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processuais inerentes à Fazenda Pública (União, Estados-membros, Distrito Federal, Municípios e respectivas autarquias), notadamente da prerrogativa

No documento Aula 03 Direito Administrativo (páginas 64-68)

excepcional da ampliação dos prazos recursais (CPC, art. 188). Precedentes.

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e) ERRADA. A Lei 9.507/1997, que estabelece nor mas para as eleições, expressamente veda que partido político ou candidato receba doações de

OSCIP:

 Art. 24. É vedado, a partido e candidato, receber direta ou indiretamente doação em

dinheiro ou estimável em dinheiro, inclusive por meio de publicidade de qualquer  espécie, procedente de:

(...)

XI - organizações da sociedade civil de interesse público.

Gabarito: alternativa “ c”

33. (Cespe - TRF1 2011) No que se refere aos princípios que regem o direito administrativo, as organizações sociais e as organizações da sociedade civil de interesse público, assinale a opção correta.

a) As instituições hospitalares não gratuitas e as cooperativas são aptas para o recebimento da qualificação de organizações da sociedade civil de interesse público, nos termos da legislação de regência.

b) Na sindicância, ainda que instaurada com caráter meramente investigatório ou preparatório de um processo administrativo disciplinar, é indispensável a observância dos princípios do contraditório e da ampla defesa.

c) Segundo o STJ , na hipótese em que o particular ocupa irregularmente área pública, não é cabível o pagamento de indenização por acessões ou benfeitorias, tampouco o direito de retenção, sob pena de ofensa aos princípios da indisponibilidade do patrimônio público e da supremacia do interesse público.

d) O contrato de gestão, instituto oriundo da reforma administrativa, recebeu tratamento diferenciado no ordenamento jurídico nacional, a exemplo da Lei de

Licitações e Contratos, que inseriu a celebração de contratos de prestação de serviços com as organizações sociais, qualificadas no âmbito das respectivas esferas de governo, para atividades contempladas no contrato de gestão como hipótese de inexigibilidade de licitação.

e) O auxílio que o poder público presta à organização social não pode abranger a destinação de recursos orçamentários e bens necessários ao cumprimento do contrato de gestão, ainda que mediante permissão de uso.

Comentários: Vamos analisar cada alternativa:

a) ERRADA. Nos termos da do art. 2° da Lei 9.790/1999, as instituições hospitalares não gratuitas (inciso VII) e as cooperativas (inciso X) não são

aptas para o recebimento da qualificação de organizações da sociedade civil de interesse público.

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b) ERRADA. Segundo a decisão proferida pelo STJ nos autos do MS 13958/DF “na sindicância instaurada com caráter meramente investigatório ou preparatório de um processo administrativo disciplinar é dispensável a observância das garantias do c ontr aditório e da ampla defesa” .

c) CERTA, nos termos da decisão proferida pelo STJ nos autos do REsp 1183266/PR: “Não é cabível o pagamento de indenização por acessões ou benfeitorias, nem o reconh ecimento do d ireito de retenção, na hipót ese em que o particular ocupa irregularmente área pública, pois admitir que o particular  retenha imóvel público seria reconhecer, por via transversa, a posse privada do bem coletivo, o que não se harmoniza com os princípios da indisponibilidade do patrimônio público e da supremacia do interesse público”.

d) ERRADA. Nos termos do art. 24, XXIV da Lei 8.666/1993, a celebração de contratos com organizações sociais, qualificadas no âmbito das respectivas esferas de governo, para atividades contempladas no contrato de gestão constitui hipótese de licitação dispensável, e não de inexigibilidade.

e) ERRADA. Nos termos do art. 12 da Lei 9.637/1998, o auxílio que o poder  público presta à organização social pode sim  abranger a destinação de recursos orçamentários e bens necessários ao cumprimento do contrato de gestão, ainda que mediante permissão de uso, dispensada a licitação.

 Art. 12. Às organizações sociais poderão ser destinados recursos orçamentários e bens públicos necessários ao cumprimento do contrato de gestão.

(...)

§ 3o Os bens de que trata este artigo serão destinados às organizações sociais, dispensada licitação, mediante permissão de uso, consoante cláusula expressa do contrato de gestão.

Gabarito: alternativa “ c”

34. (Cespe - TRF5 2013) Assinale a opção correta, considerando a execução de serviços públicos por OS s e OS CI Ps, em regime de parceria com o poder público. a) Denomina-se contrato de gestão o instrumento passível de ser firmado entre o poder público e as OSCI Ps destinado à formação de vínculo de cooperação para o fomento e a execução de atividades de interesse público.

b) As empresas que tenham interesse em obter o qualificativo de OSs devem estar em funcionamento a pelo menos dois anos e dedicar-se a uma das seguintes atividades: ensino, pesquisa científica, desenvolvimento tecnológico, proteção e preservação do meio ambiente, cultura e saúde.

c) Para se qualificarem como OSCI Ps, as pessoas jurídicas interessadas devem ser regidas por estatutos cujas normas disponham expressamente sobre a observância

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dos princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade, eficiência e universalização do serviço.

d) Uma OS pode qualificar-se como OSCI P, desde que não tenha fins lucrativos, ao passo que uma OS CI P não é passível de qualificação como OS.

e) Para serem consideradas OS s ou OS CI Ps, as instituições não devem ter fins lucrativos, ou seja, não podem distribuir entre os seus sócios, conselheiros, diretores, empregados ou doadores, eventuais excedentes operacionais, dividendos, bonificações, participações ou parcelas do seu patrimônio, auferidos mediante o exercício de suas atividades, os quais devem ser aplicados integralmente na consecução de seu objeto social.

Comentários:

a) ERRADA. O instrumento firmado entre o Poder Público e as OSIPS é o termo de parcer ia, e não o contrato de gestão. Este últi mo é fi rmado com as OS.

b) ERRADA. Não há um prazo mínimo de funcionamento para que as entidades sem f ins lucrativos possam obter a qualifi cação de OS.

c) ERRADA. Nos termos do art. 4° da Lei 9.790/1999, para qualificarem-se como Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público, exige-se que as pessoas jurídicas interessadas sejam regidas por estatutos cujas normas expressamente disponham sobre a observância dos princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade, economicidade e da eficiência. Portanto, o estatuto não precisa tratar do princípio da universalização dos serviços, daí o erro. Ressalte-se, contudo, que o princípio da universalização dos serviços deve orientar a qualificação de OSCIPs, nos termos do art. 3° da aludida lei, mas não precisa ser observado no estatuto. Eis os dispositivos da

Lei:

 Art. 3o A qualificação instituída por esta Lei, observado em qualquer caso, oprincípio da universalização dos serviços, no respectivo âmbito de atuação das Organizações, somente será conferida às pessoas jurídicas de direito privado, sem fins lucrativos, cujos objetivos sociais tenham pelo menos uma das seguintes finalidades:

(...)

 Art. 4o Aten dido o disposto no art. 3o, exige-se ainda, para qualificarem-se como Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público, que as pessoas jurídicas interessadas sejam regidas por estatutos cujas normas expressamente disponham sobre:

I - a observância dos princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade, economicidade e da eficiência;

(...)

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d) ERRADA. Nos termos do art. 2°, inciso IX da Lei 9.709/1999, as

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