Direito Adm
Direito Adm iniini sstt ratrat ivo ivo parpar a AFa AFRRFFB 201B 2015 5 Teori
Teori a e exera e exercícíciocios s comcomentent adados os P
Prof. rof. EErick Arick Alves - lves - Aula Aula 03 03
P
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Estratégia
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C O N C U R S O S * " * C O N C U R S O S * " *AULA
AULA 0
03
3
Olá pessoal!
Olá pessoal!
Na aula de hoje estudaremos o tema
Na aula de hoje estudaremos o tema
" e n t i d a d e s p a r a e s t a t a i s e" e n t i d a d e s p a r a e s t a t a i s e t e r c e i r o s e t o r " .t e r c e i r o s e t o r " .
Além disso, veremos as características das
Além disso, veremos as características das
a g ê n c i a s r e g u l a d o r a sa g ê n c i a s r e g u l a d o r a s
e das
e das
a g êa g ên c i a s e x e c un c i a s e x e c u t i v a st i v a s..
Para tanto, seguiremos o seguinte sumário:
Para tanto, seguiremos o seguinte sumário:
SUMÁRIO
SUMÁRIO
Entida
Entidades paraesdes paraes tatais e Terceiro Setor tatais e Terceiro Setor ... 3 3
Serviços sociais autônomos...6
Serviços sociais autônomos...6
Organ Organizaçõizações sociais (OS)...es sociais (OS)... 1010 Organizações da sociedade civil de interesse público (OSCIP) Organizações da sociedade civil de interesse público (OSCIP)... 16 16 Principais distinções entre OS e OSCIP...21
Principais distinções entre OS e OSCIP...21
Entidades de Apoio...22
Entidades de Apoio...22
Agências executivas e reguladoras... 24
Agências executivas e reguladoras... 24
Agências Agências exexececututivivasas... 2424 Agências reguladoras...27
Agências reguladoras...27
Principais distinções entre agências executivas e reguladoras...40
Principais distinções entre agências executivas e reguladoras...40
Q Queuestõstõ es es de de pp rroo vv aa ... 4141 RESUMÃO DA AULA...71
RESUMÃO DA AULA...71
Ju Ju ririspsp ruru ddêênncici a a da da aauu lala ...7373 Q Queuestõstõ es es coco mm enen tata ddas as nna a aauu lala ... ... 7878 Gabarito...89
Gabarito...89
P r e p a r a d o s ? A o s e s t u d o s ! P r e p a r a d o s ? A o s e s t u d o s !
P
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Na aula de hoje estudaremos o tema
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e das
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Para tanto, seguiremos o seguinte sumário:
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SUMÁRIO
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Entida
Entidades paraesdes paraes tatais e Terceiro Setor tatais e Terceiro Setor ... 3 3
Serviços sociais autônomos...6
Serviços sociais autônomos...6
Organ Organizaçõizações sociais (OS)...es sociais (OS)... 1010 Organizações da sociedade civil de interesse público (OSCIP) Organizações da sociedade civil de interesse público (OSCIP)... 16 16 Principais distinções entre OS e OSCIP...21
Principais distinções entre OS e OSCIP...21
Entidades de Apoio...22
Entidades de Apoio...22
Agências executivas e reguladoras... 24
Agências executivas e reguladoras... 24
Agências Agências exexececututivivasas... 2424 Agências reguladoras...27
Agências reguladoras...27
Principais distinções entre agências executivas e reguladoras...40
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Q Queuestõstõ es es de de pp rroo vv aa ... 4141 RESUMÃO DA AULA...71
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ENTIDADES PARAESTATAIS E TERCEIRO SETOR ENTIDADES PARAESTATAIS E TERCEIRO SETOR
Como vimos na aula passada, a Administração Pública formal Como vimos na aula passada, a Administração Pública formal divide-se e
se em m AdminAdministristração ação Direta e Direta e II ndireta, ndireta, sendo a sendo a primeira subdividida primeira subdividida emem órgãos
órgãos sesemm personalidade jurídica, utilizada para o exercício de atividades personalidade jurídica, utilizada para o exercício de atividades centralizadas por parte do Estado, e a segunda, a indireta, composta por centralizadas por parte do Estado, e a segunda, a indireta, composta por entidades
entidades cocomm personalidade jurídica própria, exercendo funções personalidade jurídica própria, exercendo funções
descentralizadas. descentralizadas.
No entanto, os órgãos e entidades da Administração Pública formal No entanto, os órgãos e entidades da Administração Pública formal não são capazes de atender todas as demandas da sociedade. Sendo não são capazes de atender todas as demandas da sociedade. Sendo assim, existem outras pessoas jurídicas que,
assim, existem outras pessoas jurídicas que, e m b o r a n ã o i n t e g r a n d o oe m b o r a n ã o i n t e g r a n d o o s i s t e
s i s t em a d a m a d a A dA d mm i n i s t r a ç ã o P ú b li n i s t r a ç ã o P ú b li c a i c a f of o r mr m a la l,, d i r e t ad i r e t a oouu i n d i r e t ai n d i r e t a,, cooperam com o governo, prestando serviços de utilidade pública. cooperam com o governo, prestando serviços de utilidade pública. Estamos falando das
Estamos falando das entidades paraestatais.entidades paraestatais.
E n t i d a d e s p a r a e s t a t a i s
E n t i d a d e s p a r a e s t a t a i s são aquelas pessoas jurídicas que atuamsão aquelas pessoas jurídicas que atuam
ao lado
ao lado ee e m c o l a b o r a ç ã oe m c o l a b o r a ç ã o com o Estado,com o Estado, sem com ele se confundirem.sem com ele se confundirem.
Trata-se
Trata-se dede p e s s o a s p r i v a d a sp e s s o a s p r i v a d a s, vale dizer, instituídas por particulares,, vale dizer, instituídas por particulares,
s e m f i n s l u c r a t i v o s
s e m f i n s l u c r a t i v o s, que exercem, que exercem f u n ç ã o t í p i c af u n ç ã o t í p i c a, embora, embora nn ãoão e x c l u s i v a , d o E s t a d o
e x c l u s i v a , d o E s t a d o, se sujeitando ao controle direto ou indireto do, se sujeitando ao controle direto ou indireto do Poder Público.
Poder Público.
Maria Sylvia Di Pietro apresenta a seguinte conceituação: Maria Sylvia Di Pietro apresenta a seguinte conceituação:
E n t i d a d e s p a r a e s t a t a i s
E n t i d a d e s p a r a e s t a t a i s são pessoas privadas que colaboram com osão pessoas privadas que colaboram com o Estado desempenhando atividade não lucrativa e às quais o Poder Público Estado desempenhando atividade não lucrativa e às quais o Poder Público dispensa especial proteção, colocando a serviço delas manifestações do dispensa especial proteção, colocando a serviço delas manifestações do seu poder de império, como o tributário, por exemplo.
seu poder de império, como o tributário, por exemplo.
