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imprescindível, segundo o STF:

(...) As comissões mistas e a magnitude das funções das mesmas no processo de conversão de medidas provisórias decorrem da necessidade, imposta pela Constituição, de assegurar uma reflexão mais detida sobre o ato normativo primário emanado pelo Executivo, evitando que a apreciação pelo Plenário seja feita de maneira inopinada, percebendo-se, assim, que o parecer desse Colegiado representa, em vez de formalidade desimportante, uma garantia de que o Legislativo fiscalize o exercício atípico da função legiferante pelo Executivo. [ADI 4.029, rel. min. Luiz Fux, j. 8-3-2012, P, DJE de 27-6-2012.]

Gabarito: Errado/Errado/Errado [FCC - 2020 - AL-AP - Analista Legislativo - Técnico Legislativo] Segundo a Constituição Federal de 1988, constitui uma inovação primária na ordem jurídica promovida pelo chefe do Executivo ad referendum do Parlamento:

(A) Decreto do Presidente da República.

(B) Medida Provisória.

(C) Proposta de lei complementar de iniciativa privativa do chefe do Executivo.

(D) Decreto-lei.

(E) Lei delegada.

Comentário:

O ato normativo primário editado pelo chefe do Executivo a ser referendado pelo Parlamento é a medida provisória (artigos 59 e 62, ambos da CF/88). Nesse sentido, a letra ‘b’ é a nossa resposta.

Gabarito: B

Ainda quanto aos pressupostos, importante deixar assente que o STF estabilizou o entendimento53 de que é viável o controle jurisdicional dos mesmos. Todavia, de modo absolutamente excepcional. Isso porque o controle da obediência aos dois pressupostos, que configuram conceitos revestidos de altíssima subjetividade, é feito primeiro pelo próprio Presidente da República, de maneira discricionária. Depois, pelas Casas Legislativas, conforme art. 62, § 5º, CF/88, que emitirão juízo prévio sobre o atendimento (ou não) dos dois requisitos. A interferência jurisdicional, portanto, ficará limitada àquelas circunstâncias em que tenha havido flagrante abuso de poder ou evidente inocorrência dos pressupostos. Nos termos utilizados pela Corte:

Os pressupostos da urgência e da relevância, embora conceitos jurídicos relativamente indeterminados e fluidos, mesmo expondo-se, inicialmente, à avaliação discricionária do Presidente da República, estão sujeitos, ainda que excepcionalmente, ao controle do Poder Judiciário, porque compõem a própria estrutura constitucional que disciplina as medidas provisórias, qualificando-se como requisitos legitimadores e juridicamente condicionantes do exercício, pelo chefe do Poder Executivo, da competência normativa primária que lhe foi outorgada, extraordinariamente, pela CR. (...) A possibilidade de controle jurisdicional, mesmo sendo excepcional, apoia-se na necessidade de impedir que o Presidente da República, ao editar medidas provisórias, incida em excesso de poder ou em situação de manifesto abuso institucional, pois o sistema de limitação de poderes não permite que práticas governamentais abusivas venham a prevalecer sobre os postulados constitucionais que informam a concepção democrática de Poder e de Estado, especialmente naquelas hipóteses em que se registrar o exercício anômalo e arbitrário das funções estatais.54

Questões para fixar

[CS-UFG - 2012 - TJ-GO - Escrevente Judiciário] A Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 destaca que o Presidente da República poderá adotar medidas provisórias em caso de:

A) ameaça grave à ordem pública.

B) calamidade pública e desordem pública.

53. Conforme decidido pelo STF na ADI 2.527-MC, Min. Rel. Ellen Gracie.

54. ADI 2.213-MC, Rel. Min. Celso de Mello, noticiada no Informativo 240, STF.

C) relevância e urgência.

D) violação de direitos humanos.

Comentário:

Vamos assinalar a alternativa ‘c’, que corresponde à redação do art. 62, CF/88. Vejamos: “Em caso de relevância e urgência, o Presidente da República poderá adotar medidas provisórias, com força de lei, devendo submetê-las de imediato ao Congresso Nacional”.

Gabarito: C [CESPE - 2014 - Câmara dos Deputados - Analista Legislativo - Consultor Legislativo Área IX] Julgue o item seguinte, referente ao processo legislativo e ao controle preventivo de constitucionalidade:

Se o presidente da República editar determinada medida provisória, os requisitos constitucionais de relevância e urgência apenas em caráter excepcional submeter-se-ão ao crivo do Poder Judiciário, por força do princípio da separação dos poderes.

[IBADE - 2017 - SEJUDH - MT - Advogado - Adaptada] Acerca do processo legislativo, julgue a assertiva:

O Poder Judiciário não pode controlar os requisitos formais da medida provisória, mesmo em caso de abuso manifesto, sob pena de invadir o caráter discricionário da avaliação política do ato normativo.

