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a) Necessidade de autorizações governamentais para o exercício das atividades e histórico de relação com a administração pública para obtenção de tais autorizações

A Companhia mantém relações de qualidade com a administração pública em todos os níveis – em âmbito nacional, estadual e nos municípios em que atua.

Como uma empresa de base florestal e produtora de papel e celulose, a Companhia segue as legislações e regulamentos referentes às suas atividades e linhas de negócio, relacionados a emissões atmosféricas, descarga de efluentes, resíduos sólidos, odores e reflorestamento. Exemplos de tais regulações e legislações são: o Código Florestal, a Lei da Mata Atlântica, CONAMA 357, Portaria 518 do Ministério da Saúde, Decreto nº. 4.887/2003 e a Lei de Biossegurança nº 11.105, entre outros.

Além disso, a Companhia está adequada à Política Nacional do Meio Ambiente, a qual determina o licenciamento ambiental prévio para atividades que utilizam recursos naturais. Dessa forma, realiza todos os trâmites legais e técnicos necessários para obtenção de licenças junto aos órgãos reguladores, tanto para a formação de suas bases florestais quanto para a implantação de suas unidades industriais. Vale ressaltar, que a Companhia possui as autorizações necessárias para a aquisição e utilização de produtos químicos controlados pela polícia federal ou outros órgãos. As unidades industriais da Companhia e as áreas de plantio possuem as autorizações e licenças exigidas pelos órgãos governamentais.

Considerando o ciclo de crescimento atual da Companhia, que prevê a construção de novas unidades industriais, a Companhia está seguindo as exigências previstas em lei para a obtenção de todas as licenças e autorizações junto aos órgãos governamentais, tanto no âmbito federal, como no estadual e no municipal, para o desenvolvimento destes novos empreendimentos.

b) Política ambiental do emissor e custos incorridos para o cumprimento da regulação ambiental e, se for o caso, de outras práticas ambientais, inclusive a adesão a padrões internacionais de proteção ambiental:

A política ambiental da Companhia estabelece o compromisso desta em relação à preservação do meio ambiente, por meio da redução do consumo dos recursos naturais e da mitigação dos impactos de suas atividades. Nesse sentido, foram investidos, no ano de 2010, R$ 22,5 milhões em melhorias ambientais nas unidades industriais, o que resultou em conquistas em várias frentes, especialmente relacionadas ao consumo de água e disposição de resíduos. Já na Unidade de Negócio Florestal, o investimento em projetos e ações ambientais no mesmo período somou R$ 3,5 milhões.

A política ambiental da Companhia tem como diretrizes:

(i) contribuir para o desenvolvimento econômico e social em harmonia com a preservação ambiental por meio de processos de gestão inovadores e pioneiros, mantendo-se como referência de empresa ambientalmente responsável; (ii) assumir atitude de prevenção da poluição desde a pesquisa e cobrindo o projeto, a instalação, a operação, a comercialização e o uso de seus produtos;

(iii) desenvolver e estimular ações de educação ambiental por meio de uma abordagem sistêmica e participativa, que promova uma atitude consciente e responsável entre seus colaboradores, parceiros e comunidade;

(iv) empreender ações, buscando a sustentabilidade dos recursos hídricos, da atmosfera, do solo e da biodiversidade nas áreas sob influência da Companhia; e

(v) compartilhar com os segmentos organizados da sociedade o uso e o desenvolvimento de programas de conservação e manejo sustentável dos recursos naturais.

As políticas e práticas da Companhia foram compiladas na construção do Plano Diretor de Sustentabilidade (“Plano”), conduzida no ano de 2010 em parceria com o Instituto Ecofuturo – Futuro para o Desenvolvimento Sustentável, para que a Companhia seja reconhecida como empresa referência no tema. O Plano demandou mudanças estruturais na Unidade de Negócio Florestal, o que incluiu a criação da Gerência Executiva de Sustentabilidade, das Gerências Socioambientais Regionais e da área de Inteligência em Sustentabilidade Corporativa. Essa plataforma busca consolidar os aprendizados, ampliar conhecimentos, aproveitar as experiências internas e externas bem-sucedidas,

7.5 - Efeitos relevantes da regulação estatal nas atividades

fortalecer o relacionamento com os públicos de interesse e incorporar as questões de sustentabilidade nas decisões estratégicas da Companhia.

Por entender sustentabilidade como a capacidade de permitir que os ciclos de crescimento se renovem – o que implica construir bases para uma expansão que integre operações competitivas, responsabilidade socioambiental e relacionamentos de qualidade –, a Companhia foi além do conceito tripple bottom line na construção do Plano. Mais do que contemplar as questões ambiental, social e econômica, ele inclui os aspectos inovação, governança e comunicação. Com base nessas seis dimensões, foram estabelecidos 38 princípios norteadores, a partir dos quais, em 2011, terá continuidade por meio das seguintes frentes: desdobramentos em ações e projetos, definição de metas e indicadores, revisão de procedimentos e políticas, disseminações interna e externa, e monitoramento.

