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diversas proposições legislativas: propostas de emenda constitucional, projetos de lei complementar, projetos de resolução, projetos de decreto legislativo, bem como dos projetos de lei ordinária que tratem sobre temas enunciados no art. 62, § 1º, da CF/88 (que não podem ser regulados por MP) não serão atingidos pelo trancamento da pauta.

Por último, lembremos que ao processo especial de edição das medidas provisórias também é aplicado o princípio da irrepetibilidade (art. 62, § 10, CF/88), já que é vedada a reedição de medida provisória na mesma sessão legislativa em que tenha sido rejeitada (expressamente) ou perdido sua eficácia por decurso de prazo (rejeição tácita). Nota-se, pois, que a reedição de uma MP que tenha sido rejeitada só é possível em sessão legislativa posterior, nunca na mesma.

Resolução nº 1/2002-CN. Perceba que neste caso não haverá a deliberação executiva, isto é, o Presidente não será acionado para sancionar ou vetar a proposição. Isso porque podemos supor que ele concorda com o texto final dessa lei, afinal, foi ele mesmo que o editou e não tivemos nenhuma modificação no Congresso Nacional.

(ii) A conversão da MP em lei com alterações do texto ocorrerá se qualquer das Casas Legislativas apresentar emendas ao texto da medida provisória, promovendo modificações no mesmo – o que é perfeitamente possível, tendo em vista a faculdade que existe para o Parlamento em ampliar ou reduzir o conteúdo do ato normativo por meio de seu poder de emendar.

Neste caso, a medida provisória se tornará um projeto de lei de conversão, que seguirá o trâmite legislativo ordinário. O texto da medida, agora modificado por emendas parlamentares, será encaminhado para o Presidente da República, que terá quinze dias úteis para vetar ou sancionar o projeto de lei de conversão. Em havendo sanção presidencial ou, em caso de veto, se este for derrubado, a promulgação e a publicação da lei serão feitas pelo Presidente da República (tudo em conformidade com o que determina o art. 66 em seus parágrafos).

Ainda sobre a conversão da MP em lei com alterações de seu conteúdo, vale apresentar duas considerações:

(1) a regra constante do art. 62, § 12, CF/88, determina que se for aprovado o projeto de lei de conversão alterando o texto original da medida provisória, esta manter-se-á integralmente em vigor, até que seja sancionado ou vetado o projeto;

(2) quanto aos trechos da MP que sofreram alteração, ou seja, que ficaram distintos daquilo que previa o texto original, pode-se dizer que terão seus efeitos regulamentados por um decreto legislativo, pois a MP perderá, no ponto em que tiver sido alterada, sua eficácia desde a edição, conforme preceitua o art.

62, § 3º, CF/88.

(iii) A medida provisória também pode ser rejeitada. Expressamente quando qualquer das duas Casas do Congresso Nacional deixar de convertê-la em lei durante o prazo em que ela está produzindo seus efeitos. Tacitamente (ou em razão do decurso do prazo) quando seu prazo de eficácia (sessenta dias, prorrogável uma única vez por igual período) se esgota sem que o Legislativo a tenha convertido em lei ou rejeitado expressamente.

Em ambos os casos de rejeição, a MP perderá sua eficácia desde a edição (nos termos do art. 62, § 3º, CF/88), o que nos permite concluir que seus efeitos só são válidos se ela for convertida em lei. Não havendo referida conversão, os efeitos da MP são nulos ex tunc, devendo o Congresso Nacional editar um decreto legislativo, em até sessenta dias, para regular as relações jurídicas constituídas e decorrentes de

atos praticados durante a vigência da medida provisória.

Se referido decreto legislativo não for editado, prevê a Constituição (art. 62, § 11, CF/88) que essas relações jurídicas (constituídas e decorrentes de atos praticados durante a vigência da medida provisória) conservar-se-ão pela MP regidas. Ou seja, a MP rejeitada (expressa ou tacitamente) vai adquirir ultraeficácia e passará a reger, definitivamente, as relações jurídicas formadas e decorrentes de atos praticados durante o tempo em que ela vigorou. O intuito dessa norma (de constitucionalidade bastante duvidosa) é indiscutível: evitar o possível vácuo normativo decorrente da não feitura do decreto legislativo, impedindo assim que as relações jurídicas constituídas e decorrentes de atos praticados durante a vigência da medida provisória fiquem sem regulamentação.

