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Esta categoria, de acordo com os resultados que podem ser observados no Apêndice B, é a que demonstra o melhor resultado médio do ano, com valor de IQA2 igual a 0,649, significando uma diferença média, para melhor, entre o resultado

da categoria e os valores impostos pela legislação de 64,9%.

O melhor desempenho pode ser contatado no mês de maio, quando IQA2

chega a 0,708 (70,8%). Março e abril, com 0,689 (68,9%) e 0,694 (69,4%), respectivamente, estão muito próximos deste resultado. O desempenho menos favorável ocorreu em novembro, onde o valor de IQA2 desceu a 0,578 (57,8%).

Ao ser avaliado o gráfico da Figura 4.6, pode-se chegar à conclusão de que existe mais estabilidade dos valores de IQA2 que de IQA1 (Figura 4.1). As

variações entre os valores máximos e mínimos são menos expressivas na Categoria

Evolução - Cons. de Vapor (QA)

0,189 0,204 0,310 0,251 0,249 0,377 0,192 0,215 0,140 0,135 0,196 0,308 0,000 0,100 0,200 0,300 0,400

Efluentes do que na Categoria Eficiência de Recursos. Este fato ocorre devido à estabilidade individual da maioria dos indicadores, como poderá ser constatado mais adiante.

Figura 4.6 – Gráfico demonstrativo da evolução dos valores de IQA para a categoria efluentes, no período de janeiro a dezembro de 2005.

4.2.1 pH (IQA21)

A partir dos dados do Apêndice B, observa-se um comportamento onde o valor de IQA21 apresenta uma boa estabilidade em torno do valor médio anual

(0,773). Pequenas variações podem ser constatadas a partir da análise dos valores e do gráfico da Figura 4.7.

Figura 4.7 – Gráfico demonstrativo da evolução dos valores de IQA para o indicador pH, no período de janeiro a dezembro de 2005.

Evolução da Qualidade Ambiental (Efluentes Líquidos)

0,641 0,664 0,689 0,694 0,708 0,661 0,665 0,646 0,628 0,620 0,578 0,593 0,000 0,100 0,200 0,300 0,400 0,500 0,600 0,700 0,800

JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

Evolução - pH (QA) 0,800 0,729 0,786 0,771 0,829 0,786 0,800 0,743 0,743 0,743 0,757 0,786 0,000 0,100 0,200 0,300 0,400 0,500 0,600 0,700 0,800 0,900

A maior amplitude que se pode determinar entre os valores registrados, é a diferença entre os resultados de maio (0,829) e fevereiro (0,729). Em relação à média do período (0,773), essa variação representa apenas 12,9% da média, comprovando a boa estabilidade do indicador. A partir do mês de outubro percebe- se uma leve tendência de aumento, que poderá se confirmar como melhora nos números ou apenas variação de rotina.

No caso do indicador pH, além de avaliar o valor de IQA21 é necessário

avaliar o comportamento dos valores absolutos desse indicador, pois, como já foi demonstrado a partir da equação 3.2, valores menores que 1,0 podem indicar tanto uma situação de acidez, como alcalinidade. No caso específico em estudo, a partir dos dados da planilha “Entrada de Dados” observa-se que a totalidade dos valores de pH está acima de 7,0.

4.2.2 Vazão (IQA22)

Uma vez que este indicador representa a quantidade média de efluente tratado diariamente, não se pode esperar grandes variações. Essa hipótese é confirmada a partir dos dados observados na planilha IQA, no Apêndice B, e também do gráfico da Figura 4.8.

Figura 4.8 – Gráfico demonstrativo da evolução dos valores de IQA para o indicador Vazão, no período de janeiro a dezembro de 2005.

Apesar de ter tido a média do período (0,593) influenciada pelos valores de janeiro e fevereiro, a vazão torna-se muito estável a partir de março. A média de

Evolução - Vazão diária (QA)

0,532 0,480 0,610 0,601 0,608 0,602 0,604 0,600 0,615 0,611 0,609 0,642 0,000 0,100 0,200 0,300 0,400 0,500 0,600 0,700

IQA22 para o período de março a dezembro é de 0,610. Por estes dados conclui-se

que podem haver modificações nas características dos efluentes em função dos processos mas a quantidade absoluta tratada, em geral, tende a ser constante.

4.2.3 Temperatura do Efluente (IQA23)

Apesar de estarem dentro dos limites estabelecidos, os resultados de IQA23 contribuem de forma negativa para o desempenho da categoria. Mesmo

demonstrando uma tendência de melhora a partir do mês de março, onde foi observado o pior desempenho (0,108 ou 10,8%), o valor máximo de IQA23,

registrado em dezembro (0,285 ou 28,5%), ainda está muito abaixo da média da categoria. Este comportamento pode ser visto mais detalhadamente a partir da Figura 4.9.

