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Características da placa-mãe

No documento ME - Arquitetura e Montagem de Computadores (páginas 60-63)

2.3 Placa-mãe

2.3.1 Características da placa-mãe

Um dos principais componentes do computador é, com certeza, a placa-mãe. Ela funciona como uma espécie de “plataforma”, tendo como característica prin- cipal a comunicação e a integração de todos os periféricos existentes no compu- tador, como HD, memória, placas de som, vídeo, processador, entre outros.

Seu sistema consiste basicamente em permitir conexões a todos os dispositi- vos que temos hoje, desde suas versões mais antigas − que contavam com mouse, teclado, processador, memória − até as atuais (e fantásticas) placas gráficas, pla- cas de som profissionais, placas de recepção de sinal de TV etc. Independente- mente se estamos falando de dispositivos tradicionais ou modernos, eles sempre são interligados a dia e controlados pela placa-mãe.

Porém, para que isso aconteça eficientemente, é necessário um dispositivo que controle as ações da placa, chamado chipset. O chipset da placa-mãe pode ser definido como um conjunto de chips, ou circuitos integrados, que realiza fun- ções de controle de hardware, como os barramentos (PCI, AGP e o antigo ISA), de acesso à memória, das interfaces (IDE e USB), dos sinais de interrupção IRQ e DMA, entre outras.

Assim como tudo no mundo da arquitetura de computadores, as placas-mãe evoluíram muito nas últimas décadas. Uma forma de perceber isso é ver a infinida- de de tipos de dispositivos que podem ser conectados por meio de uma simples conexão USB. A evolução desses sistemas, você acompanha no quadro a seguir.

MODELOS QUE MARCARAM ÉPOCA E MODELOS ATUAIS DE PLACA-MÃE

Quadro 3 − Modelos de placa-mãe

Modelo aT (anTigo) Modelo aTX (reCenTe)

Denis Pacher (2012)

Denis Pacher (2012)

Possuía componentes de conexão isa (barra-

mento de 8 ou 16 bits) para placas de vídeo, som

e rede adaptados para a época. Há conexão com processador e memória. Neste modelo o sistema operacional não conseguia através de software desligar o computador, ou seja, esse processo era manual. Um grande problema que existia nos modelos AT era a complexidade para ligar toda a estrutura de cabos, o que deixava o local aper- tado, e superaquecia os componentes. Esse pro- blema era causa comum de grandes perdas de dados. Neste modelo ainda não existia conexões

agP para placas gráficas, que chegaram logo nos

modelos subsequentes. Foi um passo importante para o desenvolvimento dos modelos atuais, ATX.

Este modelo, mais novo, já conta com novas tecnologias usadas nos PCs atuais, seu sistema de conexão com os periféricos já possui mais robustez e velocidade ao ponto de melhorar a performance da máquina. Neste caso, pelo fato de o sistema de conexão de energia ter um pino central a mais, o sistema operacional consegue fazer o desligamento via software. Também já estão presentes neste modelo conexões extras de som, vídeo, rede, mouse e teclado, entre outros. O modelo ATX, além de ser uma extensão do mo- delo AT, trouxe também resolução de problemas como a ventilação, com a adequação dos cabos e componentes de encaixe. Também surgiram aqui as conexões que usamos até os dias atuais, mini-DIN e conexões seriais para uma gama de dispositivos.

Modelo BTX Modelo lPX

Denis Pacher (2012)

FabriCO (2012)

Este modelo é uma extensão do ATX, criado pela Intel. A proposta do projeto era criar melhores condições para a circulação do ar dentro dos gabinetes, a fim de facilitar a manutenção de tem- peratura apropriada. Houve também modificação de algumas posições de slots e do processador. No entanto, o modelo não obteve muito sucesso, pois os novos padrões adotados não ofereceram subsídios suficientes para novos investidores. Outro problema foi a criação de conflitos com os modelos existentes de ATX. Uma característica explícita de conflito foi o fato de o gabinete do modelo BTX ter a posição de instalação da placa- -mãe no lado invertido. Esse e outros problemas contribuíram para que o padrão ATX continuasse no mercado.

A imagem acima demonstra claramente a ausên- cia de slots de conexão, a principal diferença do modelo NLX em relação aos outros tipos de placa. Este modelo foi usado em alguns tipos específicos de computadores da época, normalmente dentro de grandes empresas, porém sempre acompa- nhado de um componente adicional acoplado à placa-mãe para conexão dos slots adicionais. Mais tarde este modelo deu origem a outro, que foi usado em computadores mais finos. Em todos eles a característica mais diferenciada era o supor- te para os slots adicionais.

ALIMENTAÇÃO

FabriCO (2012)

Você já estudou que os modelos de placas são caracterizados pela tecnologia dos dispositivos anexados a elas, mas também podem ser categorizados pelo tipo de alimentação que a placa-mãe possui.

Chama-se fonte de alimentação o dispositivo responsável por fornecer ener- gia elétrica aos componentes de um computador. Eles convertem corrente alter- nada (AC) em corrente contínua (DC), apropriada para aparelhos eletrônicos.

Existem diferentes tipos de conexões de fonte para as placas em questão, onde a quantidade de pinos muda, podendo também variar de tamanho. Um bom exemplo está caracterizado nos modelos de 24 pinos, que são usados nas placas-mãe BTX. Já na aTX existem plugs com pinagem de 20 pinos (SILVA; DATA; PAULA, 2009). Na ilustração é possível conferir plug de padrão ATX, com 20 pinos.

Vários modelos modernos trazem um “apêndice” com quatro pinos de expan- são, para que possa ser adaptado aos dois modelos de placas existentes.

SAIBA

MAIS

A diferenciação sobre as pinagens das fontes de alimentação pode ser aprofundada e complementada por meio da leitura dos capítulos sobre placas-mãe do livro de SILVA et al.: “Ma- nutenção completa em computadores” (Santa Cruz do Rio Pardo: Viena, 2009).

No documento ME - Arquitetura e Montagem de Computadores (páginas 60-63)