusive em razão de desligamento, retirada ou falecimento de associado ou membro da entidade.

d) o desempenho de atividades relacionadas a pelo menos um dos seguintes campos: ensino, pesquisa científica, desenvolvimento tecnológico, proteção e preservação do meio ambiente, cultura e saúde.

e) a atuação com finalidade não-lucrativa, com a obrigatoriedade de investimento de seus excedentes financeiros no desenvolvimento das próprias atividades.

Comentário: Vamos analisar cada alternativa:

a) ERRADA. O ato de qualificação das organizações sociais é discricionário, e depende da aprovação, quanto à conveniência e

oportunidade,  do Ministro ou titular de órgão supervisor ou regulador da área de atividade correspondente ao seu objeto social e do Ministro do

Planejamento, Orçamento e Gestão.

b) CERTA. Nos termos do art. 3° da Lei 9.637/1998, as OS devem ter um Conselho de Administração, o qual deve ser composto por representantes do Poder Público e de entidades da sociedade civil:

 Art. 3o O conselho de administração deve estar estruturado nos termos que dispuser o respectivo estatuto, observados, para os fins de atendimento dos requisitos de qualificação, os seguintes critérios básicos:

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I - ser composto por:

a) 20 a 40% (vinte a quarenta po r cento) de membros natosrepresentantes do Poder  Público, definidos pelo estatuto da entidade;

b) 20 a 30% (vinte a trinta por cento) de membros natos representantes de enti dades da sociedade civil, definidos pelo estatuto;

c) até 10% (dez por cento), no caso de associação civil, de membros eleitos dentre os membros ou os associados;

d) 10 a 30% (dez a trinta por cento) de membros eleitos pelos dem ais integrantes do conselho, dentre pessoas de notória capacidade profissional e reconhecida idoneidade moral;

e) até 10% (dez por cento) de membros indicados ou eleitos na forma esta belecida pelo estatuto;

c) CERTA, nos termos do art. 2°, I, “ h” da Lei 9.637/1998:

 Art. 2o São requisitos específicos para que as entidades privadas referidas no artigo anterior habilitem-se à qualificação como organização social:

I - comprovar o registro de seu ato constitutivo, dispondo sobre: (...)

h) proibição de distribuição de bens ou de parcela do patrimônio líquido em qualquer hipótese, inclusive em razão de desligamento, retirada ou falecimento

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