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Tipos comuns de memória

No documento ME - Arquitetura e Montagem de Computadores (páginas 70-75)

2.4 Memória

2.4.2 Tipos comuns de memória

Você já estudou que a memória é um dos principais componentes do compu- tador, bem como suas características e funções. Agora você vai conhecer os tipos mais comuns de memória encontrados nas arquiteturas antigas e atuais. Você vai perceber que é fácil distinguir os diferentes tipos de memória, e como elas vêm evoluindo ao longo dos anos.

FIQUE

ALERTA

Se você quiser retirar alguma memória do gabinete de PC para analisá-la durante seus estudos, fique atento a dois aspectos: primeiro, sempre retire o computador da tomada antes de manusear seus componentes internos, para evitar risco de choque elétrico. Segundo, descar- regue a eletricidade estática, pois ela pode queimar um módulo de memória. O perigo existe quando se encosta em algum dos componentes eletrônicos presentes no computador. Esses componentes são extremamente sensíveis à eletricidade estática, podendo ser danifica- dos com facilidade. Antes de trabalhar com qualquer componente, inclusive com a memória, descarregue sua energia estática, ou use luvas de proteção.

Você estudou no último tópico que as memórias se subdividem em dois tipos:

raM e roM. As memórias raM podem ser classificadas em vários tipos comuns

MEMÓRIAS EDO E FPM

Thiago Rocha (2012)

Figura 32 − Memórias EDO e FPM

Essas memórias foram bastante usadas entre 1994 e 1997. Estavam presentes nas placas-mãe que suportavam os processadores 386, 486 e também nas primei- ras fabricações do Pentium. As mémorias edo (Extended Data Out) e FPM (Fast

Page Mode) eram produzidas em módulos chamados de siMM/72 (Single In-Line Memory Module). Para serem usadas nas placas com processador Pentium, tinham

que ser instaladas em duplas. Ou seja, duas memórias de 16 MB resultavam em uma memória de 32 MB (VASCONCELOS, 2009).

MEMÓRIAS SDRAM

FabriCO (2012)

Figura 33 − Memórias SDRAM

A SDRAM (Synchronous DRAM) foi muito utilizada entre 1997 e 2002, nas pla- cas-mãe que usaram os processadores Pentium nas suas versões MMX, Pentium 2, Pentium 3, Celeron, K6-2, entre outros. Esses módulos usam um sistema de encapsulamento (formato) chamado diMM/168 (Dual In-Line Memory Module), com 168 vias e operando a velocidades entre 66 até 133 MHz, podendo variar entre 533 MBytes/s até 1.066 MBytes/s (VASCONCELOS, 2007).

MEMÓRIAS RAMBUS

Kingston (2012)

Figura 34 − Memória Rambus

A partir do ano de 2001 entrou no mercado as memórias Rambus. Essas me- mórias foram desenvolvidas com o intuito de melhorar a arquitetura das memó- rias SDRAM, porém sem muito sucesso, pois tinham um elevado custo de produ- ção por conta das fabricantes (VASCONCELOS, 2007).

MEMÓRIAS DDR

Thiago Rocha (2012)

Figura 35 − Memória DDR

A velocidade da memória é dada pelo número de acessos (leitura ou escrita) que realiza por segundo. No caso desta arquitetura ddr (Memória de acesso

aleatório – dinâmico), aqui começa uma nova tecnologia de arquitetura de me-

mórias que realmente modificou requisitos como velocidade e performance das configurações atuais que temos hoje.

Ela ficou marcada pelo fato de seu processamento consistir basicamente em uma dupla taxa de transferência de dados baseada em ciclos de clock, ou seja,

enquanto nas memórias atuais dentro de um ciclo de clock se transfere um dado, nesta arquitetura ddr dentro desse mesmo ciclo ela consegue a transmissão de

dois dados.

Essas memórias possuem 64 bits, ou seja, 8 bytes. Uma memória ddr 400, por exemplo, faz em um segundo 400 milhões de transferências, cada uma delas com 8 bytes. Portanto, transfere 400.000.000 x 8 bytes, ou seja, 3.200 MB/s.

Os tipos mais comuns de memória DDR são os modelos DDR 200, 266, 333 e 400. Existem também memórias DDR com velocidades superiores a 200 MHz (no caso das DDR 400), porém são específicas para alguns tipos de computadores, nos quais são feitos overclock (uma espécie de envenenamento do computador), onde a memória passa a trabalhar em uma velocidade maior que a especificada como “padrão” de fábrica (VASCONCELOS, 2007).

MEMÓRIAS DDR2

Thiago Rocha (2012)

Figura 36 − Memória DDR2

Esta arquitetura se tornou comum e relativamente muito barata na relação

custo x benefício e quantidade de MByte. Lançada em 2004 a partir da versão

DDR2/400, chegou aos modelos DDR2/ 533, 667 e 800. Assemelha-se à DDR, mas com uma pequena diferença no “chanfro”, que identificava o modelo e impedia que a nova arquitetura fosse encaixada nos slots padrão DDR. Possuindo uma pi- nagem maior (240), este modelo trabalha com o mesmo sistema das memórias DDR, porém em valores muito maiores, chegando no último modelo a ter o dobro da capacidade da memória DDR 400, ou seja, para um modelo DDR2/800 tendo um clock de 400 MHz, conseguia incríveis 6,4 GBytes/s de transferência. É usada em praticamente todos os modelos atuais de placas-mãe como Pentium 4, Core 2 Duo, Core 2 Quad, Athlon 64, Sempron, entre outros (

VASCONCELOS, 2009)

.

MEMÓRIAS DDR3

Dreamstime (2012)

Figura 37 − Memória DDR3

Memórias ddr3 são suportadas pelos mais novos chipsets da Intel e AMD, compatíveis com processadores Core 2 duo, Core i3, i5 e i7 e os aMd (socket

aM3). Em 2009, estas memórias já eram acessíveis, porém o mercado ainda resis-

tia ao padrão DDR2. Empregando a mesma tecnologia da sua antecessora, que consequentemente empregava a tecnologia da DDR, este modelo pode chegar a oito dados de transferência por ciclo de clock. Seus modelos sugiram a partir de 800 MHz, ou seja, com clock interno de 100 MHz e clock externo de 400 MHz, poderia facilmente chegar a um clock definitivo de 800 MHz processando 6.400 MB/s. Em seus atuais modelos ddr3/1600, consegue perfeitamente a transfe- rência de 12.800 MB/s.

DESENHO DAS MEMÓRIAS DDR

Acompanhe na imagem abaixo a localização do “chanfro” (corte) entre os modelos.

DDR 2

DDR

DDR 3

cm. 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 0 Thiago Rocha (2012)

Apesar de as arquiteturas de memória DDR, DDR2 e DDR3 terem suas tecno- logias compartilhadas e melhoradas no sistema de velocidade e transferência de informações, seus padrões de “encaixe” nos slots das placas-mãe eram diferen- tes. Comparando o modelo DDR com o DDR2, o chanfro (corte no barramento de dados) tinha uma pequena diferença de localização. Já no DDR3 o chanfro era bem diferente.

No documento ME - Arquitetura e Montagem de Computadores (páginas 70-75)