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Partilhar saberes e aprender em conjunto

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Academic year: 2021

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Universidade de Trás-os Montes e Alto Douro Escola de Ciências Humanas e Sociais

Departamento de Educação e Psicologia

Mestrado em Ensino - Educação de Infância e Ensino do 1º Ciclo do Ensino Básico

Partilhar saberes e aprender

em conjunto

Relatório Final de Estágio

Filipa Daniela Lopes Ferreira

Orientadora: Prof.ª Dr.ª Cristiana Maria Abranches Soveral Paszkiewicz

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Universidade de Trás-os Montes e Alto Douro Escola de Ciências Humanas e Sociais

Departamento de Educação e Psicologia

Mestrado em Ensino - Educação de Infância e Ensino do 1º Ciclo do Ensino Básico

Partilhar saberes e aprender

em conjunto

Relatório Final de Estágio

Filipa Daniela Lopes Ferreira

Orientadora: Prof.ª Dr.ª Cristiana Maria Abranches Soveral Pazkiewicz

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Relatório Final, correspondente ao Estágio de natureza profissional / prática de ensino supervisionada, elaborado para a obtenção do grau de mestre de Ensino - Educação de Infância e Ensino do 1º Ciclo do Ensino Básico, de acordo com os decretos-lei nº 74/2006. De 24 de Março e nº 43/2007, de 22 de Fevereiro.

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IV

Agradecimentos

Ao concluir mais uma etapa da minha vida académica, são várias as pessoas às quais quero manifestar o meu agradecimento pela ajuda na concretização deste trabalho. À orientadora deste Relatório Final de Estágio, Professora Doutora Cristiana Soveral agradeço a orientação, a disponibilidade constante para me auxiliar, as valiosas contribuições para a elaboração deste documento e o estímulo no interesse pelo conhecimento. As suas atitudes e orientações contribuíram para o meu desenvolvimento pessoal e profissional e permitiram me crescer ao nível intelectual.

Á Educadora Isabel Gramaxo e à Professora Eugénia Almeida, pela confiança depositada em mim ao longo da prática educativa, pelo apoio, pela ajuda e pela orientação. Agradeço também os bons concelhos e o exemplo profissional que para mim.

Às crianças do Jardim de Infância da Santa Casa da Misericórdia e às crianças da Escola nº 2 de Mateus, agradeço o carinho, a aceitação e a amizade.

Não poderiam faltar os agradecimentos à minha família, com particular reconhecimento à minha mãe, ao meu pai e à minha tia. Ao enorme esforço realizado ao longo dos anos para a minha formação, pela confiança depositada no meu sucesso, pelo enorme incentivo, pela dedicação e luta, de alma e coração aos meus pais. À minha tia agradeço a partilha de conhecimentos, o aconselhamento, a ajuda e a sua constante disponibilidade.

Por fim, mas não menos importante, agradeço ao meu namorado pelo seu apoio ao longo de todo este período académico, pelo seu carinho e compreensão e por me auxiliar sempre que necessário. Obrigado, também, pela sua paciência.

Em suma, o meu profundo e sentido agradecimento a todas as pessoas que contribuíram a minha formação e me ajudaram a realizar esta caminhada com sucesso.

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V

Sumário

Este documento descreve a prática educativa realizada durante os Estágios profissionais I e II, referentes à Educação Pré-Escolar e ao Ensino do 1º Ciclo do Ensino Básico, respectivamente.

Após uma breve introdução, início este trabalho com um ponto dedicado à caracterização dos dois contextos. Este ponto está dividido em três sub-pontos: Meio Envolvente, o Meio Institucional e os respectivos Edifícios. Destaquei dos Edifícios, constituindo um ponto à parte, os espaços específicos onde a maior parte do trabalho escolar acontece, a sala de jardim de infância e a sala de aula do 1º ciclo.

Num quarto ponto, refiro-me à Actividade Educativa propriamente dita. Neste ponto começo por comparar os respectivos modelos pedagógicos adoptados pela Educadora e Professora Cooperante.

Seguidamente, refiro-me aos dois grupos de crianças, do jardim e do 1º ciclo. Ainda dentro deste ponto, a que chamei Actividade Educativa, faço referência ao currículo enquanto objecto de actividade a desenvolver, destacando os respectivos projectos curriculares de grupo e de turma. Finalmente, para ultimar este ponto refiro a organização da actividade educativa em ambos os contextos.

O ponto cinco dedico-o à descrição da minha prática quer no âmbito do jardim de infância, quer no âmbito do 1º ciclo. Procuro que esta descrição seja sintética, dado o volume de informação, mas que retrata de forma clara, fundamentada e reflexiva o que foram ambos os estágios.

Termino com um ponto dedicado, de forma particular à avaliação do Processo Educativo. Não quero com isto afirmar que a avaliação é um processo exterior à planificação e ao processo educativo global. A minha intenção foi destacá-la dada a sua importância no processo.

Apresento, ainda, uma breve conclusão à qual se segue a indicação da Bibliografia que utilizei como apoio para este Relatório.

Impõe-se, ainda, que eu justifique o título que dei a este Relatório. Ao logo deste relato torna-se claro para o leitor que a metodologia de trabalho de Projecto foi uma das metodologias à qual as docentes cooperantes mais aderiram, e por consequência aquela que mais utilizei. Reforçando este especial destaque para o Projecto, esta foi também a metodologia com que mais me identifiquei. Por estas razões escolhi o título “Partilhar

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VI os saberes e aprender em conjunto”, que exprime o sentido mais fundo destas metodologias de trabalho.

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VII

ASTRACT – FINAL REPORT OF SUPERVISED

TEACHING PRACTICE

This document describes the educational practice conducted during Stages I and II professionals, relating to the Preschool Education and Teaching of the 1st cycle of basic education, respectively.

After a brief introduction, beginning this work with a dedicated point to the characterization of the two contexts. This point is divided into three sub-points: Surroundings, the Institutional Environment and its buildings. Highlighted the buildings, making a point apart, the specific areas where most of the school work happens, the kindergarten room and classroom for the 1st cycle.

In a fourth point, I refer to the Educational Activity itself. At this point I begin by comparing their pedagogical models adopted by the Cooperating Teacher and Educator. Next, I refer to two groups of children, the garden and the 1st cycle. Yet within this point, I called Educational Activity, I refer to the curriculum as an object of activity to be developed, emphasizing their curricular group projects and class. Finally, to finalize this point refer to the organization of educational activity in both contexts.

The five point dedicate it to the description of my practice both in the kindergarten, both in the 1st cycle. Seeking that this description is synthetic, given the volume of information, but it portrays clearly reasoned and reflective which were both stages.

I end with a point engaged, in particular the assessment of the Educational Process. I do not want to say that this assessment is a process external to the planning and the overall educational process. My intention was to highlight it, given its importance in the process.

I present also a brief conclusion which is followed by an indication of the Bibliography I used as support for this Report.

We must, also, that I justify the title I gave to this Report. In this report soon becomes clear to the reader that the methodology of project work was one of the methods which the teachers joined more cooperative, and therefore the one most used. Reinforcing this particular regard to the project, this was also the methodology that I identified more. For these reasons I chose the title "Sharing knowledge and learn together," which expresses the deeper sense of these methods work.

