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A Companhia é controlada por um grupo empresarial cujas atividades se iniciaram em 1924, quando Leon Feffer deu início às suas atividades no negócio de papel através da revenda de papéis nacionais e importados utilizados para a fabricação de cartões de visita, blocos para anotações e papel de carta. Com a aquisição da primeira máquina de papel no final da década de 30, foi iniciada a produção própria de papel. Na década de 50, foi então constituída a Companhia Suzano de Papel e Celulose (“Companhia Suzano”), primeira produtora em nível mundial a utilizar a celulose de eucalipto em escala industrial e, em meados da década de 60, a primeira a produzir papel para imprimir e escrever utilizando 100% de celulose de eucalipto.

Em 08 de dezembro de 1987, a Companhia foi constituída sob a denominação de Bahia Sul Celulose S.A. (“Bahia Sul”),

joint venture entre a Vale S.A. (atual denominação da Companhia Vale do Rio Doce) e a Companhia Suzano. Em 15 de

abril de 1992, a CVM concedeu à Companhia o registro de companhia de capital aberto.

No início de 2001, a Companhia Suzano adquiriu todas as ações de emissão da Bahia Sul de titularidade da Vale S.A., aumentando, assim, a participação da Companhia Suzano no capital votante da Bahia Sul para 100,0% e no capital social total para 73,0%. Em setembro de 2001, a gestão da Bahia Sul foi unificada com a da Companhia Suzano, visando a obter sinergias para implantar uma sólida estratégia de crescimento no setor de papel e celulose.

Em setembro de 2002, a Companhia Suzano realizou uma oferta de permuta de ações preferenciais sem direito a voto de emissão da Bahia Sul por novas ações preferenciais sem direito a voto de sua emissão, com o objetivo de adquirir todas as ações preferenciais em circulação da Bahia Sul. Após a conclusão da oferta de permuta, a Companhia Suzano aumentou sua participação no capital social total da Bahia Sul para 93,9%.

Como consequência da aquisição do controle da Bahia Sul, a atividade principal de papel e celulose foi estrategicamente fortalecida. A partir deste momento, a Companhia Suzano ampliou seu conjunto de ativos integrados produzindo uma ampla gama de produtos de papel e celulose para os mercados doméstico e internacional. Também abriu caminho para reduções de custos substanciais e outras sinergias com a consolidação das operações originais da Companhia Suzano com as da Bahia Sul, conforme descrito abaixo, realizada em junho de 2004, concluindo, assim, uma etapa importante de seu processo de reestruturação organizacional.

Em junho de 2004, como parte do processo de reestruturação societária da Companhia Suzano e da Bahia Sul, foi aprovada a realização da incorporação da Companhia Suzano pela Bahia Sul, em Assembleias Gerais das duas empresas.

Em julho de 2004, visando estar em linha com melhores práticas de governança corporativa, a Companhia aderiu ao Nível 1 de Governança Corporativa da Bovespa, garantindo dessa forma a transparência nas operações e a qualidade da prestação de contas aos acionistas.

Com a incorporação ocorrida em 2004, a Companhia passou a adotar a denominação social Suzano Bahia Sul Papel e Celulose S.A. e, em 06 de julho de 2006, foi modificada a denominação social para a atual Suzano Papel e Celulose S.A.

Em março de 2005, foi concretizada a aquisição do controle acionário da Ripasa S.A. Celulose e Papel (“Ripasa”), de forma compartilhada com a Fibria, companhia do Grupo Votorantim. Durante o ano de 2006 foi finalizado o processo de aquisição da Ripasa, bem como o seu processo de reestruturação societária, com a total migração de seus acionistas para as bases acionárias da Companhia e da Fibria. Para maiores detalhes, sobre a incorporação da Ripasa e reestruturação societária a ela relacionada, bem como sobre o contrato de opção de compra e venda firmado com os antigos acionistas da Ripasa, veja o item 6.5 abaixo. Em 2007, o CADE aprovou a compra da Ripasa pela Companhia e pela Fibria.

