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Caracterização do aluno JB

No documento MyM Eu Consigo Laura Chagas final (páginas 136-141)

HISTÓRIA FAMILIAR

O JB nasceu a 13 de março de 1999. Vive com os pais e com uma irmã três anos mais velha. Foi bebé prematuro, tendo um atraso no crescimento intrauterino. Teve um problema de audição, tendo sido alvo de intervenção cirúrgica aos dois anos e meio. O facto de ter sido operado tão precocemente e todas as complicações de desenvolvimentos antes e depois da operação conduziram a uma extrema proteção por parte dos familiares, principalmente a mãe.

O JB apresentava um atraso global de desenvolvimento.

Foi sinalizado pela primeira vez, pela equipa de Intervenção Precoce, em 2002.

PERCURSO EDUCATIVO

Anos letivos Medidas educativas Apoios Pré escolar 2005/06 Decreto-Lei 319/91 h) apoio pedagógico acrescido. Não está mencionado no processo do aluno. 1º ano 2006/07 Decreto-Lei 319/91 h) apoio pedagógico acrescido.

Terapia da fala;

Apoio educativo em contexto de sala de aula

2º ano 2007/08

Decreto-Lei 319/91c) adaptações curriculares, f) condições

especiais de avaliação e h) apoio pedagógico acrescido, no 3º período entra para a medida e) Currículo específico individual do Decreto-Lei 3/2008

Apoio educativo em contexto de sala de aula

3º ano 2008/09

Decreto-Lei 3/2008

e) Currículo específico individual

Terapia da fala;

Acompanhamento psicológico; Apoio educativo em contexto de sala de aula.

4º ano 2009/10

Terapia da fala;

Acompanhamento psicológico; Apoio educativo em contexto de sala de aula.

5º ano 2010/11 Terapia da fala; Acompanhamento psicológico;

6º ano 2011/12

Não está mencionado no processo do aluno. 7º ano 2012/13 8º ano 2013/14 9º ano 2014/15 10º ano 2015/16 DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM

No ano letivo 2003/04, os resultados obtidos na Escala de Aquisição de Competências são abaixo do esperado para a sua faixa etária. Manifestou atraso nas áreas das competências manipulativas, visuais, de interação social e de autossuficiência social. Nesta fase, o JB raramente comunicava verbalmente com os adultos, mas, no grupo de pares verbalizava, na maior parte das vezes por imitação.

Nos anos letivos 2004/05 e 2005/06 verificaram-se alguns progressos essenciais ao nível da maturidade e responsabilização do aluno, assim como no domínio cognitivo, da comunicação e linguagem.

Por vezes ainda trocava alguns fonemas e dava pequenos erros gramaticais. Interessava-se pouco pela escrita, copiava o nome próprio mas com pouca precisão no traço. A nível do desenho apresentava alguma imaturidade. O seu raciocínio lógico matemático estava pouco desenvolvido, reconhecia os números até três e trocava o quatro e o cinco. Fazia a correspondência termo a termo e entre o número e a quantidade, contava até cinco com ajuda de materiais manipulativos. Sabia nomear e utilizar diferentes utensílios e equipamentos como o computador, sabia dizer o seu nome e a idade mas com alguma ajuda. Identificava e nomeava cores, sensações e sentimentos.

No ano letivo 2006/07, no 1º ano, revelava muitas dificuldades de aprendizagem, não estava a conseguir adquirir o mecanismo de aprendizagem da leitura e da escrita. Tinha dificuldade em concentrar-se e apresentava uma elevada imaturidade face às aprendizagens.

A figura humana ainda era muito rudimentar, o traço era pouco firme, mostrando que a motricidade fina se encontrava pouco desenvolvida.

As áreas onde apresentava maiores dificuldades eram, coordenação visual-motora, organização percetiva, visualização espacial, capacidade de abstração e conceptualização, capacidade de análise e de síntese, capacidade de planeamento, velocidade das operações mentais, raciocínio não-verbal, memória imediata.

Na Língua Portuguesa trabalhou o método das 28 palavras, já conseguia ler e escrever as palavras “menino”, “menina”, “sapato” e “bota”. Escrevia frases muito simples e formava novas palavras com as sílabas trabalhadas.

No 2º ano, em 2007/08, conseguia copiar o primeiro e segundo nome com ajuda. Reconhecia os números até 10, fazia correspondência termo a termo e entre o número e a quantidade. Operava dentro da mesma quantidade com material concretizador, mas, nem sempre de forma correta. Identificava as figuras geométricas e formava conjuntos de um ou dois critérios. Na Língua Portuguesa apenas identificava as vogais, mas, não conseguia ler ditongos. Esqueceu as palavras aprendidas no ano transato (pelo método das 28 palavras), pelo que se decidiu mudar a metodologia de trabalho.

