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Caracterização das salas

No documento Partilhar saberes e aprender em conjunto (páginas 37-59)

3.1. Jardim de Infância

Organização e gestão dos espaços e materiais o Caracterização do espaço

Num Jardim de Infância, a sala de actividades “(…) destina-se ao desenvolvimento de actividades educativas a realizar pelas crianças, individualmente ou em grupo.” (Ministério da Educação, 1997:93), e não deve ter outra utilização.

“Os espaços da Educação Pré-escolar podem ser diversos, mas o tipo de equipamento, os materiais existentes e a forma como estão dispostos condicionam, em grande medida, o que as crianças podem fazer e aprender.” (Ministério da Educação, 1997:37)

A sala de actividades na qual realizei o meu estágio detém cerca de 50 m², que equivale a 2 m² por criança, ou seja, o espaço previsto para cada criança de acordo com o anexo nº1, ficha nº1 do Despacho Conjunto nº 268/97, de 25 de Agosto. (Ministério da Educação, 1997:93)

Observando a sala, é fácil denotar que esta se apresenta com uma boa luminosidade, com quatro grandes janelas e um espaço amplo. “O espaço é antes de mais nada luz: a luz que nos permite tanto a nós como à criança vê-lo, conhecê-lo e, portanto e, ao mesmo tempo, compreendê-lo, recordá-lo, talvez para sempre”. (Zabalza.1998:231) De igual modo, a sala permite o obscurecimento parcial e total, permitindo da mesma forma, a protecção solar.

Não só a iluminação natural permite e favorece uma boa luminosidade, também a cor clara das paredes e do tecto promove um ambiente mais límpido e brilhante. As paredes que delimitam este espaço permitem a “(…) fixação de parâmetros verticais de expositores e quadros.” Tal como é exaltado no anexo nº 1 do Despacho conjunto nº 268/97 de 25 de Agosto. (Ministério da Educação, 1997: 93)

Promovida de forma adequada ao nível da iluminação, a sala está também bem apetrechada ao nível da ventilação e do arejamento. Estes elementos, arejamento e ventilação, são permitidos pelas janelas existentes e pelo ar condicionado. O

aquecimento fica do mesmo modo a cargo do ar condicionado. No que diz respeito à higiene da sala actividades e do espaço que a rodeia, verificamos que existe uma constante preocupação, por parte do pessoal auxiliar, em manter os espaços limpos. Todos os dias a sala de actividades era aspirada, desinfectada e arrumada. Esta sala não possui ponto de água não estando portanto de acordo com o anexo nº 1, ficha nº 1 do Despacho Conjunto nº 268/97, de 25 de Agosto. (Ministério da Educação, 1997:93)

De igual modo, como é referido no mesmo artigo, a sala necessita de “(…) comunicação fácil com os vestiários das crianças, (…) comunicação fácil, ou sempre que possível, directa com o exterior.” (Ministério da Educação, 1997: 93) Os vestiários apresentam-se junto à sala de actividades, no corredor de acesso à mesma, facto que se apresenta de acordo com o anexo nº 1, ficha nº 3, do Despacho Conjunto nº 268/97 de 25 de Agosto (Ministério da Educação, 1997:93), visto este espaço ser autónomo da sala de actividades e se destinar ao arrumo de vestuário e objectos pessoais.

Uma sala de actividades de um Jardim de Infância deve estar organizada “(…) em áreas bem definidas e delimitadas no espaço e o material em cada uma deverá estar disposto de modo a transmitir à criança o seu modo de utilização o que lhe favorece a autonomia.” (Lobo, 1988:19) O educador deverá ter presente as necessidades educativas das crianças e deve considerar alguns espaços quando organiza as diferentes áreas. Desta forma, segundo Basseadas, Huguet e Solé (1999) é necessário considerar:

Lugares de encontro: favorecem a conversa, o diálogo entre as crianças, como é o caso do recreio, das reuniões em grande grupo e dos vestiários;

Lugares de acção individual ou em pequenos grupos: como, por exemplo, áreas existentes na sala de actividades, em que as crianças podem brincar, jogar, explorar sozinhas e também com os colegas;

Lugares amplos para moverem-se: locais onde as crianças podem mover-se e explorar o seu próprio corpo

Locais de grupo: locais onde as crianças se sentam em roda em grande grupo, no chão;