Figura 4.9 – Gráfico demonstrativo da evolução dos valores de IQA para o indicador Temperatura do Efluente, no período de janeiro a dezembro de 2005.

Embora a média de IQA23 (0,175) esteja bem abaixo da média da

categoria (0,649), se considerarmos a temperatura ambiente média da região como sendo 27°C, é difícil admitir que este indicador possa assumir, para o caso da planta em questão, valores maiores que 0,325 (condição em que o efluente estaria à temperatura ambiente, ou seja, não haveria trocas de calor no processo). Portanto, estar abaixo da média da categoria, neste caso, parece ser uma condição intrínseca do processo estudado.

Evolução - Temperatura (QA)

0,195 0,175 0,128 0,108 0,128 0,150 0,193 0,198 0,163 0,168 0,213 0,285 0,000 0,100 0,200 0,300

4.2.4 Sólidos sedimentáveis (IQA24)

Este indicador, cujo valor médio de IQA no período foi de 0,748 (74,8%), apresentou-se com um comportamento estável em torno da média. Sua contribuição em relação ao desempenho da categoria é positiva. As variações dos valores de IQA24 podem ser observadas na Figura 4.10.

Figura 4.10 – Gráfico demonstrativo da evolução dos valores de IQA para o indicador Sólidos Sedimentáveis, no período de janeiro a dezembro de 2005.

A exemplo dos valores de pH (IQA21) e Vazão (IQA22), existe uma certa

“folga” entre os valores registrados na atual condição do efluente em relação aos valores máximos exigidos pela legislação (Portaria SEMACE nº 154/02), não representando, portanto, uma preocupação para a organização.

4.2.5 Substâncias Solúveis em Hexano (IQA25)

Este indicador detém a terceira melhor média anual da categoria, sendo 0,870 (87,0%). Há uma decisiva contribuição positiva para o desempenho da categoria. O melhor valor para IQA25 foi registrado em maio (0,917 ou 91,7%) e o

pior, em janeiro (0,820 ou 82,0%).

A observação do gráfico da Figura 4.11 possibilita concluir que há uma tendência de estabilização em torno da média.

Evolução - Sólidos Sedimentáveis (QA)

0,775 0,750 0,800 0,850 0,850 0,800 0,700 0,750 0,600 0,650 0,750 0,700 0,000 0,100 0,200 0,300 0,400 0,500 0,600 0,700 0,800 0,900

Figura 4.11 – Gráfico demonstrativo da evolução dos valores de IQA para o indicador Substâncias Solúveis em Hexano, no período de janeiro a dezembro de 2005.

4.2.6 Sulfeto (IQA26)

Este indicador merece observação especial. De janeiro a maio, apresentou resultados que perfazem um IQA médio igual a 0,626. Porém, após uma brusca queda, ocorrida em junho, estabiliza-se, de setembro a dezembro com uma nova média (0,140). O pior resultado de IQA26 foi registrado em outubro, sendo

0,090. No gráfico da Figura 4.12 é possível acompanhar com detalhes a evolução destes resultados.

Figura 4.12 – Gráfico demonstrativo da evolução dos valores de IQA para o indicador Sulfeto, no período de janeiro a dezembro de 2005.

A partir da análise do processo produtivo da organização, determinou-se como razão principal dessa variação a modificação nos artigos produzidos a partir do mês de junho. A partir desse mês há uma predominância de índigos que necessitam

Evolução - Sulfeto (QA)

0,650 0,580 0,620 0,660 0,620 0,280 0,330 0,160 0,150 0,090 0,130 0,190 0,000 0,100 0,200 0,300 0,400 0,500 0,600 0,700

JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

Evolução - Subs. Solúveis em Hexano (QA)

0,820 0,846 0,853 0,857 0,917 0,909 0,902 0,899 0,900 0,855 0,839 0,844 0,000 0,100 0,200 0,300 0,400 0,500 0,600 0,700 0,800 0,900 1,000

de fios com tingimento preto, nos quais se utilizam corantes com uma maior quantidade de enxofre. Isso explica as maiores quantidades desse elemento no efluente, mesmo depois do tratamento.

Além disso, é importante observar que estes artigos exigem um gasto adicional com processos de lavagem, o que pode ser claramente evidenciado a partir do consumo específico de água, representado nos gráficos das Figuras 4.3 e 4.4. Pela observação do gráfico da Figura 4.13, vê-se que, principalmente, os resultados relativos a IQA12 (Consumo de Água) tendem a acompanhar o mesmo

comportamento de IQA26 (Sulfeto).

