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7.3 Informações sobre produtos e serviços relativos aos segmentos operacionais

a) Características do processo de produção Processo de Produção de Celulose e de Papel

O processo de produção de papel compreende três etapas: (i) a formação das florestas e seu corte; (ii) a produção da celulose; e (iii) a produção do papel. Em linha com a estratégia da Companhia de conduzir seus negócios de acordo com os mais altos padrões ambientais, a Companhia utiliza técnicas de plantio e colheita que sejam menos agressivas e que exijam menos ao meio ambiente, tais como cultivo mínimo e técnicas de preparo do solo, o que evita erosão e mantém o solo mais úmido e proporciona elevados níveis de eficiência e produtividade.

Formação de Florestas e seu Corte

A formação de florestas começa nos viveiros da Companhia, localizados nos Estados da Bahia, de São Paulo, do Maranhão e do Piauí, onde a Companhia utiliza as mais modernas técnicas disponíveis de clonagem, e em viveiros terceirizados que utilizam material genético desenvolvido pela Companhia. As mudas produzidas nos viveiros da Companhia são variedades de eucalipto de alta produtividade florestal e que melhor se adaptam ao clima e demais características das respectivas micro-regiões onde serão plantadas. A Companhia utiliza colheitadeiras mecânicas (harvesters) que cortam as árvores em altura próxima ao solo, descascam e cortam o tronco em toretes. Parte da casca, galhos e folhas permanecem na floresta. Os toretes são transportados para a beira dos talhões de plantio por equipamentos específicos (forwarder) e dali são transportados em caminhões para a fábrica.

Produção de Celulose

• O Processo Kraft de Cozimento

Os toretes recebidos nas fábricas de celulose são, se necessário, descascados e posteriormente picados em cavacos. Os cavacos são, então, transferidos por esteira transportadora aos digestores, onde passam por um processo de cozimento com adição de sulfato de sódio e soda cáustica. Este processo de cozimento, designado Processo Kraft, minimiza os danos às fibras da celulose, de forma a preservar sua uniformidade e resistência. Durante o cozimento, as fibras de celulose são separadas da lignina e resinas, quando então é obtida a celulose não branqueada. Numa fase de pré-branqueamento, a celulose é então lavada e submetida a um processo de deslignificação por oxigênio que, combinado com o Processo Kraft, remove aproximadamente 95% da lignina. A esta altura do processo, uma pequena parcela da fibra de celulose produzida é utilizada na produção de alguns tipos de papelcartão. A lignina e os produtos resultantes do Processo Kraft compõem o chamado “licor negro”, que é separado e enviado para evaporadores para elevar a concentração de sólidos e em seguida para uma caldeira de recuperação. Neste equipamento, o licor negro é utilizado como combustível para a produção de vapor e energia elétrica e, recupera-se, aproximadamente, 99% das substâncias químicas utilizadas no Processo Kraft.

• Branqueamento

A próxima etapa do processo de produção de celulose é o processo de branqueamento químico. Os atuais complexos branqueadores da Companhia consistem em uma série de torres de branqueamento de média densidade através das quais passa a celulose deslignificada. Cada torre de branqueamento contém uma mistura diferente de agentes branqueadores. A produção da celulose convencional é feita através de um processo que utiliza o cloro, dióxido de cloro e soda cáustica, ao passo que o processo de branqueamento “Elemental Chlorine Free”, ou ECF, não utiliza o cloro elementar. Ao final desta etapa a celulose branqueada é transferida para torres de armazenagem ainda em forma líquida. A partir deste ponto, ela pode ser destinada diretamente para as máquinas de papéis nas Unidades Mucuri, Limeira (antigo Conpacel) e Suzano, transferida para as Unidades de Embu e Rio Verde ou, ainda, no caso da celulose de mercado, para secadoras onde a celulose é então seca, moldada em folhas e cortada e, em seguida, embalada para o cliente.