Como exemplo de entidades paraestatais pode-se citar os
Como exemplo de entidades paraestatais pode-se citar os s e r v i ç o ss e r v i ç o s
s o c i a i s a u t ô n o m o s
s o c i a i s a u t ô n o m o s, as, as o r g a n i z a ç õ e s s o c i a i so r g a n i z a ç õ e s s o c i a i s e ase as o r g a n i z a ç õ e s d ao r g a n i z a ç õ e s d a s o c i e d a d e c i v i l d e i n t e r e s s e p ú b l i c o
s o c i e d a d e c i v i l d e i n t e r e s s e p ú b l i c o. Todas essas entidades incluem-se. Todas essas entidades incluem-se entre as chamadas
entre as chamadas o r g a n i z ao r g a n i z aç õ e s n ã o ç õ e s n ã o g og o v e r n a mv e r n a m e n t a i se n t a i s (ONGs).(ONGs).
A importância das entidades paraestatais cresceu a partir do processo A importância das entidades paraestatais cresceu a partir do processo de
de R e f o r m a d o E s t a d oR e f o r m a d o E s t a d o, movimento ocorrido no país na segunda metade, movimento ocorrido no país na segunda metade dos anos noventa que teve como fundamento, dentre outros, a diminuição dos anos noventa que teve como fundamento, dentre outros, a diminuição da presença do Estado em algumas áreas nas quais sua atuação não fosse da presença do Estado em algumas áreas nas quais sua atuação não fosse imprescindível. Nesse processo, o Poder Público passou a transferir ao imprescindível. Nesse processo, o Poder Público passou a transferir ao setor privado algumas de suas atividades não-exclusivas, com a setor privado algumas de suas atividades não-exclusivas, com a j
justificustificativa ativa de de quque e os os paparticurticularelares, s, pepelo lo memenos nos eem m testese, e, popodederiamriam desenvolvê-las de forma mais eficiente.
desenvolvê-las de forma mais eficiente.
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Segundo Maria Sylvia Di Pietro, os teóricos da Reforma do Estado Segundo Maria Sylvia Di Pietro, os teóricos da Reforma do Estado incluem as entidades paraestatais no denominado terceiro setor, assim incluem as entidades paraestatais no denominado terceiro setor, assim entendido aquele que é composto por entidades da sociedade civil sem entendido aquele que é composto por entidades da sociedade civil sem fin
fin s s lulucracrativtivosos; ; esesse se tetercerceiro siro setoetor cr coeoexisxiste te ccom om o o prpr imim eireir o o sseetoto rr, , ququee é o Estado, e o segundo setor, que é o mercado, ou seja, o setor privado é o Estado, e o segundo setor, que é o mercado, ou seja, o setor privado empresarial, com fins lucrativos.
empresarial, com fins lucrativos.
As entidades paraestatais
As entidades paraestatais nn ãã oo fazem parte fazem parte
da Administração Indireta; elas integram o da Administração Indireta; elas integram o terceiro setor.
terceiro setor.
O terceiro setor caracteriza-se por prestar atividade de interesse O terceiro setor caracteriza-se por prestar atividade de interesse pú
pú blblicico, o, popor inicr iniciativa privadiativa privada, sem a, sem fins lucfins lucrativos. Jrativos. J ustamente pustamente peleloo interesse público da atividade, as entidades que integram o terceiro setor interesse público da atividade, as entidades que integram o terceiro setor
podem
podem receber incentivos do Estado, inclusive sob a forma de aportes de receber incentivos do Estado, inclusive sob a forma de aportes de recursos públicos. Tais incentivos é que compõem a atividade recursos públicos. Tais incentivos é que compõem a atividade administrativa de fomento. Por essa razão, as entidades paraestatais, administrativa de fomento. Por essa razão, as entidades paraestatais, embora instituídas por particulares, se sujeitam a algumas normas de embora instituídas por particulares, se sujeitam a algumas normas de direito público, como o controle pela Administração Pública e pelo direito público, como o controle pela Administração Pública e pelo Tribuna
Tribunal l de Code Contantas.s.
Detalhe importante é que as entidades do terceiro setor não Detalhe importante é que as entidades do terceiro setor não precisam,
precisam, necessariamente,necessariamente, manter qualquer vínculo com o Poder Público. manter qualquer vínculo com o Poder Público.
Se mantiver
-Se mantiver - que seria o caso, por exemplo, de uma associação que se que seria o caso, por exemplo, de uma associação que se qualifica como organização social para receber repasse de recursos qualifica como organização social para receber repasse de recursos públicos -
públicos - essa entidade dessa entidade do terceiro o terceiro setor passa a setor passa a ser consideradaser considerada entidade paraestatal. Por outro lado, se uma entidade privada entidade paraestatal. Por outro lado, se uma entidade privada desenvolver atividade não econômica de interesse do Estado e, apesar desenvolver atividade não econômica de interesse do Estado e, apesar disso, não mantiver qualquer vínculo com o Estado, ela seria uma disso, não mantiver qualquer vínculo com o Estado, ela seria uma entidade do terceiro setor, mas não uma paraestatal, qualificação que entidade do terceiro setor, mas não uma paraestatal, qualificação que pressupõe algum vínculo como Poder Público1.
pressupõe algum vínculo como Poder Público1.
1Lucas Furtado (2014, p. 181). 1Lucas Furtado (2014, p. 181). P
Direito Adm ini st rat ivo par a AFRFB 2015 Teori a e exercícios coment ados Prof. Erick Alves - Aula 03
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Alguns doutrinadores mais tradicionais empregam o termo
FIQUE
►atçnto!
"ent'dade paraestatal" para abranger toda pessoa jurídica que tenha vínculo com o Estado, incluindo, assim, as entidades da administração indireta de direito privado (empresas públicas, sociedades de economia mista e fundações públicas de direito privado), e também osserviços sociais autônomos .Conforme o pensamento do autor, "ou a pessoa caracteriza-se como estatal, se for integrante do próprio Estado, como é o caso das pessoas federativas, ou, não sendo assim, terá ela que qualificar-se como paraestatal, por atuar em direta colaboração com o Estado por força de vínculo jurídico formal".
Todavia, esse conceito tradicional de "entidades paraestatais" não tem sido adotado pela doutrina mais moderna, a qual considera que o termo abrange
exclusivamente pessoas privadas que exercem atividades de interesse público que
não integram a Administração Pública formal.
Em suma, os principais atributos das e n t i d a d e s p a r a es t a t a i s são:
■E n t i d a d e s p r i v a d a s, ou seja, são instituídas por particulares;
■ Desempenham s e r v i ç o s n ã o e x c l u s i v o s d o E s t a d o, porém em
colaboração com ele;
■ Recebem algum tipo de i n c e n t i v o do Poder Público (f o m e n t o);
■ Se sujeitam ao c o n t r o l e da Administração Pública e do Tribunal de
Contas.
