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4 APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS

4.1 Caracterização dos produtores e propriedades rurais do SAG do leite do

A caracterização do setor agrícola de um determinado município, onde no caso do presente estudo se trata do setor do agronegócio do Leite, leva em questão muitos quesitos, tanto dos produtores, quanto das próprias propriedades rurais.

Para tanto, Batalha (2001) descreve que o empreendimento rural tradicional se caracteriza, por utilizar-se de equipamentos rudimentares, a estrutura organizacional é familiar e as decisões são estritamente empíricas, sujeitas a alto grau de incerteza. Neste tipo de propriedade rural, geralmente não existe flexibilidade na escolha do tipo de produção, que é definida com base no histórico familiar e regional.

Já o produtor rural, segundo o Estatuto do Produtor Rural, entende-se como pessoa física ou jurídica que explora a terra, com fins econômicos ou de subsistência, por meio da agricultura, da pecuária, da silvicultura, do extrativismo sustentável, da aquicultura, além de atividades não-agrícolas, respeitada a função social da terra.

O município de Santo Cristo, está localizado no polo agrícola da Região Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul, com uma população de 14.378 habitantes, dispersos em um território de 366,9 km²(IBGE, censo 2010). É considerado um município do interior do estado, vindo a estar 516 km de distancia da capital do Estado, e sendo classificado como um município de pequeno médio porte. Sua economia tem forte ligação com o setor agrícola,

onde a agropecuária vem sendo responsável por um produto interno bruto maior a 86.000 em 2014 ( IBGE), tendo maior percentual do que a indústria no município.

O município é dividido em quatro polos segundo o IBGE(2007), Santo Cristo, Vila Sirio, Vila Bom Principio Baixo e Vila Laranjeira. Dentro destes polos são localizadas as 34 comunidades que formam e preenchem todo o contexto territorial do município de Santo Cristo.

Na presente pesquisa, os dados coletados junto a uma amostra de produtores de leite do município, para a elaboração do perfil dos entrevistados, geraram resultados, e o primeiro a ser apresentado é o referente as localidades onde residem e se localizam os proprietários e propriedades respectivamente dos entrevistados.

Tabela 1: Questionários por comunidade

LOCALIDADE FREQUÊNCIA

1 Linha Alma 7

2 Linha Belinha Centro 2

3 Linha Dona Belinha 12

4 Vila Bom Principio Baixo 9

5 Linha Bom Principio Alto 3

6 Linha Castor 25

7 Linha Herval Novo 2

8 Vila Sírio 8

9 Linha sírio Nordeste 3

10 Linha Júpiter 1

11 Linha Revolta 6

12 Linha Rolador Baixo 9

13 Linha vênus 9

14 Linha central 7

15 Linha Guaraipo 1

16 Vila Laranjeira 5

17 Linha Laranjeira Leste 4

18 Linha Arnoldo 3

19 Linha Divisa 10

20 Linha Larga 5

21 Linha das Antas 1

Sem Resposta 1

TOTAL 133

Conforme demonstra a Tabela 1, os questionários atingiram os produtores de leite de 21 comunidades do município, de um total de 34 dentro do mapa territorial do mesmo. Dentre as comunidades que se destacam com mais questionários entregues é a Linha Castor, sabendo que o autor da pesquisa é residente na mesma comunidade a aceitação e devolutiva positiva dos questionários respondidos foi mais intensa, por todos conhecerem o mesmo, e serem voluntários em ajudar na pesquisa, além de ser uma comunidade que possui grande numero de produtores de leite, praticamente todos os residentes na mesma, praticam a atividade leiteira.

Gráfico 1– Idade dos Produtores de Leite de Santo Cristo

Fonte : Dados da pesquisa 2015

No que se refere a idade dos produtores de leite, o município de Santo Cristo esta formado em sua maioria por produtores com uma idade mais elevada, com predominância de 72 % de indivíduos com mais de 41 anos de idade. Produtores com 51 a 60 anos de idade são 36% do total de entrevistados, sendo apenas 14% de 21 a 30 anos e seguindo a mesma linha, possuem 14% de entrevistados com 31 a 40 anos de idade. Percebesse que a um grande numero de produtores em uma faixa etária já elevada, e visto que a pratica de ser produtor de leite exige certa força física e agilidade menos presente em pessoas de mais idade, pode trazer o desinteresse e ao mesmo tempo o abandono da atividade leiteira com o passar do tempo, então a importância de alguém mais jovem assumir seu papel.

