• Nenhum resultado encontrado

Mamíferos quaternários de Itapipoca, Ceará, Brasil, depositados no Museu Nacional, Rio de Janeiro

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Mamíferos quaternários de Itapipoca, Ceará, Brasil, depositados no Museu Nacional, Rio de Janeiro"

Copied!
198
0
0

Texto

(1)

MARCIA GOMIDE DA SILVA MELLO

MAMIFEROS OUATERNARIOS DE ITAPIPOCA, CEARA, BRASIL, DEPOSITADOS NO MUSEU NACIONAL,

RIO DE Jl-%NEIRO

APROVADO POR : Prof., Candido Sim�es Ferreira Presidente da Banca Prof.: Ignácio Machado Brito

Prof.: Fernando Dias D'Avila Pires MELLO, Mareia Gomide da Silva

Estudo dos Mamff�ros pleistocênicos coletado� em Itapipoca, Estado do Ceará, .Brasil, depositados nas Coleç�es do

Museu Nacional, Rio de Janeiro, UFRJ/MN, 1989.

·x + 151 p.

Tese: Mestre em .Ciências Biológicas <Zoologia)

1) Anatomia

::;) Pal eoecol ogi a·

2) Sistemática 4) Teses

IJ Universidade Federal do Rio ' de Janeiro

II) Titulo 22/03/1990

(2)

J

Trabalho realizado no Setor de Vertebrados do Departamento de Geologia e Paleontologia,

Nacional, Rio de Janeiro. Orientador:

F�usto Luiz de Souza Cunha Co·-Or i entador

Castor Cartelle GL1erra

(3)
(4)

AGRADECIMENTOS

A Coordenaç�o de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), pelo auxílio financeiro recebido sob forma de bolsa de pós-gradua��o, nível de Mestrado.

Ao Prof. Fausto Luiz de Souza Cunha, por sua de­ dicada aten��o�

Ao Prof. Castor Ca�telle Gu�rra, por sua incan-sável orientaç�o, apoio e ensinamentos, fundamentais ao de­ senvolvimento �este trabalho.

Ao Departamento de G�ologia e Paleontologia do Museu Nacional, Rio de Janeiro, na pessoa do seu Chefe Prof. Antonio Carlos Magalh�es Macedo, pelas. facilidades concedi­ das.

As colegas do Setor de Vertebrados, ProfS Deise Di'as Régo Henriqu�s, Lílian Paglarelli Bergqvist e Rosa Maria Mendon�a de Magalh�es, pelo inestimável apoio e auxi­ lio no desenvolvimento ·deste trab�lho.

A Maria Lilia Gomide da Silva e Luiz Alves Costa, pela elabora��º dos desenhos.

Atônio A equipe do Museu de Ciências Naturais da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais por torna­ rem viáveis nqssos estudos no local, principalmente à Prpfª Maria Thereza Vieira Leite, que muito nos auxiliou.

A Maria Cristina Marinho, �elos servi�os de datilografia prestados desinteressadamente,

Maria Machado, pelas fotografias.

e à Deusana A minha família, pela paciência e compreens�o demonstradas ao longo deste trabalho.

A todos que direta, ou indi.retamente, tenham colaborado na re�liza��o de5te estudo, nossos mais sinceros e profundos agradecimentos.

(5)

,;

,

RESUMO

Tratamos aqui da revis�o e organiza��º dos fós­ seis de mamífetos pleistocénicos que foram coletados em tan­ ques, no Município de Itapipoca� Estado do Ceará. Estes •n­ contram-se depositados na C6le��o de Vertebrados do Departa­ mento de Geologia e Paleontologia do Museú Nacional, R.J.

. A par-t.ir- deste material indentific:amos 14 espécies, 1 gênero e 1 t.r-ibo, distribuído$ em 12 famílias e S�o os seguintes os ta>: a identificados: Hothrotheriu• aaquinense, X�nocnus cearensis, Ereaotheriu•

laurillardi, Scelidodon cuvieri, Holaesina

Glyptodor, Sailodon

sp., Cerdocyor, thous; Pro�o�yon populator, Haploaast:odon ·Nar ir,9i,

paulacoutoi, troglodytes, Hippidion

princip�le, Equus {AaerhippusJ neogaeus, Tayassu pecari,

Palaeolaaa aajor, Hazaaa gouazubira, Ozotoceros bezoarticus,

ODOCOILEINI, CINGULATA; EDENTATA, ARTIODACTYLA

e

MAMMALIA.

