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As caraterísticas da costa entre Ave e Douro e suas comunidades piscatórias

4. Vila Chã e os seus pescadores

4.1. As caraterísticas da costa entre Ave e Douro e suas comunidades piscatórias

Portugal tem cerca de 89625.31 km2 e 685,58km de costa (SILVA 1892: 1). Costa esta que é muito exposta a ventos de NO a SO, típicos desse clima de influencia atlântica no verão, tendo assim um mar muito revolto. A linha de costa, sendo sempre a direito e “desabrigada em quase toda a extensão do litoral (…)” (SILVA 1892: 1) não tem “abras, recessos, abrigos de promontórios”, devendo portanto os ancoradouros de abrigo sofrer obras para se tornarem verdadeiramente portos; muitos há que foram deslocalizados ou desaparecem (RIBEIRO, LAUTENSACH1987: vol. 1: 78) (Ver mapa 5, do Anexo 3). Como iremos ver, Vila Chã é exceção a esta precária situação geral, o que permitiu manter o porto ao longo do tempo sem grandes alterações.

O mar tem caraterísticas semelhantes do rio Douro ao Minho, apresentando, nesta zona, uma superfície rochosa com cerca de 9km de largura,a qual vai diminuindo em direção a Vila do Conde, dando lugar às areias, que por aqui têm cerca de 16km de largura e estão mais próximas da costa e, depois destas, encontram-se “os lodos” (RIBEIRO, LAUTENSACH1987,vol. I: 76). Anteriormente haveria um fundo pedregoso entre os 40m e os 60m ao largo, que depois dava origem a uma zona mais arenosa que terminava com rochas altas no vale oceânico. O fundo pedregoso será influência da zona litoral minhota, que devido à “rebentação mantém uma fímbria de fundos rochosos” (RIBEIRO, LAUTENSACH1987,vol. I: 76), mas que também, com as correntes de Norte para Sul, vai sofrendo transporte e acumulação de areias. Na zona destas rochas altas viradas à costa, é onde os pescadores fazem a melhor pesca.

Como descreveu Baldaque da Silva no final do século XIX, em 1878 é feito um acordo com Espanha para definir as águas nacionais, que passam a estender-se por 6 milhas (quase 10km). Neste ponto, a profundidade ao largo de Vila do Conde é de 65m. E às 20 milhas (32 km) de distância a profundidade é de 140m (SILVA 1892: 3), isto sempre na plataforma continental. Pela leitura de Orlando Ribeiro e Lautensach aprendemos que esta plataforma continental chega à isóbata – curva que representa

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pontos de igual profundidade - de 200m, tem uma largura entre os 30 e os 60km (RIBEIRO, LAUTENSACH1987: vol. 1: 74) e é, de uma maneira geral, sempre paralela à costa e inclinada em direção ao mar. Depois existe uma parte com um declive bem mais acentuado, o talude continental, e de seguida começa a planície abissal, em que o declive é de novo suavizado (RIBEIRO, LAUTENSACH1987: vol.1: 40).

Passados quase cem anos daquele tratado, houve a necessidade de definir a ZEE – Zona Económica Exclusiva – para impedir conflitos pela riqueza da plataforma continental e, em parte, a sua sobre-exploração. A ZEE tem cerca de 20 vezes o tamanho do país. (RIBEIRO, LAUTENSACH1987: vol. 4: 1137).

Em 2011 a praia de Vila Chã é classificada como tendo um substrato arenoso com afloramentos rochosos, tendo a qualidade da água sido boa ou mesmo, na maioria dos anos, excelente - entre 2010 e 2013 (PERFIL da ÁGUA BALNEAR 2014: 1/2).

O clima, sendo de influência atlântica, tem temperaturas amenas tanto de inverno como de verão (a oscilação térmica anual é de cerca de 10oC) e chuva todo o ano mas em especial no inverno. É favorável à prática da atividade pesqueira e os acidentes que inevitavelmente se dão, terão mais a ver com a falta de bons portos com condições para serem abrigos no caso de temporal e, em conjugação, com a falta de meios de socorro ao pescadores – que é uma queixa constante até tempos atuais – e a falta de incentivos, associações de apoio e outras formas de solidariedade em caso de tragédia, o que faz com que seja muito complicado um pescador relançar-se na arte depois de um desastre, isto se sobreviver.