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VIII

Índice de Abreviaturas

OCEPE Orientações Curriculares para a Educação Pré-Escolar IPSS Instituição de Solidariedade Social

UTAD Universidade de Trás os Montes e Alto Douro

EB1 Escola Básica do 1º Ciclo

MEM Movimento da Escola Moderna

PCG Projecto Curricular de Grupo

PCT Projecto Curricular de Turma

PE Projecto Educativo

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IX

Índice de Imagens

Página Figura 1 Fachada principal - Jardim de Infância 13

Figura 2 Sala de Actividades (Sala mista) 18

Figura 3 Fachada principal – Escola nº2 de Mateus 20

Figura 4 Sala de Actividades (4º ano) 22

Figura 5 Mapa: As nossas Notícias 39

Figura 6 Registo e Avaliação das Planificações 39

Figura 7 Mapa de Presenças 50 Figura 8 Mapa das Tarefas 51

Figura 9 Calendário 52

Figura 10 Mapa do Tempo 52

(10)

X

Índice de Quadro

Página

Quadro 1 Caracterização do grupo de acordo com as Áreas 56

de Conteúdo Quadro 2 Caracterização do grupo de acordo com as 59

Competências Gerais Quadro 3 Projecto curricular de Grupo 80

Quadro 4 Estrutura típica de um dia na sala de actividades 90

da Santa Casa da Misericórdia Quadro 5 Estrutura típica de um dia na sala de actividades 94

da Escola nº2 de Mateus Quadro 6 Itens das Planificações elaboradas no âmbito 97

do Estágio I Quadro 7 Itens das Planificações elaboradas no âmbito do 100

Estágio II Quadro 8 Planificação das Actividades Livres nº1 103

Quadro 9 Planificação das Actividades de Rotina nº 1 122

Quadro 10 Planificação das Actividades Orientadas/Projecto 134

Quadro 11 Ocorrências significativas criança A 156

Quadro 12 Ocorrências significativas criança B 159

Quadro 13 Ocorrências significativas criança C 161

Quadro 14 Ocorrências significativas criança D 164

Quadro 15 Ocorrências significativas criança E 166

Quadro 16 Ocorrências significativas criança F 167

Quadro 17 Plano de Aula 170

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Índice Geral

AGRADECIMENTOS……….………...IV SUMÁRIO………...….………V ABSTRACT – FINAL REPORT OF SUPERVISED TEACHING PRACTICE…..…VII ÍNDICE DE ABREVIATURAS………...………VIII ÍNDICE DE IMAGENS……….………...IX ÍNDICE DE QUADROS………..X

1. Introdução………...………...1

2. Caracterização dos Contextos………...………….4

2.1. Caracterização do Meio Envolvente (Vila Real, S.Dinis, Mateus )………….…...4

2.2. Meio institucional - Tipo de organizações e organização interna ... 8

2.2.1. Jardim de Infância ... 8

2.2.2. 1º Ciclo do Ensino Básico ... 11

2.3. Caracterização dos Edifícios... 12

2.3.1. Jardim de Infância (Meio institucional) ... 12

2.3.2. Valência - Jardim de Infância... 13

2.3.3. Espaços... 13

2.3.4. Recursos ... 14

2.3.5. Espaços Exteriores ... 15

2.4.1º Ciclo do Ensino Básico (Meio institucional) ... 20

2.4.1. Espaços... 21

3. Caracterização das salas ... 24

3.1. Jardim de Infância ... 24

3.2. 1º Ciclo do Ensino Básico... 40

4. Actividade Educativa... 46

4.1. Modelos Pedagógicos adoptados: Educadora e Professora Cooperantes ... 46

4.2. Caracterização dos grupos de crianças ... 55

4.2.1. Jardim de Infância (Início do Estágio I) ... 55

4.2.2. 1ºCiclo do Ensino Básico (Início do Estágio II) ... 58

(12)

4.3.1. Gestão Flexível do Currículo ... 70

4.3.2. Projecto Curricular de Grupo/Turma ... 77

Projecto Curricular de Grupo………..80

4.4. Organização da Actividade Educativa ... 90

4.4.1. Jardim de Infância ... 90

4.4.2. 1º Ciclo do Ensino Básico ... 94

5. Articulação da Actividade Educativa ... 96

5.1. Jardim de Infância – Planificações ... 102

Planificação das Actividades Livres nº 1………...103

Justificação das Actividades Livres nº 1……….……..116

Avaliação das Actividades Livres nº 1………. 119

Planificação Actividades de Rotina nº1 ... 122

Justificação da Planificação das Actividades de Rotina nº1 ... 130

Avaliação da Planificação das Actividades de Rotina nº1 ... 132

Planificação das Actividades Orientadas/ Projecto (25.05.2009 a 27.05.2009) ... 134

Justificação Planificação de Actividade Orientadas /Projecto ... 143

Previsão Diária (25.05.2009) ... 145

Previsão Diária (26.05.2009) ... 146

Previsão Diária (27.05.2009) ... 147

Reflexão /Avaliação diária (25.05.2009) ... 148

Reflexão /Avaliação diária (26.05.2009) ... 150

Reflexão /Avaliação diária (27.05.2009) ... 152

5.1.2. Evidências de Aprendizagem ... 154 Criança A………...154 Criança B………..…….157 Criança C………...160 Criança D………...162 Criança E………...164 Criança F………166

5.1.3. 1º Ciclo do Ensino Básico... 169

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Planificação semanal – 10,11,12 de Maio... 172

Descritivo do dia (10/05/2010)………..176

Descritivo do dia (11/05/2010)………...178

Descritivo do dia (11/05/2010)………...179

Reflexão Global das semanas de Responsabilização……….181

5.2. Projectos realizados ... 183

5.2.1. Jardim de Infância ... 185

5.2.2. 1º Ciclo do Ensino Básico ... 187

6. Avaliação do Processo Educativo... 189

7. Conclusão ... 198

(14)

1. Introdução

Conforme o plano de estudos do 2º Ciclo de Estudos em Educação Pré-Escolar e Ensino do 1º Ciclo do Ensino Básico, apresento este Relatório Final de Estágio, com um carácter dissertativo, no qual procuro reflectir e fundamentar a prática educativa, realizada no âmbito dos Estágios I e II. A prática desenvolveu-se segundo dois períodos diferentes, sendo o Estágio I realizado numa turma de Educação de Infância e o Estágio II numa turma do Ensino do 1º Ciclo do Ensino Básico.

O Estágio I e o Estágio II foram desenvolvidos em regime de prática alternada. De acordo com esta prática alternada, o Estágio I desenvolveu-se com um grupo de duas estagiárias e o Estágio II com um grupo de três estagiárias.

O Estágio I realizou-se na Santa Casa da Misericórdia de Vila Real, mais propriamente na freguesia de S. Dinis e decorreu numa das salas de crianças de quatro anos de idade. O grupo de 25 crianças da sala apresentava-se como um grupo heterogéneo ao nível de idades e de sexo. A prática educativa foi executada sob a orientação da Educadora Cooperante.

O Estágio I foi cumprido no decorrer de 135 horas, distribuídas por 15 horas de observação, 90 horas de responsabilização individual e 30 de responsabilização conjunta.

No que respeita ao Estágio II, este decorreu na Escola nº 2 de Mateus, situada na freguesia de Mateus, e integrada no Agrupamento Vertical Monsenhor Jerónimo do Amaral.

A prática educativa foi realizada numa sala do 4º ano de escolaridade, porém apresentavam-se, na mesma sala de aula, quatro crianças no 3º ano de escolaridade. Apesar da sua presença na sala, a actividade, propriamente dita, era dedicada aos alunos do 4º ano. Assim sendo, aos alunos do 3º ano era prestado apoio de acordo com as suas dificuldades e conteúdos curriculares. O grupo era constituído por um total de 16 alunos, heterogéneos ao nível de idades, variando entre os nove e os dez anos de idade, e heterogéneo ao nível dos sexos.

O período dedicado à actividade educativa, neste Estágio II, perfez um total de 114 horas distribuídas por 30 horas de observação, 48 horas de responsabilização e 36 horas de cooperação.

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No decorrer do planeamento da actividade educativa, estabeleceram-se alguns contactos com o exterior de acordo com as visitas realizadas. Houve uma diferença substancial, ao nível de saídas para o exterior, durante o Estágio II, devido à limitação geográfica da Escola nº 2 de Mateus. Esta limitação nas saídas deveu-se ao facto de a escola se apresentar um pouco longe dos espaços a visitar, na cidade, e devido à falta de transporte.