14% 14% 30% 36% 6% ( ) de 21 a 30 anos ( ) de 31 a 40 anos ( ) de 41 a 50 anos ( ) de 51 a 60 anos ( ) mais de 60 anos

Ao mesmo tempo, o baixo numero de produtores jovens a frente das atividades leiteiras, resulta em menor índice de busca por melhorias e maiores conhecimentos para evoluir na produção leiteira, tendo em vista que as pessoas de mais idade tem menos interesse em aceitar as mudanças e acham desnecessário maiores investimentos tendo em vista o tempo que ainda pretendem ser produtores de leite.

Observando o gráfico 2, é notável perceber o alto índice de produtores de leite do sexo masculino, sendo responsáveis por 82 % do total de entrevistados. Assim produtores do sexo feminino correspondem a 18% apenas do total de entrevistados na coleta quantitativa. Muito se deve ao fato do nome do homem estar ligado diretamente aos dados da propriedade e ao mesmo tempo ser responsável na maioria das vezes por exercer as tramas de negócios perante aos demais elementos da sociedade.

Gráfico 2: Divisão por Gênero

Fonte: Dados da Pesquisa 2015

Mesmo os homens sendo conhecidos como os produtores que permanecem a frente da maioria das propriedades entrevistadas, é possível identificar o grande papel que a mulher tem dentro de cada uma das propriedades. Durante a atividade de entrevistas em profundidade, em busca de dados qualitativos, identificou-se que a mulher é fundamental nas propriedades produtoras de leite, sendo elas as responsáveis por exercer as atividades de ordenha das vacas em praticamente todas as propriedades. Nas propriedades entrevistadas as mulheres participaram das conversas e demonstraram ter grande conhecimento da atividade leiteira,

( ) masculino 82% ( ) feminino

principalmente no que se refere aos animais produtores, sua produção, nutrição e outros aspectos. Isto se deve ao fato das mulheres terem um potencial mais criterioso, e sensível, fundamental na hora de diagnosticar animais doentes, potenciais, e outros quesitos da atividade leiteira.

Assim, é notável perceber a importância da mulher por trás deste alto índice do gênero masculino na pesquisa. Esta relação de importância também é diagnosticada no elemento da pesquisa que se refere ao estado civil, demonstrando que 80 % dos entrevistados são casados ou em união estável. Assim atrás de um grande homem, tem uma grande mulher, como dizem os ditos populares.

Gráfico 3: Estado Civil dos entrevistados

Fonte: Dados da Pesquisa 2015

O Gráfico 3 evidencia que 106 dos 133 produtores entrevistados são casados ou estão em união estável. Este dado demonstra que a atividade leiteira do município de Santo Cristo é familiar e desenvolvida na maioria dos casos apenas pelo casal. O restante dos entrevistados são, respectivamente, solteiros 24 produtores e viúvos 3 produtores. O quesito de divorciados não existe nenhum respondente, oque evidencia que os produtores pressão pelo quesito família tradicional.

Quando a analise é refletida sobre a origem étnica da amostra dos produtores entrevistados, temos apenas dois tipos de respostas junto aos entrevistados. Em torno de 92% dos entrevistados demonstram ser de origem étnica Alemã, e apenas 8% são de origem mista. Tais dados evidenciam que o município foi colonizado por imigrantes alemães e os atuais

80% 18%

2%

casado \ união estável solteiro

separado(a) viúvo(a)

habitantes do mesmo não fogem de suas origens, mantendo vivo as tradições culturais de seus antepassados, que são passadas de geração a geração, tanto na cidade como principalmente no meio rural.

Na busca por dados qualitativos evidenciou-se que os produtores leite do município de Santo Cristo mantem acessas as tradições de seus antepassados. Tanto em quesitos de arquitetura de casas e galpões, culinária alemã e principalmente o dialeto alemão inconfundível. Em todas as entrevistas em profundidade as conversas se deram em alguns momentos, sob o dialeto alemão como forma de comunicação. Na maioria das propriedades o alemão é utilizado como forma de comunicação entre os participantes das atividades diárias, como relata um produtor: “...aqui na nossa propriedade só se fala em alemão, todos sabem o alemão, meu pai, meu filho, enquanto trabalhamos só falamos o alemão”.(Produtor C)

Gráfico 4: Origem Étnica dos entrevistados

Fonte: Dados da Pesquisa 2015

O gráfico 5 revela o grau de escolaridade dos produtores de leite de Santo Cristo. Avaliando o mesmo é possível identificar que 56% do seu total de respostas são para o ensino fundamental incompleto, 16% conseguiram terminar o ensino fundamental apenas. Ainda 7% possuem o ensino médio incompleto e seguido por 17% que possuem o ensino médio completo. Dentre todas as respostas, apenas 4% são de produtores com ensino superior completo. Muito disto se deve ao fato da maioria dos produtores serem de idade elevada, que

92% 8%

não buscam conhecimentos maiores dentro das escolas, ou que mesmo não tiveram a oportunidade para seguir estudando a anos anteriores.

