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2.2 Caracterização do contexto dos estágios clínicos

A segunda parte do questionário tem como objectivo a caracterização do contexto relativo ao processo de supervisão dos estágios clínicos experimentado pelos alunos. É composto por 31 questões com resposta de escolha múltipla, resultando em algumas delas a obtenção de dados dicotómicos.

As questões de 1 a 5 pretendem avaliar o grau de conhecimento que os alunos possuíam sobre o local de estágio e o papel que deles era esperado, antes do início do módulo de estágio. Pretendíamos avaliar ainda se as acções desenvolvidas nesse sentido, pela Escola e pela Instituição de saúde onde o estágio se realizou, tinham sido eficazes no sentido de dotar os alunos de informação relevante sobre o estágio que iriam realizar.

Nessa perspectiva e observando os resultados expressos no quadro 4, cerca de 62,5% (n=20) dos alunos consideraram suficientes as informações facultadas pela Escola sobre o estágio durante a preparação do mesmo, enquanto 37,5% (n=12) consideraram-nas insuficientes.

Quadro 4 - Conhecimento prévio dos alunos sobre o local de estágio

Questões Respostas %

Suficientes 20 62,5% Na Escola, durante a preparação do estágio, as

informações facultadas sobre o mesmo foram:

Insuficientes 12 37,5%

Sim 28 87,5% No início do estágio ficou bem definido o papel

e a responsabilidade do aluno durante a sua

permanência no serviço/unidade de cuidados? Não 4 12,5%

Adequado 5 15,6%

Moderado 20 62,5%

Antes de iniciar o estágio, que tipo de conhecimento possuía do serviço/unidade de cuidados?

Inadequado 7 21,9%

Sim 8 25% A INSTITUIÇÃO onde realizou o estágio

desenvolveu uma acção específica para a

recepção dos alunos? Não 24 75%

Sim 16 50% O SERVIÇO onde realizou o estágio

desenvolveu uma acção específica para a

integração dos alunos? Não 16 50%

A percentagem de alunos que declarou que o seu papel e responsabilidade durante a permanência no serviço/unidade de cuidados onde iriam efectuar o seu estágio ficou bem definido desde o início, foi de 87,5% (n=28)(quadro 4).

Relativamente ao conhecimento prévio que possuíam sobre o serviço/unidade de cuidados onde iriam realizar o seu estágio, 15,6% (n=5) dos alunos consideraram- no adequado, 62,5% (n=20) apenas moderado e 21,9% (n=7) consideraram possuir um conhecimento inadequado (quadro 4).

Apenas 25% (n=8) dos alunos foram contemplados com uma acção específica de recepção por parte da instituição em que iriam realizar o seu estágio. No que

respeita aos serviços esse número cifrou-se em 50% (n=16), significando que metade dos alunos não tivera qualquer acção específica de integração, por parte dos locais onde realizaram seu estágio(quadro 4).

As questões 6 e 7 pretendiam definir o tipo de acompanhamento das práticas dos alunos em estágio que os serviços disponibilizaram e se os responsáveis pelo acompanhamento tinham sido apresentados aos alunos logo no inicio do estágio.

De acordo com os dados, disponibilizados no quadro 5, metade dos alunos (n=16) declarou que as suas práticas tinham sido exclusivamente acompanhadas por um

monitor ou um conjunto de monitores designado pelo serviço, enquanto que os

outros 50% (n=16) declararam que tinham tido um tipo de acompanhamento

misto, ou seja, pelo monitor e restante equipa de Técnicos de Radiologia do

serviço. Em 93,8% (n=30) dos casos, os alunos foram apresentados aos monitores respectivos no início do estágio.

Quadro 5 - Tipo de acompanhamento supervisivo dos alunos

Questões Respostas %

Monitor(es) 16 50%

Equipe 0 0

Qual o tipo de acompanhamento disponibilizado pelo serviço onde realizou o estágio?

Misto 16 50%

Sim 30 93,8%

O seu monitor ou monitores de estágio foram-lhe apresentados no

Pelas respostas às duas questões seguintes, apresentadas no quadro 6, verificamos a não ocorrência de situações em que os alunos fossem totalmente impedidos de expressar as suas necessidades em matéria de formação, quer no início do estágio, quer no decorrer do mesmo. No entanto, apenas 43,8% (n=14) consideraram que tiveram sempre oportunidade de o fazer, enquanto 56,2% (n=18) dos alunos consideraram que só o puderam fazer em algumas ocasiões.