Lugares de acção individual: locais onde as crianças agem individualmente, como o acesso ao armário e ao seu dossier e as brincadeiras individuais nas áreas. É fulcral que as áreas estejam bem demarcadas na ” (…) para facilitar o acesso, os limites e a manutenção da ordem. Dessa maneira, facilita para os pequenos

identificá-los, diferenciá-los e encontrarem qualquer coisa de que necessitem.” (Basseadas,Huguet e Solé, 1999:10)

A necessidade de áreas bem definidas e delimitadas era uma preocupação na sala de actividades, facto que se verifica pela organização da sala em diferentes áreas de modo a que seja criado, “(…) um ambiente de vida que corresponda de modo particular às necessidades das crianças segundo a sua maturidade e o seu desenvolvimento.” (Lobo, 1988:19) O educador na concepção da sala de actividades, deverá ter como base o grupo para o qual está trabalhar, visto ser este o espaço que irá encorajar as brincadeiras e o desenvolvimento do grupo. Segundo Brickman e Taylor (1991), os adultos têm a responsabilidade de manter um espaço físico que encoraje as brincadeiras.

“O arranjo e a organização do espaço deverão reflectir os valores e fundamentos pedagógicos do educador, a sua concepção de criança, a sua concepção de aprendizagem, a sua concepção de intervenção, baseada na realidade local, nos usos, nos costumes, nas tradições.” (Lobo, 1988:19)

Segundo Barbosa e Horn (2001), o disponibilizar de uma visão global do espaço ao educador e às crianças, favorece as interacções sociais entre elas, mas não só, promove também o desenvolvimento pessoal das crianças, o desenvolvimento da competência (saber fazer com autonomia), a construção de diferentes aprendizagens e, por fim, mas não menos importante, promove oportunidades para o contrato social e a privacidade de cada uma. Assim, a organização espacial da sala de actividades deverá respeitar cada criança e as suas necessidades e permanecer de acordo com as necessidades requeridas nas mais variadas actividades.

“O espaço é fundamental para a aprendizagem activa. A criança precisa de espaço para se movimentar, construir, experimentar, expressar-se, brincar, e levar a cabo os seus empreendimentos” (Lobo. 1988:19)

As áreas espaciais possuem uma diversidade de objectos e materiais que estimulam as capacidades de exploração, as capacidades sensoriais e as capacidades criativas das crianças e são espaços que, sendo bem planeados e equipados, permitem que as crianças realizem aprendizagens sozinhas ou com outras crianças. (Hohmann & Weikart, 1997). As áreas espaciais permitem que as crianças usem objectos e materiais,

façam explorações, criem e resolvam problemas, mostrem as suas invenções, guardem as suas coisas e falem à vontade sobre o que estão a fazer. Desta forma, as áreas possibilitam o desenvolvimento da capacidade de autonomia e de iniciativa, permitem uma maior interacção social e um maior envolvimento nas actividades (Hohmann & Weikart, 1997). Como refere Campos (1990), as áreas permitem desenvolver operações mentais e fornecem às crianças instrumentos conceptuais que as ajudam a compreender a realidade. Rizzo (1989) refere que a organização do espaço da sala de actividades, por áreas espaciais, permite uma maior responsabilização das crianças, o que também é referido por Silva (1997), dado que o facto de as crianças tomarem decisões e utilizarem os materiais de diferentes formas, que podem ser imprevistas e criativas, pressupõe uma responsabilização pelo que é partilhado por todos. Além disso, segundo Rizzo (1989), ao interagirem, as crianças vão desenvolvendo, gradualmente, o respeito pelo outro e pelo bem comum.

Está clara, deste modo, a importância da existência de áreas espaciais na sala de actividades. Contudo, cada uma possibilita que a criança actue de forma diferente e desenvolva diferentes actividades.

Debruçando-me de novo sobre a sala de actividades do Estágio I, é necessário declarar quais as áreas que a constituíam, aquando do início do estágio: área da casa, área do disfarce, área da biblioteca, área de expressão plástica, área de jogos de mesa, área de construções, área da matemática e dos enfiamentos, área de multimédia, área da pista e, por fim, a área da escrita, onde está inserido um computador.