■ Regime jurídico de d i r e i t o p r i v a d o, porém p a r c i a l m e n t e
d e r r o g a d o p o r n o r m a s p e d i r e i t o p ú b l i c o; ■N ã o f a z e m p a r t e d a A d m i n i s t r a ç ã o I n d i r e t a;
■ I ntegram d o t e r c e ir o s e t o r .
Direito Adm ini st rat ivo par a AFRFB 2015 Teori a e exercícios coment ados Prof. Erick Alves - Aula 03
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C O N C U R S O S W
ESSA CAI
^
na prova!_
1. (Cespe - PC/BA 2013) Entidades paraestatais são pessoas jurídicas privadas que colaboram com o Estado no desempenho de atividades não lucrativas, mas não integram a estrutura da administração pública.
Comentário: O quesito está correto, pois apresenta o exato conceito de entidades paraestatais. Exemplos de entidades paraestatais são organizações sociais (OS), organizações da sociedade civil de interesse público (OSCIP) e serviços sociais autônomos. Vale prestar atenção no fato de que as entidades paraestatais, embora recebam fomento do Estado, não integram a estrutura
formal da Administração Pública, vale dizer, não são entidades da Admini st ração Indireta e muito menos órgãos d a Ad mini st ração Direta.
Gabarito: Certo
Vejamos então um pouquinho mais sobre cada uma das entidades
paraestatais mais estudadas pela doutrina.
____________________
SERVIÇOS SOCIAIS AUTÔNOMOS____________________
Os serviços sociais autônomos desempenham atividades de utilidade
pública,
sem
fins
lucrativos,
que
b e n e f i c i a m d e t e r m i n a d o s g r u p a m e n t o s s o c i a i s o u p r o f i s s i o n a i s, usualmente direcionadas ao
a p r e n d i z a d o p r o f i s s i o n a l i z a n t ee à
p r e s t a ç ã o d e s e r v i ç o s a s s i s t e n c i a i s.
São exemplos de serviços sociais autônomos as entidades do
"Sistema S", dentre elas:
■ SESC
- Serviço Social do Comércio e
SESI- Serviço Social da
Indústria, destinados à assistência social a empregados dos setores
comercial e industrial, respectivamente;
■ SENA I
- Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial;
SENAC-Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial, destinados à
formação profissional e educação para o trabalho.
■ SEBRAE
- Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas
Empresas, que se destina à execução de programas de auxílio e
orientação a empresas de pequeno porte.
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■ S EN AR - Serviço Nacional de Aprendizagem Rural, com o objetivo de organizar, administrar e executar o ensino da formação profissional rural e a promoção social do trabalhador rural;
■ SEST - Serviço Social do Transporte e SENAT - Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte, que incentivam a formação profissional dirigida aos serviços de transporte;
■ SES COOP - Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo, que atua na formação profissional, desenvolvimento e promoção social do trabalhador em cooperativa e dos cooperados.
Os serviços sociais autônomos possuem administração e
patrimônio próprios e são constituídos sob a forma de instituições
particulares convencionais (fundações, sociedades civis ou associações).
A criação dos serviços sociais autônomos depende de autorização em le i, a exemplo do que ocorre com as pessoas da Administração I ndireta de direito privado. Assim, a aquisição de sua personalidade jurídica somente se dá com a inscrição dos seus atos constitutivos no
registro competente.
Porém, ao contrário das entidades da Administração I ndireta, não é o
Poder Executivo quem usualmente recebe autorização para criar os serviços sociais autônomos. Diferentemente, tal encargo geralmente é conferido pela lei autorizadora a entidades representativas de categorias econômicas, como a Confederação Nacional da Indústria -CNI, a Confederação Nacional do Comércio - CNC, dentre outras.
Ressalte-se que, embora sejam criados por autorização dada em lei, os serviços sociais autônomos, assim como as demais entidades paraestatais, não in tegr am a Adm inistr ação Pú blica fo rm al, direta ou indireta.
Os serviços sociais autônomos, embora
criados por autorização em lei, n ã o integram
a Adm inistração Pública formal.
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Embora a criação dos serviços geralmente seja tarefa atribuída
Nacionais, algumas leis recentes Poder Executivo a instituir entidades com essa classificação.
sociais autônomos às Confederações têm autorizado o
Todavia, essas novas entidades criadas pelo Executivo, conq uan to denom inem- se serviços sociais autônomos, destes se diferenciam em muitos aspectos, a começar pelo fato de dependerem quase exclusivamente de recursos do orçamento público para sobreviver.
São exemplos dessas entidades a APEX-Brasil - Agência de Prom oção de Exportações do Brasil e a ABDI - Agência Brasileira de Desenvolvimento I ndustrial. Carvalho Filho salienta que esses serviços sociais autônomos mais recentes afastaram-se do modelo clássico e se aproximaram das pessoas administrativas integrantes da Administração Indireta. Todavia, o autor ressalta que, mesmo nesses casos, os serviços sociais autônomos nã o pertencem à Administração Indireta. Na verdade, a instituição dessas novas entidades fez surgir um regime híbrido : são típicas pessoas administrativas, embora excluídas da formalmente da Administração
Indireta.
A necessidade de lei para autorizar a criação dos serviços sociais autônomos decorre do fato de que suas atividades são mantidas,
predominantemente, por contribuições arrecadadas compulsoriamente de
determinados contribuintes, as chamadas c o n t r i b u i ç õ e s p a r af i s c a i s.
Tais recursos são arrecadados pela Receita Federal e repassados
diretamente às entidades, ou seja, não chegam a compor o erário ou transitar pelo orçamento púfò lico. Apesar disso, são considerados
r e c u r s o s p ú b l i c o s, afinal, as contribuições são c o m p u l s ó r i a s, ou seja, pagas obrigatoriamente pelos contribuintes, a semelhança dos tributos. Além disso, sua aplicação deve estar vinculada aos objetivos institucionais da entidade definidos na lei instituidora, sob pena de desvio de finalidade passível de controle pelos órgãos públicos competentes.
Detalhe importante é que, segundo a jurisprudência do STF, a instituição das contribuições parafiscais pode ser feita mediante
l e i o r d i n á r i a, sendo desnecessária a edição de lei complementar2.
2RE 635.682/RI
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Os contribuintes das contribuições parafiscais são as
pessoas j u r íd i c a sincluídas no setor econômico a que está vinculada a entidade.
Para o SENAI e o SESI, por exemplo, são contribuintes as empresas
inseridas no setor da indústria, ao passo que para o SESC e o SENAC
contribuem as empresas do comércio3.
O Supremo entende que a cobrança da contribuição é válida
i n d e p e n d e n t e m e n t e d e c o n t r a p r e s t a ç ã o d i r e t a e m f a v o r d o c o n t r i b u i n t e. Para surgir a obrigação de recolher a contribuição, o que
importa é tão somente o setor econômico em que a empresa atua, e não
o fato de ser diretamente beneficiada pelo serviço prestado pela entidade
paraestatal.