Quadro 6 - Oportunidade dos alunos expressarem necessidades de formação

Questões Respostas %

Sempre 14 43,8%

Por vezes 18 56,2% Sente que teve oportunidade de expressar

as suas necessidades em matéria de formação, no INÍCIO do estágio?

Nunca 0 0

Sempre 14 43,8%

Por vezes 18 56,2% Sente que teve oportunidade de expressar

as suas necessidades em matéria de formação, DURANTE o estágio?

Nunca 0 0

Com a questão 10 pretendíamos aquilatar se os alunos tinham sido envolvidos em actividades em conjunto com a equipa de saúde. Das respostas obtidas, cujos resultados se podem observar no gráfico 2, resultou que um número superior a três quartos dos alunos (n=25) declarou ter desenvolvido actividades em conjunto com a restante equipa de saúde durante o seu módulo de estágio.

Gráfico 2 - Envolvimento dos alunos em actividades com a equipa 78,10% 21,90% 0,00% 20,00% 40,00% 60,00% 80,00% Sim Não S1

A questão 11 referia-se à existência ou não de recursos didácticos disponibilizados pelos serviços, com o objectivo dos alunos aprofundarem os seus conhecimentos. Cerca de 65,6% (n=21) dos alunos referiram ter-lhe sido dada

essa possibilidade, enquanto que aos restantes 34,4% (n=11) não foi dada essa

possibilidade por parte dos locais onde estagiaram (quadro 7).

Quadro 7 – Apoio didáctico e informação sobre controlo de infecção hospitalar

Questões Respostas Nº %

Sim 21 65,6% Teve possibilidade de aceder a recursos

didácticos para aprofundar os seus estudos?

Não 11 34,4%

Sim 11 34,4% Foi orientado para a realização de um

dossier/diário individual de aprendizagem ou

outro instrumento similar? Não 21 65,6%

Sim 5 15,6% Foi facultada, antes do estágio, informação

sobre a política organizacional em matéria

Cerca de 65,6% (n=22) dos alunos não tiveram qualquer orientação no sentido de elaborarem um dossier individual de aprendizagem ou outro instrumento similar. O conhecimento deste facto é-nos dado através da análise das respostas dos alunos à questão 12 (Tabela 7).

Através da análise das respostas à questão seguinte verificamos que a 84,4% (n=27) dos alunos não foi facultada qualquer informação sobre a política organizacional em matéria de controlo da infecção hospitalar, praticada pela instituição em que se realizaria o estágio (quadro 7).

Com a questão 14 pretendia-se apreciar a forma como o aluno mantinha o seu monitor informado sobre os progressos que verificava no seu processo de aprendizagem, ou seja, na prossecução dos seus objectivos. De acordo com os resultados observados no quadro 8, cerca de15,6% (n=5) afirmaram que nunca informaram o seu monitor sobre a prossecução dos seus objectivos, enquanto que 18,8% (n=6) disseram informara-lo sempre. Os restantes 65,6% (n=21) declararam que por vezes informaram o seu monitor sobre a forma como decorria o prosseguir dos objectivos propostos para o respectivo módulo de estágio.

Quadro 8 – Periodicidade com que o aluno informou o seu monitor sobre os objectivos alcançados

Informei o monitor sobre a forma

como prosseguia os objectivos? %

Sempre 6 18,8%

Por Vezes 21 65,6%

Na questão seguinte, cujos resultados se podem observar no gráfico 3, cerca de 84,4% (n=27) dos alunos responderam que contaram com a ajuda do seu monitor para elaborar o plano de actuação mais adequado na abordagem a cada doente, enquanto 15,6% (n=5) disseram não ter contado com essa ajuda

Gráfico 3 – Auxílio do monitor na elaboração do plano de actuação adequado a cada doente

Sim Não S1 84,40% 15,60% 0,00% 20,00% 40,00% 60,00% 80,00% 100,00%

As questões 16,17 e 18 pretendiam averiguar se no decorrer do estágio clínico tinham sido disponibilizados tempos específicos para a reflexão e qual a frequência em que ocorreram. Os dados obtidos pelas respostas a essas questões podem ser observados no quadro 9 onde constam também os resultados da questão 19 que se referia à disponibilidade demonstrada pelo docente responsável.