Anterior a qualquer prática educativa deverá estar o conhecimento de diversos factores sociais: o meio envolvente, o tipo de instituição, o conhecimento da sala de actividades e dos restantes espaços da Instituição/Escola. De igual modo, o conhecimento do grupo revela-se de larga importância, visto que será para ele e segundo ele que se gerará todo o processo educativo. Assim, dele se deverá fazer uma caracterização e uma avaliação diagnóstica. Esta caracterização e avaliação servirão para perceber os conhecimentos prévios que o grupo possui e em que ponto de desenvolvimento se encontra.

Desta forma, o Relatório Final de Estágio destina-se a apresentar toda a prática educativa efectuada no âmbito dos dois Estágio realizados.

No primeiro tópico deste trabalho, procuro caracterizar o meio envolvente dos dois espaços educativos, ambos localizados na cidade de Vila Real, fazendo alusão às respectivas freguesias. De igual modo, friso a importância de conhecer o meio em relação ao processo de ensino aprendizagem.

O tópico seguinte refere-se ao Meio institucional, neste ponto abordo os diferentes tipos de organizações e a sua organização interna. Assim, e de acordo com os diferentes tipos de instituições, são ainda apresentados itens como a organização temporal, os documentos orientadores de cada instituição, o número de pessoal docente e auxiliar, assim como as valências existentes.

No terceiro tópico, debruço-me sobre a caracterização física dos edifícios educativos, introduzindo uma breve alusão à história dos mesmos, seguida da caracterização das suas valências. Estas descrições são realizadas em separado e produzidas ao nível global. Desta distinção advém uma visão classificadora dos espaços e dos seus constituintes. Analisei, seguidamente, a importância da qualidade dos espaços e dos materiais para as crianças. Na sequência da análise dos espaços, descrevi a sala de actividades e de aula e findei cada cantinho/espaço com uma reflexão e análise quanto à sua organização, quanto à sua funcionalidade e, posterior, intervenção no mesmo, em ambos os contextos.

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No tópico seguinte, a Actividade Educativa, abordo os modelos pedagógicos utilizados pelas docentes cooperantes. Caracterizo o Movimento da Escola Moderna, com referência a evidências do seguimento deste modelo por parte da Educadora/ Professora cooperantes. Ainda de acordo com a actividade educativa, faço uma abordagem ao Currículo e à forma como ele se desenvolve tendo por base a orientação flexível de gestão curricular.

Na sequência deste tópico abordo, ainda, o Projecto Curricular de Turma, apresentado e analisado, tendo em conta a sua articulação com o Projecto Educativo, entre outros documentos estruturantes da Actividade Educativa.

No que respeita à organização educativa, optei por apresentar a estrutura de um dia, na qual descrevo as diferentes actividades realizadas (rotina, livres, e orientadas).

De acordo com a articulação educativa, realizo uma caracterização reflexiva em torno da planificação, dos itens que a constituem e dos conceitos que a completam. A apresentação de planificações, realizadas em regime de estágio e de responsabilização, é iniciada com a apresentação de uma planificação das actividades livres e de rotina, realizadas no período de um mês e finalizada com a apresentação de uma planificação de actividades orientadas/de projecto. Também estão subjacentes as justificações e as reflexões/avaliações e, de igual modo, as respectivas previsões diárias. Ainda de acordo com este tópico, apresento evidências de aprendizagens, corroboradas por desenhos, registo e fichas. Seguidamente, faço referência ao trabalho de projecto, onde estão contempladas as suas fases e, posteriormente, é feita a abordagem individual a cada projecto desenvolvido.

Por fim, num último tópico, descrevo a avaliação, referindo-me às suas funções relativamente ao processo ensino-aprendizagem e às suas diferentes apresentações.

Como conclusão, apresento um texto reflexivo e crítico sobre toda a prática educativa realizada no âmbito dos Estágios I e II.

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2. Caracterização dos Contextos

2.1. Meio Envolvente

A cidade de Vila Real está situada a cerca de 450 metros de altitude, sobre as margens do rio Corgo, um dos afluentes do rio Douro. Localiza-se num planalto rodeado de altas montanhas, onde se destacam as serras do Marão e do Alvão. Sede de concelho e capital de distrito, pertence à província tradicional de Trás-os-Montes e Alto Douro.

Actualmente, Vila Real tem aproximadamente uma densidade populacional de 223 729 mil habitantes distribuídos por uma área de 4 328 km², dados dos censos 20011. A cidade está a viver uma fase de crescimento e de desenvolvimento, tanto a nível industrial como comercial e dos serviços, com especial relevo para a saúde, ensino e turismo, apresentando-se como local de eleição para o investimento externo. Grande parte deste crescimento deve-se a uma localização geográfica privilegiada, e à existência da Universidade de Trás os Montes e Alto Douro (UTAD). Na sua totalidade, Vila Real é constituída por 30 freguesias, das quais se destacam as freguesias de São Dinis e Mateus, devido à sua situação geográfica. De todas as freguesias, apenas as duas referidas anteriormente serão, futuramente, retratadas devido à sua importância para a prática educativa.

A freguesia de São Dinis, na qual se desenvolveu o Estágio I (Santa Casa da Misericórdia), é constituída por cerca de 3 870 habitantes, e abrange uma área de 1,48 km². De todas as 30 freguesias do concelho de Vila Real, esta é a menor em área, a 3.ª em população residente e a que possui maior densidade populacional (2 614,9 hab/km²). (Wikipédia, 2011)

O Estágio II foi realizado na Escola nº 2 de Mateus, que pertence à freguesia de Mateus. A freguesia de Mateus ocupa uma área geográfica de 4,14 km² e conta com 2545 habitantes, dados dos censos 2001. Ambas as freguesias detêm a denominação de freguesias urbanas.

Como todas as cidades, Vila Real necessita da existência de determinadas infra- estruturas e instituições. Conforme o descrito nas Orientações Curriculares para a Educação Pré-Escolar do Ministério da Educação, emanadas do Ministério da

1

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Educação, o meio é “constituído por diferentes sistemas que desempenham funções específicas.” (OCEPE, 2007:32) Estes referidos sistemas apresentam-se na cidade ao dispor dos cidadãos residentes e a todos os que a visitem:

 Museu de Arqueologia e Numismática;

 Museu do Som e da Imagem;

 Teatro Municipal de Vila Real;

 Museu da Vila Velha;

 Conservatório Regional de Música de Vila Real;

 Biblioteca Municipal Dr. Júlio Teixeira;

 Arquivo Municipal;

 Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro;

 Escuteiros: Agrupamentos 212, 295 e 708;

 Banda de Música de Mateus;

 Complexo Recreativo de Codessais;

 Pavilhão Gimnodesportivo;

 Guarda Nacional Republicana;

 Polícia de Segurança Pública;

 Bombeiros Voluntários de Vila Real e Cruz Verde;

 Centro de Saúde de Vila Real nº1 e nº2;

 Parque do Corgo;

 Parque Natural do Alvão;

 Jardim da Carreira;

 Hospital.

Para que a educação pré-escolar e a educação ao nível do ensino básico possam contribuir para uma maior igualdade de oportunidades e de experiências educativas, é necessário o conhecimento de todos os possíveis recursos do meio envolvente que podem ser explorados no âmbito dessa educação global e construtiva, para um melhor desenvolvimento da vida da criança em sociedade. O conhecimento do meio que rodeia a instituição e as vivências das crianças dota o educador de um leque de respostas para suprir as necessidades e as lacunas de conhecimentos das mesmas, visto que “(…) o desenvolvimento humano constitui um processo dinâmico, com o meio em que o indivíduo é influenciado, mas também influencia o meio em que vive.” (Ministério da

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Educação, 2007:31)

A relação meio – instituição é, portanto, uma ligação a manter durante todo o processo de ensino-aprendizagem, visto ser esta ligação que promove o conhecimento e a formação do ser humano para a vida em cidadania e para o seu desenvolvimento pessoal.