Produção de Papel

A Companhia produz papel para imprimir e escrever woodfree não revestido em todas as suas unidades de produção, exceto na Unidade de Embu, produz papel para imprimir e escrever woodfree revestido nas Unidades de Suzano e

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Limeira (antigo Conpacel) e papelcartão nas Unidades de Suzano e Embu. A Companhia inicia a produção de papel encaminhando a celulose para refinadores, que aumentam o nível de resistência das fibras. Após o refino, a máquina de papel é alimentada com a solução de celulose, onde esta é misturada a outros materiais e aditivos de forma a fornecer as propriedades demandadas pelos consumidores finais. Estes aditivos incluem cola sintética, carbonato de cálcio precipitado (processo alcalino), alvejantes ópticos e outros. Durante o processo de produção de papel e papelcartão, a folha é formada, prensada e seca. Na etapa final do processo, rolos de papel de grande dimensão são convertidos em bobinas, papel formato fólio e papel cut-size. No caso do papel revestido, o papel passa por tratamentos adicionais, com aplicações de tinta de revestimento nas duas faces do papel, antes de ser cortado consoante as especificações do cliente ou do convertedor.

A Companhia monitora a produção por um sistema computadorizado que controla cada etapa do processo de produção. A programação e o controle da produção de papel são feitos com estreita coordenação entre as áreas de produção, vendas e marketing. Desta forma, a Companhia é capaz de planejar, otimizar e customizar a programação de produção, bem como de antecipar e responder com flexibilidade às variações sazonais e preferências dos consumidores.

Turnos da Produção de Papel e Celulose

As fábricas integradas de papel e celulose da Companhia, na Bahia e em São Paulo, operam em três turnos, durante 24 horas por dia, todos os dias do ano, com exceção das paradas programadas de manutenção. Na unidade Mucuri são realizadas duas paradas programadas no ano (uma para cada linha) para manutenção, com duração média de sete dias, geralmente em março e setembro. Nas fábricas de São Paulo realiza-se uma parada, geralmente no mês de maio. As datas das paradas são flexíveis e podem ser alteradas em função de fatores relacionados à produção, mercado e fornecedores. A Companhia mantém um estoque de determinadas peças sobressalentes consideradas críticas devido à sua função no processo de produção ou devido à dificuldade de encontrar substitutos. A Companhia também desenvolve um relacionamento estreito com seus fornecedores de forma a assegurar seu acesso a peças sobressalentes.

b) Características do processo de distribuição

A Companhia conta com equipes de vendas próprias nas unidades de negócio de celulose e papel com atuação nacional e internacional, responsáveis pela comercialização dos seus produtos diretamente aos usuários finais ou intermediários distribuidores.

Celulose

A Unidade de Negócio Celulose possui uma estratégia comercial clara, lastreada em 3 pilares: relacionamento, parceria de longo prazo e serviços diferenciados.

A partir da equipe brasileira (que atende o mercado da América Latina) e dos escritórios internacionais, localizados na Europa (Suíça), América do Norte (EUA) e Ásia (China), a empresa garante proximidade com seus clientes, oferecendo pacotes de soluções comerciais e técnicas em linha com suas necessidades. Para garantir serviços diferenciados, as gerências de assistência técnica do Brasil e de cada escritório internacional atuam intensivamente no apoio às necessidades dos clientes, com o objetivo de propor soluções técnicas inteligentes que incentivem o uso e a migração das demais fibras para a celulose de fibra de Eucalipto – Suzano Pulp.

Periodicamente, a Companhia realiza workshops técnicos no Brasil e em cada um dos continentes em que atua, para dividir com os escritórios e clientes as iniciativas em inovação, técnicas em desenvolvimento e alinhamento estratégico e mercadológico.