Pela observação dos resultados verifica-se que 12,5% (n=4) dos alunos não

foram contemplados com momentos específicos e individualizados para reflexão

sobre as suas experiências clínicas. Os restantes 87,5% (n=28) declararam terem

tido essa oportunidade, mas com 18,7% (n=6) deles a considerarem que os

momentos consagrados para o efeito foram em número insuficiente para as suas necessidades.

A cerca de 25% (n=8) dos alunos não lhes foram proporcionados momentos específicos para a discussão de aspectos relativos ao seu desenvolvimento geral

no estagio, enquanto que 15,6% (n=5) faziam-no diariamente, 56,3% (n=18)

ocasionalmente e 3,1% (n=1) semanalmente no serviço.

Quadro 9 – Momentos de reflexão disponibilizados pelo monitor e apoio do docente

Questões Respostas Nº %

Nº suficiente 22 68,8%

Nº insuficiente 6 18,7% Durante o estágio foram

disponibilizados momentos específicos e individualizados para reflexão sobre as suas experiências clínicas?

Não Disponível 4 12,5% Não 8 25% Diariamente 5 15,6% Ocasionalmente 18 56,3% Semanal- Serviço 1 3,1%

Durante o estágio foram consagrados momentos específicos para a discussão de aspectos relativos ao seu

desenvolvimento geral no estágio?

Semanal-Escola 0 0%

Nº suficiente 16 50%

Nº insuficiente 6 18,7% Durante o estágio foram

disponibilizados momentos específicos para reflexão sobre questões de ordem ética e deontológica?

Não Disponível 10 31,3%

Sempre 25 78,1%

Por Vezes 6 18,8%

O docente responsável pela disciplina esteve disponível para o apoiar, quando por si solicitado?

Nunca 1 3,1%

Apenas foram proporcionados momentos de reflexão específicos sobre questões de ordem ética e deontológica a 68,7% (n=22) dos alunos participantes

no estudo. No entanto, 18,7% (n=6) consideraram que esses momentos foram em número insuficiente para as suas necessidades.

O docente responsável pela disciplina esteve sempre disponível para apoiar os alunos, quando por eles solicitados, na opinião de 78,1% (n=25) dos alunos. Essa é a conclusão a tirar da análise às respostas da questão 19 em que 18,8% (n=6) dos alunos declararam que essa disponibilidade só se manifestara por vezes e 3,1% (n=1) afirmou que o docente nunca demonstrara disponibilidade para o apoiar.

Quadro 10 – Dados relativos ás respostas dadas às questões 20, 21, 22, 23, 24 e 25 da II parte do questionário

Questões Respostas Nº %

Sim 23 71,9%

O monitor ou grupo de monitores proporcionaram-me supervisão durante todo o estágio?

Não 9 28,1%

Sim 30 93,8%

Durante o estágio sentiu-se à vontade para colocar dúvidas, solicitar esclarecimentos ou pedir ajuda?

Não 2 6,2%

Sempre 16 50%

Por Vezes 12 37,5%

O monitor ou grupo de monitores teve em conta os seus problemas pessoais?

Nunca 4 12,5%

Sim 24 75%

Esteve no serviço como elemento supranumerário (para além da equipe habitual)?

Não 8 25%

Sim 26 81,2%

Teve oportunidade de conhecer as políticas e práticas do serviço em matéria de qualidade?

Não 6 18,8%

Sempre 21 65,6%

Por Vezes 10 31,3%

A sua qualidade de aluno(a) da Escola favoreceu o processo de orientação?

As respostas às duas questões seguintes revelaram que 71,9% (n=23) dos alunos foram alvo de supervisão durante todo estágio, por parte do monitor ou grupo de monitores nomeados pelo serviço. Cerca de 93,8% (n=30) dos alunos declararam

terem-se sentido à vontade para colocar dúvidas, solicitar esclarecimentos ou

pedir ajuda, no decorrer do estágio, como se pode observar no quadro 10.