O facto de o meio envolvente ser conhecido, possibilita a exploração de infra- estruturas e de espaços com os mais diversos fins. Espaços que podem divergir entre espaços de lazer, de cultura, entre outros, explorados sob uma perspectiva educativa.

(…) o meio social envolvente - localidade ou localidades de onde provêm as crianças que frequentam um determinado estabelecimento de educação pré-escolar [ou do primeiro ciclo do ensino básico], a própria inserção geográfica deste estabelecimento – tem também influência, embora indirecta, na educação das crianças. As características desta (s) localidade (s) – tipo de população, possibilidades de emprego, rede de transportes, serviços e instituições existentes, meios de comunicação social etc. – não são também independentes de sistemas mais vastos e englobantes sistemas políticos, jurídicos, educativos ainda mais alargados. (Ministério da Educação, 2007:33)

Deste modo, e tendo como base todo o processo de trabalhar com o meio envolvente, a prática efectuada nas duas instituições (Santa Casa da Misericórdia e Escola nº 2 de Mateus) envolveu visitas e trabalhos sobre as diferentes infra-estruturas de forma a proporcionar momentos de aprendizagem mais vivenciados.

De acordo com a actividade educativa realizada na Santa Casa da Misericórdia (Estágio I), entre os recursos disponíveis perto desse espaço foram utilizados os seguintes:

 Sede do Parque Natural do Alvão, para observar uma exposição sobre ossadas de animais;

 Visita a dois supermercados, para observar os alimentos saudáveis e a sua disposição nessa infra-estrutura;

 Visita ao lar Hotel;

 Visita à Escola Fixa de Trânsito.

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Podemos constatar que ainda foram alguns os espaços explorados ao longo desta experiência educativa. Tal facto, de certo modo, deveu-se a localização da Instituição que possibilitava a deslocação a pé para a maior parte destas infra-estruturas.

Contrastando com esta fácil possibilidade de deslocação, estava a Escola nº 2 de Mateus que se localizava num ponto da cidade mais distante e, por isso, a deslocação estava sempre condicionada ao transporte. Deste modo, só foi possível a realização das seguintes visitas:

 ETAR – Estação de tratamento de águas residuais, visitada de acordo com um dos temas do projecto de grupo;

 Teatro Municipal – para assistir a uma peça em exibição.

Como se sabe, hoje em dia, o meio envolvente é um critério articulado com a qualidade da formação de uma criança. Um meio rico e poderoso em possibilidades e recursos pode promover uma educação motivada e de qualidade não só no seio familiar como educacional. Desta forma, é de concordar que “o meio social envolvente […] tem também influência […] na educação das crianças ” (OCEPE, 2007:33), sendo as características do meio dependentes de um largo sistema que abarca toda a sociedade.

Logo, “ uma perspectiva de compreensão da realidade que permita adequar, de forma dinâmica, o contexto educativo institucional às características e necessidades das crianças e dos adultos” é tida como “ um instrumento de análise para que o Educador/Professor possa adaptar a sua intervenção às crianças e ao meio social em que trabalha” (OCEPE, 2007:33), pois como lembra Lobo (1988:19), “o espaço é fundamental para a aprendizagem activa” das crianças.

Conforme podemos constatar, são variadas as possibilidades e os recursos à disposição destes espaços educativos, porém, nada poderia ser aproveitado e dinamizado se este meio, porventura, não fosse conhecido. Tal conhecimento pode promover uma maior ligação e aproveitamento de espaços e actividades comerciais e de lazer. Através do conhecimento do espaço e das oportunidades provenientes do meio, as possibilidades de actividades educativas deixam de ser limitadas ao espaço da sala de actividades e, de igual modo, ao espaço institucional. Conhecer o meio que envolve uma instituição é, pois, de extrema importância. É necessário saber com que tipo de população se está a trabalhar, ou seja, que cultura, que poder socioeconómico e que actividades se pratica no meio. É necessário, também, saber que recursos educativos

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estão ao nosso dispor e quais as estruturas que a localidade nos oferece. Isto tudo com a finalidade de adaptar o currículo ao meio e de enriquecer todo o percurso de ensino- aprendizagem das nossas crianças.

Uma Instituição, um Jardim de Infância, uma escola de Ensino Básico afastados, distanciados e sem retirar partido de um todo que os rodeia não é mais do que algo fechado em si mesmo. Sendo o meio educativo, mais que nunca, nesta fase, uma preparação para a vida em sociedade, é importante o conhecimento e a ligação existente entre ambos os conceitos.

2.2. Meio institucional - tipo de organizações e organização interna

A Santa Casa da Misericórdia de Vila Real (estágio I) e a Escola nº 2 de Mateus (estágio II) são infra-estruturas e locais educativos com substanciais diferenças, não só a nível dos espaços, como poderemos constatar no ponto a retratar posteriormente, mas também ao nível da sua origem e organização.

2.2.1. Jardim de Infância

A Santa Casa da Misericórdia é uma Instituição Privada de Solidariedade Social – IPSS, portadora de uma grande vertente solidária e comunitária. Entende-se por IPSS, instituições:

“ (…) constituídas sem finalidade lucrativa, por iniciativa de particulares, com o propósito de dar expressão organizada ao dever moral de solidariedade e de justiça entre os indivíduos e desde que não sejam administradas pelo Estado ou por uma corpo autárquico, para prosseguir, entre outros, os seguintes objectivos, mediante a concessão de bens e a prestação de serviços: apoio a crianças e jovens, à família, à integração social e comunitária, protecção dos cidadãos na velhice e na invalidez, promoção e protecção da saúde, educação e formação profissional e resolução dos problemas habitacionais. “ (Decreto-Lei n.º 119, Estatuto das IPSS, 1983)

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A organização temporal desta Instituição faz-se de acordo com o seguinte horário: período da manhã: das 9h às 13h e período da tarde: das 14h às 18 horas. É de referir que existe, para protecção das crianças e controle de entradas e saídas, uma funcionária dedicada ao visionamento e supervisão da porta principal desta Instituição. Durante este período de funcionamento são realizadas diariamente três refeições: pequeno-almoço, almoço e lanche, as quais são facultadas a todas as crianças que delas necessitem.

” Organizar o quotidiano das crianças na Escola infantil pressupõe pensar que o estabelecimento dê uma sequência básica de actividades diárias é, antes de mais nada, o resultado da leitura que fazemos do nosso grupo de crianças, a partir, principalmente, de suas necessidades. ” (Barbosa, M. C. S. E Horn, M. G. S.(2001):69)

Como todas as organizações escolares, esta organização educativa regula o seu funcionamento no âmbito educativo ao nível de três documentos orientadores: Plano Anual de Actividades, Projecto Educativo e, por fim, o Regulamento Interno. Destes três documentos, o Regulamento Interno é o único entregue em mão aos Pais no acto de inscrição das crianças, os restantes são disponibilizados pela Instituição para quem os desejar consultar. Cada um destes documentos delimita um fim, ou seja, é criado e seguido para que o trabalho dentro da Instituição seja realizado de forma consistente e aberta. Consistente, no sentido de não haver falhas de organização, e aberta, para que toda a comunidade educativa detenha o poder de se manter informada sobre todas as actividades a realizar.