Maria Sylvia Di Pietro esclarece que os serviços sociais autônomos
n ã o p r e s t a m s e r v i ç o p ú b l i c o d e l e g a d o p e l o E s t a d o
, mas
a t i v i d a d ep r i v a d a d e i n t e r e s s e p ú b l i c o
(serviços não exclusivos do Estado).
Assim, não se trata de serviço público que incumbisse ao Estado e que ele
tenha transferido a outra pessoa jurídica, por meio da descentralização.
Trata-se, sim, de atividade privada de interesse público que o Estado
resolveu incentivar e subvencionar. A atuação estatal, no caso, é de
f o m e n t oe não de prestação de serviço público.
Os serviços sociais autônomos, por serem pessoas jurídicas de direito
privado, sujeitam-se, basicamente, às regras de
d i r e i t o p r i v a d o.
Todavia, pelo fato de administrarem recursos públicos, também se
submetem a algumas normas de
d i r e i t o p ú b l i c o, sobretudo no que toca
à utilização dos recursos, à prestação de contas e aos fins institucionais.
Com efeito, os serviços sociais autônomos se submetem a
c o n t r o l e p e l o P o d e r P ú b l i c o, nos
t e r m o s e c o n d i ç õ e s e s t a b e l e c i d a s n a l e g i s l a ç ã o p e r t i n e n t e a c a d a e n t i d a d e. É o que dispõe o Decreto-Lei
200/1967:
Art. 183. As entidades e organizações em geral, dotadas de personalidade
jurídica de direito privado, que recebem contribuições para fiscais e
prestam serviços de interesse público ou social, estão sujeitas à fiscalização do Estado nos termos e condições estabelecidas na legislação pertinente a cada uma.
Assim, as leis instituidoras dessas entidades devem prever os meios
de controle a que se submetem.
3Também contribuem para o SESC e o SENAC as empresas prestadoras de serviço, salvo quando integram outr o serviç o social (Súmula STJ 499).
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Ainda quanto ao controle, vale destacar que os serviços sociais
autônomos estão sempre vinculados à
s u p e r v i s ã o d o M i n i s t é r i oem
cuja área de competência estejam enquadrados. O SESI, SENAI, SESC e
SENAC, por exemplo, estão vinculados ao Ministério do Trabalho4 .
Ademais, também devem prestar contas ao
T r i b u n a l d e C o n t a s d aU n i ã o
.
Detalhe importante é que, segundo a jurisprudência do TCU, os
serviços sociais autônomos
nã ose submetem inteiramente à Lei de
Licitações. De fato, a Corte de Contas entende que tais entidades, nas
suas contratações, devem observar apenas os
p r i n c í p i o s d a A d m i n i s t r aç ão Pú b l i c a, e não necessariamente os procedimentos
previstos na Lei 8.666/ 1993, podendo, em consequência, editar
r e g u l a m e n t o s p r ó p r i o spara definir as regras relativas aos contratos
que venham a celebrar5. Todavia, ressalte-se que os serviços sociais
autônomos
n ã o p o d e m i n o v a r n a o r d e m j u r í d i c apor meio de seus
regulamentos próprios, por exemplo, instituindo novas hipóteses de
dispensa e de inexigibilidade de licitação, haja vista que a matéria deve
ser disciplinada por norma geral, de competência privativa da União6.
Dessa forma, tais regulamentos devem conter apenas regras
procedimentais, como número mínimo de propostas, prazos, meios de
garantir a publicidade etc.
_____________________
ORGANIZAÇÕES SOCIAIS (OS)_____________________
Maria Sylvia Di Pietro assim define as
o r g a n i z a ç õ e s s o c i a i s:
O r g a n i z a ç ã o s o c i a l
é a qualificação jurídica dada a pessoa jurídica
de direito privado, sem fins lucrativos, instituída por iniciativa de
particulares, e que recebe a delegação do Poder Público, mediante
c o n t r a t o d e g e s t ã o, para desempenhar serviço público de natureza
social.
Conforme ensina a professora,
n e n h u m a e n t i d a d e n a s c e c o m o n o m e d e o r g a n i z a ç ã o s o c i a l; a entidade é criada como associação ou
fundação privada e, habilitando-se perante o Poder Público, recebe a
qualificação; trata-se de título jurídico outorgado e cancelado pelo Poder
Público.
4 Decreto 74.2 96/ 197 6. art. 4S. 5Acórdão 526/2013-TCU-Plenário
6TCU: Informativo de Licitações e Contratos 159/2013
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Assim, ao invés de montar um hospital público ou posto de saúde, o Poder Público pode buscar no setor privado alguma entidade privada sem fim lucrativo que atua nesse setor, a qualificar como organização social e repassar à entidade privada os recursos públicos necessários à prestação dos serviços à população7.
As o r g an i zaç õ es s o c iais n ão s ão u m a c a t e g o r i a d e p e s s o a j u r í d i c a . T r a t a - s e , a p e n a s , d e u m a q u a l i f i c a ç ã o a t r i b u í d a p e l o P o d e r Pú b l i c o a d e t e r m i n a d a s e n t i d a d e s
p r i v a d a s .
No âmbito da Reforma do Estado, as organizações sociais foram idealizadas para substituir a Administração Pública em determinadas áreas, mediante a "absorção" das atividades exercidas por órgãos e entidades administrativas a serem extintos, processo este denominado de
p u b l i c i z a ç ã o.
Na esfera federal, as organizações sociais são regidas pela Lei 9.637/1998.
A aludida Lei prescreve que o P o d e r E x e c u t i v o poderá qualificar
como organizações sociais as pessoas que observem três fundamentos principais:
1. Devem ter personalidade jurídic a de direito privado; 2. Não podem ter fins lucrativos;
3. Devem desenvolver atividades dirigidas ao ensino, à pesquisa científica, ao desenvolvimento tecnológico, à proteção e preservação do m eio amb iente, à cultura e à saúde (art. 1°)
A qualificação como organização social é a t o d i s c r i c i o n á r i o do Poder
Público, dependendo da aprovação do Ministério competente para supervisionar ou regular a área de atividade correspondente ao objeto social da entidade (art. 2°, II). Dessa forma, a qualificação não é conferida a toda e qualquer entidade que atenda aos requisitos legais, e sim depende do juízo de conveniência e oportunidade da autoridade competente.
As entidades qualificadas como OS são declaradas como e n t i d a d e s
d e i n t e r e s s e s o c i a l e u t i l i d a d e p ú b l i c a, para todos os efeitos legais (art. 11).
7Lucas Furtado (2014, p. 182).
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A habilitação da entidade privada como OS é feita mediante a
assinatura de
c o n t r a t o d e g e s t ã o8 com o Poder Público. É no contrato de
gestão que estarão discriminadas as atribuições, responsabilidades e
obrigações do Poder Público e da organização social. Tal instrumento é
elaborado
d e c o m u m a c o r d oentre o órgão representante do Poder
Público e a entidade qualificada.