No intuito de ilustrar a incidência do § 11 do art. 62, insta comentar uma interessante decisão que o STF proferiu, em março de 2018 (ADPF 216).

Entenda o caso: em agosto de 2006, foi editada a MP 320, tratando da movimentação e armazenamento de mercadorias importadas ou que serão despachadas para exportação. A medida reconhecia a regra de que as movimentações e a armazenagem de mercadorias importadas ou que serão despachadas para exportação são atividades que devem ser realizadas em um local sob a supervisão da Receita Federal62. Estabeleceu, entretanto, a possibilidade de isso ser também feito em um recinto de estabelecimento empresarial licenciado pela Receita Federal. A este local, o art. 1°, § 3°

da MP 320 deu o nome de “Centro Logístico e Industrial Aduaneiro” (CLIA).

Nos artigos 6º a 12, colocados sob a rubrica “Do Licenciamento e do Alfandegamento de CLIA”, a MP estabeleceu os requisitos a serem cumpridos pela eventual empresa interessada em requerer licença da Receita Federal para explorar uma CLIA. Durante o período em que a MP 320 esteve vigente, 43 empresas apresentaram requerimento à Receita Federal para a instalação de CLIA. Destes, o Fisco examinou e acatou 5 pedidos. Eis que em dezembro de 2016, sem que a Receita tivesse concluído o exame de todos os requerimentos (38 ficaram sem resposta), o Plenário do Senado Federal rejeitou a medida e determinou o seu arquivamento, ao argumento de que os pressupostos constitucionais (de relevância e urgência) que legitimariam o uso da MP não estavam presentes.

Com a rejeição determinada pela Casa Legislativa, a MP perdeu sua eficácia desde a edição.

Passou-se a aguardar que o Congresso Nacional editasse, em 60 dias, o decreto legislativo de que trata o art. 62, § 3°, para disciplinar as relações jurídicas constituídas e decorrentes de atos praticados durante

62. O art. 1° da MP 320 dizia: “A movimentação e a armazenagem de mercadorias importadas ou despachadas para exportação e a prestação de serviços conexos serão feitas sob controle aduaneiro, em locais e recintos alfandegado”.

a vigência da medida provisória.

Como o Congresso não editou o decreto legislativo, a Receita Federal simplesmente declarou que os 38 requerimentos que tinham sido feitos (mas não avaliados) estariam prejudicados e, por isso, sequer seriam avaliados. No entanto, as empresas que apresentaram os requerimentos que não foram apreciados, ingressaram com ações no Poder Judiciário, exigindo que os pedidos protocolados ainda na vigência da MP fossem analisados. O art. 62, § 11 foi utilizado como tese central: ora, se o Congresso Nacional não elaborou o decreto legislativo, as situações ocorridas durante a vigência da MP, dentre as quais se enquadram os requerimentos apresentados e pendentes de apreciação, seguem sendo regidos pela referida MP mesmo que ela tenha sido rejeitada.

O fato é que algumas dessas empresas obtiveram na Justiça o direito ao processamento dos pedidos de licenciamento do “Centro Logístico Industrial Aduaneiro” (CLIA), previsto na Medida Provisória, pela Receita Federal. Foi então que entidades do setor aduaneiro ajuizaram a ADPF 216, sob o fundamento de que tais decisões judiciais configuravam uma interpretação equivocada do art. 62, CF/8863.

O STF conheceu a ADPF e entendeu que as decisões judiciais (que permitiam o processamento dos pedidos de licenciamento dos centros aduaneiros) eram ofensivas ao art. 62, §11, CF/88 e aos princípios da separação de Poderes e da segurança jurídica.