Papel

Aproximadamente 60% das vendas de papel da Companhia são feitas no Brasil. Para melhor atender este mercado, a Companhia o dividiu em 7 grandes segmentos. Como as necessidades destes segmentos são diferentes, a Suzano estruturou suas ações de marketing, comerciais e estratégicas de acordo com o mercado, com áreas focadas nos diferentes segmentos, são eles:

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- Embalagem: Principal destino das vendas de papelcartão, este segmento, como o próprio nome sugere, é responsável pela produção de embalagens para as indústrias farmacêutica, cosmética, tabaco, brinquedos, vestuário e calçados, alimentos e bebidas, e higiene e limpeza.

- Promocional: Este segmento, que comercializa principalmente papéis revestidos, produz, entre outros, encartes promocionais, catálogos, displays e cartazes.

- Editorial: Caracterizado pela produção de livros, revistas e jornais, consome todos os tipos de papéis produzidos pela Companhia: não-revestido, revestido e papelcartão.

- Cadernos: Atendendo o mercado doméstico e exportações, este segmento é responsável pela produção de cadernos e agendas e consome os papéis não-revestidos e papelcartão.

- Mailing: segmento em que predominantemente utiliza-se a linha de papéis não-revestidos para a produção de formulários, faturas e envelopes.

- Office: Este segmento, que abrange os sub-segmentos copistas, concorrências e corporativo, comercializa apenas papéis não-revestidos no formato cut-size (papel cortado), com predominância do formato A4.

- Varejo: Assim como o segmento Office, este segmento comercializa apenas papéis não-revestidos no formato cut-size (papel cortado), com predominância do formato A4, porém com foco de atuação em papelarias, auto-serviços e conveniência.

Para os cinco primeiros, a Companhia combina diferentes canais de venda: grandes volumes de papel são vendidos diretamente a gráficas e convertedores, e volumes menores são atendidos pelos chamados distribuidores gráficos. No Office e no Varejo, o atendimento é feito de maneira indireta, isto é, via distribuidores de papel.

A Companhia possui três distribuidoras próprias de produtos gráficos, sendo duas operações no Brasil - a SPP-Nemo e a KSR (maior distribuidora de produtos gráficos do país adquirida da Fibria Celulose S.A. em 28 de fevereiro de 2011) - e uma operação na Argentina, a Stenfar S.A.I.C. Importadora y Exportadora (“Stenfar”).

A SPP-Nemo, com escritório central localizado em São Paulo, conta com 160 funcionários e outros oito escritórios – Curitiba (PR), Fortaleza (CE), Goiânia (GO), Porto Alegre (RS), Ribeirão Preto (SP), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA) e Belo Horizonte (MG). A unidade de distribuição trabalha com aproximadamente 17 linhas de produtos, incluindo papéis e produtos gráficos, atendendo aos segmentos: gráfico, editorial, de consumo, convertedor e aos órgãos públicos.

A KSR foi fundada em 1974 pelo Grupo Papel Simão, conglomerado posteriormente incorporado à Fibria Celulose S.A.. As operações da KSR estão divididas em 19 escritórios, dos quais 10 se encontram em cidades em que até então não havia atuação da SPP-NEMO – Belém (PA), Brasília (DF), Campinas (SP), Campo Grande (MS), Cuiabá (MT), Londrina (PR), Manaus (AM), Recife (PE), Uberlândia (MG) e Vitória (ES) e sua rede inclui, ainda, 13 revendas autorizadas. A KSR conta com uma equipe de 253 colaboradores e 71 representantes comerciais. A unidade trabalha com uma linha de mais de 23 produtos, incluindo papéis e produtos gráficos, atendendo aos segmentos: gráfico, editorial, de consumo, convertedor e aos órgãos públicos.

A Stenfar é uma das maiores distribuidoras locais, com 52 anos de existência e contínuo crescimento no mercado argentino. A distribuidora possui 140 colaboradores e 3 filiais: Buenos Aires, Córdoba e Santa Fé. Esta operação atende aos segmentos: gráfico, editorial, de consumo, convertedor e aos órgãos públicos, trabalhando com papéis para imprimir e escrever, produtos gráficos e suprimentos de informática.

