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3.3 Fundamentos para a preparação e apresentação das demonstrações

3.3.5 Características qualitativas das demonstrações contábeis

Características qualitativas são os atributos que conferem utilidade às informações das demonstrações contábeis. Segundo o Framework, na edição válida para 2005, as quatro principais características qualitativas são compreensibilidade, relevância, representação fidedigna e comparabilidade256.

a. Compreensibilidade

Um atributo essencial é que a informação oferecida nas demonstrações contábeis seja prontamente compreendida pelos usuários. Para essa finalidade, é presumido que tais usuários sejam providos de conhecimentos razoáveis sobre negócios, atividades econômicas, contabilidade e tenham iniciativa para estudar a informação com razoável diligência. Todavia, informações sobre matérias complexas, que devam constar das demonstrações contábeis por sua relevância para a tomada de decisões, não podem ser omitidas, escoradas em potencial dificuldade de entendimento de determinados usuários.257

b. Relevância

Uma informação contábil é relevante quando tem o potencial de influenciar o processo de tomada de decisões econômicas dos usuários, ajudando na avaliação de eventos passados, presentes e futuros ou na confirmação ou correção de avaliações passadas. As funções preditiva ou confirmatória da informação são interrelacionadas. A informação sobre a estrutura e sobre o nível de ativos corrente,

255 Ibid., 38.

256 O Framework foi originalmente editado em 1989 e adotado pelo IASB em 2001, sendo esta a versão válida para aplicação em 2005. Posteriormente ele foi reeditado em 2010 com a denominação Conceptual Framework for Financial Reporting e revisado em 2018, sendo esta a versão válida para aplicação correntemente. Os conceitos fundamentais permanecem válidos como originalmente apresentados. A edição de 2018 considera que as características fundamentais das informações são duas: relevância e representação fidedigna e que a utilidade da informação é aumentada se elas forem comparáveis, verificáveis, tempestivas e compreensíveis.

257 International Accounting Standard Board, “IFRSs 2005”, 38.

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por exemplo, tem utilidade na predição da capacidade da empresa de reação frente a oportunidades e situações adversas. A mesma informação cumpre função confirmatória diante de previsões passadas sobre como a empresa poderia ser estruturada ou sobre o resultado de situações planejadas. Informações sobre a posição patrimonial e financeira e sobre a performance passadas são frequentemente usadas como base para a previsões sobre a posição e performance futuras e para outras questões de interesse dos usuários.258

c. Representação fidedigna

As demonstrações contábeis representam fenômenos econômicos em palavras e números. Para que sejam úteis, além de relevantes, as informações devem representar de forma fidedigna a essência dos fenômenos ou objetos que se propõem representar, privilegiando sempre a essência sobre a forma. A representação fidedigna atende de forma equilibrada a três requisitos: completude, neutralidade e isenção de erros.259

d. Comparabilidade

As demonstrações contábeis devem permitir a comparação das informações de uma empresa ao longo do tempo para a avaliação de tendências. Da mesma forma, devem permitir a comparação de informações entre diferentes empresas para fazer avaliações relativas. Assim, transações semelhantes devem ter tratamentos consistentes em termos de reconhecimento, mensuração e apresentação ao longo do tempo, seja dentro da mesma empresa ou entre empresas diferentes. Devem ser evitadas mudanças de critérios, a menos que haja justificativa a bem de melhor representação. Em caso de mudanças de critérios, os efeitos devem ser quantificados e detalhados apropriadamente.260

O Framework entende que a aplicação apropriada destas características e das normas contábeis que o acompanham, genericamente, resultam em demonstrações contábeis com uma apresentação verdadeira e justa.261

258 Ibid.

259 Ibid., 39.

260 Ibid., 40.

261 Ibid., 42.

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Este capítulo foi destinado a articular os principais aspectos conceituais relativos ao processo de harmonização contábil internacional, com especial foco no processo europeu. Iniciamos questionando: qual é a finalidade deste processo, quais são os atributos destas normas e deste processo, qual foi a contribuição para a ciência? Recorremos a dois documentos para alicerçar a construção destas respostas: o Pronunciamento de Conceito da SEC e o Regulamento IAS. O primeiro contém especificações detalhadas, apresentando expectativas e requisitos da SEC para aceitação de demonstrações contábeis de emissores estrangeiros para listagem nos EUA, preparadas em conformidade às normas IAS. O segundo foi o ato legislativo do Conselho e do Parlamento Europeu que aprovou a adoção das normas IAS/IFRS pela EU, trazendo uma longa exposição de motivos e justificativas.