Baldaque da Silva define o porto de pesca como “conjunto da parte litoral, das margens dos rios e lagôas, e da zona aquática adjacente, onde por uso e costume se reúnem um certo número de pessoas munidas de apparelhos apropriados, para com o auxilio de embarcações e jangadas, ou apenas com esses instrumentos, se dedicarem à pesca como modo de vida com o fim de valerem à sua manutenção e auferirem lucro vendendo nos mercados o produto do seu trabalho”(SILVA 1892: 73). Em 1995, porto é definido como: "lugar da costa marítima, da margem de um rio ou laguna, que oferece abrigo às embarcações, e onde elas podem fundear, varar ou amarrar e estabelecer comunicações com terra” (FRANCA, MARTINS, CARNEIRO1998: 13).

Os portos de pesca que existiam no litoral norte estavam implantados normalmente “na face sul dos numerosos promontórios que acidentam esta [costa ocidental], aninham-se baías soalheiras e protegidas, mesmo quando largamente abertas (…) ” e, é

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natural que, com estas condições, tenham desaparecido largamente (RIBEIRO, LAUTENSACH1987, vol. 4: 1135).

Como já foi dito no litoral Norte do País há um grande número de pequenas comunidades piscatórias disseminadas que, devido à natureza da costa, não podem ter um grande desenvolvimento. Ainda assim, aproveitam qualquer pequena baía a que os barcos se possam acolher. Tiveram diferente percurso, havendo algumas que mudaram de localização, outras desaparecem e há as que surgem de novo.

Infelizmente, uma outra questão natural que está a ajudar ao desaparecimento das comunidades de pesca é mesmo o desaparecimento das praias. Através do POOC Caminha-Espinho, de 2007, sabe-se que há um recuo da linha costeira, mais ou menos acentuado, em todas as praias a sul do rio Ave. Outro fator que está a contribuir para isto é o aumento da urbanização, que “rouba” espaço à praia. Estas são bastante estreitas, por isso foram construídos muros para impedir a chegada do mar às habitações, mas apenas como precaução (POOC 2007: 15). Este fator não impediu que a área útil da praia tivesse diminuído, antes pelo contrário, mas isto é motivado pela diferença de definições entre os dois POOC – delimitações mais rigorosas e alteração na distância máxima aos pontos de acesso (POOC 2007: 19).

A praia de Vila Chã, em particular, apenas necessita de manutenção da concessão que foi atribuída e das duas estruturas de apoio de praia existentes. Tinha, em 2006, 12.100 metros2 de área útil e 650 pessoas de capacidade. Foi classificada como praia não urbana de uso intensivo. Neste POOC não é feita referência a qualquer estacionamento existente em Vila Chã, mas diz-se que as estruturas de apoio têm que facultar sanitários aos utilizadores. Atualmente é possível ver-se uma pequena zona com alguns lugares para estacionamento e balneários para apoio aos banhistas e pescadores, há ainda passeio de acesso à praia e ao portinho de Vila Chã, o que facilita o trabalho dos pescadores. Em conversa com um pescador local, fiquei a saber que estas obras foram realizadas há cerca de um ano, depois de o mau tempo ter causado alguns estragos. Na análise do perfil da água balnear é referido que há um apoio simples e três apoios de praia mínimos, o que já mostra a diferença para o POOC de há sete anos (PERFIL da ÁGUA BALNEAR 2014: 1).