As operações conjuntas da KSR e da SPP-NEMO no Brasil, somadas às operações da Stenfar na Argentina, reforçam o compromisso da Companhia com o fortalecimento do seu canal de distribuição, ampliando a sua capilaridade e

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beneficiando diretamente os seus clientes, pela maior proximidade e agilidade no atendimento a clientes, além da oferta de portfólio mais completo de produtos e serviços.

Para facilitar o acesso e a distribuição dos produtos de papel aos clientes internacionais, a Companhia conta, ainda, com 3 escritórios comerciais no exterior: Suzano Pulp and Paper America, Inc. (Estados Unidos), Sun Paper and Board Limited (Inglaterra), e Suzano Pulp and Paper Europe S.A. (Suíça). A Companhia exporta seus produtos para mais de 80 países em cinco continentes, através da sua rede de distribuição nos Estados Unidos e na Europa e através de agentes de venda, representantes e distribuidores em diversas regiões. Além disso, a Companhia celebra contratos de longo prazo com armazéns especializados em produtos florestais, sendo dois nos Estados Unidos e oito na Europa. O acesso a tais armazéns possibilita à Companhia operar localmente nos Estados Unidos e na Europa, com um mínimo tempo de entrega. A presença local da Companhia também agrega valor em termos de serviços aos seus clientes norte-americanos e europeus.

c) Características dos mercados de atuação: (i) participação em cada um dos mercados; (ii) condições de competição nos mercados

Celulose

Nos últimos 10 anos, a demanda por celulose de eucalipto cresceu a uma taxa anual de 10,2%, enquanto a demanda de outros tipos de fibra curta e de fibra longa cresceu a uma taxa anual de 4,4% e 1,5%, respectivamente.

A demanda global do mercado de celulose branqueada em 2010 somou 41 milhões de toneladas, segundo dados do PPPC (Pulp and Paper Products Council, que abrange 80% da capacidade mundial de produção de celulose branqueada), sendo 47% de fibra curta, 50% de fibra longa e 3% de outros tipos de fibras (Unbleach Kraft Pulp - UKP e Sulfito). Do volume total de fibra curta, 74% são de fibra de eucalipto, segmento de mercado da Companhia.

Nos últimos 10 anos, segundo dados do PPPC, a oferta por celulose de eucalipto cresceu a uma taxa anual de 9,7%, enquanto a oferta de outros tipos de fibra curta e de fibra longa cresceu a uma taxa anual de -3,1% e 1,3% respectivamente. Em 2010, de acordo com a mesma consultoria, a produção mundial de celulose de mercado branqueada somou 40,3 milhões de toneladas, apresentando um aumento de 7,2% em relação a 2009, devido à retomada do mercado pós-crise.

Os estoques nos produtores de celulose registraram aumento de 3 dias, passando de 30 dias de produção em dezembro de 2009 para 33 dias em abril de 2011, reflexo da demanda atípica em 2009 e movimento de formação de estoques em virtude da queda de preços da celulose decorrente da crise financeira mundial. Segundo o PPPC, os atuais níveis de estoques nos produtores estão em linha com os níveis de equilíbrio históricos, em torno de 33 dias de produção.

O Brasil apresenta custos de produção entre os mais baixos do mundo. Para melhor compreensão deste movimento de racionalização da produção entre os produtores de alto custo, a Companhia apresenta abaixo o gráfico com o custo- caixa (CIF Europa) de celulose de mercado, que compreende os custos totais de produção com exclusão da depreciação e exaustão. Os valores foram expressos em Dólares por tonelada, com as moedas locais convertidas às taxas de câmbio médias do primeiro trimestre de 2011. Os dados foram apurados pela Hawkins Wright em abril de 2011 e demonstram que o custo de produção de celulose no Brasil, em US$ por tonelada, é o menor registrado dentre os países analisados, enquanto o leste do Canadá, um dos maiores produtores de celulose de mercado com uma capacidade instalada de aproximadamente 7,3 milhões de toneladas, possui custo médio de produção mais alto, de US$ 744 / tonelada de fibra longa.