 Área da casa

“Podem brincar umas com as outras ou individualmente, exprimir sentimentos e desenvolver a comunicação.” (Lobo, 1988:19)

Na área da casa, as crianças desenvolvem actividades de imitação, exploração e jogo dramático, sozinhas ou acompanhadas por outras crianças ou pelo educador. Permite às crianças participarem colaborativamente em actividades de jogo simbólico, de imitação de adultos que observam no dia-a-dia e de desempenho de papéis. Nesta área as crianças desenvolvem actividades manipulativas, sensoriais e de exploração, estabelecendo relações sociais. Criam e transformam objectos, representam, imaginam e criam novas personagens. Promove o desenvolvimento de competências básicas como a

linguagem oral, o respeito pelos outros, a gestão autónoma de conflitos, a auto-estima e a capacidade de iniciativa, assim como, a independência pessoal

A área delimitada pela casa divide-se em dois espaços, a cozinha e o quarto. Deste modo, a caracterização será apresentada separadamente de forma a esta se tornar mais clara e sucinta.

O mobiliário da cozinha é constituído por: uma mesa redonda e três bancos, um armário com portas e prateleiras para arrumação de loiças e alimentos (plásticos e embalagens vazias trazidas de casa), um fogão e um microondas. Relativamente aos materiais que enriquecem este espaço temos: panelas, pratos, travessas, copos, chávenas, talheres, alguns alimentos em material plástico, cestos, um móvel de apoio à mesa, uma televisão e um telefone. O mobiliário do quarto é composto por uma cama pequena, mesa-de-cabeceira e cómoda, sendo enriquecido por materiais como bonecas e peluches. O material existente apresenta-se em bom estado de conservação e está acessível ao manuseamento de todas as crianças. “O equipamento e o material (...) devem ter um tamanho que possibilite o”faz de conta” da criança imitando a vida real.” (Lobo, 1988: 20)

Quanto ao espaço vertical esta área possui o placar dos aniversários das crianças e o espaço é delimitado por uma espécie de capa em tecido com decoração alusiva. Todo o mobiliário é adequado ao tamanho das crianças e o espaço é suficiente e amplo.

 Área da biblioteca

”Este centro deve ser localizado em uma parte calma da sala, longe de movimento, e os livros devem ser dispostos de modo que as crianças possam escolher facilmente os que querem olhar.” (Spoked, B. e Saracho, O. 1998: 128)

De acordo com Santana (1998), a área dos livros tem como finalidade tornar a leitura uma actividade apetecível e descontraída. Por estas razões, esta autora menciona que esta área deve ser um espaço acolhedor, onde as crianças podem escolher o que querem ler. Através do contacto com os livros variados e com o conto ou leitura de histórias, as crianças, além de descobrirem o prazer da leitura, desenvolvem a sensibilidade estética e contactam com diferentes tipos de texto e com as funções da linguagem, nomeadamente a função informativa (Silva, 1997). Ouvir histórias é

fundamental para que as crianças desenvolvam o gosto pela leitura. É essencial que as crianças se “encantem com a melodia da narrativa, com as peripécias das personagens, com a magia da acção.” (Santana, 1998: 14). Assim, noutros momentos, as crianças pedirão para ouvir de novo a história, o que permitirá a memorização de algumas frases, a apropriação de estruturas frásicas e a procura do livro (Santana, 1998). Costa (2003) acrescenta que as histórias são um importante meio de comunicação, de enriquecimento interior e de satisfação ou gestão de desejos, medos e angústias.

Este espaço físico, relativamente ao mobiliário, é constituído por duas estantes para colocação dos livros e revistas, uma mesa redonda, uma manta, dois puffes, um sofá, um cavalete com um espelho e um biombo que serve como cenário para os fantoches. O seu espaço é enriquecido pela presença de livros temáticos, livros de histórias, dicionários de imagens, revistas e alguns fantoches de dedo e de mão.

Observando atentamente o espaço, é de denotar a falta de diversidade de materiais a nível de fantoches e de pouca qualidade e o mau estado de diversos livros. Contudo, a má conservação dos livros parece-me um aspecto negativo a apontar, já que, na minha opinião, a Educadora deve cuidar para que os livros sejam recuperados e mantidos no melhor estado possível, dando à criança a ideia de que o livro é um objecto valorizado. Por outro lado, o “desgaste” dos livros também poderá reflectir a sua constante utilização. O cavalete possui ainda outra face onde está patente o mapa das presenças e uma mala/baú de suporte à mesma com bostic e uma pequena caixa plástica. Em frente a este espaço encontram-se os quatro ecopontos.

