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CMELLO A caracterí stica da vegeta��º é a presença de

casca grossa, desenvolvimento de folhas coriáceas,

também exist ir f olhas de grandes dimens�es.

podendo, A par tir desta def ini� �º de savana, podemos conclui r que a vegeta� âo reinante , pelo menos nas proximida­ des dos tanques de I tapipoca, era uma vegeta�âo do tipo savana. Por outr o lado , a presen�a do g@nero Palaeola•a, implica na ex ist ência de temperaturas mais baixas que a atual.

Uma provável mudança mais brusca e duradoura nas condi� Oes climáticas , levando a flora à deterioraç�o , deve

t er sido responsável pela extinç�o dos que dela dependiam direta ou indiretamente

(ROLIM ,

1 974; PAULA

COUTO ,

1 980). Os que resistiram as adver sidades ambientais, por possuírem hábi tos alimentares mais het erogêneos , como os taiassuídeos e canídeos , por exemplo , conseguiram sobreviver.

material

O fato de algumas espécies encontradas no de Itapipoca ainda existirem atualmente, ou terem similares na atual fauna, n�o é observado t�o nitidamente nas f aunas locais de Taperoá e '' Curimat�su estudadas por

BERGQV I ST ( 1989) porém, em ambas, ocorrem praticamente as

mesmas espécies sincr ónicas e com necessidades ecológicas bastante semelhantes.

7 . 2 - BIOESTRATINOMIA

O mater i al de ambos os tanques (2 e 3) , apresen­ ta-se bastante deteriorado . Poucas pe�as encontram-se em

estado satisfatório, fragmentadas.

pois, além de roladas, est�o muito

PAULA COUTO

( 1980), acredi ta que os fósseis foram movimentados várias vez es após sua primeira deposi��o,

por torrentes de água das chuvas que encharcaram a regi�o após o estabelecimento das condi��es semi-áridas. Assim, a cada redeposita��º , os fósseis e os sedimentos se rearranja­ riam de acordo com suas densidades : areia grossa e fósseis no fundo,

super fí cie.

argila, lodo e material al uvionar em geral, na Estas constata�hes explicam o estado do mate­ ria l , mas n�o a ausência de certas partes dos esqueletos, em contraposi��o ao ex cesso de ex emplares de outras partes. O Quadro I I I mostra o número mínimo de indivíduos que deixaram

registros. O total, nos dois tanques, alcan�a, pelo menos,

56 indivíduos , dos mais diversos tamanhos, cujos esqueletos n�o foram encontrados em sua totalidade. Entretanto, alguns apresentam números bastante significativos de ossos crania­ nos e pós-cranianos, como é o caso de E. laurillardi.

Vários autores tentaram explicar a presen�a dos animais nos tanques (MOREIRA et ail, 1971;

ROLIM,

1974;

PAULA COUTO , 1980 ;

BERGQVI ST ,

1989), sugerindo que os

animais escorregariam ou se jogariam nos tanques em busca desesperada de água, pois aquele seria um período de seca e os tanques guardavam as últimas águas. Uma vez lá dentro, n�o lograriam mai s sair, devido às íngremes paredes dos tanques ou por ficarem atolados na lama do fundo. Aqueles que n�o ent r avam nos tanques morriam de sede e fome nos

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sendo levados para o i nterior através de enxurradas ocasi o-

nais .

EEt a G l tima hipótese responderi a a que=-,t.�o da disparidade numérica entre a grande quanti dade de ossos pós­ cr anianos em rel a��º a escassez de ossos crani anos.

Como se pode observar , s�o todas hi póteses pas­ si veis de questionamento, pois n�o há evi dênci as concretas que corroborem esta ou aquela sugest�o. Acr-·edi tamos , si m,

Talvez que tenham ocorrido todas estas formas de deposi ij�O.

umas mais do que c�tras. O ato de se atirar nos tanques n�o eleve ser atribuído à todos os ani mais e sim aqueles que j á

tenham como hábi to entrar na água. Desta forma temos uma parcela pequena de animais que teriam sucumbi do no i nteri or

dos tanques e uma maior parcela de ani mai s que teri am morri do nos arredores.

Como já assi nala BERGQV IST ( 1989) é realmente difícil a observa��º da bi oestratinomi a em tanques, uma vez que os jaz i mentos n�o s�o encontrados em cortes e si m em p l anta. Dificulta, também, a pequena quanti dade de i nforma- �bes quanto a metodologia de col eta de materi al.

SOUZA CUNHA

( 1 962 ) e PAULA COUTO ( 196 1 ) apenas enfati zam que houve a necessidade de utiliz arem uma bomba para reti rarem a água ali estagnada. N�o falam sobre os métodos de. reti rada dos fóssei s do sedi mento.

Desta forma esperamos que pesqui sadores da área possam se dedicar com mais ênfase a resol u��o deste ti po de problema , para que se consiga mais i nforma�hes a respei to da paleobiota desta regi�o.

a.o - CONCLUSDES FINAIS

a } O material coletado em Itapipoca nos .permitiu identificar 1 3 espécies, 1 gênero e 1 tribo, distribuídos em

12 famílias e 5 ordens.

b } A partir da classificaç�o prévia feita por PAULA COUTO ( 1 980) (Quadro I > , constatamos que:

A espécie descrita por este autor, Xenocnus cearensis, f or�m acrescentados mais exemplares, demonstrando que havia nos tanques, pelo menos dois indivíduos.

Os géneros Panochthus Burmeister, Glossotheriu• Owen, 1840 n�o foram encontrados.

1860 e O material pertencente ao género Paapatheriu• Ameghino , 1875, na verdade pertence a espécie Holaesina paulacoutoi.

Na familia Canidae , a espécie Protocyon tro9lodytes f oi confirmada. N�o constatamos a presença do género Speothos Lund, 1 839, mas encontramos material que concluí mos pertencer a Cerdocyon thous

Foi confirmada a presen�a de Haploaastodon waringi , que PAULA COUTO ( op. cit. ) punha em dúvida.

O género Tayassu Fischer, 1 814, tem T. pecari como espéc i e.

Ozotoceros bezoarticus e Glyptodon sp . , que n�o tinham sido registrados nesta coleç�o, foram por nOs identificados.

c l H . aa quinense, glyptodon sp. , C. thous, T. pec ari � P . aajor e O . bezoarticus foram registrados pela primei ra vez no estado .

d) Foram encontrados 24 localidades distribuí das por 18 municí pios cearensis c om jazigos fossiliferos.

e ) A f ,:1una mam:i'. feri ana de Itapipoca é

bas:i c:aml;,,nt.e como a dos demais estados nor-destinos, com

mesmos tipos de depósitos fossilíferos. Porém, é a que apresenta mais espécies com representantes ainda viventes.

um

f) ambiente de

As necessidades biológias da fauna, sugerem savanas, com um clima semi-úmido e com temperatur-a amena. Boa disponibilidade de água com matas ciliar-es que distr- i bui am-se pela ampla planície .

uma

q) Os tanques for·am gr-ande receptor-es, tanto de t ,;:.�natocE?nDE,C'� levada a eles por ern: urradas, como de animais vi vos que al i pereceram, por n�o lograrem dal i sair.

Cearé da

hJ Constata��s a sincronia entre as fuanas do

Paraiba , a domi nttnc i a dos Megatheridae,