Deste modo, falamos em Plano Anual de Actividades como sendo o documento de organização e gestão da escola, contextualizando as diversas actividades a desenvolver ao longo do ano lectivo (exposições, saídas, datas festivas: Natal, Dia da Mãe, Páscoa etc.), a sua organização e recursos necessários à sua execução. O Projecto Educativo (Anexo A.1) é um documento elaborado pela comunidade educativa (docente e não docente), que estabelece a identidade da Escola a partir da análise do contexto em que a mesma se insere, e por fim, mas não menos importante, o Regulamento Interno no qual se informa sobre as regras básicas de funcionamento, estabelecendo direitos e deveres de todos os elementos da comunidade educativa, horários dos serviços, entre outros. Todos estes documentos estão ao dispor dos encarregados de educação e dizem respeito a duas valências: a creche e o Jardim de Infância.

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De acordo com todos os documentos referidos anteriormente, os temas a tratar durante este Estágio I foram: “3 R`s – reciclar, reduzir e reutilizar ”e “Nós e a Natureza”, tratados num total de 15 salas, distribuídas pelas duas valências.

O corpo docente é formado por 12 Educadoras, um Professor de Educação Física (expressão motora), e um Professor de Música (expressão musical). Dentro do corpo docente, mais propriamente do conjunto de educadoras, é de destacar a Educadora Cooperante com a qual realizei este Estágio I. Para além destes serviços a Instituição dispõe ainda de Serviços de Psicologia e Orientação. (Secção III-artigo38º do decreto lei nº 115/A, 1998). As actividades da responsabilidade do Professor de Educação Física e, também, as da responsabilidade do Professor de Música realizavam- se às quartas-feiras. Nesse dia, as crianças tinham uma meia hora dedicada à expressão motora de manhã e, à tarde, meia hora de expressão musical. Estes horários sofreram pequenas alterações, excepcionalmente, ao longo do ano lectivo.

O corpo não docente é formado por 28 Auxiliares da Acção Educativa, 11 Trabalhadoras Auxiliares, 4 funcionários dos Serviços Administrativos, 2 Cozinheiras, 1 Ajudante de Cozinha e 2 Funcionários responsáveis pela manutenção de todos os espaços. É de salientar que em cada sala existe a presença de uma Educadora e de uma Auxiliar de Acção Educativa.

Ao longo do ano lectivo, foram realizadas reuniões com os encarregados de Educação e, tanto quanto possível, estabeleceram-se outros contactos com a comunidade.

“ O jardim de infância não é um mundo à parte, mas uma parte integrante da aldeia, da vila ou da cidade em que esta situado, com tudo o que isso implica de interpretação e interacção com o meio que o rodeia. Qualquer que seja a arquitectura, o mobiliário, o material e a idade da crianças trata-se de criar no jardim de infância um local de vida. “ (Lobo, 1988:19)

A IPSS é constituída por diversas valências, como observaremos mais à frente, e com elas surgem as diversas salas e recursos desta instituição. Para a valência de Jardim de Infância, existem quatro salas de suporte à vida educativa, a sala dos 4 anos, a sala mista, e a sala mista I e II, o que perfaz um total de 100 crianças.

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2.2.2. 1º Ciclo do Ensino Básico

A Escola EB1 nº 2 de Mateus é uma escola da rede pública, abrangida pelo Agrupamento Vertical de Escolas Monsenhor Jerónimo do Amaral. A sua direcção/coordenação estava a cargo da Professora Cooperante. É de referir que, neste momento, esta escola já não se apresenta em funcionamento, tendo os seus alunos sido divididos por escolas já existentes e com melhores condições, do referido Agrupamento.

“O Agrupamento Vertical de Escolas Monsenhor Jerónimo do Amaral pretende definir o percurso de construção da identidade do Agrupamento, tendo por base uma verdadeira comunidade de aprendizagem, assente num modelo dinâmico de comunicação e colaboração entre todos os actores educativos, com a finalidade comum de melhorar a qualidade das aprendizagens de todos os alunos.” (Ministério da Educação, 2008: 5)

Semelhante à Instituição anteriormente retratada, também a Escola EB1 nº 2 de Mateus possui documentos que orientam as suas actividades educativas, são eles: Projecto Educativo, com o tema “ Aprender em comunidade”, o Plano Anual de Actividades e por fim, o Regulamento Interno (todos no Anexo B.1).

O horário de funcionamento desta escola realizava-se das 9h às 12h, no horário da manhã e, no período da tarde, das 13.45h às 15.45h, funcionando esta escola em regime normal. Durante este período é realizado um intervalo de 20/30 minutos, no qual as crianças efectuavam a refeição a meio da manhã ou a meio da tarde.

O corpo docente desta escola limitava-se a três professoras, no período da manhã e uma auxiliar educativa e duas professoras e uma auxiliar educativa no período da tarde. É de mencionar que uma das professoras que comparecia no período da manhã, encontrava-se na Escola apenas quando era necessário o apoio a crianças com dificuldades educativas.2

Algumas crianças iam almoçar a casa, contudo, um grupo significativo utilizava o transporte da escola e faziam o almoço num refeitório exterior à escola. Este transporte era sempre feito com a supervisão de uma funcionária dedicada a esse serviço. Assim, num total, a escola possui cinco professoras e três auxiliares. Destas

2

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cinco professoras, a Professora Cooperante e a Professora de Apoio foram aquelas com as quais estabeleci maior contacto ao longo do Estágio II.

Como se trata de uma escola com poucos alunos, compreende-se que os recursos humanos existentes também sejam poucos.

2.3. Caracterização dos edifícios

2.3.1. Jardim de Infância (Meio institucional)

A Santa Casa da Misericórdia é uma Instituição de Solidariedade Social (IPSS) com fortes ligações à Igreja Católica.

Não se sabe com precisão qual a data de fundação da Santa Casa da Misericórdia de Vila Real. Há quem situe a sua fundação na altura em que se comprou o terreno para construir a então igreja da Misericórdia. Estamos a falar no ano de 1528 - século XVI, contudo, há historiadores que afirmam ter sido possível a sua fundação dez anos antes.

A partir do ano de 1532 foi na igreja da Misericórdia que passou a funcionar a Santa Casa da Misericórdia. Foi criada com o objectivo de dar apoio aos mais carenciados desta região. Para corresponder a estas necessidades, a Santa Casa da Misericórdia de Vila Real criou várias valências.

Em 1796, criou-se o hospital, o que correspondeu à primeira grande obra realizada pela Santa Casa da Misericórdia de Vila Real.

Em 1925 seguiu-se, por intermédio de D. João Vidal - Bispo de Vila Real, a Valência Escola Donas de Casa - Florinhas da Neve, que foi criada com o objectivo de acolher meninas em situação de risco.

Bastante mais tarde, em 1987, criaram-se as Valências Creche e Jardim de Infância e um pouco depois o Centro de Actividades Tempos Livres de forma a corresponder às necessidades da comunidade. Actualmente, devido à reorganização curricular, este Centro encerrou.

Um ano mais tarde, em 1988, surge outra nova Valência – Lar de Idosos e Centro de dia, seguindo-se um ano depois, em 1989, o Apoio Domiciliário. Catorze anos mais tarde é criado o Lar Hotel.

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De seguida, passo a caracterizar cada um dos espaços responsáveis por acolher crianças de acordo com as suas idades.

2.3.2. Valência - Jardim de Infância

O Jardim de Infância é um estabelecimento de ensino pré-escolar destinado a acolher crianças com idades compreendidas entre os 3 anos e a idade de ingresso no 1º Ciclo do Ensino Básico.

O Jardim de Infância da Santa Casa da Misericórdia de Vila Real encontra-se em funcionamento no edifício situado na Rua da Fonte Nova. O acesso é feito por uma avenida bastante movimentada mas em boas condições de circulação, quer ao nível de veículos, quer ao nível da população. Os passeios são largos, o que permite às crianças caminharem com mais segurança.

Funciona no antigo edifício das Florinhas da Neve desde 2000, tendo sido remodelado para o mesmo efeito. A sua fundação surgiu no edifício da Creche, mais tarde passou para o antigo hospital (actual lar hotel) e aí permaneceu até ao ano 2000. O edifício do Jardim de Infância fica situado na Freguesia de S. Dinis, cidade de Vila Real. Tem como fronteiras vizinhas a Freguesia de S. Pedro, a Freguesia de Lordelo e a Freguesia de Parada de Cunhos da qual é separada pelo rio Cabril.