Estes grupos �ssemelham-se aos dos demais esta­ dos nordestinos. Dentre os edentados, excetua-se a espécie Xenocnus cearensis Paula Couto, 1980, que até o presente foi apenas encontrada em Itapipoca.

Baseado no conjunto faunístico identificado, acreditamos que o clima e a vegeta��º reinantes na época, eram diversos dos encontrados atualmente. Esta érea teria sido coberta por uma rica savana, com clima semi-úmido e temperatura amena�

P,o avaliarmo�; as hipótesE?=• acerca das circ:untân-ci as de deposi��o de animais e/ou seus restos nos tanques, concluímos que·est�s teriam ali sucumbido ·ao buscarem água, sem depois saírem e, os que morreram nos arredores, ter"i am

(6)

seus restos carreados para o interior dos t�nques na ocasi�o das grandes enxurradas, que caracterizam este período de mudan<;a.

(7)

r

<.

ABSTRACT

ln this work we intended to review and organize the pleistoceni c

It.apippca city,

mammals material found inside tanks, in Ce•rá state. Nowadays, these fossils are included in the vertebrate _Paleontological

Museu N�cional, Rio de Janeiro.

Collection of

After the revision, we're identified 14 species, 1 genus, and 1 tribe, belonging to 12 families �nd 5 orders. identified ta>: a: Hothrotheriu• aaquinense, Xenocnus cearensis, Ereaotheriu• laurillardi, Scelidodon cuvieri, Holaesina paulacoutoi, Glyptodon sp. , Cerdocyon thous, Protocyon tro9lodytes, Sailodon populator, Haploaastodon waringi, Hippidion principale, Equus <AaerhippusJ neogaeus, Tayassu pecari, Palaeolaaa aajor, Hazaaa gouazoubira, Ozotoceros bezoarti�us,

CINGULATA, EDENTATA, ARTIODACTYLA and MAMMALIA.

ODOCO ILEIN I,

These E?>: t. :i nc: t. groups are similar to those of other northeastern states of Brasil except

which has only been· found :in Ceará state.

X- cearensis, Based on such fauna we concluded that demi-humid climate and savannah vegetation found in .Ceará state, during the Pleistocene, do not exist there. anymore.

Analysing the hipothesis that try to explain the presence of these fossils remains inside Itapipoca tanks, we pic:ked out two of them possible to occuri some animals sl.ipped into these tanks while looking for water, and could not qo out; others died in the surroundings and their remains were carri ed into the tanks by the flood.

(8)

INDICE

PAGINA

AGRADECIMENTOS ...•.•...•...•• �...

IV

RESUMO •• •• •• • • •• • •• • •• ••••••••••••••• •• • • • • • • • • • • • • • · V

AB!-3THACT .••••.. ;

•••.

.

...•. �... •.• • • • . • • • • •

VII

1 • O -- l

NTHODUÇPíO. . • • . . . • . • • • • • • • • . . • . • • • • • • . . • • • • . • •

1 1. 1 ·-·

OB,JETI',.10... •

.

• • . . • • . .

1 1. 2 ···· OS TANDUES. • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • 2 1.2.1 -

LOCALIZA�O...

2 1.2.2 -

ASPECTOS GEOLOGICOS.�...

2

2.0 -

MATERIAL ...••••.•••.•..•...••• �...

5

3 .. e, -- ME:: ··r·ooc1s • • . • . . . • • • . . . • . . . • . • • • • • • . • . . • • . . • . • • • •

6 4.0 -

BREVE HISTOR ICO DAS PESQUISAS NO ESTADO DO

CEARA.......... 8 5.0 -

LOCALIDADES FOSS ILIFERAS

DO

ESTADO

DO

CEARA...

10 6.0 -

A FAUNA PALEOMASTOZOOLOG ICA DE ITAP IPOCA...