Funções do Corpo

Nota: Assinale com uma cruz (X), à frente de cada categoria, o valor que considera mais adequado à situação, de acordo com os seguintes qualificadores:

0 – Nenhuma deficiência; 1 – Deficiência ligeira; 2 – Deficiência moderada; 3 – Deficiência grave; 4 – Deficiência completa; 8 – Não especificada1; 9 – Não aplicável2

1

Deve ser utilizado sempre que não houver informação suficiente para especificar a gravidade da deficiência.

2

Este quantificador deve ser utilizado nas situações em que seja inadequado aplicar um código específico.

Funções do Corpo 0 1 Quantificadores 2 3 4 8 9 Capítulo 1 – Funções Mentais

(Funções Mentais Globais)

b117 Funções intelectuais X

(Funções Mentais Específicas)

b144 Funções da memória X

b156 Funções da perceção X

b164 Funções cognitivas de nível superior X

b167 Funções mentais da linguagem X

b172 Funções do cálculo X

Atividade e Participação

Nota: Assinale com uma cruz (X), à frente de cada categoria, o valor que considera mais adequado à situação, de acordo com os seguintes qualificadores:

0 – Nenhuma dificuldade; 1 – Dificuldade ligeira; 2 – Dificuldade moderada; 3 – Dificuldade grave; 4 – Dificuldade completa; 8 – Não especificada1; 9 – Não aplicável2

1

Deve ser utilizado sempre que não houver informação suficiente para especificar a gravidade da dificuldade.

2

Este quantificador deve ser utilizado nas situações em que seja inadequado aplicar um código específico.

Atividade e Participação 0 1 Quantificadores 2 3 4 8 9 Capítulo 1 – Aprendizagem e aplicação de conhecimentos

d137 Adquirir conceitos X d140 Aprender a ler X d145 Aprender a escrever X d150 Aprender a calcular X d160 Concentrar a atenção X d161 Dirigir a atenção X d163 Pensar X

Capítulo 2 – Tarefas e exigências gerais

d210 Levar a cabo uma tarefa única X

d230 Levar a cabo a rotina diária X

Capítulo 3 – Comunicação

d310 Comunicar e receber mensagens orais X Fatores Ambientais

Nota: As diferentes categorias podem ser consideradas enquanto barreiras ou facilitadores.

Assinale, para cada categoria considerada, com (.) se a está a considerar como barreira ou com o sinal (+) se a está a considerar como facilitador. Assinale com uma (X), à frente de cada categoria, o valor que considera mais adequado à situação, de acordo com os seguintes qualificadores:

0 – Nenhum facilitador/barreira; 1 – Facilitador/barreira ligeiro; 2 – Facilitador/barreira moderado; 3 – Facilitador substancial/barreira grave; 4 – Facilitador/barreira completo; 8 – Não especificada;

9 – Não aplicável

Fatores Ambientais Barreira ou Facilitador 0 1 Quantificadores 2 3 4 8 9 Capítulo 1 – Produtos e Tecnologias

e130 Para a educação + X

Capítulo 3 – Apoio e relacionamentos

No ano letivo 2008/09, no 3º ano, o JB teve 21 horas de apoio semanal. Neste ano o aluno continuava a fazer a aprendizagem da leitura e da escrita. Identificava o nome de familiares próximos e escrevia os seus nomes próprios. Identificava todas as vogais. As consoantes trabalhadas (p, t, l, m, d, c, v, b, j, n, f, r) nem sempre as identificava. Lia palavras simples (2 sílabas) associadas à imagem. Identificava a ideia principal de pequenos textos e respondia oralmente a questionários. Utilizava o computador na escrita de pequenas palavras e frases. Na Matemática, reconhecia os números até 25. Quantificava agrupamentos e efetuava adições e subtrações, até 15, com concretização.

No 4º ano, o JB beneficiou de 8 horas de apoio semanal. Na Língua Portuguesa evoluiu essencialmente ao nível da discriminação auditiva, uma vez que já associava o som à sílaba. Neste ano, as aprendizagens foram acontecendo muito lentamente e foram feitos constantes progressos e retrocessos em todas as áreas.

No ano letivo 2010/11, no 5º ano, o JB evidenciou alguma evolução na aprendizagem da leitura e da escrita. A utilização do programa „GRID2‟ revelou-se bastante motivador e facilitador das aprendizagens. Ao nível das TIC o JB revelou interesse, executou as tarefas propostas com vontade e empenho. Nesta área o aluno trabalhou o processador de texto e a utilização da internet.

No 6º ano, as dificuldades apresentadas pelo aluno ao nível da memória, da concentração/atenção e da cognição foram impeditivos de resultados mais significativos. O aluno esqueceu com frequência conceitos adquiridos anteriormente.

No 8º ano conseguiu adquirir o mecanismo da leitura.

No 9º ano continuou a revelar interesse em aprender, realizou todas as tarefas propostas, embora com ajuda do professor e sempre com apoio individualizado.

No documento MyM Eu Consigo Laura Chagas final (páginas 136-141)