Analisando ambos os documentos, temos como síntese que a finalidade do processo de harmonização contábil internacional é melhor informar e, com isso, melhorar o funcionamento do mercado de capitais globalmente. Melhor informação contábil resulta de um conjunto de normas de alta qualidade, acompanhado de uma infraestrutura de aplicação eficaz.

Informação de alta qualidade em ambos os documentos está associada à informação voltada prioritariamente aos investidores; aos requisitos de transparência, comparabilidade, confiabilidade; e à universalidade (aceitação internacional disseminada).

Infraestrutura eficaz, em ambos documentos, está associada a um ambiente que assegure a aplicação eficaz e a outros mecanismos para reforçar a confiança dos investidores. O Regulamento IAS expressa que é essencial estabelecer um regime de aplicação apropriado e rigoroso para reforçar a confiança dos investidores nos mercados financeiros. A SEC enumera os elementos de uma infraestrutura apropriada, sendo importante ressaltar a vitalidade do mercado de capitais em si, um dos elementos dessa infraestrutura.

Também procuramos responder qual foi o resultado do processo de harmonização contábil da UE, concluindo afirmativamente que as normas foram implementadas, o resultado melhorou as informações e a finalidade de promover e melhorar o mercado de capitais europeu foi alcançada.

A parte final do capítulo tratou das bases conceituais das Normas Internacionais de Contabilidade, apresentadas no pronunciamento “Framework for

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Preparation and Presentation of Financial Statements”, elaborado para fornecer uma estrutura conceitual para elaboração e revisão das normas internacionais, dentre outras finalidades.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

Esta tese foi desenvolvida ao longo de três capítulos. O primeiro capítulo abordou o contexto histórico da harmonização contábil internacional, em que a harmonização contábil europeia exerce um papel determinante. O interesse pela harmonização contábil internacional emerge na dinâmica econômica do pós-guerra, especialmente a partir dos anos 1960, quando o franco desenvolvimento das corporações internacionais, de suas operações e do mercado de capitais colocam em evidência as dificuldades oriundas da diversidade das práticas contábeis. A SEC americana e a Comissão Europeia estiveram envolvidas com o tema desde o início e participaram ativamente de iniciativas para a sua condução. Na Europa, o movimento pela harmonização acompanhou o objetivo de desenvolver o mercado único, já presente quando da criação da Comunidade Econômica Europeia em 1958, alcançando os primeiros resultados com a edição das diretivas contabilísticas europeias em 1978. O trabalho que culminou nas IFRS, foi iniciado pelo IASC, em 1973, e ganhou impulso com o Acordo IOSCO-IASC de 1995 e com a promessa da Comissão Europeia de jogar o peso da UE em apoio e com o anúncio do plano para sua adesão às normas. A decisão de apoiar o Acordo IOSCO-IASC de 1995, dentre outros fatores, foi uma reação à tendência de uso das normas americanas (USGAAP) pelas corporações europeias, que se intensificava em sua busca de inserção no mercado internacional de capitais. A UE comprometeu-se com um projeto pioneiro, audacioso e complexo de adoção em larga escala das IFRS/IAS.

Com isso, precisou desenvolver medidas regulatórias necessárias para um bom funcionamento. Nesse sentido, a Europa ofereceu o laboratório, um modelo e desencadeou o processo de convergência às normas internacionais de contabilidade, que viria a dominar o cenário recente da contabilidade financeira em todo o mundo.

As principais críticas ao processo de harmonização contábil internacional, com foco no processo europeu, são abordadas no segundo capítulo. Distribuímos as diferentes abordagens por blocos temáticos, onde distinguimos primeiramente quanto ao posicionamento favorável ou contrário à adoção das IFRS. O posicionamento favorável baseia-se no princípio da universalidade, em que os benefícios gerais do consenso sobrepõem-se às alternativas que atendem ao

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particular. Os posicionamentos contrários são diversos: sejam frontalmente contrários, ou favoráveis em princípio, mas com ressalvas em relação ao processo, aos resultados ou quanto ao alcance, exibindo diferentes argumentações.