Gráfico 5: Grau de escolaridade/ instrução

Fonte: Dados da Pesquisa 2015

Outro fator que pode explicar este alto índice de baixa escolaridade perante os produtores de leite, é o fato de para exercer a profissão básica de produtor de leite é necessário ter apenas conhecimento básico e pratico sobre a atividade leiteira, uma cultura que se disseminou e acabou evidenciando a baixa busca por novos conhecimentos junto aos produtores. Tal cultura necessita de repaginação, evolução para busca de maiores conhecimentos, tanto práticos, como também de gestão que são muito importantes para uma empresa agrícola. Essa importância já é evidenciada por alguns produtores, como demonstra o comentário de um dos entrevistados: “... nosso filho fez faculdade de administração, todos os vizinhos e familiares diziam que ia trabalhar na cidade, resolveu ficar em casa, e hoje estamos vendo os resultados, como uma cabeça estudada faz diferença dentro de um negocio...”. ( Produtor E) 56% 16% 7% 17% 4%

Ensino Fundamental Incompleto Ensino Fundamental Completo Ensino Médio Incompleto Ensino Médio Completo Ensino Superior Incompleto Ensino Superior Completo

Tabela 2 – Identificação por parte do produtor

Como você se identifica Frequência %

Empresário Agrícola 9 7% Produtor rural 98 76% Colono 24 18% Outra identificação 1 1% Sem Resposta 1 1% Total 133 100%

Fonte: Dados da Pesquisa 2015

Quando o quesito de pergunta demonstrava buscar o entendimento do próprio produtor quanto ao seu perfil dentro da sua atividade, a maioria dos entrevistados demonstraram se identificar mais com a designação de Produtor rural, com 98 de todas as respostas validas. A seguir, 24 dos produtores se identificam como sendo colonos, e apenas 9 pessoas entrevistadas se veem como empresários agrícolas. Muito se reflete nesta questão os dados trazidos pelo gráfico 5, que mostra a baixa escolaridade presente entre os produtores, e consequentemente também o seu baixo conhecimento do meio empresarial agrícola que vive, se vendo apenas como meros produtores, e não vendo seu papel de gestor dentro de sua propriedade.

Tudo isto demonstra que a maioria dos produtores entrevistados não tem conhecimento da atual situação do mercado agrícola e muito menos consideram suas propriedades rurais como empresas, ou empreendimentos agrícolas. Muitos deles nem imaginam que além de dono, o proprietário também é gestor, administrador, contador, gestor de estratégias, e assim, responsável pelo sucesso da sua empresa ( propriedade). Grande maioria dos produtores exerce tais funções sem mesmo saber.

Quando questionados sobre o tipo de moradia que residem atualmente, apenas uma pessoa ou produtor informou estar morando em casa alugada. Sendo que 99 % de todos os respondentes morram em moradia própria. Isso significa que mesmo praticamente todos os produtores possuem benfeitorias no nome, mesmo sendo pequenos produtores, tem a condição de terem a própria moradia.

É neste quesito moradia que os produtores evoluíram muito nos últimos anos, percebível durante a pesquisa qualitativa, onde foi possível verificar muitas propriedades com

casas de alvenaria a pouco construídas e ou ainda em construção. Este fato se deve muito ao auxilio do Programa Minha Casa, Minha Vida (PMCMV), do governo federal, em parceria com algumas cooperativas de credito do município de Santo Cristo. Produtores de leite do município, que ainda residiam em casas de madeira, e geralmente antigas, e sem muitas condições financeiras de alavancar tais modificações nas moradias, receberam incentivos através deste programa para realizarem o sonho de terem uma moradia mais digna ao seu suor do dia a dia.