Para que passe a valer, o contrato de gestão deverá ser submetido ao
M i n i s t r o d e E s t a d oou
a u t o r i d a d e s u p e r v i s o r ada área correspondente
à atividade fomentada, para fins de aprovação.
Na elaboração do contrato de gestão, devem ser observados os
princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade,
economicidade e, também, os seguintes preceitos:
■Especificação do programa de trabalho proposto pela organização social,
a estipulação das metas a serem atingidas e os respectivos prazos de execução;
■Previsão expressa dos critérios objetivos de avaliação de desempenho a
serem utilizados, mediante indicadores de qualidade e produtividade;
■Estipulação dos limites e critérios para despesa com remuneração e
vantagens de qualquer natureza a serem percebidas pelos dirigentes e empregados das organizações sociais, no exercício de suas funções.
A execução do contrato de gestão celebrado por organização social
será fiscalizada pelo órgão ou entidade supervisora da área de atuação
correspondente à atividade fomentada, a qual deverá designar uma
c o m i s s ã opara analisar os
r e s u l t a d o satingidos com a execução do
contrato de gestão -
controle de resultado(art. 8°).
Os responsáveis pela fiscalização da execução do contrato de gestão,
ao tomarem conhecimento de qualquer irregularidade ou ilegalidade na
utilização de recursos ou bens de origem pública por organização social,
dela darão ciência ao
T r i b u n a l d e C o n t a s d a U n i ã o, sob pena de
r e s p o n s a b i l i d a d e s o l i d á r i a(art. 9°).
Além disso, sem prejuízo da comunicação ao TCU, os responsáveis
pela fiscalização representarão ao
M i n i s t é r i o P ú b l i c o, à
A d v o c ac i a-Geral da Uniãoou à
P r o c u r a d o r i a d a e n t i d a d epara que requeira ao
juízo competente a decretação da indisponibilidade dos bens da entidade e8
8 O contrato de gestão celebrado entre o Poder Público e as OS é diferente do previsto no art. 37, §8° da
CF, o qual é celebrado entre o Poder Público e entidades da Administração Indireta ou órgãos da Administração Direta, com a finalidade de ampliar a sua autono mia gerencial, orçam entária e financeira, e sobre o qual falaremos quan do es tudarm os as “agências executivas”.
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o sequestro dos bens dos seus dirigentes, bem como de agente público ou
terceiro, que possam ter enriquecido ilicitamente ou causado dano ao
patrimônio público (art. 10).
O órgão de deliberação superior das organizações sociais, seu
C o n sel h o d e A d m i n i s t r a ç ã o, deve ter representantes do Poder Público e
de membros da comunidade, de
notória capacidade profissional e idoneidade moral(art. 3°).
À semelhança dos serviços sociais autônomos, as OS também
n ã o p r e s t a m s e r v i ç o p ú b l i c o d e l e g a d o p e l o E s t a d o, mas sim
a t i v i d a d e p r i v a d a d e i n t e r e s s e p ú b l i c o(serviços não exclusivos do Estado), em
seu próprio nome, com
i n c e n t i v o(fomento) do Estado.
Conforme previsto na Lei 9.637/1998, o
f o m e n t oàs organizações
sociais pode ocorrer das seguintes formas:
■ D es ti n aç ão d e r ec u rs o s o r ç a m e n t ár i o s
.
■ D es t in a çã o d e b en s pú b li c os
necessários ao cumprimento do
contrato de gestão,
d i s p e n s a d a a l i c i t a ç ã o, mediante permissão
de uso, consoante cláusula expressa do contrato de gestão.
■ Ces são es p ec i al s er v i d o r
, devendo o órgão de origem arcar com a
sua remuneração.
Um ponto importante é que as organizações sociais
d e v e m r e a l i z a r l i c i t a ç ã o p r é v i apara celebrar contratos que envolvam a
a p l i c a ç ã o d e r e c u r s o s o u b e n s r e p a s s a d o s a e l a p e l a U n i ã o. As licitações
realizadas pelas organizações sociais devem observar a Lei 8.666/ 1993 e,
caso se trate de aquisição de
b e n s e s e r v i ç o s c o m u n s, será obrigatório
o emprego da modalidade
p r e g ã o, preferencialmente na forma eletrônica,
nos termos do Decreto 5.504/20D 59.
9 Art. 1o Os instrum ento s de formalização, renovação ou aditam ento de convênios, instrum entos congêneres ou de consórcios públicos que envolvam repasse voluntário de recursos públicos da União deverão conter cláusula que determine que as obras, compras, serviços e alienações a serem realizadas po r entes públicos ou privados, com os recursos ou ben s rep assados vo lunta ria me nte pela União, s ejam contratadas mediante processo de licitação pública, de acordo com o estabelecido na legislação federal pertin ente.
§ 1o Nas licitações realizadas com a utilização de recurs os repas sado s nos termo s do caput, para aquisição de bens e serviços comuns, será obrigatório o emprego da modalidade pregão, nos termos da Lei no 10.520, de 17 de julho de 2002, e do regulamento previsto no Decreto no 5.450, de 31 de maio de 2005, sendo preferencial a utilização de sua forma eletrônica, de acordo com cronograma a ser definido em instrução complementar.
(...)
§ 5o Aplica-se o disposto neste artigo às entidades qu alificadas como O rganizações Sociais, na forma da Lei no 9.637, de 15 de maio de 1998, e às entidades qualificadas como Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público, na forma da Lei no 9.790, de 23 de março de 1999, relativamente Prof. Erick Alves www.estrategiaconcursos.com.br 13 de 89
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Contudo, para o emprego de recursos públicos provenientes de
o u t r a s e s f e r a s d e g o v e r n o, estadual ou municipal, as OSCIP não
precisam, obrigatoriamente, seguir os trâmites da Lei 8.666/1993,
podendo estabelecer procedimentos em
r e g u l a m e n t o p r ó p r i o. É o que
prescreve o art. 17 da Lei 9.637/1998:
Art. 17. A organização social fará publicar, no prazo máximo de noventa
dias contado da assinatura do contrato de gestão, regulamento próprio
contendo os procedimentos que adotará para a contratação de obras e
serviços, bem como para compras com emprego de recursos provenientes do Poder Público.
Por outro lado, quando Administração Pública (de qualquer esfera,
federal, estadual, distrital ou municipal) contrata serviços a serem
prestados pelas organizações sociais, a
l i c i t a ç ã o é d i s p e n s á v e l, desde
que aquele serviço esteja
previsto no contrato de gestãocelebrado pela
organização social (Lei 8.666/1993, art. 24, inciso XXI V10).
Resumindo
Quando for a entidade contratante, a organização social deve realizar licitação nos termos da Lei 8.666/1993 para aplicar recursos repassados pela União; já para aplicar recursos provenientes de outras esferas de governo, poderá observar os procedimentos de regulamento próprio.