Segundo a maioria dos integrantes da Corte, o mero protocolo do pedido não constitui uma

“relação jurídica constituída”. A Ministra Cármen Lúcia, relatora da ADPF, disse em seu voto: “Não havia relação jurídica constituída que tornasse possível a invocação do parágrafo 11 do artigo 62 da Constituição Federal para justificar a aplicação da MP rejeitada após o prazo de sua vigência”. Para ela, uma intepretação diferente postergaria indefinidamente a vigência e a produção de efeitos da medida provisória rejeitada pelo Congresso Nacional, “o que ofenderia não apenas o artigo 11 da Constituição Federal, mas o princípio da separação de poderes e o princípio da segurança jurídica”.

Questões para fixar

[MPE-GO - 2016 - MPE-GO - Promotor de Justiça Substituto] Em relação às medidas provisórias, aponte o item que corresponde à jurisprudência dominante do Supremo Tribunal Federal:

A) Em processo legislativo de conversão de medida provisória em lei, não é possível a apresentação de

63. Lembre-se, caro aluno, que a ADPF é cabível diante de controvérsia jurídica relevante e interpretações judiciais que ferem princípios constitucionais fundamentais. Vale dizer, a ADPF pode ser manejada para questionar perante o STF a interpretação que está sendo feita por juízes e Tribunais a respeito de determinado dispositivo constitucional, ao argumento de que tal interpretação é equivocada e afronta algum preceito fundamental.

emenda parlamentar sem pertinência lógico-temática com o objeto da mesma medida provisória. Sendo esta última espécie normativa de competência exclusiva do Presidente da República, não é permitido ao Poder Legislativo tratar de temas diversos daqueles fixados como relevantes e urgentes, sob pena de enfraquecimento de sua legitimidade democrática.

B) Por se tratar a medida provisória de espécie normativa marcada pela excepcionalidade, e, por isso mesmo, submetida a amplo controle do Legislativo, é compatível com a Constituição a realização de emenda parlamentar sem relação de pertinência temática com a medida provisória submetida ao crivo da casa legislativa.

C) O Supremo Tribunal Federal assentou a necessidade de as emendas parlamentares guardarem pertinência temática com a medida provisória sob análise da casa legislativa, mas apenas quando a matéria versada for uma daquelas que, em tese, reclamariam iniciativa exclusiva do Presidente da República no processo legislativo ordinário.

D) Segundo o Supremo Tribunal Federal, não há possibilidade de emenda parlamentar no processo legislativo de conversão de medida provisória em lei, sob pena de se consagrar o chamado “oportunismo legislativo”. Do contrário, o Parlamento, aproveitando o ensejo criado pela medida provisória, introduziria e aprovaria matérias por meio de um processo legislativo de natureza peculiar e de tramitação mais célere.

Comentário:

Meu caro aluno, sabemos que as emendas parlamentares podem ser apresentadas em sede de MP, desde que haja pertinência temática entre o assunto tratado pela medida provisória e a emenda parlamentar.

Segundo o STF, “é evidente que é possível emenda parlamentar ao projeto de conversão, desde que se observe a devida pertinência lógico-temática”.

Vamos marcar a letra ‘a’ como nossa resposta e, na sequência, sugiro a leitura da decisão do STF da qual foi extraída o trecho acima citado:

“Se a medida provisória é espécie normativa de competência exclusiva do presidente da República e excepcional, pois sujeita às exigências de relevância e urgência – critérios esses de juízo político prévio do presidente da República –, não é possível tratar de temas diversos daqueles fixados como relevantes e urgentes. Uma vez estabelecido o tema relevante e urgente, toda e qualquer emenda parlamentar em projeto de conversão de medida provisória em lei se limita e circunscreve ao tema definido como urgente e relevante. Vale dizer, é evidente que é possível emenda parlamentar ao projeto de conversão, desde que se observe a devida pertinência lógico-temática” [ADI 5.127, voto do rel. p/ o ac. min. Edson Fachin, j. 15-10-2015, P, DJE de 11-5-2016].

Gabarito: A [FCC - 2015 - TJ-SC - Juiz Substituto] A medida provisória que, no processo de conversão em lei, for aprovada pelo Congresso Nacional sem alterações:

A) manter-se-á integralmente em vigor até que seja sancionada ou vetada.

