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Ciência do Clima – Século

CO2 CLIMÁTICO: CIÊNCIA, GEOMETRIA E COMPORTAMENTO

1. BREVE CRONOLOGIA DA CIÊNCIA CLIMÁTICA 1 Ciência do Clima – Século

1.4 Ciência do Clima – Século

A primeira década do novo século foi muito importante no avanço da ciência, nas propostas de mitigação e adaptação as mudanças climáticas. Já no primei- ro ano, em 2001, é divulgado o terceiro relatório de avaliação AR3 do IPCC que reconhece a atividade humana como causa principal do aquecimento glo- bal observado na segunda metade do século 20.

IPCC (ONU)

ECO-92 (ONU)

COP-1 (IPCC/ONU)

Relatório AR2 (IPCC)

Em 1990 – o IPCC apresenta seu primeiro Relatório. Afirma que as emissões adicionais de CO2 de origem antrópica irão elevar de maneira significativa a temperatura do planeta.

Em 1992 – acontece no Rio de Janeiro a segunda cúpula da Terra, a ECO-92.

UNFCCC → COP (ONU)

Em 1994 – entra em vigor a Convenção-Quadro da ONU sobre Mudanças do Clima, e surge a figura da Conferência das Partes (COP).

Em 1995 – é realizada em Berlim (Alemanha) a primeira conferência das partes signatárias da convenção (COP-1), onde são estipulados limites de emissão dos gases de efeito estufa (GEE).

Em 1995 – o IPCC apresenta o seu segundo relatório, onde os cientistas afirmam, com 95% de certeza, que aquecimento global é resultado das atividades humanas

COP-3 Protocolo de Quioto

Em 1997 – o Protocolo de Quioto é firmado na COP-3. Os países ricos se comprometem a reduzir as suas emissões de CO2 (5,2% em média).

Ondas de calor. A onda de calor que varreu a Europa ocidental em 2003 dei- xou 70 mil mortos. Esse fenômeno climático deve se intensificar neste século em todo o mundo, de acordo com o IPCC. Causa grande desconforto nas pes- soas e aumenta o risco de mortalidade, principalmente de crianças e idosos. Quatro anos mais tarde o Protocolo de Kyoto (tratado internacional), proposto em 1997, entra em vigor tardiamente (março de 2005). Pois havia a exigência que fosse ratificado por pelos menos 55 países, que juntos produzissem no mí- nimo 55% dos gases de efeito estufa. Diferentemente do acordo de Paris (de- zembro 2015) que em menos de uma ano começou a vigorar passando pela mesma exigência do seu antecessor.

No ano seguinte a vigência do Protocolo de Kyoto, o economista britânico do Banco Mundial, Nicholas Stern, apresenta o relatório que leva seu nome (Rela- tório Stern, 2006). Conclui que diante da inação as mudanças climáticas po- dem reduzir o PIB global em até 20% em decorrência dos eventos extremos (secas, enchentes, ondas de calor, entre outros). Porém para reduzir as mu- danças climáticas será necessário investir apenas 1% do PIB global.

O quarto relatório de avaliação do IPCC AR4, de 2007, conclui com certeza su- perior a 90% que o homem é responsável pelas mudanças climáticas da era moderna.

Havia grandes expectativas de um novo acordo global na conferência do clima da ONU em Copenhague 2009 (COP 15). Naquele evento se reuniram gover- nos de 192 países do mundo. Porém o resultado da conferência foi pífio, ape- nas numa declaração política controversa, o Acordo de Copenhague.

O quinto relatório do IPCC (AR5) foi divulgado em Estocolmo, na Suécia no mês de setembro de 2013. Afirma que caso continue o aumento das emissões de GEE nos próximos anos, a temperatura média do planeta poderá aumentar até 4,8°C até 2100. Essa afirmação é embasada pela revisão de milhares de pesquisas realizadas nos últimos cinco anos.

Concentração de CO2 (> 400 ppm) – a concentração média diária de CO2 na atmosfera ultrapassou 400 ppm em 2013, pela primeira vez desde 1958 (Ob- servatório de Mauna Loa, no Havaí).