Por outro lado, quando for a entidade contratada pelo Poder Público para prestar serviços previstos no contrato de gestão, a licitação é dispensável.
Quando constatado o
descumprimento das disposições contidas no contrato de gestão,o
P o d e r E x e c u t i v o poderáproceder à
d e s q u a l i f i c a ç ã oda entidade como organização social (art. 16).
Sobre esse ponto, Carvalho Filho anota que, a despeito de a lei haver
empregado a expressão "
poderá proceder à desqualificação",dando a
impressão de que se trata de conduta facultativa, o certo é que,
descumpridas as normas e cláusulas a que está submetida, a
aos recursos por elas administrados oriundos de repa sses da União, em face dos respectivos co ntratos de gestão ou termos d e parceria.
10 Art. 24. Édispensável a licitação:
XXIV - para a celebração de contratos de prestação de serviços com as organizações sociais, qualificadas no âmbito das respectivas esferas de governo, para atividades contempladas no co ntrato de gestão.
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Administração exercerá atividade vinculada, devendo (e não podendo)
desqualificar a entidade responsável pelo descumprimento.
A desqualificação será precedida de p r o c e s s o a d m i n i s t r a t i v o,
assegurado o d i r e i t o d e a m p l a d e f e s a, respondendo os dirigentes da
organização social, individual e solidariamente, pelos danos ou prejuízos decorrentes de sua ação ou omissão.
A desqualificação importará r e v e r s ã o a o P o d e r P ú b l i c o dos bens e
dos valores entregues à utilização da organização social, sem prejuízo de outras sanções cabíveis.
2. (ESAF - AFRFB 2005) Assinale entre o seguinte rol de entidades de cooperação com o Poder Público, não-integrantes do rol de entidades descentralizadas, aquela que pode resultar de extinção de entidade integrante da Administração Pública
Indireta.
a) Organização social.
b) Fundação previdenciária.
c) Organização da sociedade civil de interesse público. d) Entidade de apoio às universidades federais.
e) Serviço social autônomo.
Coment ário: Trata-se das o rganizações sociais (opção “ a” ). Confor me ensina Carvalho Filho, a necessidade de ser ampliada a descentralização na prestação de serviços públicos levou o Governo a instituir o Programa Nacional de Publicização, através da Lei 9.637/1998, pelo qual algumas atividades de caráter social, lpoje exercidas por entidades e órgãos administrativos de direito público, poderão ser posteriormente absorvidas por pessoas de direito privado, segundo consta expressamente do art. 20:
Art. 20. Será criado, med iante decreto do Poder Executivo, oPrograma Nacional de Publicização - PNP, com o objetivo de estabelecer diretrizes e critérios para a qualificação de organizações sociais,a fim de assegurar a absorção de atividades desenvolvidas por entidades ou órgãos públicos da União, que atuem nas atividades referidas no art. 1o, por organizações sociais (...)
A absorção impl icará, naturalmente, a extinção daqueles ór gãos e entidades, assim como a descentralização dos serviços para a execução sob regime de parceria.
Gabarito: alternativa “ a”
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ORGANIZAÇÕES DA SOCIEDADE CIVIL DE INTERESSE PÚBLICO (OSCIP)
Maria Sylvia Di Pietro assim define as organizações da sociedade civil
de interesse público (Oscip):
O r g a n i z a ç ã o d a s o c i e d a d e c i v i l d e i n t e r e s s e p ú b l i c o ( O s c i p )
é a
qualificação jurídica dada a pessoas jurídicas de direito privado, sem fins
lucrativos, instituídas por iniciativa de particulares, para desempenhar
serviços sociais não exclusivos do Estado com incentivo e fiscalização pelo
Poder Público, mediante vínculo jurídico instituído por meio de
t e r m o d e p a r c e r i a.
Da mesma forma que as organizações sociais, as Oscip não
constituem uma categoria de entidades, e sim uma
q u a l i f i c a ç ã oconferida pelo Poder Público a determinadas pessoas privadas, sem fins
lucrativos, que exercem atividade social ou de utilidade pública.
Na esfera federal, as Oscip são regidas pela Lei 9.790/1999.
Segundo a referida lei, as Oscip deverão atuar em
p e l o m e n o s u m adas seguintes finalidades (art. 3°):
■ Promoção da assistência social, da cultura, defesa e conservação do patrimônio histórico e artístico;
■ Promoção gratuita da educação e da saúde; ■ Promoção da segurança alimentar e nutricional;
■ Defesa, preservação e conservação do meio ambiente e promoção do desenvolvimento sustentável;
■ Promoção do voluntariado;
■ Promoção do desenvolvimento econômico e social e combate à pobreza;
■ Experimentação, não lucrativa, de novos modelos sócio-produtivos e de sistemas alternativos de produção, comércio, emprego e crédito;
■ Promoção de direitos estabelecidos, construção de novos direitos e assessoria jurídica gratuita de interesse suplementar;
■ Promoção da ética, da paz, da cidadania, dos direitos humanos, da democracia e de outros valores universais;
■ Estudos e pesquisas, desenvolvimento de tecnologias alternativas, produção e divulgação de informações e conhecimentos técnicos e científicos que digam respeito às atividades antes mencionadas.
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A Lei 9.790/ 1999 enumerou um rol de entidades que n ã o p o d e r ã o
s e r q u a l i f i c a d a s c o m o O s c i p, ainda que se dediquem de qualquer forma às atividades anteriormente descritas. São elas (art. 2°):
■ Sociedades comerciais;
■ Sindicatos, as associações de classe ou de representação de categoria profissional;
■ I nstituições religiosas ou voltadas para a disseminação de credos, cultos, práticas e visões devocionais e confessionais;
■ Organizações partidárias e assemelhadas, inclusive suas fundações;
■ Entidades de benefício mútuo destinadas a proporcionar bens ou serviços a um círculo restrito de associados ou sócios;
■ Entidades e empresas que comercializam planos de saúde e assemelhados; ■ I nstituições hospitalares privadas não gratuitas e suas mantenedoras;
■ Escolas privadas dedicadas ao ensino formal não gratuito e suas mantenedoras;
■ Organizações sociais; ■ Cooperativas;
■ Fundações públicas;
■ Fundações, sociedades civis ou associações de direito privado criadas por órgão público ou por fundações públicas;
■ Organizações creditícias que tenham quaisquer tipo de vinculação com o sistema financeiro nacional.
A entidade privada interessada em obter a qualificação como organização da sociedade civil de interesse público deverá formalizar
requerimento perante o M i n ist é r i o d a J u s t i ç a (art. 5°). Assim, a
qualificação é sempre concedida pelo Ministério da J ustiça, e não pelo Ministério correspondente à área de atuação da entidade.