 Área de expressão plástica

A área da Expressão inclui o desenho, a pintura, o recorte, a colagem e a modelagem, todas elas dispondo deste local próprio e recorrendo a técnicas o mais diversificadas possível.

As actividades realizadas neste espaço contribuem para o desenvolvimento da capacidade de atenção e o desenvolvimento da concentração. Fomenta a autonomia e a responsabilidade. Promove o desenvolvimento do sentido estético e artístico e de igual modo, as suas habilidades artísticas, como por exemplo, o desenhar, o recortar, o pintar, entre outros.

arredondada, 14 cadeiras, um cavalete e um móvel para as tintas, dois móveis para o material de apoio ao desenho, modelagem e ao recorte e colagem e por fim, duas estantes de suporte ao arrumo dos trabalhos. Este espaço tem materiais diversos de suporte, tais como: folhas de vários tamanhos, tintas, plasticina, formas variadas, tesouras, lápis de cera, lápis de cor, lápis de carvão, marcadores finos e grossos, carimbos em material diverso, material para picotar, rolos de pintura, material de jardinagem, vários boiões com material diversificado para as colagens, revistas e jornais, um caixote do lixo.

No que diz respeito ao espaço vertical temos: três placares grandes onde são afixados os trabalhos das crianças; o mapa do tempo; o telefone; suporte para papel higiénico e os respectivos rolos; um pequeno placar para afixar documentos; um placar para a pintura com um suporte para as tintas; um mapa das tarefas; o mapa com a data e o calendário do mês em questão; placar dos recados; trabalhos feitos pelas crianças; poster com os números do 10 ao 19; placar das novidades (alterado pelas estagiárias); mapa com as regras de bom comportamento e placares com as regras de higiene (elaborado pelas estagiárias); mapa com as refeições e as respectivas horas e umas cordas que servem de suporte para pendurar os trabalhos das crianças.

Relativamente ao espaço é visível que tudo se encontra adequado, ou seja, o espaço e a sua constituição a nível de materiais e mobiliário é suficiente e adequado.

 Área dos jogos de mesa

Permite o desenvolvimento de competências ao nível da coordenação óculo- manual, competências ao nível da motricidade fina, e de igual modo, a classificação e a seriação. Promove a cooperação em grupo e a gestão de conflitos. Este espaço está organizado ao nível do mobiliário com duas mesas redondas, com quatro cadeiras cada e uma estante de duas prateleiras para arrumação dos jogos.

“A maneira de situar os elementos de jogo e as instalações para jogar com eles favorece ou inibe a sua utilização pelas crianças. As estantes para materiais que são acessíveis às crianças oferecem a elas maiores possibilidades de independência e autonomia”. (Read, K. H. 1982: 126. (248)

Estes jogos são de diferentes vertentes tais como: puzzles, lotos, jogos de associação, classificação e seriação. Ainda, nesta área, temos jogos relacionados com a escrita e de igual modo um quadro de ardósia e giz.

Quanto ao espaço vertical tem: um quadro de ardósia e um mapa com uma discussão das crianças sobre “O Jesus”.

Salientando a constituição do espaço, este apresenta-se como suficiente e adequado. Relativamente aos materiais estes já se apresentam deteriorados e, por vezes, até mesmo incompletos. Mais uma vez sou da opinião que a Educadora poderia reforçar a qualidade dos materiais neste espaço, reciclando jogos, recuperando alguns outros e, até, construindo alguns novos jogos. A novidade é importante para a motivação das crianças.

 Área das construções

Na área das construções /garagem são comuns actividades de construção com blocos de madeira e o uso de rampas nas brincadeiras com carros e camiões, o que estimula a aprendizagem da noção de tamanho, superfície, forma, peso, volume, quantidade e equilíbrio e noções de geometria e de física (Hohmann & Weikart, 1997). As crianças poderão desenvolver além de actividades de construção e exploração, actividades de imitação e jogo dramático.

A área das construções apresenta-se apetrechada com um tapete e dois cestos em plástico para as peças de madeira e outros materiais desta área.

Ao nível dos materiais, este espaço possui peças em madeira de diferentes cores e formas, Leggos, peças de encaixe e construção, carrinhos e um suporte em exemplo de pista de níveis em madeira e em plástico.