Comentário:

A primeira assertiva está correta e a segunda é falsa. Afinal, sabemos que os pressupostos legitimadores da edição de MP só excepcionalmente poderão ser controlados pelo Poder Judiciário. Nesse sentido, somente em caso de abuso manifesto, ou de evidente inocorrência dos pressupostos é que nossa Suprema Corte somente admite o exame jurisdicional do mérito dos requisitos de relevância e urgência na edição de medida provisória. Vê-se, pois, que tal controle só é possível em casos excepcionalíssimos. São didáticas as palavras do STF:

“IV – A verificação pelo Judiciário dos requisitos de relevância e urgência para a adoção de medida provisória só é possível em caráter excepcional, quando estiver patente o excesso de discricionariedade por parte do Chefe do Poder Executivo. V – Agravo regimental a que se nega provimento” (RE 550652 AgR, Relator(a):

Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Segunda Turma, julgado em 17/12/2013, ACÓRDÃO ELETRÔNICO DJe-029 DIVULG 11-02-2014 PUBLIC 12-02-2014).

Gabarito: Certo/Errado [CESPE - 2016 - TCE-PA - Conhecimentos Básicos- Cargos 4, 5 e de 8 a 17] Considerando as disposições constitucionais sobre o Poder Legislativo e o processo legislativo, julgue o item a seguir:

As medidas provisórias vigoram pelo prazo improrrogável de sessenta dias e devem ser votadas em sessão conjunta da Câmara dos Deputados e do Senado Federal.

[CEPERJ - 2010 - Rioprevidência - Assistente Previdenciário] A inércia do Poder Legislativo em analisar a medida provisória no prazo de 60 (sessenta) dias, a contar de sua publicação, acarreta:

A) a perda definitiva de sua eficácia

B) a sua aprovação imediata por decurso de prazo

C) a sua rejeição tácita, sem possibilidade de prorrogação de sua vigência D) uma única prorrogação de sua vigência pelo prazo de 60 (sessenta) dias

E) a perda de sua eficácia por decurso de prazo, com possibilidade de reedição, na mesma sessão legislativa Comentário:

Como a própria terminologia sugere, as medidas provisórias são espécies normativas de caráter temporário.

Deste modo, conforme dispõem os §§ 3º e 7º do art. 62, caso a MP não seja convertida em lei no prazo de 60 dias, prorrogável uma única vez, por igual período, perderá sua eficácia desde a edição. Deste modo, a primeira assertiva é falsa e a alternativa ‘d’, na segunda questão, deverá ser assinalada.

Gabarito: Errado/D [FAUEL - 2015 - Câmara Municipal de Marialva - PR - Oficial Legislativo] A Medida Provisória é uma norma legislativa adotada pelo Presidente da República e, que pela sua definição, deve ser adotada somente em casos relevantes e de urgência. A Medida Provisória, conforme art. 62 da Constituição Federal de 1988, tem um tempo determinado para sua conversão em lei, que, caso não obedecido, promoverá a perda de sua eficácia. As medidas provisórias perderão eficácia, desde a edição, se não forem convertidas em lei no prazo de:

A) 60 dias, contados a partir de sua publicação, prorrogável uma vez por igual período.

B) 120 dias, contados a partir de sua publicação, prorrogável uma vez por igual período.

C) 30 dias, contados a partir de sua publicação, prorrogável uma vez por igual período.

D) 45 dias, contados a partir de sua publicação, prorrogável uma vez por igual período.

Comentário:

Por força do disposto no §3º do art. 62, será de 60 dias o prazo de conversão das medidas provisórias em lei, prazo este que poderá ser prorrogável por igual período, uma única vez. Sendo assim, a letra ‘a’ apresenta nossa alternativa correta!

Gabarito: A [VUNESP - 2017 - Câmara de Sumaré - SP - Procurador Jurídico - Adaptada] Com base nos caracteres gerais da Medida Provisória, julgue a assertiva:

Caso a medida provisória não seja deliberada no prazo de 120 dias, ocorrerá sua rejeição tácita e perderá sua eficácia desde a edição.

Comentário:

O prazo de eficácia da MP, como bem sabemos, é de 60 dias (art. 62, §3º da CF/88), prorrogável uma única vez, por igual período (art. 62, §7° da CF/88), o que nos dá um lapso temporal de produção de efeitos de 120 dias. Assim, podemos marcar este item como verdadeiro.