A outorga da qualificação de Oscip é a t o v i n c u l a d o ao cumprimento
dos requisitos instituídos pela Lei 9.790/ 1999, ou seja, o Ministério da J ustiça só poderá indeferir o pedido no caso de a pessoa jurídica requerente desatender a algum desses requisitos (art. 1°, §1°; art. 6°, §3°).
Aliás, essa é uma diferença relevante entre as Oscip e as OS, uma
vez que a qualificação como organização social constitui
a t o d i s c r i c i o n á r i o, cabendo ao Ministro de Estado ou titular do órgão supervisor correspondente à área de atuação da entidade decidir quanto à
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conveniência e oportunidade de sua qualificação (Lei 9.637/1998, art. 2°,
inciso II).
■ j A q u a l i f i c a ç ã o c o m o o r g a n i z aç ã o s o c i al é
• • pr é r a t o d i s c r i c i o n á r i o . J á a q u a l i f i c a ç ã o c o m o
O sc i p é at o v i n c u l a d o .
O vínculo de cooperação entre o Poder Público e as entidades
qualificadas como Oscip se dá mediante a celebração de
t e r m o d e p a r c e r i a.
No termo de parceria devem estar previstos os direitos e as
obrigações das partes signatárias, tais como o objeto do ajuste, as metas,
os prazos de execução, os critérios de avaliação de desempenho, a
previsão de receitas e despesas e a obrigatoriedade de apresentação de
relatório anual demonstrando os resultados alcançados, acompanhado da
respectiva prestação de contas.
É possível a vigência simultânea de
d o i s o u m a i s t e r m o s d e p a r c e r i a, ainda que com o mesmo órgão estatal, desde que a Oscip tenha
c a p a c i d a d e o p e r a c i o n a lpara executar seus objetos.
Embora a qualificação seja conferida pelo Ministério da J ustiça, a
execução do objeto do termo de parceria será
acompanhadae
fiscalizadapor
ó r g ã o d o P o d e r P ú b l i c o d a á r e a d e a t u a ç ã o c o r r e s p o n d e n t e à a t i v i d a d e f o m e n t a d a, e pelos
C o n s e l h o s d e P o l í t i c a s P ú b l i c a s d a s á r e a s c o r r e s p o n d e n t e s d e a t u a ç ã o e x i s t e n t e s, em cada nível de
governo (art. 11).
Os resultados atingidos com a execução do termo de parceria devem
ser analisados por
comissão dra avaliação, composta de comum acordo
entre o órgão parceiro e a Oscip. A comissão deverá apresentar à
autoridade competente um relatório conclusivo sobre a avaliação
procedida (art. 11).
Os responsáveis pela fiscalização do termo de parceria, ao tomarem
conhecimento de qualquer irregularidade ou ilegalidade na utilização de
recursos ou bens de origem pública pela organização parceira, darão
imediata ciência ao
T r i b u n a l d e C o n t a s r e s p e c t i v oe ao
M i n i s t é r i o P ú b l i c o, sob pena de responsabilidade solidária (art. 12).
Além disso, sem prejuízo dessa comunicação, os responsáveis pela
fiscalização representarão ao
M i n i s t é r i o P ú b l i c oe à
A d v o c ac i a-G er al d a U n i ã opara que requeiram ao juízo competente a decretação da
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indisponibilidade dos bens da entidade e o sequestro dos bens dos seus dirigentes, bem como de agente público ou terceiro, que possam ter enriquecido ilicitamente ou causado dano ao patrimônio público (art. 13).
Da mesma forma que as organizações sociais, as Oscip devem realizar licitação prévia para celebrar contratos envolvendo recursos repassados pela União, previstos no termo de parceira, devendo utilizar a modalidade pregão, preferencialmente na forma eletrônica, case se trate da aquisição de bens e serviços comuns. J á para aplicar recursos públicos
provenientes de outras esferas de governo, podem editar
regulamentos próprios.
Por outro lado, a Lei 8.666/ 1993 n ã o prevê hipótese de dispensa de
licitação para que a Administração Pública contrate uma Oscip. Vale dizer, o fato de uma entidade ser qualificada como Oscip não é, por si só, fundamento para que o Poder Público dispense a licitação caso pretenda contratar essa entidade para prestar algum serviço.
A Lei de Licitações n ã o permite que a
Administração contrate OSCIP por dispensa
P R E S T E J r r
de licitação; p e r m i te a p e n a s a c o n t ra t a ç ã o d e
OS.
Na hipótese de posterior descumprimento dos requisitos legais, a perda da qualificação como Oscip ocorrerá mediante decisão proferida em pro cesso a dm inistrativo, instaurado no Ministé rio da J ustiça, de
ofício ou a pedido da entidade interessada, ou j udicia l, de iniciativa
popular ou do Ministério Público, nos quais serão assegurados a ampla defesa e o contraditório (Decreto 3.100/1999, art. 4°).
Na hipótese do pedido de dlsqualificação ser proveniente de iniciativa popular, a Lei veda o anonimato e estabelece que o pedido deva ser amparado em fundadas evidências de erro ou fraude (art. 8°).
ESSA CAI .
^ / ^na prova!_
3. (Cespe - TCDF 2012) Uma OSCI P que receba recursos financeiros oriundos de termo de parceria com o governo do DF estará obrigada a seguir a Lei de Licitações da administração pública para comprar com esses recursos.
Comentário: Conforme estabelece a Lei 9.790/1999:
Art. 14. A organização parceira fará publicar, no prazo máximo de trinta dias, contado da assinatura do Termo de Parceria, regulamento próprio contendo os
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procedimentos que adotará para a contratação de obras e serviços, bem como para compras com emprego de recursos provenientes do Poder Público, observados os princípios estabelecidos no inciso I do art. 4o desta Lei.
Isso significa que a OSCIP, em regra, ao utilizar recursos públicos em
suas aquisições de bens e serviços, deverá observar os princípios da
legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade, economicidade e
eficiência. Entretanto, ela não precisará seguir os procedimentos da
Lei 8.666/1993, e sim o seu regulamento próprio.
Todavia, nos termos do art. 1°, §5° do Decreto 5.504/2005, se a OSCIP
receber repasses de recursos da União, aí sim deverá realizar licitação nos
termos da Lei 8.666/1993 para aplicar tais recursos; e caso se trate de
aquisição de bens e serviços comuns, será obrigatório o emprego da
modalidade pregão, preferencialmente na forma eletrônica.
A OSCIP apr esentada no comando da questão recebeu recursos públicos
do Distrito Federal, e não da União, por isso
nãoestará obrigada a seguir a Lei
de Licitações da administração pública para comprar com esses recursos, daí
o erro. Por outro lado, se tivesse recebido recursos oriundos de termo de
parceira celebrado com órgão federal, aí sim a licitação nos termos da Lei
8.666/1993 seria obrigatória. O mesmo entendimento seria aplicável para as
organizações sociais.