Gráfico 6: Estilo de Moradia dos produtores

Fonte: Dados da Pesquisa 2015

Gráfico 7: Regime de terras da Propriedade

Fonte: Dados da Pesquisa 2015

O gráfico 7 revela que de todos os 133 produtores entrevistados, 132 possuem terras próprias para a realização da atividade leiteira. Isso significa que apenas um produtor utiliza-

99% 1% Moradia própria Moradia alugada 0 20 40 60 80 100 120 140

se de apenas terras alugadas para realizar suas atividades como produtor de leite no município de Santo Cristo. Em compensação, do total de produtores que possuem terras próprias, há aqueles que para suprir a demanda de pastejo e alimento do total de seus animais, ainda sente a necessidade de ter a disposição terras alugadas. Assim, 35 produtores do total de 132, possui terras alugadas além das terras próprias, para a realização de suas atividades leiteiras.

Este fator se deve muito ao fato de muitos produtores com menos potencial estarem deixando de exercer a atividade leiteira, e outros seguindo no sentido contrario, objetivando estarem cada vez mais competitivos dentro do mercado, aumentando animais, a produção e consequentemente é necessária a busca da compra ou do aluguel de terras para suprir esta necessidade da propriedade.

Tabela 3: Quantidade de Hectares de Terra por Propriedade

HECTARES POR PROPRIEDADE FREQUÊNCIA %

De 1 a 10 16 12% De 11 a 20 43 33% De 21 a 30 51 39% De 31 a 40 17 13% Mais de 41 Hectares 4 3% Total 131 100%

Fonte: Dados da Pesquisa 2015

A tabela 3 vem para completar o gráfico anterior, revelando que a maioria das propriedades analisadas possuem de 21 a 30 hectares, com um percentual de 39 % do total de respostas. Seguidas de propriedades com 11 a 20 hectares, com 33% das 131 respostas validas. É notório que apenas 3% das propriedades possui mais de 41 hectares, visando a comprovar que o município é composto por uma maioria de propriedades de pequeno porte, na sua maioria totalmente familiar.

O gráfico 8 relata que praticamente metade dos entrevistados trabalham na atividade leiteira a mais de 26 anos. Ao observar os mesmos, juntamente com os que estão na atividade de 21 a 25 anos, esse numero passa em fator expressivo da metade dos entrevistados. Assim, apenas 8 dos entrevistados estão a menos de 5 anos na atividade. Tais dados se devem ao fato de a maioria dos entrevistados já ser mais idade e consequentemente estão realizando a pratica

leiteira, durante anos de sua vida profissional. Essa longitude realizando a mesma pratica da atividade leiteira, também se deve ao fato de ser geralmente um histórico familiar, onde tal pratica vai sendo passada de geração a geração, e ao mesmo tempo sempre foi uma das atividades que mais estabilidade financeira deu para os pequenos produtores rurais, visando que trás resultados mensais a renda da família.

Gráfico 8: Tempo que prática a atividade leiteira

Fonte: Dados da Pesquisa 2015

Gráfico 9: Mão de Obra Utilizada

Fonte: Dados da Pesquisa 2015

Todos os respondentes, ou seja, 133 produtores confirmarão que a atividade leiteira realmente é considera familiar no município de Santo Cristo, quando informam, segundo o gráfico 9, que todas elas utilizam de mão de obra familiar para realizar as atividades da pratica leiteira. Em apenas duas propriedades também trabalham pessoas contratadas ou diaristas

0 10 20 30 40 50 60 De 1 a 5 anos De 6 a 10 anos De 11 a 15 anos De 16 a 20 anos De 21 a 25 anos mais de 26 anos 0 20 40 60 80 100 120 140

familiar contratada/ empregado 133

diretamente na atividade leiteira. Tais dados reforçam ainda mais a afirmativa de que a atividade leiteira no município de Santo Cristo é considerada familiar, desempenhada quase que exclusivamente por indivíduos da família, sem a utilização de pessoas contratadas para atividade continua do dia a dia. Isso se deve muito ao fato de cada vez mais estar escassa a mão de obra terceirizada no interior do município.

Tabela 4: Número de pessoas que atuam na atividade leiteira por propriedade

NUMERO DE PESSOAS FREQUÊNCIA %

1 Pessoa 9 7% 2 Pessoas 71 54% 3 Pessoas 31 24% 4 Pessoas 19 15% Mais de 4 Pessoas 0 0% Sem Resposta 3 TOTAL 133 100%

Fonte: Dados da Pesquisa 2015

Completando o gráfico 9, a tabela 4 demonstra que em 54% das propriedades participam da atividade leiteira apenas 2 pessoas. Tal dado completa a informação de que grande maioria dos produtores são casados, demonstrando que o casal participa da atividade leiteira na maioria das propriedades. Ao mesmo tempo, tem relação com o tempo de atividade no setor leiteiro, visando que empreendimentos que estão a muito tempo na atividade, são de pessoas de mais idade, cujo os filhos já exercem outras atividades profissionais, e os casais de produtores continuam a exercer a atividade leiteira como fonte de renda até uma futura e almejada aposentadoria.