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CUSTO CAIXA DE PRODUÇÃO (CIF – NORTE DA EUROPA)

Fonte: Hawkins Wright, abr/ 11 - Volumes não incluem capacidade de produção de celulose não branqueada e pasta mecânica.

Fibra Curta Fibra Longa

US$ / ton (CIF/ Norte Europa)

300 US$ 329 – 371 / ton US$ 454 - 625 / ton US$ 549 - 744 / ton 400 500 600 700 US$ 406 - 426 / ton C h ile Brasil E s ta d o s U n id o s P o rtu g a l/E s p a n h a In d o n é s ia Finlândia C h in a F ra n ç a /B é lg ic a Suécia Ja p ã o C o ré ia d o S u l C h ile R u s s ia E s ta d o s U n id o s F ra n ç a F In lâ n d ia S u é c ia Japão In te rio r d e B rit is h C o lu m b ia /A lb e rta C o s ta d e B rit is h C o lu m b ia L e s te d o C a n a d á

Em 2010 a Companhia alcançou volume de vendas de 1,6 milhão de toneladas de celulose, com receita líquida de R$ 2,0 bilhões, 25,4% superior ao registrado em 2009.

O volume de celulose exportado pela Companhia em 2010 representou 81,5% do total de vendas, já em 2009 a participação das vendas para o mercado externo foi de 85,3%. Ao longo de 2010, a Companhia exportou 1,3 milhão de toneladas, desaceleração de 13,8% em relação ao volume vendido no ano anterior, explicada pela demanda atípica registrada em 2009. O volume vendido no mercado interno cresceu 13,9% em 2010 na comparação com o ano de 2009. A Europa representou 38,7% das vendas da Companhia em 2010, seguida da Ásia com 33,1% - destaque para a China, que foi o principal destino das vendas da Companhia -, Brasil com 18,5%, América do Norte com 9,3% e América do Sul/Central com 0,4%.

Papel

O mercado mundial de papel e papelcartão cresceu a uma taxa média anual de aproximadamente 1,5% entre 2000 e 2010, atingindo 401,3 milhões de toneladas, segundo a consultoria especializada Pöyry. A demanda pelos grupos de produtos de papel cresceu de acordo com taxas distintas nas linhas em que a Companhia atua - papel para imprimir e escrever e papelcartão - crescimento de 1,5% e 2,9% ao ano, respectivamente, neste mesmo período.

Diferentes fatores influenciaram o crescimento da demanda mundial por papéis, tais como: (i) crescimento do PIB; (ii) crescimento populacional; e (iii) elevação do consumo per capita. Já nas regiões e países considerados “maduros”, como Japão, Oeste Europeu e América do Norte, o crescimento no consumo de papel e papelcartão já vem ocorrendo em um ritmo mais lento, devido a: (i) queda nas taxas de crescimento da população; (ii) avanço nas formas e facilitação de acesso às mídias eletrônicas e TV a cabo; e (iii) redução de gramaturas dos papéis.

Entre 2000 e 2010, a demanda brasileira por papéis de imprimir e escrever e por papelcartão cresceu, em média, 3,4% e 2,7% ao ano, respectivamente.

A participação de mercado da Companhia varia de região para região. No Brasil, onde sua presença é mais significativa e a Companhia é líder de mercado, seu market share foi de 26,6%, 24,6% e 24,4% nos papéis de imprimir e escrever e 29,1%, 26,4% e 26,2% no papelcartão, em 2008, 2009 e 2010, respectivamente.