No Século XVIII, as Memórias Paroquiais descrevem Vila Chã como uma freguesia maioritariamente agrícola mas onde a praia era “fragosa que não admite embarcações de alto bordo; só uns pequenos barcos em que os fregueses vão ao mar –

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mas não muito longe – pescar algum peixe e juntamente buscarem argaço para deitarem nas terras que cultivam”(CAPELA 2009: 738)

No mesmo levantamento doséc. XVIII, Labruge, comunidade próxima e com caraterísticas similares a Vila Chã, aparece com 83 vizinhos e 372 pessoas, ou seja, um pouco mais povoada, mas as respostas às perguntas referentes ao porto de mar não estão presentes e, apesar de ter um rio, este não é navegável e não pescam os peixes que ali existiam (CAPELA 2009: 721/722). Já Lavra é uma freguesia maior, com 260 vizinhos e 790 pessoas. Apesar da dimensão populacional e mesmo havendo dois pequenos rios, em nenhum se pescava e as perguntas sobre o porto de pesca não estão presentes. Todas estas freguesias pertenciam na época à comarca da Maia (CAPELA 2009: 430/431/432). Para o mesmo espaço entre o rio Douro e o rio Ave, em finais do séc. XIX, são mencionadospor Baldaque da Silva quatro portos de pesca principais: Matosinhos, Leça, Lavra e Vila Chã (SILVA1892: 104). Mas, no Inquérito Industrial ainda se referem outros, nomeadamente, além de Lavra e Matosinhos, Labrugee Vila do Conde. Como referencia maior fala-se na Póvoa de Varzim, que é um dos maiores portos de pesca, com um carácter diferente dos outros, que o tem aguentado na indústria de pesca de maneira mais forte.

Labruge é classificado, no Inquérito Industrial de 1890, como um porto de pesca costeira e de apanha do pilado. Tinha, em finais do séc. XIX, vinte e oito pescadores de pesca do alto e costeira e o mesmo número de pessoas dedicava-se à pesca do pilado. Também apanhavam sargaço nesta praia – a pé ou em embarcações - sargaceiros oriundos de Vila Chã, Labruge e Modivas. Por esta altura, o corte do sargaço era feito apenas por lavradores (ALMEIDA, ROQUETE 1890: 133). A pesca costeira era normalmente realizada por duas embarcações com quatro homens e uma rede, bastante semelhante ao que era feito em Vila Chã. Para operar as linhas de pesca mobilizavam-se duas a cinco pessoas por companha mas, enquanto em Vila Chã havia campanhas só femininas, em Labruge não. A nível de embarcações, nesta freguesia usa-se o que, no Inquérito Industrial, era classificado como o 3º tipo de barcos do alto, abertos – as catraias ou “cahiques” como chamavam na Póvoa de Varzim – e o 4º tipo – o miranço reforçado (ALMEIDA, ROQUETE 1890: 138). Aqui, catorze miranços reforçados eram usados para o pilado e o sargaço e quatro destes usados para “pesca de peixe diverso à linha” (ALMEIDA, ROQUETE 1890: 139). Havia apenas uma catraia do tipo 3º, destinada para peixe diverso. Em relação às artes, contaram-se um total de sete redes do

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piladoe para pesca trinta de maior valor e cinquenta das mais baratas (ALMEIDA, ROQUETE 1890: 139).

Lavra, Leça e Matosinhos aparecem neste Inquérito de 1890 como portos de pesca costeira e do alto e de apanha do pilado. Em Lavra e Leça pescava-seà linha e pescava- se sobretudo sardinhae peixe diverso, e em Matosinhos capturava-se ainda pescada. Lavra tinha cerca de 85 homens voltados para a pescado peixe diverso e o pilado e destes 12 pescavam sardinha. Leça teria 31 homens e 11 rapazes menores de doze anos, sendo que 9 destes homens e 3 dos rapazes dedicavam-se à pesca da sardinha e a totalidade dos rapazes e 27 dos homens ao peixe diverso. Por fim Matosinhos, e aqui já se nota a diferença para os outros portos, tinha 411 homens e 66 rapazes com menos de doze anos a viver do mar, destes 42 dedicavam-se à pescada, 18 homens e 1 rapaz iam à pesca da sardinha (ALMEIDA, ROQUETE 1890: 144) e os restantes a peixe diverso.