B) enseja vedação a que nova medida provisória seja editada sobre a mesma matéria por ela disciplinada enquanto estiver pendente de sanção ou veto do Presidente da República.

C) é passível de ser promulgada diretamente pelo Presidente do Senado Federal, caso o Presidente da

República não o faça no prazo de quarenta e oito horas após a sanção ou a rejeição do veto.

D) não cabe ser submetida à sanção ou veto do Presidente da República, diferentemente do que ocorre com os projetos de lei de iniciativa do Presidente da República aprovados, sem modificações, pelo Congresso Nacional.

E) cabe ser alterada pelo Presidente da República mediante mensagem aditiva, ensejando seu reexame pelo Congresso Nacional.

Comentário:

Nessa questão deveremos marcar como correta a letra ‘d’, uma vez que, de fato, não há que se falar em deliberação executiva (sanção ou veto do Presidente da República) em se tratando de medidas provisórias que tenham sido aprovadas sem qualquer modificação substancial, conforme nos indica o art. 12 da Resolução nº 1/2002 do Congresso Nacional. O mesmo não se passa com os projetos de lei de iniciativa do Chefe do Executivo: ainda que o texto seja integralmente aprovado, sem qualquer modificação digna de destaque, teremos o ato da deliberação executiva para fechar a fase constitutiva, por expressa determinação constitucional.

Gabarito: D [VUNESP - 2016 - Prefeitura de Alumínio - SP - Procurador Jurídico] É permitida a edição de medida provisória sobre matéria:

A) relativa a abertura de crédito extraordinário para atendimento a despesas imprevisíveis e urgentes.

B) relativa a direito processual civil.

C) reservada a lei complementar

D) já disciplinada em projeto de lei aprovado pelo Congresso Nacional e pendente de sanção ou veto do Presidente da República.

E) relativa a partidos políticos.

Comentário:

Com exceção da alternativa apresentada pela letra ‘a’, todas as demais trazem vedações materiais constitucionalmente previstas para a edição de medida provisória (consoante prevê o art. 62, §1º, I, ‘a’ e incisos III e IV.

Gabarito: A [FCC - 2016 - TRF - 3ª REGIÃO - Técnico Judiciário - Informática] A medida provisória pode dispor acerca de matéria de:

A) natureza processual.

B) organização do Poder Judiciário.

C) detenção de poupança popular.

D) estruturação de partidos políticos.

E) majoração de tributos.

Comentário:

Sim, é possível que MP trate de matéria tributária, inclusive para determinar a majoração de tributos, conforme prevê o art. 62, § 2°, CF/88. Todas as demais alternativas trazem vedações materiais expressas à edição de MP, descritas no art. 62, § 1°, CF/88.

Gabarito: E [CESPE - 2017 - SERES-PE - Agente de Segurança Penitenciária] É permitida a edição de medida provisória que verse sobre:

A) retenção de bens de poupança ou de ativo financeiro.

B) organização do Poder Judiciário e do Ministério Público.

C) direitos políticos e partidos políticos.

D) instituição e majoração de impostos.

E) nacionalidade, cidadania e direito eleitoral.

Comentário:

A instituição e majoração de tributos não é matéria cuja regulamentação via medida provisória seja vedada pelo art. 62 do texto constitucional. Sendo assim, a letras ‘d’ deverá ser marcada.

Gabarito: D [CESPE - 2018 - TCE-MG - Conhecimentos Gerais e Específicos - Cargos: 1, 2, 4, 5 e 7] A Constituição Federal de 1988 veda expressamente a edição de medida provisória que:

A) verse sobre a seguridade social.

B) trate das diretrizes e bases da educação nacional.

C) regulamente a concessão de serviços locais de gás canalizado.

D) implique a instituição ou majoração de impostos.

E) regulamente o regime de portos e a navegação lacustre, fluvial, marítima, aérea e aeroespacial.

Comentário:

Nossa alternativa correta é a letra ‘c’! Tal vedação encontra-se expressa no art. 25, §2º da CF/88.