No mercado doméstico, a Companhia enfrenta concorrência com produtos importados, sobretudo nos papéis para imprimir e escrever revestidos. Diferentemente do que ocorre nos papéis para imprimir e escrever não revestidos e no

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papelcartão, em que o Brasil é exportador, a produção local de revestidos é insuficiente para atender a demanda. Adicionalmente, a apreciação do Real nos últimos anos reforçou a entrada de papéis para imprimir e escrever revestidos importados, os quais em determinados meses chegam a alcançar participação de cerca de 55% das vendas domésticas do segmento.

A Companhia exporta cerca de 40% de sua produção total de papel, entretanto, a sua participação no mercado internacional não é expressiva.

No exterior, os maiores volumes de papel da Companhia são vendidos para países da América Latina. As vendas para esta região representaram, respectivamente, 40,7%, 27,3% e 40,3%, do total de exportações de papel em 2008, 2009 e 2010. O segundo principal destino é a Europa, cujas vendas representaram 22,9 %, 25,2% e 23,0% do total de exportações de papel em 2008, 2009 e 2010, seguido da América do Norte, cujas exportações representaram 21,2%, 24,1% e 27,4% nestes mesmos anos.

Os preços de papel tendem a ser bastante menos voláteis que os preços da celulose. No entanto, sendo a celulose um insumo relevante em termos de custos na produção de papel, aumentos no preço desse insumo tendem a influenciar os preços mundiais de papel. Em 2010, o preço médio da celulose de eucalipto comercializada pela Companhia foi de R$ 1.256,1 / tonelada, 39,0% acima do praticado em 2009, enquanto o preço líquido médio do papel foi de R$ 2.158,4 / tonelada, 2,7% acima do preço líquido médio de 2009.

Nos últimos dez anos, o spread médio do preço líquido de papel praticado pela Companhia na Europa (papel não revestido – bobina) sobre o preço líquido médio da celulose foi de US$ 235 / tonelada.

d) Eventual sazonalidade

Os produtos florestais, como celulose e papel, são tipicamente cíclicos. Oscilações nos estoques são freqüentemente importantes na determinação dos preços. Ademais, a demanda por papel depende muito das condições econômicas gerais e, tendo em vista que a capacidade de produção se ajusta lentamente às mudanças na demanda, estas também contribuem para a natureza cíclica da indústria. Especificamente no Brasil, a demanda por papéis apresenta-se mais aquecida no segundo semestre de cada ano, principalmente, em função de fatores como programas governamentais, a exemplo do Programa Nacional do Livro Didático (PNLD), e a produção de livros e cadernos para a volta às aulas. Mudanças na capacidade de produção também podem influenciar os preços.

e) Principais insumos e matérias primas, informando:

(i) descrição das relações mantidas com fornecedores, inclusive se estão sujeitas a controle ou regulação governamental, com indicação dos órgãos e da respectiva legislação aplicável;

(ii) eventual dependência de poucos fornecedores; e (iii) eventual volatilidade em seus preços.

Fornecedores e Relacionamento

Em 2010, a Companhia tinha cerca de 3.651 fornecedores ativos, aos quais a Companhia procura permanentemente disseminar seus valores e práticas direcionados à gestão sustentável dos negócios.

A Companhia mantém com os fornecedores um relacionamento transparente e pautado pela valorização. Para selecioná-los, analisa-se a qualidade do produto e/ou serviço, a disponibilidade e as condições comerciais. Ademais, seguem-se critérios rigorosos na fase de qualificação, em que são checadas questões socioambientais, de saúde e segurança ocupacional e econômico-financeiras, assim como a adequação à legislação e a conformidade com as licenças ambientais. Caso o insumo demandando pela Companhia tenha grande impacto no produto final, seu fornecedor passa ainda por testes industriais. As relações da Companhia com os seus fornecedores não estão diretamente sujeitas a nenhum controle ou regulamentação governamental.

Para fortalecer o relacionamento, incluir os parceiros no dia a dia da Companhia, estimular e valorizar a excelência de