Figura 4.13 – Gráfico comparativo da evolução dos valores de IQA12 (Consumo de Água) e IQA26 (Sulfeto), no período de janeiro a dezembro de 2005.

4.2.7 Sulfato (IQA27)

Na maior parte do ano, o indicador sulfato demonstrou grande estabilidade. De janeiro a outubro a média dos valores de IQA27 foi igual a 0,535.

Esta estabilidade foi bruscamente interrompida por uma significativa queda no valor de IQA27, que chegou em dezembro ao pior resultado do ano (0,106).

A exemplo do indicador sulfeto, o comportamento de IQA27 também tem

suas variações ocasionadas por condições particulares do processo produtivo, dentre elas, o tipo de corante utilizado. Ainda assim, pode-se formular a hipótese de que, para determinadas condições, há maior probabilidade de encontrar-se sulfeto do que sulfato, no efluente já tratado.

0,650 0,580 0,620 0,660 0,620 0,160 0,150 0,090 0,130 0,190 0,004 0,127 0,217 0,075 0,160 -0,006 0,008 -0,034 -0,030 -0,047 -0,102 0,330 0,280 -0,064 -0,200 -0,100 0,000 0,100 0,200 0,300 0,400 0,500 0,600 0,700

JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

Figura 4.14 – Gráfico demonstrativo da evolução dos valores de IQA para o indicador Sulfato, no período de janeiro a dezembro de 2005.

4.2.8 Amônia total (IQA28)

O indicador amônia total é o responsável pela maior contribuição ao desempenho positivo desta categoria. Com grande estabilidade ao longo de todo o período, apresenta um IQA médio de 0,959.

As oscilações são praticamente imperceptíveis, mesmo quando se utiliza um gráfico conforme o demonstrado na Figura 4.15, dotado de uma escala que vai de 0,900 a 1,000, para representar os valores assumidos por IQA28. Como forma de

avaliar a pequena variação, pode-se tomar a diferença entre os resultados de janeiro (0,945) e agosto (0,963), representando uma amplitude de apenas 1,8% em relação à média do período.

Figura 4.15 – Gráfico demonstrativo da evolução dos valores de IQA para o indicador Amônia Total, no período de janeiro a dezembro de 2005.

Evolução - Sulfato (QA)

0,530 0,536 0,530 0,533 0,527 0,516 0,539 0,532 0,532 0,574 0,135 0,106 0,000 0,100 0,200 0,300 0,400 0,500 0,600 0,700

JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

Evolução - Amônia Total (QA)

0,945 0,956 0,960 0,957 0,960 0,960 0,961 0,963 0,962 0,963 0,960 0,957 0,900 1,000

4.2.9 Índice de Fenóis (IQA29)

A exemplo de outros indicadores avaliados, o indicador Índice de Fenóis apresenta, na maior parte do período (de janeiro a setembro) uma estabilidade em torno de sua média anual, que foi de 0,604.

Uma avaliação mais cuidadosa poderá ser necessária, em função da tendência de queda destes valores demonstrada pelo gráfico da Figura 4.16, para os três últimos meses do ano. O pior resultado de IQA29 foi registrado em novembro

(0,424). Mesmo com a tendência de queda, a média de IQA29 ainda se encontra

muito próxima da média da categoria, não representando, portanto, uma preocupação urgente.

Figura 4.16 – Gráfico demonstrativo da evolução dos valores de IQA para o indicador Índice de Fenóis, no período de janeiro a dezembro de 2005.

4.2.10 Chumbo (IQA210)

Após um resultado totalmente atípico em janeiro (0,533), esse indicador assume uma considerável estabilidade. A média de fevereiro a dezembro (0,965) é um pouco superior à média anual de IQA210 (0,929).

Há que se levar em consideração que este resultado é influenciado pelo mês de janeiro, que não reflete a realidade do período completo, representado no gráfico da Figura 4.17.

Evolução - Índice de Fenóis (QA)

0,634 0,646 0,642 0,652 0,664 0,630 0,644 0,638 0,638 0,574 0,432 0,454 0,000 0,100 0,200 0,300 0,400 0,500 0,600 0,700

Figura 4.17 – Gráfico demonstrativo da evolução dos valores de IQA para o indicador Chumbo, no período de janeiro a dezembro de 2005.

Assim como no caso dos valores de IQA28 (indicador amônia total), a

amplitude das variações dos valores de IQA210, a partir de fevereiro, representa um

valor muito pequeno em relação à média desses valores, sendo 4,3%.

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