Gabarito: C [CESPE - 2016 - PC-GO - Agente de Polícia Substituto] Acerca do processo legislativo pertinente a medidas provisórias, julgue o próximo item:

Muito embora a medida provisória, a partir da sua publicação, não possa ser retirada pelo presidente da República da apreciação do Congresso Nacional, nada obsta que seja editada uma segunda medida provisória que ab-rogue a primeira para o fim de suspender-lhe a eficácia.

[TRF - 2ª Região - 2017 - TRF - 2ª REGIÃO - Juiz Federal Substituto - Adaptada] Julgue a assertiva:

As Medidas Provisórias possuem força de lei e eficácia imediata desde a sua publicação. Após editadas, o Presidente da República não pode meramente cancelá-las e, assim, retirá-las da apreciação do Poder

Legislativo, impedindo que este examine plena e integralmente seus efeitos, o que não impede que uma MP revogue outra ainda não convertida em lei.

Comentário:

Ambas assertivas são verdadeiras. Afinal, porque possui força de lei e eficácia imediata a partir de sua publicação, a medida provisória não pode ser "retirada" pelo Presidente da República à apreciação do Congresso Nacional. Mas, como qualquer outro ato legislativo, a medida provisória é passível de ab-rogação mediante diploma de igual ou superior hierarquia. Diz o STF: “(...) A revogação da medida provisória por outra apenas suspende a eficácia da norma ab-rogada, que voltará a vigorar pelo tempo que lhe reste para apreciação, caso caduque ou seja rejeitada a medida provisória ab-rogante. Consequentemente, o ato revocatório não subtrai ao Congresso Nacional o exame da matéria contida na medida provisória revogada”

[ADI 2.984 MC, rel. min. Ellen Gracie, j. 4-9-2003, P, DJ de 14-5-2004].

Gabarito: Certo/Certo [FCC - 2013 - DPE-SP - Oficial de Defensoria Pública] Nos termos da Constituição Federal brasileira, no que concerne às medidas provisórias, está INCORRETO o que consta em:

A) Prorrogar-se-á uma única vez por igual período a vigência de medida provisória que, no prazo de trinta dias, contado de sua publicação, não tiver a sua votação encerrada nas duas Casas do Congresso Nacional.

B) É vedada a edição de medidas provisórias sobre matéria já disciplinada em projeto de lei aprovado pelo Congresso Nacional e pendente de sanção ou veto do Presidente da República.

C) Se a medida provisória não for apreciada em até quarenta e cinco dias contados de sua publicação, entrará em regime de urgência, subsequentemente, em cada uma das Casas do Congresso Nacional, ficando sobrestadas, até que se ultime a votação, todas as demais deliberações legislativas da Casa em que estiver tramitando.

D) É vedada a reedição, na mesma sessão legislativa, de medida provisória que tenha sido rejeitada ou que tenha perdido sua eficácia por decurso de prazo.

E) Aprovado projeto de lei de conversão alterando o texto original da medida provisória, esta manter-se-á integralmente em vigor até que seja sancionado ou vetado o projeto.

Comentário:

Veja que a banca pede, de forma categórica, que a alternativa incorreta seja marcada. Sendo assim, é claro que deveremos assinalar a letra ‘a’! afinal, prorrogar-se-á uma única vez por igual período a vigência de medida provisória que, no prazo de sessenta dias, contado de sua publicação, não tiver a sua votação encerrada nas duas Casas do Congresso Nacional. (art. 62, 7º da CF/88).

Gabarito: A [FCC - 2015 - TRT - 6ª Região (PE) - Juiz do Trabalho Substituto] O processo de conversão em lei das medidas provisórias:

A) exige que o texto aprovado no âmbito do Poder Legislativo seja, em qualquer hipótese, promulgado pelo Presidente da República.

B) exige, como condição para a deliberação de cada uma das Casas do Congresso Nacional sobre o mérito

das medidas provisórias, que comissão mista de Deputados e Senadores, no exercício de competência privativa, promova juízo prévio sobre o atendimento de seus pressupostos constitucionais.