12

Hothrotheriu• aaquinense

(Lund) Lydekker, 1989. . . . .. . . 16 Xenocnus cearensis

Pa�la Couto, 1980... .. . ... . . .. . .. . ... . . .. . .. . . . 20 Ereaotheriu• laurillar.di

(Lund) Cartelle � Bohorquez, 1982 . • •••. . . •. . Scelidodon cuvieri 24 (l .. t.,r-,ct)... ;55 Hol•�sina paulacoutoi <Cartelle L Bohorquez, 1985) .. . . .... .. . . 39 Glyptodon '=°·P· · · · · · • • • � · • • • • • • • • · • • •.· · • • • • • • • · • 47 Cerdocyor, thous l_i r1naet.\S • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • ,, • • • • • • • • • • • • • • • 50

(9)

I

-7.0

7. 1

..•

�) / • .L. -: Protocyon troglodytes (L.und) ••••••••.•••••••• . S•ilodon populator

Lund,

1842 •• • • • • ••• Haploaastodon �aringi Holland,

1920 ... .

Hippidion principale (Lund, 1846) ••••••••••••••• Equus (AaerhippusJ neo9aeus

l. .. L\r}d, .tt:t,�C> ... ,, ••

Tayassu pecari Fisc:her··,. 1f314 •••••••••••••••••••••.•••••••••••• Palaeolaaa aajor 58 62

79

82 86 90

(L.iais,

1872) ••••••••••••••••••••••••••••••••• ,

94

Haza•a gouazoubira

Fi sher,

1814 ••• � •••• Ozotoceros be�oarticus

(l...i nnae1 .. 1E,

17!:iB} ••••••••••• .

EDENTATA-CINGULATA •..•..••.•.•••...•.•.••..

EDENT?�TA .•...•••.•••

.

•...•••...•.•••••••

O DOCO .I L E I N I ••••.•••••••••••••••••••••••••••••••

ARTIODACTYLA .•••.••••••••••.•••..•••••••••••••

MAMMAL I A •••••••••• � ••••••••••.••••••••••••••••

ESTUDO PAL.EOAMBIENTAL ....•••.••..•••.•••••••••

CONSIDERAÇôES PALEOECOLOGICAS E

PALEOAMBIENTAIS ...•...•••••••..•.•.•••••••

BIOESTRATINOMIA ..•••.•.••...•••••.•••••••

104

1 16

119

120

120

120

120

122

123

130

8. O - CONCLUSôES FINAIS. . . • . • • . • • . . . • • • • • • . . •

132

9.0 -

REFEReNCIAS BIBLIOGRAFICAS...

134

10.0

1 O • .t

I LUETf�A(;CJES •...•••..••..•• � ••...•••••.•

MAPAS ...•...•...

IX

148

149

(10)

(

10.2 1 (}. ::.� '..;

QUADROS.

ESTAMPAS.

.

. . .

150 151

(11)

. .,.

1. O - I NTRODUÇAO

1. 1 - OBJETIVOS

Apesar de n�o muito estudado, em termos Paleo­ mastozoológicos, o Estado do Ceará abriga formidáveis grupos faunísticos, encontrados nos mais variados tipos de depósi­ tos fossilíferos. Os fósseis aqui estudados, foram coletados no ano de 1961, em tanques do município de Itapipoca. Os professores responsáveis por tal coleta, ProfQ Carlos de Paula Couto e Fausto Luiz de Souza Cu�ha, depositaram o material obtido, nas cole��es do Museu-Nacional. Da data de registro até o corrente ano, o material n�o foi estudado (e�ce��o feita aos fósseis de Xenocnu� cearensis Paula Couto, 1980) .

Tomamos como meta, ent�o, a revis�o e organiza-��o de todo o material (563 entradas>, isto é, a correta identifica��º dos fósseis, tanto a nível de osteologia como de sistemática, a descri��º de aspectos fundamentais e a reconstitui��º da lista dos taxa encontrados em Itapipoca.

Reformularemos a listagem de localidades fossi­ líferas do estado e dos grupos encontrados e avaliaremos as características do paleoambiente, com base na fauna encon­ tr,:\da. Com isso t-ransformaremos·em info_r-mac;hes acessíveis, o que outrora encontrava-se legado �o abandono e as brumas do esquecimento.

(12)

\ ..