Gestão ambiental e certificações

Todas as áreas produtivas da Companhia, com exceção das novas áreas no Maranhão e no Piauí, detêm a certificação ISO 14001, que estabelece as diretrizes básicas para o desenvolvimento de um sistema de gestão ambiental. Nossas unidades são auditadas pelo Bureau Veritas. A Companhia possui as certificações FSC (Forest Stewardship Council) e Cerflor (certificação do Programa Brasileiro de Certificação Florestal) na maior parte de suas áreas florestais.

Atuamos, portanto, sob o rígido cumprimento de leis e regulamentos ambientais. Água

Em relação ao consumo de água nas suas unidades fabris, a Companhia possui como desafio tornar-se referência até o ano de 2017. Assim, foram estabelecidas no Ciclo de Planejamento Estratégico metas de consumo diário – que foram rigorosamente atingidas em 2010 por todas as unidades industriais –, cujo acompanhamento é realizado diariamente em painel eletrônico à vista, e pela manutenção de Grupos de Trabalho direcionados especificamente ao tratamento do tema.

Em 2010, essas ações foram reforçadas por projetos de otimização do consumo, assim como pela utilização de ferramentas da metodologia Seis Sigma capazes de identificar problemas específicos e suas soluções. O destaque foi a iniciativa desenvolvida na Unidade Rio Verde, que envolveu o fechamento de circuito e resultou na reutilização, no processo de produção, de um terço do efluente que é encaminhado à Estação de Tratamento.

Resíduos

A companhia também enfrentou, em 2010, o desafio de reduzir e aprimorar a destinação dos resíduos, em linha com a diretriz interna de zerar os resíduos até 2012. Os esforços foram direcionados principalmente na comercialização e no reuso dos materiais, o que envolveu o fechamento de parcerias regionais, especialmente com pequenos produtores em Mucuri. A um custo simbólico, a Companhia fornece a esses produtores parte das cascas de eucalipto que, queimadas, têm alto poder calorífico. O restante do material é reaproveitado nas atividades da Companhia na correção do solo das áreas de plantio. O mesmo ocorre com a lama de cal, que é totalmente comercializada.

Além disso, a Companhia desenvolveu no ano de 2010 um projeto pioneiro, ainda em fase de licenciamento ambiental e análise técnica por parte da Central de Resíduos do Estado de São Paulo, para a destinação de todos os resíduos das unidades Suzano e Rio Verde a empresas que os transformarão em insumos agrícolas. O objetivo é valorizar o material por meio da formação de blends – experiência que já foi testada em conjunto pelas áreas industrial e florestal e se mostrou bem-sucedida. Após o beneficiamento, o insumo agrícola produzido a partir dos resíduos retorna à Companhia e é utilizado em nossas plantações de eucalipto do Estado de São Paulo, o que significa o fechamento de um ciclo que visa não apenas o fim da disposição em aterros, mas também a garantia da eficácia do reuso.

Biodiversidade

A Companhia destina cerca de 40% de suas áreas à conservação, o que representa 269 mil hectares distribuídos pelos Estados de São Paulo, Minas Gerais, Espírito Santo, Bahia, Maranhão, Tocantins e Piauí, considerando áreas de reserva legal, de preservação permanente e Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN), entre outras.

7.5 - Efeitos relevantes da regulação estatal nas atividades

Em 2010, a Companhia firmou parceria com a organização não governamental The Nature Conservancy - TNC, para a elaboração de Planos de Conservação da Biodiversidade que abrangerão os remanescentes florestais nos biomas Mata Atlântica, Cerrado e Caatinga. No âmbito do trabalho, será avaliada a conectividade dos remanescentes de vegetação nativa e sugeridas ações visando à formação de corredores, restauração e conservação das áreas.

Em sintonia com o objetivo de contribuir para a conservação da biodiversidade regional associada às propriedades da Companhia, foi implementado, em São Paulo, o Programa de Monitoramento Integrado de Fauna, a fim de obter um protocolo de procedimentos adequados à conservação de espécies em extinção.

Declarado pela ONU como o Ano Internacional da Biodiversidade, 2010 foi marcado por avanços como o acordo inédito para a proteção da diversidade das espécies e dos recursos genéticos do planeta, firmado na 10ª Conferência das Partes da Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB-COP10), ocorrida em Nagoya, no Japão. Nesse cenário, a Companhia participa da Câmara Técnica de Biodiversidade do Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS), que elaborou publicação contendo as principais práticas de empresas brasileiras, e a levou a Nagoya.