C) exige que, do texto aprovado, somente a parte alterada pelo Congresso Nacional seja submetida à sanção presidencial.

D) exige que o texto aprovado no âmbito do Poder Legislativo seja, em qualquer hipótese, promulgado pelo Presidente do Congresso Nacional.

E) dispensa o encaminhamento à sanção presidencial do texto aprovado, caso não tenha sofrido alterações no âmbito do Congresso Nacional.

Comentário:

Como sabemos, não há necessidade de encaminhar para à sanção presidencial o texto de medida provisória aprovado sem alterações pelo Congresso Nacional. Sendo assim, a nossa alternativa é a da letra ‘e’.

Gabarito: E [FUNCAB - 2014 - PC-RO - Delegado de Polícia Civil] Tendo em vista o tema “medida provisória", a alternativa correta é:

A) Medida provisória pode dispor sobre matéria reservada à lei complementar.

B) Medida provisória não pode instituir crime ou fixar pena.

C) Medida provisória pode disciplinar sobre matéria referente a processo penal.

D) As medidas provisórias terão sua votação iniciada no Senado Federal.

E) Não é possível a abertura de crédito extraordinário por meio de medida provisória.

Comentário:

Conforme disposto no art. 62 do texto constitucional, no que se refere às limitações materiais impostas ao Chefe do Executivo no momento de editar uma medida provisória, a alternativa que deveremos marcar é a apresentada pela letra ‘b’, uma vez que, de fato, é impossível a edição de medida provisória que verse sobre direito penal (art. 62, § 1°, I, ‘b’).

Gabarito: B [FUNDATEC - 2018 - AL-RS - Analista Legislativo - Administrador] No que diz respeito ao regime jurídico das medidas provisórias previsto na Constituição da República Federativa do Brasil, assinale a alternativa correta:

A) As medidas provisórias terão sua votação iniciada no Senado Federal.

B) Prorrogar-se-á uma única vez por igual período a vigência de medida provisória que, no prazo de cento e vinte dias, contado de sua edição, não tiver a sua votação encerrada nas duas Casas do Congresso Nacional.

C) É vedada a edição de medida provisória sobre matéria relativa a cidadania, direitos políticos e direito eleitoral, salvo partidos políticos.

D) É vedada a edição de medida provisória sobre matéria reservada à lei complementar.

E) É vedada a reedição, na mesma legislatura, de medida provisória que tenha sido rejeitada ou que tenha

perdido sua eficácia por decurso de prazo.

Comentário:

Aqui, nossa alternativa correta é a da letra ‘d’, pois, conforme disposto no art. 62, III da CF/88, é vedada a edição de MP sobre matéria reservada à lei complementar. Vejamos o porquê de as outras alternativas não merecerem ser marcadas:

- Letra ‘a’: a votação se inicia na Câmara dos Deputados (art. 62, §8º da CF/88);

- Letra ‘b’: o prazo é de 60 dias e não 120 (art. 62, §3º da CF/88)

- Letra ‘c’: ‘partidos políticos’ é tema que também apresenta-se como uma vedação material à edição de medidas provisórias (art. 62, § 1°, I, ‘a’ da CF/88)

- Letra ‘e’: será vedada a reedição na mesma sessão legislativa (art. 62, §10 da CF/88).

Gabarito: D [FCC - 2019 - DETRAN-SP - Oficial Estadual de Trânsito - Adaptada] De acordo com as normas do processo legislativo dispostas na Constituição Federal de 1988, julgue a assertiva:

Prorrogar-se-á, por tantas vezes quantas necessárias, a vigência de medida provisória que não tiver a sua votação encerrada nas duas Casas do Congresso Nacional no prazo de sessenta dias contados de sua edição.

Comentário:

A assertiva se torna falsa ao enunciar a inexistente possibilidade de prorrogações sucessivas de uma MP. Nos termos do art. 62, §§ 3° e 7°, a medida tem prazo de eficácia de 60 dias, somente podendo ser prorrogada uma única vez, por igual período.

Gabarito: Errado