O Jardim de Infância fica também junto às Valências Creche e Florinhas da Neve da mesma Instituição. Todos estes espaços estão interligados.

O referido contexto educativo está situado em pleno meio urbano, de fácil acesso e, na sua constituição, distribuídos por três pisos, do qual fazem parte:

2.3.3. ESPAÇOS

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♦ Átrio de Acolhimento: um espaço de entrada e de saída, por onde circulam todas as pessoas, sendo de fácil ligação aos outros espaços. Esta entrada é vigiada por uma funcionária que supervisiona quem entra e quem sai.

♦ Quatro salas de Actividades: destinadas a três grupos de crianças de várias idades (Mista, Mista I e Mista II), constituídas por grupos heterogéneos e um grupo homogéneo com crianças de 4 anos. As salas possuem área suficiente para o número de crianças. Estão bem iluminadas com amplas janelas, bem equipadas a nível de aquecimento e ventilação, suficientemente apetrechadas com mesas, cadeiras, mobiliário e material didáctico de apoio e consumo adequado e necessário às actividades que aí se realizam.

Em termos de Recursos Humanos, possui uma Educadora de Infância em cada sala de actividades e também uma Auxiliar de Acção Educativa. Os grupos das salas mista I e mista II dispõem de duas Auxiliares de Acção Educativa.

2.3.4. Recursos:

♦ Lixoteca: é a sala de apoio à reciclagem, reuniões e actividades de exposição.3

♦ Mediateca: é o espaço equipado com suporte informático, televisão, leitor de cd’s leitor de Dvd’s, telefone, biblioteca e diversos jogos. Ainda neste espaço estão concentrados materiais para exploração “experimental” e jogos matemáticos.

♦ Gabinete de Coordenação: funciona também como espaço de recepção e acolhimento aos Pais / Encarregados de Educação; como arquivo de carácter administrativo e de expediente relacionados com o funcionamento do Jardim de Infância, e como espaço de trabalho docente, sempre que necessário.

♦ Zona de Cabides individuais: situa-se junto a todas as salas de actividades. Identificados com o nome das crianças, estes espaços destinam-se a guardar o seu vestuário e outros objectos pessoais.

♦ Salão Polivalente: corresponde a espaço amplo, com boa luminosidade. Está destinado a diversas actividades como expressão motora, musical, entre outras. Dispõe de boa luminosidade natural.

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♦ Refeitório: é iluminado com luz natural e artificial e aquecido com ar condicionado. Possui vários armários para a arrumação de loiças, talheres e estantes de apoio para alimentos e loiças. Existem mesas e cadeiras em bom estado, adequadas às crianças destas idades e sem arestas agressivas. No refeitório, existe também a Copa destinada à lavagem e limpeza de loiças. Está equipada com máquina da loiça, banca e bancada.

♦ Três Instalações Sanitárias para as Crianças: são adequadas às suas idades, pois as sanitas estão de acordo com a sua estatura física, bem como os lavabos. São bem iluminadas, arejadas e limpas. Existe num dos W.C. uma base de chuveiro manual com misturador de água quente e fria.

♦ Instalações Sanitárias para Adultos: são destinadas ao pessoal docente e não docente, uma das quais com base de chuveiro manual com misturador de água quente e fria.

♦ Sala de Arrumos: este espaço situa-se junto às salas de actividades (no mesmo piso) e está destinado à arrumação dos catres. Possui várias estantes onde são guardados materiais de apoio às salas de actividades. Tenho ainda a destacar a existência de um armário de primeiros socorros.

No último piso do edifício encontramos:

♦ Sala para reuniões e outros: que é destinada a reuniões do corpo docente entre outras.

♦ Gabinete de Funcionários: situado no último andar do edifício, faz fronteira com a rouparia. O gabinete encontra-se equipado com cacifos individuais, sofá, televisão, mesa e suporte de cabides.

2.3.5. Espaços Exteriores

A Instituição é rodeada por grandes espaços que se encontram devidamente vedados com impedimento de passagem para o exterior. A zona exterior é composta por quatro espaços distintos:

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♦ Polidesportivo: é um espaço amplo, destinado às aulas de expressão motora, sempre que o tempo o permita. Aqui, podem ser realizadas as mais diversas actividades tanto ao nível de cada grupo, como aquelas que são dirigidas a toda a comunidade educativa. Possui campo de futebol, basquetebol e ténis.

♦ Jardim dos Cheiros: é um espaço amplo, com as mais diversas árvores e plantas aromáticas e medicinais.

♦ Bosque: espaço partilhado pela Creche e Jardim de Infância. Aqui podemos encontrar árvores e arbustos de inúmeras espécies. Bancos e mesas rústicas apetrecham este espaço.

♦ Dois Recreios: amplos, devidamente equipados com estruturas fixas (baloiços, escorregas, gangorras). Ambos os espaços possuem caixa de areia. Um deles é composto por uma casa de madeira que faz as delícias dos mais pequenos. Possuem caixas destinadas à arrumação de materiais (pás, baldes…).

Já no início deste ano lectivo o recreio situado no 1º piso sofreu obras de melhoramento. Aqui, além do ajustamento do parque de areia e dos baloiços, foi igualmente recuperada a vedação da zona envolvente e todo o pavimento, que é constituído por material sintético, de boa drenagem das águas pluviais e seguro, em caso de queda.

Como podemos constatar, o edifício que agrega todas estas crianças possui uma construção que se pode afirmar de certa forma recente e adequada. Todo o edifício demonstra bom estado de conservação e segurança. Porém, existem pequenos lapsos na sua constituição que passarei a descrever:

 A inexistência de um ponto de água no interior da sala, o que limita a realização de alguns trabalhos. Esta lacuna era atenuada pela existência de casas de banho perto da sala, às quais se recorria quando havia necessidade de água para executar trabalhos;

 Quartos de banho com número insuficiente de lavatórios e sanitários para o número de crianças que o frequentam. Facto que dificultava a sua utilização na hora do almoço, quando todas as crianças o utilizavam;

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 Corredores estreitos, que limitaram a circulação simultânea de várias crianças;

 A não existência de dormitório para crianças de 3 anos de idade o que fazia com que estas dormissem em colchões, no chão de uma sala de actividades, o que limitava, de certa forma, a organização do espaço;

 A Instituição não possui transporte próprio o que limita as visitas a locais mais afastados.

Passo a destacar os aspectos positivos que, na minha opinião, superam os negativos.

Um aspecto positivo da Instituição é o seu próprio espaço educativo, visto que o mesmo possuía diversificados ambientes e espaços físicos propícios à educação escolar, sendo esse um facto a louvar.

Uma das divisões, com maior utilização, é a sala polivalente (onde são realizadas as aulas de expressão motora e expressão musical, e de uso comum a todas as salas), que tem uma área de boa dimensão e está muito adequada às funções para as quais é destinada. Um outro factor relevante é o facto de um dos recreios ter ligação directa à sala de actividades, o que permite uma utilização mais frequente e facilitada.

“A Educação Infantil precisa de espaços abertos e amplos, com a possibilidade de áreas de encontro de crianças de diversos grupos (…) e eliminação de barreiras arquitectónicas.” (Forneiro, 1998:244)

De uma forma geral, existe um factor positivo comum e presente em todas estas divisões que pode ser considerado facilitador de actividades educativas, a existência de uma boa iluminação natural, fornecida através das diversas janelas. O facto de os raios de sol “entrarem” pelas janelas anima as crianças tornando-as mais predispostas à aprendizagem.