Em 07 de fevereiro de 2007, o BNDESpar e a Suzano Holding S.A. realizaram uma oferta pública secundária de ações preferenciais de classe “A” de emissão da Companhia, perfazendo um montante total de R$ 543.696.011,00. A oferta compreendeu a venda de 23,6 milhões de ações de emissão da Companhia. Com esta operação, o free float da Companhia foi elevado para 42,3% e encerrou-se o Acordo de Acionistas entre Suzano Holding S.A. e BNDES, pois este passou a deter participação inferior a 5% do capital social da Companhia.

6.3 - Breve histórico

Em 30 de março de 2007, a Companhia adquiriu a participação de 50% que a Fibria detinha na unidade de Embu da Ripasa. A referida unidade foi incorporada ao capital social da Companhia em 31 de agosto de 2007.

Em 29 de agosto de 2008, foi aprovada pela Assembleia Geral Extraordinária a cisão total da Ripasa com versão de parte do seu patrimônio para a constituição da empresa Asapir Produção Florestal e Comércio Ltda. (“Asapir”) e o restante do acervo líquido vertido, em partes iguais, para a Companhia e para a Fibria, com o objetivo de dar início à operação do Conpacel, em 1º de setembro de 2008, modelo adotado para a administração da antiga unidade Americana, transformada em uma unidade de produção para a comercialização dos produtos de forma independente. Em 2009 a Companhia iniciou processo de revisão estratégica onde estudou as tendências globais, avaliou profundamente seus ativos, competências e oportunidades para o futuro. Como resultado deste estudo, a Companhia conseguiu traçar planos de crescimento ambiciosos e inovadores, com a conclusão e divulgação do “Plano Suzano 2024”, uma visão de longo prazo que vai até o ano 2024, quando o Grupo Suzano completará 100 anos.

Em linha com a nova estratégia de crescimento, em 19 de julho de 2010 a Companhia, através de sua subsidiária Suzano Trading Ltd., concluiu o processo de aquisição indireta da totalidade do capital social da Futuragene plc. A Futuragene plc. é uma empresa pioneira na pesquisa e desenvolvimento de biotecnologia, direcionada para os mercados de culturas florestais e biocombustíveis, entre outros. A Futuragene desenvolve tecnologias sustentáveis, com forte orientação ambiental para o atendimento das crescentes demandas por fibras, combustíveis, alimentos e melhor utilização de recursos naturais, como terra e recursos hídricos.

Em outra frente do Plano Suzano 2024, em 29 de julho de 2010 a Companhia anunciou investimento na produção de biomassa para energia, por meio da Suzano Energia Renovável. Além dos investimentos em celulose e biotecnologia já anunciados ao mercado, a Companhia decidiu investir na produção de pellets de madeira (wood pellets) para energia.

Pellets são partículas desidratadas e prensadas de madeira moída que, por concentrar maior valor energético por

tonelada, apresentam-se como a forma mais eficiente de transportar biomassa para energia para longas distâncias. Em 31 de janeiro de 2011 a Companhia efetivou a aquisição da participação detida pela Fibria nos ativos do Conpacel (que passou a denominar-se Unidade Limeira) que compreendem 50% de: (i) fábrica de papel e celulose; e (ii) terras próprias com área total aproximada de 76 mil hectares, e cerca de 71 mil hectares de plantio, sendo 53 mil hectares em áreas próprias e 18 mil hectares em áreas arrendadas. O preço de aquisição foi de R$ 1.450 milhões.

Em 28 de fevereiro de 2011, a Companhia efetivou a aquisição das operações de distribuição de papel KSR, detidas pela Fibria Celulose S.A., mediante o pagamento do preço total de total de R$ 50 milhões em 01/03/2011, valor esse a ser ajustado após apuração final do capital de giro.