Gabarito: Errado
4. (Cespe - AGU 2012)
Para que sociedades comerciais e cooperativas obtenham a qualificação de organizações da sociedade civil de interesse público, é preciso que elas não possuam fins lucrativos e que tenham em seus objetivos sociais a finalidade de promoção da assistência social.Comentário: É certo que a qualificação de OSCIP somente será conferida
às pessoas jurídicas de direito privado, sem fins lucrativos, cujos objetivos
sociais tenham pelo menos uma das finalidades listadas no art. 3° da Lei
9.790/1999, dentre as quais, a “ promoção da assistênci a social” (inciso I).
Entretanto, nos termos do art. 2° da mesma lei, “sociedades comerciais” e
“ cooperativas” , dentre outras entidades,
nãosão passíveis de qualificação
como OSCIP, daí o erro.
Gabarito: Errado
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_ _ _ __ _ _ _ _ _ _ __ _ _ PRI NCI PAI S DI STI NÇÕES ENT RE OS E OSCIP
_______________
As
o r g a n i z a ç õ e s s o c i a i s(OS) e as
o r g a n i z a ç õ e s d a s o c i e d a d e c i v i l d e i n t e r e s s e p ú b l i c o(Oscip) possuem regimes jurídicos bastante
parecidos. Em ambos os casos, temos pessoas privadas, sem fins
lucrativos, que exercem atividades de interesse social ou de utilidade
pública e recebem uma qualificação do Poder Público, observadas as
exigências legais. Uma vez qualificadas, as entidades passam a receber
algum auxílio por parte do Estado, dentro da atividade de fomento.
Contudo, OS e Oscip apresentam muitas diferenças. Para destacar as
principais, vamos elaborar um quadro comparativo11:
OS OSCIP
Foram idealizadas para substituir órgãos e entidades da Administração Pública, que seriam extintos e teriam suas atividades "absorvidas" pela OS .
Não foram idealizadas para substituir órgãos e entidades da Administração Pública.
Formalizam parceria com o Poder Público
mediantecontrato de gestão.
Formalizam parceria com o Poder Público
mediantetermo de parceria.
Qualificação éato discricionário. Qualificação é ato vinculado.
Qualificação depende de aprovação pelo
Ministro de Estado ou titular de órgão supervisor ou regulador da área de
atividade correspondente ao objeto social da OS.
Qualificação concedida pelo Ministério da
Justiça.
A lei exige que a OS possua um Conselho de
Administração, do qual participem
representantes do Poder Público; não exige
que a OS tenha Conselho Fiscal.
A lei exige que a Oscip tenha um
Conselho Fiscal; não exige que a Oscip tenha
um Conselho de Administração. Não há
exigência de que existam representantes do Poder Público em algum órgão da entidade. É hipótese de licitação dispensável a
contratação de OS pelo Poder Público, para o desempenho de atividades contempladas no contrato de gestão.
Não existe hipótese de licitação dispensável para a contratação de Oscip pelo Poder Público.
11 Adaptad o de Alexandrino, M. e Paulo, V (201 4, p. 155).
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A desqualificação como OS pode ser feita A desqualificação como Oscip pode ser feita pelo Poder Executivo, em processo a pedido da própria entidade, por iniciativa administrativo, assegurado o contraditório e de qualquer cidadão ou do Ministério a ampla defesa. Público, em processo administrativo ou judici al, assegurado o contraditório e a
ampla defesa.
Por fim, ressalte-se que u m a e n t i d a d e n ã o p o d e s e r q u a l i f i c a d a
c o m o OS e OS CIP ao m e s m o t e m p o.
________________________
ENTIDADES DE APOIO________________________
Maria Sylvia Di Pietro define entidades de apoio da seguinte forma:
E n t i d a d e s d e a p o i o - pessoas jurídicas de direito privado, sem fins lucrativos, instituídas por servidores públicos, porém em nome próprio, sob forma de fundação, associação ou cooperativa, para a prestação, em caráter privado, de serviços sociais não exclusivos do Estado, mantendo vínculo jurídico com entidades da administração direta ou indireta, em
regra por meio de c o n v ê n i o.
O exemplo mais comum desse tipo de entidade são as f u n d a ç õ e s d e
a p o i o que atuam junto a hospitais públicos e universidades públicas.
Trata-se de pessoas jurídicas privadas, sem fins lucrativos, que
cooperam com a Administração mediante a celebração de c o n v ê n i o s.
A professora Di Pietro ensina que as atividades prestadas pelas
entidades de apoio possuem c a r á t e r p r i v a d o. Não obstante, sempre que
receberem ou de qualquer modo utilizarem r e c u r s o s p ú b l i c o s no
desenvolvimento de suas atividades, estarão sujeitas às regras básicas de direito público aplicáveis a toda e qualquer pessoa que, de alguma forma, receba ou administre recursos públicos12.
As entidades de apoio geralmente assumem a forma de f u n d a ç ã o
(de direito privado, não integrante da Administração Pública formal), mas
também podem ser constituídas na forma de a s s o c i a ç ã o ou
c o o p e r a t i v a.
Não existe uma lei própria que regule as entidades de apoio de forma
geral. Existe apenas a Lei 8.958/ 1994 que veio disciplinar apenas um a
espécie de entidade de apoio, qual seja, as fundações instituídas com a
12 Alexandrino, M. e Paulo, V (2014, p. 161).
Direito Adm ini st rat ivo par a AFRFB 2015 Teori a e exercícios coment ados Prof. Erick Alves - Aula 03
Estratégia
C O N C U R S O S * " *
finalidade de apoiar projetos de ensino e pesquisa de interesse das Instituições Federais de Ensino Superior - IFES e demais Instituições Científicas e Tecnológicas - ICTs.
A referida lei estabeleceu exigências de controle, de fiscalização pelo Ministério Público, nos termos do Código Civil e do Código de Processo Civil, de prévio credenciamento junto aos Ministérios da Educação e da Ciência e Tecnologia, de prestação de contas, além de requisitos para a utilização, pela fundação, de servidores públicos e de bens públicos, neste último caso mediante ressarcimento.
Segundo a Lei 8.958/ 1994, as I FES e as demais ICTs podem celebrar
convênios e contratos com as fundações de apoio por d i s p e n s a d e
l i c i t a ç ã o. Mais que isso, a lei permite que outras entidades da Administração Pública13, a exemplo da Financiadora de Estudos e Projetos
- FI NEP e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq, também contratem as fundações de apoio por
dispensa de licitação.
5. (Cespe - MPTCE/PB 2014) As fundações de apoio às universidades públicas federais integram a administração indireta.
Comentário: As fu nd ações de apoio são ent id ades paraestatais que cooperam com as universi dades públic as mediante a celebração de con vênios . Portanto, não integram a Administração Indireta, daí o erro.
Gabarito : Errado
13 Especificamente, a Finan ciadora de Estudos e Pr ojetos - FINEP, o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq, as agências financeiras oficiais de fomento e empresas públicas ou socie dad es de economia mista, suas sub sidiárias ou controladas (art. 1°-A).