..-.._,

1.2 - OS TANQUES

1.2.1 - LOCALIZAÇAO

O

município de Itapipoca (mapa

I>

está situado na z ona fisiogeográfica do litoral cearense, i ncl Llido inteiramente no atual polígono das secas. Possui as seguin­ tes coordenadas geográficas: 3° 30' 10'' latitude Sul e 39°

2()' de longitude Oeste de Greenwich, distando da

capital, em linha reta, 121 Km. Limita-se ao Sul com os Municípios de Sobral, Irau�uba, Itapagé e Uruburetama; ao Norte, com os Municípios de Santana de Acarú e Trairí. A sua altitude é de noventa e oito metros acima do nível do mar e seu território extende-se da Serra de Uruburetama entrando no sert�o e descendo até a costa atl�ntica

<IBGE,

1969).

Os achados ocorreram em tanques próximos ao riacho de Jucá na localidade de João Cativo, em terrenos de Pedro Alves Agui àr--. Encontram-se a pn:,pr i ed·ade do

a pro>: i maciamente, 9 �m a O�ste de Itapipoca, na margem da estrada de ferro da Rede Via��6 Cearense, que liga esta úl­ tima cidade a Sobral (PAULA COUTO, 1961>.

1.2.2 - ASPECTOS GEOLOGICOS

Os depósitos fossilíferos do Nordeste brasilei­ ro, ,':\té agor-a conhecidos, quando apr··esentam em seus sedimen-tos ressedimen-tos da extinta fauna de grandes mamíferos, como as pregui�as gigante, s�o considerados de idade Pleistocênica. Tais depósitos receberam vérias denomina�ôes, entr--e elas c,:1cimbas ou tanques. Estes jaz imf2ntos, s�o de pouca espeEsu--

-ra dispersos e descontínuos. Denomina-se cacimbas,

escava�Oes feitas pelo h6mem para obter t�nquanto tanques sào depressbes naturais, nas quais a água se

(13)

deposi-ta naturalmente. As ocorr#ncias de Ideposi-tapipoca consistem de tanques (SOUZA.CUNHA, 1966 e PAULA COUTO, 1961).

MACEDO, FRANC ISCO & FERNANDES, 1987, discutem a validade do termo ttForma��o Cacimbastt para designar os depó­ sitos fossiliferos nordestinos. Com base no Código Estrati­ gráfico, argument�m que eite n�o se enquadra nas exigências do referido Códfgo e n�o deve ser usado.

Os tanques encontrados em Itapipoc:a, s�o o resultado de fendas naturais, em rochas cristalinas. Têm par-ed1?s, íngremes e de contorno elíptico (SOUZA CUNHA, 1966). Os sete tanques encontrados t�m, em média, de vinte a quarenta metros de comprimento por três a cinco metros de largura e até sete metros em seu ponto mais profundo. Localiz am-se em afloramentos graníticos próximos a Serra de Uruburetama, mací�o granítico que atravessa a regi�o na dire��o E-W (PAULA COUTO, relatório 1961) •

Os tanques de número 2 e

..,.

_,'

de onde foram retirados os fósseis aqui estudados� apresentam· as seguintes medidas respectivamente: 28m de comprimento por 4,20m de largura -méxima e 27m em seu eixo maior (na direç�o NS} e 3,20m de l�rgura máxima no nível superior da água.

Nos sedimentos que os preenchiam, predominava ar-·ei a grossa, de cor acinzentada. A camada arenosa se alternava com estratos de argila escura, ou com camadas argilo-arenosas. Estas camadas eram compactas e resultantes da decomposi��o da rocha gr�nítica encaixante.

Os tanques n�o escavados ( 1,4, 5,6 e 7) apresen-tavam-se entulhados de sedimentos e continham, também, certa quantidade de água, proveniente das chuvas. Faixas esbran­ qui�adas nas paredes da rocha marcavam os diversos níveis da

(14)

_)

-ág�a, evidenciàndo a alternancia de períodos secos e chuvo­ sos. Na época da estiagem, além de grande evapora�âo, havia também, gr-·ande consumo humano, restando, praticamente, a água infiltrada nos sedimentos (SOUZA CUNHA, op.cit.).

SOU Z (.\ CUNHA Cop. cit.) ainda ressalta

fósseis foram encontrados abaixo dos blocos rochosos prove­ nientes dos bordos que se quebraram ao sofrerem grand� i nt.E�mper-i e.mo.

Como jé indicamos, todo o mater-ial coletado nestes jazigos fossilíferos está depositado nas Cole�ôes do Departamento de G•ologia e Palecintologia do Museu Nacional.