Gabarito: Certo [UESPI - 2014 - PC-PI - Delegado de Polícia - Adaptada] Em relação às medidas provisórias, julgue a assertiva:

Se a medida provisória não for apreciada em até trinta dias contados de sua publicação, entrará em regime

de urgência, subsequentemente, em cada uma das Casas do Congresso Nacional, ficando sobrestadas, até que se ultime a votação, todas as demais deliberações legislativas da Casa em que estiver tramitando.

Comentário:

Perceba como os prazos atinentes às medidas provisórias é tema recorrente nas questões de prova! Neste caso, estamos diante de um item, claramente, falso! O prazo para que a Medida Provisória entre em regime de urgência na Casa Legislativa em que estiver tramitando é de 45 dias (art. 62, §6º da CF/88).

Ainda sobre este prazo, precisamos sempre recordar a decisão tomada pelo STF no MS 27.931, acerca da interpretação correta da expressão “ficando sobrestadas, até que se ultime a votação, todas as demais deliberações legislativas da Casa em que estiver tramitando” constante da parte final do § 6° do art. 62.

Segundo a Corte, o regime de urgência previsto no referido dispositivo constitucional – que impõe o sobrestamento das deliberações legislativas das Casas do Congresso Nacional – refere-se apenas às matérias passíveis de regramento por medida provisória.

Vale a leitura da decisão do STF:

“O STF (...) denegou a ordem em mandado de segurança impetrado por parlamentares contra decisão do presidente da Câmara dos Deputados em questão de ordem. No ato coator, foi fixada a orientação de que a interpretação adequada do art. 62, § 6º, da CF implicaria o sobrestamento apenas dos projetos de lei ordinária, apesar de o dispositivo prever o sobrestamento de todas as deliberações legislativas da Casa em que estiver tramitando medida provisória não seja apreciada em 45 dias (...). O Colegiado entendeu que a interpretação emanada do presidente da Câmara dos Deputados reflete, com fidelidade, solução jurídica plenamente compatível com o modelo teórico da separação de poderes. Tal interpretação revela fórmula hermenêutica capaz de assegurar, por meio da preservação de adequada relação de equilíbrio entre instâncias governamentais (o Poder Executivo e o Poder Legislativo), a própria integridade da cláusula pertinente à divisão do poder. Nesse contexto, deu interpretação conforme ao § 6º do art. 62 da CF, na redação resultante da EC 32/2001, para, sem redução de texto, restringir-lhe a exegese. Assim, afastada qualquer outra possibilidade interpretativa, fixou-se entendimento de que o regime de urgência previsto no referido dispositivo constitucional – que impõe o sobrestamento das deliberações legislativas das Casas do Congresso Nacional – refere-se apenas às matérias passíveis de regramento por medida provisória. Excluem-se do bloqueio, em conExcluem-sequência, as propostas de emenda à Constituição e os projetos de lei complementar, de decreto legislativo, de resolução e, até mesmo, de lei ordinária, desde que veiculem temas pré-excluídos do âmbito de incidência das medidas provisórias (...)” [MS 27.931, rel. min. Celso de Mello, j. 29-6-2017, P, Informativo 870.].

Gabarito: Errado [IBADE - 2017 - IPERON - RO - Analista em Previdência - Assistente Social] Nos termos do art. 62 da Constituição da República Federativa do Brasil:

A medida provisória pode ser reeditada na mesma sessão legislativa, ainda que rejeitada ou destituída de eficácia pelo decurso do tempo.

[Quadrix - 2017 - SEDF - Professor - Direito] Julgue o próximo item com relação ao Direito Constitucional:

O princípio da irrepetibilidade é aplicável ao processo de edição de medidas provisórias, já que é vedada a reedição de medida provisória na mesma sessão legislativa em que tenha sido rejeitada ou perdido sua

eficácia por decurso de prazo.

Comentário:

Por força do §10 do art. 62 da CF/88, é constitucionalmente vedada a reedição, na mesma sessão legislativa, de medida provisória que tenha sido rejeitada ou que tenha perdido sua eficácia por decurso de prazo. Sendo assim, a primeira assertiva é falsa e a segunda verdadeira.

Gabarito: Errado/Certo [FCC - 2019 - DETRAN-SP - Oficial Estadual de Trânsito - Adaptada] De acordo com as normas do processo legislativo dispostas na Constituição Federal de 1988, julgue a assertiva:

Em caso de relevância e urgência, o Presidente da República poderá adotar decretos legislativos, com força de lei, devendo submetê-los de imediato ao Congresso Nacional.

Comentário:

Item falso. Consoante prevê o art. 62, em caso de relevância e urgência, o Presidente da República poderá adotar medidas provisórias, com força de lei, devendo submetê-las de imediato ao Congresso Nacional. A propósito, é o Congresso que edita decretos legislativos, não o Presidente.

Gabarito: Errado