Dos alunos que responderam a este questionário, 87,5% (n=28) afirmaram que os monitores tiveram em conta os seus problemas pessoais, sendo que em 50% (n=16) dos casos tiveram sempre e em 37,5% (n=12) só por vezes. Os 12,5% (n=4) restantes responderam que os seus monitores nunca levaram em consideração os seus problemas pessoais(quadro 10).

Três quartos dos alunos (n=24) confirmaram estar no serviço como elementos supranumerário enquanto os restantes 25% (n=8) declararam sentir que estavam a substituir Técnicos de Radiologia (quadro 10).

As práticas e políticas do serviço em matéria de qualidade foram dadas a conhecer a apenas 81,2% (n=26) dos alunos inquiridos (quadro 10)

Os alunos sentiram que a sua qualidade de alunos da Escola favoreceu o seu processo de orientação. Essa opinião apenas não é corroborada por 3,1% (n=1) dos inquiridos. Dos restantes, 65,6% (n=21) pensam que essa condição os favoreceu sempre e 31,3% (n=10) acreditam que apenas às vezes se constituiu como um factor que favoreceu o seu processo de orientação (quadro 10).

Gráfico 4 – A relação com os Técnicos de Radiologia do Serviço favoreceu a sua aprendizagem? 71,90% 25% 3,10% Sempre Por Vezes Nunca

As questões 26 e 27 vão no sentido de tentar compreender em que medida as relações que se estabeleceram entre o aluno e a equipa de Técnicos de Radiologia do serviço onde estagiaram, ou entre o aluno e os seus colegas de curso, favoreceram o seu processo de aprendizagem. Analisando as respostas podemos afirmar que em ambos os casos cerca de 96,9% (n=31) dos alunos consideraram que as relações estabelecidas favoreceram os seus processos de formação, sendo que cerca de três quartos consideram mesmo que as relações estabelecidas favoreceram sempre o seu processo de aprendizagem, enquanto que os restantes pensam que apenas por vezes essas relações foram um factor que favoreceu a sua aprendizagem. Existe no entanto uma pequena percentagem de alunos (n=1) que admite que a relação estabelecida entre ele e os Técnicos de Radiologia do Serviço ou com os restantes colegas nunca se constituiu como um factor que favorecesse a sua aprendizagem.

Os alunos quando tiveram de tomar decisões sentiram por vezes em 62,5% (n=20) dos casos a falta do monitor. Os restantes 37,5% (n=12) confessaram

nunca sentir a falta do monitor na hora da tomada de decisões, como se pode

Quadro 11 – Dados relativos às respostas dadas às questões 28, 29 e 30 da II parte do questionário

Questões Respostas Nº %

Sempre 0 0%

Por Vezes 20 62,5%

Sentiu a falta do monitor quando teve de tomar decisões?

Nunca 12 37,5%

Sempre 5 15,6%

Por Vezes 15 46,9%

No final do estágio, no contexto da avaliação, foram-lhe indicadas as áreas deficitárias em matéria de formação?

Nunca 12 37,5%

Sim 28 87,5%

O monitor ou monitores de estágio estavam preparados para o momento

de avaliação? Não 4 12,5%

No final do estágio, no contexto de avaliação, não foram identificadas pelo monitor as áreas deficitárias em matéria de formação em 37,5% (n=12) dos alunos. Cerca de 15,6% (n=5) dos alunos afirmaram que lhes foram sempre identificadas as áreas deficitárias, enquanto aos restantes 46,9% (n=15) nem

sempre lhes foi transmitida essa informação (quadro 11).

Cerca de 87,5% (n=28) dos alunos sentiram que o monitor ou monitores de estágio estavam preparados para o momento de avaliação (quadro 11).

Por ultimo foi pedido aos alunos que em temos globais fizessem uma avaliação qualitativa sobre a orientação que lhes foi disponibilizada. Os resultados obtidos revelaram que 46,9% (n=15) consideraram a orientação boa, 43,8% (n=14) apenas suficiente, enquanto que 9,3% (n=3) classificaram como insuficiente a orientação dos estágios clínicos que lhes foi disponibilizada, como é visível pela análise do gráfico 5.

Gráfico 5 – Avaliação dos alunos face à orientação disponibilizada 46,90% 43,80% 9,30% 0,00% 10,00% 20,00% 30,00% 40,00% 50,00%

Boa Suficiente Insuficiente

S1