Em relatório de presta�âo de contas de excurs�o, de 10 de abril de 196 1, Paula Couto descreve, em pormenores, os detalhes desta empreitada em Itapipoca. Salienta que, gra�as aos modernos métodos de prospec�âo geo-paleotológi­ cos, pela primeira vez utilizados no nordeste, obtivera excelentes resultados, coletando mais de 3000 espécimes, sendo alguns pertencentes a grüpos paleontológicos ainda n�o registrados na regi�o, como por exemplo o gênero Palaeolaaa Gervais, 1867. Termina por dizer, que "o copioso material coletado· dará margem a publica�ôes cientificas importantes sobre a Paleontologia do Brasil".

(15)

' '-.J 1 _,. 2.0 -

MATERIAL

O material aqui estudado pertence a Cole��º de Paleontologia do Museu Nacional, Rio de Janeiro. Foi coleta-do no município de Itapipoca, estacoleta-do coleta-do Ceará, Brasil, pelo;;;, ent.::.\o, geólogos dessa Institui��º ProfQ Carlos de Paula Couto e Fausto Luiz de Souza Cunha. Constam, registra-das no catál6go da cole��o, 477 entradas, numeradas por algarismos arábi c:os segui do�; pela letra V (=Vertebrados). Como alguns números de entrada possuíssem muitos exemplares distintos, f cii feita nova numera��o. Constam, agora, 563

números de r�gistro. Nos casos em que mais de uma pec;a é atribuída ao mesmo indivíduo, o registro numérico destas vem seguido de outro número arébico separado por uma barra

MNR,J 2981 / .1 --',/) •

(e>:: Os exemplares n�o se encontram em bom estado de pr-eser-v ai; i:11'0. Poucos foram conservados integralmente.

preendem ossos do esqueleto pós-craniano, dentes e

Com­ alguns fragmentos ·crahianos. Identificamos restos pertencentes a 12

famílias e .15 gênerbs distribuídos em 5 ordens.

Ca�a pe�a foi estudada e, na medida do possível, identificada até o nivel de gênero ou espécie. Aquelas cujo estado é mais precário, foram identificadas no nível taxonô­ mico possível e citadas em listagem à parte, ao final.

(16)

3.0 - METODOS

Dos fósseis da Cole�•o de ltapipoca, deposita-dos há muitos anos neste Maseum poucos foram estudadeposita-dos. Achamos ent�o, que seria de grande utilidade para a paleon­ tologia, um estudo global deste material, n�o só no aspecto científico como no aspecto prático, isto é, na organiza��º

Após a escolha do tema desta disserta��o, fiz emos um inventário do material disponível, levando em considera��º as informa�ôes contidas nas fichas e catálogos. Nem todas as pe�as constantes do catálogo foram localizadas. Come�ando o trabalho de prepara�•º dos fósseis, verificamos que parte do material encontra-se bastante fragmentado. Os restos de sedimentos que ainda envolviam os exemplares foram removidos com escova e água corrente. Após esta prepara��º, fragmentos que se complementavam,

f.:.er colados.

puderam

fósseis:,,

Serviu-nos de auxílio na identifica��º dos além da bibliografia citada nesta disserta��o, fósseis da Cole��º de Paleontologia de Vertebrados, da Cole­

��º

do Setor de Mamíferos e da exposi��o permanente do Museu Nacional, assim como pe�as fósseis da Cole��h do Museu de Ciências Naturais da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC/MGJ.

Após identificarmos as peças e agl'"·upé-1 as conforme o taxon, procuramos descrevê-las de maneira objeti­

va e concisa, ressaltando os caracteres mais significativos, assim como registrando seu estado de preservaç�o. A termino­ logia utilizada nas descri��es foi baseada na nomina Anatô­ mi ca de 1949 e em SISSON L GROSSMAN, 1981.

(17)

As pe�as que se prestaram para tal, foram medidas com paquímetro Mitutoyo de 150 mm. Os desenhos foram confeccionados, na maioria dos casos, em tamanho natural, a partir da observaç�o direta dos exemplares, com tinta nanquim em papel shôeller. Alguns foram fotografados com filme preto e branco em c�mera Leica e depois passados para desenho.

Como já mencionado no item MATER IAL, houve a inclus�o de novos registros no catálogo, a retificaç�o de identifica��es incorretas e a complementaç�o de dados.