De igual modo, é de mencionar que todo o edifício arquitectado está pensado tendo por base a segurança, como por exemplo, a inexistência de arestas cortantes, a presença de tomadas com protecção e existência de extintores, que garantem a segurança das crianças ao nível de acidentes pessoais de acordo com o Despacho nº 268/97, de 25 de Agosto. (Ministério da Educação, 1997:91).

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Tendo por base o Despacho nº 268/97, de 25 de Agosto, passarei a caracterizar os espaços mais aproveitados por estas crianças:

Sala de actividades: “Este espaço destina-se ao desenvolvimento de actividades educativas a realizar pelas crianças, individualmente ou em grupo.” (Ministério da Educação, 1997:90) Permite o obscurecimento parcial e total de toda a divisão, o contacto visual com o exterior, uma fácil comunicação com os “vestiários” das crianças, comunicação directa com o exterior e a utilização e visionamento de meios audiovisuais. Porém, esta sala não detém uma zona de bancada fixa, necessária segundo o Despacho nº 268/97, de 25

2- Sala de actividades (sala mista) de Agosto.

Sala polivalente: Este espaço “(…) deverá permitir a prática de actividades educativas e lúdicas, para além de responder à realização de manifestações de carácter cultural e recreativo, abertas à comunidade.” (Ministério da Educação, 1997:91) De acordo com o anexo nº1, ficha nº 2 do Despacho Conjunto nº 286/97, de 25 de Agosto (Ministério da Educação, 1997:95), o espaço permite a utilização e visualização de meios audiovisuais, o obscurecimento parcial e total, a protecção solar, a fixação de expositores e localiza-se próxima das salas de actividades. O pavimento é confortável, resistente, lavável e antiderrapante; as paredes são laváveis, não abrasivas, de cor clara; o tecto é de cor clara e permite uma boa reflexão da luz. Este espaço possui aquecimento, de acordo com o clima da região, e a ventilação é natural. A sua ligação ao exterior não é directa mas é de fácil acesso ao mesmo.

Instalações sanitárias (para crianças): Este espaço é destinado à higiene pessoal das crianças. Como é sugerido pelo Despacho nº 268/97 existe ao nível da quantidade definida por lei, o número de sanitas e lavatórios necessários à higiene pessoal de cada criança. Verifica-se uma proporção de uma sanita por cada 10 crianças (sem portas) e um lavatório por cada 7 crianças (adequado ás suas alturas). O espaço localiza-se próximo da sala de actividades, o pavimento é lavável e de fácil manutenção e as paredes são de cabril lavável e a restante pintada. Possui um duche, iluminação natural, ventilação natural, água e esgotos. Possui os seguintes equipamentos fixos: sanitas, lavatórios, 2 toalheiros, suportes para papel higiénico (embora não existia em

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todas as divisões) e base para duche, servida de chuveiro manual, indo ao encontro do anexo nº1, ficha nº 2, do Despacho Conjunto nº 286/97, de 25 de Agosto (Ministério da Educação, 1997: 95/96) No entanto, para crianças com dificuldades de locomoção não existem os requeridos apoios. De igual modo, esta divisão encontra-se de acordo com a lei ao nível do seu pavimento que se apresenta “(…) resistente à lavagem e de fácil manutenção.” e paredes de “ lambril lavável e impermeável. ” (Ministério da Educação, 1997:92)

Refeitório: “Este espaço é destinado ao serviço de refeições. Deve existir sempre que o número de utentes o justificar.” De acordo com o anexo nº 268/97, de 25 de Agosto (Ministério da Educação, 1997:100), o espaço permite protecção solar, localiza-se próximo da cozinha, com pavimento confortável, resistente, anti-derrapante e lavável: as paredes são laváveis, não abrasivas, de cor clara; o tecto é de cor clara e tem a ventilação natural.

Espaços exteriores: Este espaço apresenta-se “(…) organizado de forma a oferecer ambientes diversificados que permitam a realização de actividades lúdicas e educativas. ” (Ministério da Educação, 1997:99) O espaço exterior é composto por dois recreios. Destes dois, um deles possui ligação directa com a sala de actividades, como já referi, e outro, paralelo a este, está ao dispor diário de outras crianças. No primeiro espaço exterior, de maior importância, não existe um ponto de água e apresenta-se delimitado pelas paredes do edifício. Não possuía uma única zona coberta, não estando de acordo com o anexo nº 1, ficha nº 8 do Despacho Conjunto nº 286/97, de 25 de Agosto (Ministério da Educação, 1997:99). Ainda nos espaços exteriores é de referir a existência de uma horta que foi trabalhada durante o presente ano lectivo ao longo deste Estágio I, um campo de futebol, explorado pela expressão motora, um jardim e um edifício ou arrecadação. O seu piso é constituído por um tapete de borracha sintética e “(…) tem vindo a ser preferido por ser mais fácil a sua manutenção.” (Menezes, 1998:37). Este tipo de piso “É bom para amortecer certas quedas, mas, por outro lado, pode também favorecer a ocorrência de mais entorses e fracturas dos membros uma vez que o tapete de borracha não se desloca como os materiais soltos, provocando paragens mais bruscas do movimento.” (Menezes, 1998:38)

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“O espaço na educação constitui-se como uma estrutura de oportunidades. É uma condição externa que favorecerá ou dificultará crescimento pessoal e o desenvolvimento das actividades instrutivas” (Zabalza, 1992: 120)

2.4. 1º Ciclo do Ensino Básico (Meio institucional)

A EB1 nº 2 Mateus fica situada em Abambres, na zona periférica da cidade de Vila Real, junto à estrada que circunda a cidade (antigo circuito). É uma estrada muito movimentada, pois por aí passam os veículos provenientes principalmente de Sabrosa, Régua, zona industrial de Vila Real, bem como de muitas das aldeias e zonas residenciais fronteiriças a Vila Real. Os alunos desta escola não se deslocam sozinhos, não só porque moram longe da escola mas, e sobretudo, porque se torna muito perigoso uma criança circular sozinha numa estrada com tanto movimento. A Escola nº 2 de Mateus pertence ao Agrupamento Vertical de Escolas

3- Fachada principal - Escola n º 2 de Mateus Monsenhor Jerónimo do

Amaral cujo Projecto Educativo tem como tema “Aprender em Comunidade”, tendo por base uma verdadeira comunidade de aprendizagem, assente num modelo dinâmico de comunicação e colaboração entre todos os actores educativos, com a finalidade comum de melhorar a qualidade das aprendizagens de todos os alunos. O Agrupamento Vertical de Escolas Monsenhor Jerónimo do Amaral é composto pelas treze freguesias que se encontram na margem esquerda do rio que divide a cidade sensivelmente a meio. É constituído por um total de dezanove jardins de infância, vinte e três escolas do 1º ciclo e uma escola do 2º e 3º ciclos, a escola sede. O edifício escolar é do tipo “ Adães Bermudes”. Em 1900, na Exposição mundial de Paris, Adães Bermudes, arquitecto português, apresentou um projecto de escola que obteve a medalha de ouro do certame. Atendendo

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à necessidade de equipar e investir na educação, o Estado promove um programa para a elaboração de projectos de edifícios destinados a escolas de instrução pública, da responsabilidade do arquitecto Arnaldo Ferreira Adães Bermudes. Através deste programa, foram construídas entre 1902 e 1912 cento e oitenta e quatro escolas, nas quais se inclui a Escola nº 2 de Mateus. Em comum, estas escolas possuem elementos como: as entradas independentes para meninos e meninas, dado que na altura não era muito habitual a coeducação, duas salas com grandes janelas, definidas exteriormente por uma bordadura de tijolo. As salas dividiam-se por duas alas, separadas por um corpo central mais elevado, que se destinava a casa dos professores. A função de professor adquiria na imagem projectada por esta arquitectura, toda a dignidade, mas também a total dedicação à profissão, pois mantinha-se sempre presente no edifício. Contudo, dado que muitos professores se deslocavam das suas respectivas localidades, o facto de a escola incluir uma residência disponível era muito facilitador.