Em relação à apanha do sargaço, Lavra aparecia com o maior grupo de ativos – cerca de 600 pessoas – considerando que os de Angeiras também apanhavam o sargaço aqui, seguido de Leça, com 150 pessoas e por fim Matosinhos com 100 lavradores (ALMEIDA, ROQUETE 1890: 145).

Estes pequenos portos tinham companhas de entre 2 a 8 pescadores. Em Matosinhos, além de existirem companhas do mesmo tamanho, é mais uma vez notória a diferenciação das que se dedicavam à pescada, que podiam chegar a 21 pescadores. Enquanto Lavra era bastante semelhante a Vila Chã na maneira de habitar e no nível de vida, Leça e Matosinhos seriam mais semelhantes à Póvoa de Varzim (ALMEIDA, ROQUETE 1890: 146).

As embarcações usadas eram o galeão, as lanchas do alto abertas, os barcos do alto abertos a saber: do 1º tipo, catraias; do 2º tipo, barcas; do 3º tipo, catraias pequenas; do 4º tipo, miranços e do 5º tipo, catraia ou pongo. Os tipos 3º, 4º e 5º eram construídos em Vila Chã. Em Lavra havia dezoito barcos do 4º tipo e dois do 5º tipo (ALMEIDA, ROQUETE 1890: 150), em Leça contavam-se dois do 3º tipo e quinze do 5º tipo e em Matosinhos encontrava-se um galeão para a sardinha, duas lanchas do alto abertas, três barcos do 1º tipo, dois barcos do 2º tipo, outros dois do 3º, setenta barcos do 4º tipo e por fim oitenta e uma embarcações do 5º tipo (ALMEIDA, ROQUETE 1890: 151).

Em relação às redes, Lavra tinha quarenta e duas de arrasto de pilado, quarenta sardinheiras, oitenta linhas do congro e duzentos e quarentada faneca. Leça dispunha de dez peças da sardinha, dezoito sardinheiras, dezasseis quartos de sável, quinze rapichéis, cinquenta linhas do congro e cento e vinteda faneca. Matosinhos possuía uma armação

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da sardinha, uma rede de galeão, sessenta de arrasto do pilado, sessenta e cinco mugigangas, cento e oitenta redes da pescada, cento e dez sardinheiras, setenta e cinco rascas, doze quartos do sável, cinquenta rapichéis, duzentas linhas do congro e trezentas e quarenta linhas da faneca (ALMEIDA, ROQUETE 1890: 151). Mais uma vez, com o inventário das embarcações e das redes do final do séc. XIX, é visível a diferença de tamanho e o desenvolvimento tendencialmente industrial do porto de Matosinhos, em relação aos restantes. Segundo Baldaque da Silva, no final de oitocentos o concelho de Bouças (semelhante ao atual concelho de Matosinhos) ainda não mostrava um grande progresso na indústria da pesca, mas também não era daqueles em que esta atividade era mais precária, isto estará relacionado com o facto de, em Leça e em Matosinhos, haver pescadores profissionais e melhores condições naturais de abrigo para os barcos, na base da escolha da localização do porto de Leixões.

O Inquérito refere também a Póvoa de Varzim, que era o grande porto de referência mais próximo de Vila Chã - 9,86km em linha reta, contra 12,68km de Matosinhos. Este porto foi classificado como de pesca do alto, costeira e apanha do pilado e tinha condições para ser um porto de abrigo em caso de necessidade. Dali saía-se para a captura da pescada, sardinha, lagosta, pilado e outros animais. Este porto tinha uma dimensão incomparável com os restantes – o número de pessoas ligadas à pesca na Póvoa de Varzim (incluindo Poça da Barca e Caxinas, apesar de serem Vila do Conde) era de 6.336 (homens, rapazes, mulheres e raparigas). Os autores realçam que as mulheres e os rapazes com menos de 12 anos não iam ao mar (ALMEIDA, ROQUETE 1890: 110).