O acordo de Paris de 2015, firmado com 195 países durante a COP 21, tem como principal objetivo manter o aumento da temperatura média do Planeta abaixo de 2°C em relação aos níveis pré-industriais. Atualmente essa tempera- tura já foi superada em 1°C. Serão empenhados esforços para limitar esse o aumento da temperatura até no máximo 1,5 °C, ou seja, daqui pra frente não deverá aumentar 0,5°C.

O Relatório Especial do IPCC sobre o Aquecimento Global de 1,5 °C foi divul- gado em outubro de 2018 na Coréia do Sul (aprovado por 195 governos). Tra- ta-se de um relatório científico de enorme referência. Enfatiza a necessidade crítica de uma ação climática urgente, pois é diminuta a janela de oportunida- des que se apresenta.

O fechamento da segunda década do século XXI pode representar um marco muito importante no enfrentamento das mudanças climáticas, a supor pela aprovação do livro de regras do acordo de Paris, que poderá acontecer na COP-25 (dezembro de 2019).

Relatório AR3 (IPCC)

Relatório Stern (UK)

Relatório AR4 (IPCC)

COP 15 (ONU)

População mundial

Em 2001 – o AR3 (3° relatório de avaliação do IPCC) indica como causa principal do aquecimento global (segunda metade do século XX) decorre da atividade humana.

Protocolo de Kyoto

(IPCC) Em 2005 – o Protocolo de Kyoto, proposto em 1997, entra em vigor.

Em 2006 – o Relatório Stern, conclui que as mudanças climáticas podem reduzir o PIB global em até 20%. Para combater custo de cerca de 1% do PIB global.

Emissões globais de CO2 de 2006

Em 2006 –  as emissões globais de carbono a partir da queima de combustível fóssil e da atividade industrial atinge 8 bilhões de toneladas por ano (29 bilhões de tCO2).

Em 2007 – o AR4 (4° relatório de avaliação do IPCC) conclui que há mais de 90% de chance de que as emissões de gases causadores do efeito estufa a partir da atividade do homem serem responsáveis pelas mudanças climáticas da era moderna.

Projeto Keeling (Mauna Loa, no Havaí)

Em 2008 – nos últimos 50 anos as concentrações de CO2 aumentaram de 315 partes por milhão (ppm) em 1958 para 380 ppm em 2008.

Em 2009 – a COP 15 acontece em Copenhague (Dinamarca) e reúne governos de 192 países do mundo. Havia uma grande expectativa para um novo acordo global (substituindo protocolo de Quioto), Porém o resultado foi apenas uma declaração política controversa.

2011 – a população humana chega a marca de 7 bilhões de pessoas.

Projeto Keeling (Mauna Loa, no Havaí) mais de 400 ppm CO2

2013 – dados do Observatório de Mauna Loa, no Havaí, informam que a concentração média diária de CO2 na atmosfera já ultrapassou 400 partes por milhão (ppm), pela primeira vez desde que as medições começaram, em 1958.

Tabela 4. Resumo dos principais fatos científicos, acerca do CO2, efeito estufa, aquecimen-

to global, mudanças climáticas, relatórios e conferências internacionais, ocorridos no século XXI.

Relatório AR5 (IPCC)

COP 21 (ONU) – Paris

Relatório 1,5°C (IPCC)

Em 2013 – foi apresentado o quinto relatório do IPCC (AR5). Em se mantendo o ritmo das emissões de GEE nos próximos anos, a temperatura média do planeta poderá aumentar até 4,8°C até 2100.

Em 2015 – foi firmado acordo, com 195 países, de que a temperatura média do Planeta não ultrapasse 1,5°C, em relação aos níveis pré-industriais.

Em 2018 – divulgado o Relatório Especial sobre o Aquecimento Global de 1,5 °C. Destaca a necessidade de uma ação climática urgente.

2. MATEMÁTICA E GEOMETRIA DO CO2 CLIMÁTICO