Além disso, em 2010 a Companhia assinou o manifesto do Movimento Empresarial pela Biodiversidade (MEB), que visa promover a mobilização dos empresários nacionais, com o apoio de organização da sociedade civil, para a construção de uma agenda positiva para a conservação e o uso sustentável da biodiversidade.

Mudanças Climáticas

A atuação da Companhia relacionada às mudanças climáticas resultou, em 2010, em três conquistas importantes: o Prêmio Época Mudanças Climáticas, promovido pela revista Época, o título de Empresa Modelo no ranking do Guia Exame de Sustentabilidade, e o Prêmio Destaque do Setor, na categoria Sustentabilidade, concedido pela Associação Brasileira Técnica de Celulose e Papel (ABTCP).

As ações que guiam a maioria dos projetos se concentram especialmente em duas frentes.

Uma delas é o Inventário Corporativo de Emissões de Gases do Efeito Estufa (GEE), realizado desde 2003 pela Companhia, que visa quantificar as emissões desde o preparo do solo para o plantio das árvores até a entrega dos produtos no porto ou depósito regional.

A outra frente é o levantamento da pegada de carbono de produtos, que teve início em 2009 de forma pioneira. A pegada de carbono tem escopo de cálculo maior do que o do Inventário de Emissões, calculando os Gases do Efeito Estufa emitidos no decorrer de todo o ciclo de vida de um produto, ou seja, desde a produção dos insumos industriais e florestais utilizados em seu processo de manufatura, até sua disposição final.

Em 2010, a Companhia apurou os primeiros resultados com as pegadas da celulose produzida na Unidade Mucuri – Suzano Pulp® – e dos papéis Paperfect® (Unidade Mucuri), Symetric® e Report® (Unidade Suzano). As ações demandaram investimentos de R$ 430 mil. Os resultados das pegadas de carbono realizadas foram calculados sob o ano-base 2009 e validados e certificados pela Carbon Trust, instituição britânica reconhecida mundialmente pela promoção de uma economia de baixo carbono, que concede o selo Carbon Reduction Label. O recebimento desse selo em razão da pegada de carbono da celulose Suzano Pulp® nos levou a ser a primeira empresa do setor no mundo a detê-lo. Esse trabalho terá continuidade em 2011 e será estendido a outros produtos.

Fruto da conduta responsável, a Companhia não recebeu, no exercício de 2010, multas ou sanções não monetárias relevantes referentes a não conformidade a leis e regulamentos ambientais aplicáveis ao seu setor de atuação.

O comprometimento com a legislação, assim como o desenvolvimento de projetos inovadores, ilustra bem a preocupação da Companhia com a questão ambiental. Mais do que uma estratégia, a preocupação com o meio ambiente significa um compromisso da Companhia com a sociedade, integrando a sustentabilidade na estratégia de seus negócios.

7.5 - Efeitos relevantes da regulação estatal nas atividades

c) Dependência de patentes, marcas, licenças, concessões, franquias, contratos de royalties relevantes para o desenvolvimento das atividades

As atividades da Companhia de pesquisa e desenvolvimento estão principalmente direcionadas ao incremento da produtividade da madeira de eucalipto e à otimização dos processos industriais, fazendo com que a produção seja mais eficiente e sejam desenvolvidos novos produtos por intermédio de: (i) melhoria no uso da fibra de eucalipto na produção de celulose, papel e papelcartão; (ii) desenvolvimento e implementação de tecnologia mais eficiente para o processo produtivo e para a reciclagem de sobras e aparas de papel; e (iii) condução de pesquisa ambiental.

Adicionalmente, a Companhia participa de projetos de pesquisa para o mapeamento do genoma do eucalipto, com vistas à possibilidade de futura utilização desta tecnologia, desenvolve pesquisas em biotecnologia em laboratórios para cultura de tecidos e mapeamento dos marcadores moleculares, e mantém relacionamento próximo com várias universidades e institutos particulares de pesquisa tanto no Brasil quanto no exterior.

A Companhia atua no mercado mundial, oferecendo celulose e uma completa gama de papéis e cartões, representadas por suas marcas registradas – ou em processo de registro – na América Latina, América do Norte, União Europa e Ásia. Mais especificamente no Brasil, a Companhia possui registros de diversas marcas junto ao INPI, incluindo, dentre as mais relevantes: Report®, Pólen®, Paperfect®, Alta Alvura®, Reciclato®, papelcartão Supremo®, TP White®, Super 6 Premium®, Couché Suzano®, Kroma® e SUZANO PULP.

Apesar das atividades de pesquisa e desenvolvimento que a Companhia desenvolve e dos investimentos feitos em suas marcas, ela não é dependente de quaisquer patentes, marcas, licenças, contratos de royalties ou industriais ou novos processos produtivos em específico que sejam de importância fundamental para seus negócios ou resultados.