Quanto ao espaço vertical possui umas imagens onde é feita a associação com os números. Tendo em atenção o espaço e a sua organização, estes revelavam-se suficientes e adequados, assim como o material, porém, este poderia ser mais diversificado.

 Área dos enfiamentos e da Matemática

Possibilita à criança experimentar construções a três dimensões; actividades de iniciação à Matemática, que implicam comparações e seriações, sequências, alternâncias, tamanhos, peso, forma, cor.

Esta área é constituída por dois móveis para arrumação dos materiais. Estes materiais são diversos como, por exemplo, sapatos, bonecas. Para além destes materiais existem caixas com pequenas figuras geométricas como o polydron, tangram, jogos de classificação e seriação, geoplanos e sólidos geométricos.

No que diz respeito ao espaço vertical, este detém a roda dos alimentos e um mapa com as comidas que as crianças gostam.

Neste espaço, o mobiliário apresenta-se como adequado e suficiente, ainda que o material também não seja variado.

 Área do disfarce

Na área do disfarce existe um móvel que serve de suporte a todas as arrumações necessárias a este espaço, uma mesa e uma tábua de passar a ferro.

A nível de materiais, temos a mais variada roupa, perucas, malas, sapatos, cachecóis, fitas, um telefone e óculos de sol. “(...) Deverá existir material de disfarce que estimule, provoque, sugira a imitação, o “faz de conta”, o jogo simbólico.” (Idem:20) Com esta variedade de materiais, a área do disfarce era dos espaços mais utilizados na sala de actividades.

Através desta área as crianças desenvolviam o jogo simbólico e a imitação das vivências do dia-a-dia, assim como a criatividade, que era uma das capacidades em constante desenvolvimento através da criação de jogos, histórias e cenários.

 Área da multimédia

As Novas Tecnologias têm provocado mudanças na Educação, por isso a integração de novas realidades como o computador contribuem para a criação de novas estratégias de ensino aprendizagem. A informática na educação de infância assume o papel de aliada a todas as actividades, dada a natural apetência que quase todas as

crianças parecem ter para a sua utilização precoce.

A área de multimédia está apetrechada por um móvel (suporte ao computador), um banco com costas e uma mesa. Este espaço é trabalhado pela presença de variados jogos interactivos e didácticos e um computador. Para além destes materiais, apesar de não estarem no mesmo espaço, existe ainda na sala um rádio e uma televisão. O espaço vertical é constituído pelos posters dos meses do ano.

 Área da escrita

A criança tem contacto com o código escrito de um modo informal. Brinca com letras, copia-as, faz tentativas de escrita, imita a escrita e a leitura, familiariza-se com o código escrito, percebe que há uma forma de comunicar diferente da linguagem oral, vai-se apercebendo das funções da escrita. Não se trata de uma introdução formal e “clássica” à leitura e à escrita, mas de facilitar a emergência da linguagem escrita.

De pequenas dimensões, esta área era constituída por uma pequena mesa em madeira e a sua respectiva cadeira.

Sendo esta a área dedicada ao desenvolvimento da escrita e à sua prática, possui material relativo à introdução à escrita, como jogos de associação de letras.

Para além da sala de actividades, as crianças contactaram diariamente em actividades e aulas, com o espaço do salão polivalente, e assim sendo seria impensável não realizar a caracterização do mesmo.

 Salão polivalente

Neste espaço podemos encontrar material de multimédia: duas televisões, um DVD, um rádio e um móvel rectangular com instrumentos musicais, vários colchões, sinalizadores, arcos, bolas, cones, barras, pinos, bolas saltitonas, um baloiço de plástico, oito bancos de madeira, um telefone, quatro vasos com plantas, um caixote do lixo, um quadro de giz, três aquecedores, cinco janelas e um suporte para e com o papel higiénico. As janelas permitem, para além de uma boa iluminação, a boa ventilação do espaço.

Este espaço é um dos mais frequentados pelas crianças no âmbito da sessão motora e expressão musical. Como polivalente, é espaçoso para realizar outro tipo de

actividades como, por exemplo, apresentações, dramatizações (período de observação - peça de teatro sobre a saúde oral), actividades orientadas (actividade pirâmide dos alimentos) e jogos orientados. Um dos aspectos positivos neste espaço, para além dos

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