O capítulo final buscou articular os aspectos conceituais relativos ao processo de harmonização contábil internacional, focalizando o processo europeu.

Questionamos quais seriam a finalidade deste processo, os atributos do processo e das normas e a contribuição para a ciência. Com recurso a dois importantes documentos, procuramos alicerçar a construção destas respostas. O Pronunciamento de Conceito da SEC ofereceu as expectativas, as especificações e os requisitos da SEC para aceitação de demonstrações contábeis de emissores estrangeiros para listagem nos EUA, preparadas em conformidade às normas IAS.

O Regulamento IAS traz uma longa exposição de motivos e justificativas para o ato legislativo que aprovou a adoção das normas IAS/IFRS pela UE.

A síntese de ambos os documentos indicou que a finalidade do processo de harmonização contábil internacional é melhor informar e, então, promover o melhor funcionamento do mercado de capitais globalmente. Melhor informação contábil resulta de um conjunto de normas de alta qualidade, acompanhado de uma infraestrutura de aplicação eficaz. Informação de alta qualidade em ambos os documentos está associada à informação voltada prioritariamente aos investidores;

aos requisitos de transparência, comparabilidade, confiabilidade; e à universalidade (aceitação internacional disseminada). Infraestrutura eficaz, em ambos documentos, está associada a um ambiente que assegure a aplicação eficaz e a outros mecanismos para reforçar a confiança dos investidores. A vitalidade do mercado de capitais é em si, um dos elementos dessa infraestrutura.

Como resultado do processo de harmonização contábil da UE, concluímos que as normas foram implementadas, o resultado melhorou as informações e a finalidade de promover e melhorar o mercado de capitais europeu foi alcançada.

O processo de harmonização contábil europeu é um capítulo singular no desenvolvimento da contabilidade financeira. A harmonização internacional da contabilidade era uma demanda antiga dos principais agentes do mercado de capitais. Desde o início quando surgiu o interesse pelo tema, a Europa tem sido um dos agentes mais ativos. A UE jogou o seu peso, literal e efetivamente, com a

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finalidade de promover e contribuir, decisivamente, para o desenvolvimento do um único conjunto de normas contábeis de alta qualidade, com alcance e uso verdadeiramente internacional. Mas do que contribuir, ressaltamos, tomando o testemunho de Zeff & Camfferman, a UE comprometeu-se com um projeto pioneiro, audacioso e complexo de adoção em larga escala das IFRS/IAS, precisando descobrir quais as medidas regulatórias necessárias para o seu bom funcionamento.262 Nesse sentido, entendemos, a Europa ofereceu o laboratório e um modelo para a posterior convergência às normas internacionais de contabilidade, que dominou o cenário recente da contabilidade financeira em todo o mundo.

Este processo beneficiou primeiramente a UE, ao liberar importantes comportas263 que promoviam a segmentação do mercado de capitais às fronteiras nacionais, restringindo a potencialidade, o desenvolvimento e a consolidação do mercado de capitais europeu. O mercado de capitais internacional dinamizou-se com a consolidação resultante264.

Especialmente para interesse da Ciência, ao tornarem-se verdadeiramente globais, as normas IFRS/IAS converteram-se no mecanismo de resposta da contabilidade financeira às demandas informativas do mercado de capitais. O mundo tornou-se um grande laboratório em tempo real, onde os negócios se desenvolvem e diversas questões são suscitadas, continuamente. Legiões de preparadores, usuários, acadêmicos, estudantes, reguladores, normatizadores, dentre os principais, estão debruçados sobre questões práticas, teóricas e participando do processo orgânico, tecnológico-científico de manutenção e desenvolvimento das normas IAS/IFRS. Entendemos ser esta a principal contribuição deste processo para a ciência.

262 Zeff & Camfferman, 63.

263 Regulamentação heterogênea e normas contábeis com diferenças em prejuízo da transparência e comparabilidade.

264 A respeito da dinâmica do mercado internacional de capitais, do papel dos EUA e da EU, dos anos 1960 aos dias atuais. Leblond, 443-444.

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