2.4.1. ESPAÇOS

♦ Átrio de Acolhimento: À entrada de cada sala de aula existe um pequeno átrio coberto onde os alunos guardam os seus casacos e guarda-chuvas quando assim a estação o implica. É neste hall, situado na entrada de cada sala de aula, que os alunos esperam pelos pais ou estes pelos filhos e está equipado com cabides, dois bancos e um armário para arrumações. Este hall, no que diz respeito ao espaço do vestuário das crianças, encontra-se de acordo com o Despacho Conjunto nº 268/97, de 25 de Agosto.

♦ Gabinetes: Existe um mini gabinete à entrada de cada sala , por sua vez, cada um detém uma função específica: um serve como biblioteca e outro serve para guardar o material informático, fotocopiadora e estantes com diversos materiais e documentos de apoio. É ainda neste pequeno gabinete que trabalham os professores que dão apoio à escola.

Fazem ainda parte deste edifício escolar duas residências, uma das quais é ocupada pelo gabinete do Apoio Educativo, e a outra é a sede do Núcleo Regional do Movimento da Escola Moderna.

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4- Sala de actividades (4º ano)

♦ Salas de aula:

São duas as salas de aula desta escola.

Uma das salas é dedicada ao ensino do 3º e do 4º anos do ensino básico, e a outra dedicada apenas ao 3º ano do ensino básico. Na sua actividade educativa, esta escola só alberga estes dois níveis escolares. O mobiliário da sala, apesar de pouco recente, apresentava-se em razoáveis condições de qualidade e estabilidade para um bom processo de ensino aprendizagem. Possuía um pavimento plastificado, fácil de lavar, um balcão em pedra mármore e uma bacia com água canalizada. As paredes estavam pintadas com tinta branca e encontravam-se um pouco deterioradas e sujas. Tinha uma boa iluminação natural, proveniente do grande número de janelas, bem como da iluminação artificial.

A sala possuía aquecimento central a lenha, o que proporcionava um aquecimento adequado às condições atmosféricas da região e melhorava as condições de trabalho de toda a comunidade educativa.

É de referir que a antiguidade da escola se faz notar ao nível dos móveis incorporados na sala, mais especificamente os móveis em madeira que, apesar de estarem num estado razoável de manutenção, apresentavam as suas lacunas. A ligação, sala - instalações sanitárias - recreio, é de fácil acesso e de ligação directa.” O espaço interno deve ser bem iluminado, bem ventilado e bem aquecido, quando necessário. A água deve estar disponível na sala e, idealmente, deve-se ter fácil acesso ao pátio e aos banheiros” (Spoked, B. e Saracho,O. 1993:126)

♦ Instalações Sanitárias para as Crianças: Este edifício possuía três casas de banho, cada uma com um metro quadrado. As casas de banho apresentam-se no exterior, mas cobertas pelo pátio que dá acesso ao recreio. Destas três casas de banho, uma era para o uso das raparigas, outra para o uso dos rapazes e a restante para arrumações. Eram insuficientes para tantas crianças. Segundo a Legislação Despacho Conjunto nº 268/97, de 25 de Agosto, as casas de banho devem possuir uma sanita e um lavatório por cada dez crianças, o que não se verifica nesta instituição. Deveria ter também pelo menos uma sanita com apoios para crianças com dificuldades de locomoção e, pelo menos, um duche com água quente. O chão deste ambiente é anti- derrapante, resistente à lavagem e de fácil manutenção. Não possui janelas, tendo assim

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uma iluminação eléctrica. No entanto, como a porta da casa de banho está sempre aberta permite, de certa forma, ventilação suficiente. Situadas no exterior do edifício propriamente dito são muito frias, facto que se complica nos dias rigorosos de Inverno.

♦ Recreio: O edifício possui um único recreio partilhado pelas duas salas de aula desta escola. Este recreio situa-se nas traseiras da escola, não possuindo qualquer tipo de cobertura. Apresenta-se em terra batida, sem materiais lúdicos e sem cobertura, facto que dificulta as saídas das crianças para o mesmo em tempos de chuva. “As áreas externas devem ter se possível, superfícies gramadas e pavimentadas.” (Spoked, B. e Saracho, O. 1993:132)

Com um suporte coberto, oposto ao recreio, de pequenas dimensões, é este que alberga as crianças quando chove. Este suporte coberto alberga ainda um pequeno espaço que serve como arrecadação. As instalações escolares são reduzidas para o elevado número de crianças que frequentam a escola, o recreio é pequeno e descoberto, pelo que, no Inverno os alunos mal podem sair ao intervalo, dado que o espaço coberto é de dimensões muito reduzidas e não comporta um número tão elevado de crianças, que têm necessidade de correr e brincar.

A prática desportiva e a prática de Educação Física são disciplinas que não podem ser leccionadas/trabalhadas como os professores desejariam e como os alunos mereciam, pois não há condições mínimas para se poder cumprir o programa de forma eficaz.

Percebe-se que a escola está pouco adequada às exigências educativas de hoje. É uma escola antiga que foi construída no início do século XX (1912) e que, na altura, correspondia às necessidades. Contudo, hoje, as exigências são outras. Não há polivalente, não tem ginásio, não tem biblioteca, nem outros espaços que, habitualmente, existem numa escola do século XXI. Mas o facto de ser uma escola pequena também tem as suas vantagens. Os professores e alunos cooperam com mais facilidade, criando laços de amizade muito fortes entre todos. Os professores apoiam-se e trocam experiências. Têm a vantagem de funcionarem como uma família.

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3. Caracterização das salas

3.1. Jardim de Infância

Organização e gestão dos espaços e materiais o Caracterização do espaço

Num Jardim de Infância, a sala de actividades “(…) destina-se ao desenvolvimento de actividades educativas a realizar pelas crianças, individualmente ou em grupo.” (Ministério da Educação, 1997:93), e não deve ter outra utilização.

“Os espaços da Educação Pré-escolar podem ser diversos, mas o tipo de equipamento, os materiais existentes e a forma como estão dispostos condicionam, em grande medida, o que as crianças podem fazer e aprender.” (Ministério da Educação, 1997:37)

A sala de actividades na qual realizei o meu estágio detém cerca de 50 m², que equivale a 2 m² por criança, ou seja, o espaço previsto para cada criança de acordo com o anexo nº1, ficha nº1 do Despacho Conjunto nº 268/97, de 25 de Agosto. (Ministério da Educação, 1997:93)

Observando a sala, é fácil denotar que esta se apresenta com uma boa luminosidade, com quatro grandes janelas e um espaço amplo. “O espaço é antes de mais nada luz: a luz que nos permite tanto a nós como à criança vê-lo, conhecê-lo e, portanto e, ao mesmo tempo, compreendê-lo, recordá-lo, talvez para sempre”. (Zabalza.1998:231) De igual modo, a sala permite o obscurecimento parcial e total, permitindo da mesma forma, a protecção solar.

Não só a iluminação natural permite e favorece uma boa luminosidade, também a cor clara das paredes e do tecto promove um ambiente mais límpido e brilhante. As paredes que delimitam este espaço permitem a “(…) fixação de parâmetros verticais de expositores e quadros.” Tal como é exaltado no anexo nº 1 do Despacho conjunto nº 268/97 de 25 de Agosto. (Ministério da Educação, 1997: 93)

Promovida de forma adequada ao nível da iluminação, a sala está também bem apetrechada ao nível da ventilação e do arejamento. Estes elementos, arejamento e ventilação, são permitidos pelas janelas existentes e pelo ar condicionado. O

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5- Mapa: As nossas Noticias
8- Mapa das Tarefas
Tabela de ocorrências significativas: Criança A
Tabela de ocorrências significativas: Criança C
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