Na apanha sistemática do sargaço não havia muitos pescadores deste porto, eram mais frequentes em alturas de grande abundância e mais mulheres que homens. Aqui a maioria da companhas eram feitas com cerca de 4 a 12 pescadores, para a pescada podiam ser de 15 a 26 pescadores e para a sardinha era entre 5 e 15 homens. Os pescadores tinham casas térreas de alvenaria (com 3/4 metros por 6/7 metros e 2,50/3 metros de altura), com dois ou três compartimentos e apenas uma porta ou uma porta e uma janela. Existiam também alguns barracos de madeira mesmo na praia (ALMEIDA, ROQUETE 1890: 114). Os autores referem que, de um modo geral, a condição de vida dos pescadores poveiros não era muito boa pois faziam uma má administração do dinheiro, gastando bastante em bebida.

As embarcações usadas na Póvoa eram as lanchas do alto abertas – cinquenta e duas lanchas e noventa e nove batéis – barcos do alto abertos – setenta e uma catraias

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grandes, duzentas e três catraias pequenas, cento e quatro barcos/caiaques e quatro maceiras. As redes eram cinquenta do arrasto do pilado, quinze mil e seiscentas redes da sardinha, dez mil rascas do limpo, sete mil rascas da pedra, oitenta tresmalhos, cem talas de espinhel, oitocentas linhas de peixe grande e oitocentas da faneca (ALMEIDA, ROQUETE 1890: 124). Este porto, tal como o de Matosinhos, tinha uma maior dimensão mas não uma face ainda tão industrial. Os autores avançam que, apesar destes pescadores não terem boas condições, estas não seriam tão más como se viam noutros portos próximos. Em relação ao porto propriamente dito, apesar das praias do norte não serem as ideais, como já foi dito, com a construção do porto de abrigo os pescadores poveiros acham-se em melhores circunstâncias do que muitos outros e dispunham ainda o porto de Leixões, próximo, que lhes era muito útil.

Em 1995, de entre os portos referidos por Baldaque da Silva entre Ave e Douro, a atividade piscatória era apenas exercida em Matosinhos, Angeiras e Vila Chã, em níveis bem diferentes. Isto porque, deve-se salientar, a pesca em Matosinhos industrializou-se e nos outros dois portos – Angeiras e Vila Chã – manteve-se com um carácter mais artesanal.

Nos dois portos licenciados em Leixões havia, em finais do séc. XX, sessenta embarcações que tinham, como indicadores médios: 6,3 metros de comprimento, 2,5 toneladas de TAB, 19 kW de potência e 22,8 anos de idade. Angeiras foi classificado como marítimo, natural e permanente e Matosinhos é marítimo, artificial e permanente. Angeiras tem, como estruturas de apoio, armazém de pesca, trator para reboque das embarcações e lota e Matosinhos, além disso, tem cais e doca de pesca e estaleiro (FRANCA, MARTINS, CARNEIRO 1998: 104). No entanto, a dimensão do porto de Matosinhos é muito maior. Em 2013 das quase 26 000 toneladas pescadas na zona Norte do país, quase 21 500 delas vieram do porto de Matosinhos, tornando-se o 2º porto nacional com mais quantidade pescada só ultrapassado por Sesimbra. O principal tipo de pesca aqui realizado era a pesca de cerco, na qual, mais de 90% do peixe pescado no Norte provinha deste porto.

Dos restantes portos locais que tinham algum paralelismo com Vila Chã, apenas aparece a Póvoa de Varzim que, no seu porto de registo, indica quarenta e oito embarcações, com referências médias de 5,9metros de comprimento, 2toneladas de TAB, 22,1 kW de potência e 17,8 anos. Eram cento e oito os pescadores licenciados neste porto marítimo, artificial e permanente, que tem, rampa, cais e doca de pesca,

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guincho, armazém de pesca, lota e estaleiro. É também referida a apanha de sargaço como atividade complementar (FRANCA, MARTINS, CARNEIRO1998: 96).

Ver mapa 7, do Anexo 3.

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