Ao mesmo tempo, não foi verificada nenhuma propriedade que tenha mais de 4 pessoas exercendo a atividade leiteira, reforçando a perspectiva de propriedades de pequeno porte, que não utilizam de muita mão de obra.

Conforme a tabela 5, praticamente a metade das propriedades possuem de 20 a 40 cabeças de gado bovino na sua ficha de inspeção, ou seja, 48% das respostas validas pertencem a esse grupo. Esta tabela trás a dimensão total de bovinos na propriedade, que podem variar desde as vacas leiteiras, novilhos, gado de corte e outros. Geralmente, existe um

numero maior de animais nas propriedades se analisado este quesito, vendo que podem haver animais de gado de corte para venda ou ate mesmo consumo próprio.

Tabela 5: Cabeças de bovinos por propriedade

Numero de cabeças de bovinos na propriedade: Frequência %

De 1 a 20 cabeças 14 11% De 20 a 40 cabeças 58 48% De 40 a 60 cabeças 36 30% Mais de 60 cabeças 14 11% Sem resposta 11 0% Total 133 100%

Fonte: Dados da Pesquisa 2015

A tabela 6 evidencia que a grande maioria da propriedades são de pequeno porte, somando 80% das respostas validas com ate 30 vacas na produção de leite da propriedade. Apenas 20% possuem mais de 30 vacas em lactação, e não ultrapassando os 45 animais na atividade. Assim nenhum dos entrevistados possui mais de 45 animais na lactação.

Segundo dados de conhecimento geral da população Santo-cristense, são poucos os produtores de leite do município com um numero maior a 50 animais na lactação, e por motivos de não estarem entre a amostra da pesquisa, não são diagnosticados nas analises dos dados.

Tabela 6: Vacas leiteiras da propriedade

Numero de vacas da propriedade Frequência %

De 1 a 15 cabeças 50 38% de 15 a 30 cabeças 54 42% de 30 a 45 cabeças 26 20% de 45 a 60 cabeças 0 0% mais de 60 cabeças 0 0% Sem resposta 3 0% Total 133 100%

O gráfico 10 faz jus a raça do rebanho leiteiro das propriedades analisadas. Segundo os dados do mesmo, mais da metade das propriedades (54%), tem como raça predominante entre seu rebanho a Holandesa. Outros 19% possuem a raça Jersey como padrão, e seguindo a mesma logica, um grupo de 24% de produtores possui um padrão de raça Jersey e holandesa cruzadas. Do total de respostas apenas 3% atingem a raça Gir como padrão na sua propriedade.

Levando em consideração que historicamente é a raça holandesa e Jersey são as mais conhecidas como ideal para a atividade leiteira, os produtores de leite estudados no município de Santo Cristo possuem um plantel genético dentro dos ideais, e muitas vezes ganhando destaque regional em competições de genética dos animais.

Gráfico 10: Padrão de raça do gado leiteiro

Fonte: Dados da Pesquisa 2015

Praticamente metade das respostas validas deste quesito trazido pela tabela 7, descrevem que as propriedades tem uma produção diária que não ultrapassa 200 litros. Assim, 25 % produzem ate 100 litros/dia, e outros 22% produzem ate de 101 a 200 litros de leite por dia. Entre os produtores analisados, os que tem maior produção diária alcançam entre 801 a 1000 litros dia, correspondendo a apenas 2% do total de respostas validas.

Tal tabela reforça ainda mais o sentido de o município ser portador de propriedades produtoras de leite de pequeno porte. Realizando uma analise media de produção das propriedades analisadas, levando em consideração apenas as respostas validas de 129 produtores, chegamos ao numero total de 25284 litros de leite diário produzidos pelos

54% 19% 3% 24% 0% Raça Holandesa Raça Jersey Raça Gir Raça holandês e Jersey cruzadas outro regime de raça

produtores analisados. Estes dados proporcionam uma media de 196 litros/dia entre os produtores analisados.

Tabela 7: Produção diária de leite

Total de litros de leite produzidos ao dia Frequência %

De 1 a 100 litros 32 25% De 101 a 200 litros 29 22% De 201 a 300 litros 17 13% de 301 a 400 litros 9 7% de 401 a 500 litros 22 17% de 501 a 600 litros 10 8% de 601 a 800 litros 8 6% de 801 a 1000 litros 2 2% Sem resposta 4 0%

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