( 1945) estudo.

para

Seguimos a ordena��º proposta por SIMPSON a sequência das espécies qu• aparecem neste

Siglas:

e -

Canino

C. M. Carniege Museum, Pittsburgh d Decídua

D Direito � Esquerdo

I

Incisivo M Molar

MCL/MCM Museu de Ciências Naturais da Pontifí­ cia Universidade Católica de Minas Gerais, Belo Horizonte

MNRJ - Museu Nacional, Rio de Janeiro

PUC/MG Pontifícia Universidade Católica Minas Gerais, Belo Horizonte.

(18)

-...

4 . 0 - BREVE HISTORICO DAS PESQUISAS NO ESTADO DO CEARA

Desde o século passado , quando o Estado do Ceará ainda era denominado como província e o Município de Itapi-poca recebia o nome de Comarca da Imperatriz, (até 1889) j á

eram conhecidos os achados da fauna Pleistocénica na regi�o. Conhecem-se algumas referências, mas a maioria dos achados se perdeu, principalmente pela .falta de interesse e apoio das institui��es governamentais em providenciar, através de naturalistas, a remo��º adequada de tais achados.

A primeira notícia a respeito, foi dada pelo naturalista fracês Louis Jacques Brunnet, que nos anos de 1 854 / 1 859 , excursionando no Nordeste , coletou , com fins científicos, exemplares de mamíferos fósseis nos Estados de

Pernambuco, Par aí b a e C€?ê:1r· á . ( BURLAMAQU I , 1855; ROSADO 8,

CAMPOS E S I LVA , 1973) .

BURLAMAQUI ( op . cit.) , além de comentar o achado de grande quantidade de ictiólitos , na Chapada do araripe (Forma��º Santana) , no Município de Crato, assinala que, em alguns locais de Quixeramobim, Imperatriz e Baturité, foram coletados outros fósseis, por ordem do governo da Província do Ceará . Os coletados na última localidade citada foram enviados a Burlamaqui, que os identificou como sendo de mastodontes.

GU I MARAES,

Thomés Pompeu de Souza Brasil ( 1863, 1906 ir, 1 9T7 > + az referências à coletas de fósseis p�ovehientes dos seguintes locais do Estado do Ceará:

Município de Itapipoca; Município de Quixadé e de Sucatinga, próximo a Cascavel. Estes achados, segundo o autor ; foram enviados ao Museu Nacional, Rio de Janeiro .

(19)

depos i tados nas cole� hes do Servi�o Geol ógic o e Mi neral óg i co do Brasil , partes de um esquel eto de Panocthus tuberculatus, achado em Ouixeramobim. Ainda segundo Branner, em 1 943, for am encontrados mais restos de mamíferos quaternários em Limoei ro, também no Ceará.

Um sécul o depoi s das expédi�ôes de Jac ques Brunnet, PAULA COUTO ( 1 951 ) publ i c a um estudo "SOBRE ALGUNS MAMIFEROS FOSSEIS

DO CEARA" ,

com especial ênfase ao gênero Panocthus sp. , gênero representado por tubos c audais, provenientes do Riacho do Sangue,

Roch a , ci dade de Fortal eza, Ceará.

deposi tados no Museu

E de se notar que, após as referências do n atur alista francês Jacques Brunnet ocorreram apenas notici -as de achados oc-asi onai s, em esc ava��º de tanques, c: aci mb-as ou l eitos de ri achos e l agoas secas, até a expedi�•o de 1 961 feita por pesquisadores do Museu Nacional , Ri o de Janei ro .

PAULA

COUTO,

1980,

descreveu Xenocnus cearensis,

novo género e nova espéc i e de edentado da Famil ia

Megal onychidae coletado nos tanques Jo•o Cativo, em Itapipo­ ca. Neste mesmo trabal ho faz uma l istagem dos taxa al i encontrados, ci tados adiante ( QUADRO !).

E i nteressante notar que s�o citadas diversas remessas de fósseis ao MNRJ, inc l usive de Itapipoc a. Entre-tanto, tais restos fósseis n�o encontram-se registrados nem constam da Col e��º do MNRJ, devendo ser

e:,: travi ados.

(20)

...;

'--. J

5. 0 - LOCALIDADES FOSSILI FERAS DO ESTADO DO CEARA

Diversos foram os autores que relacionaram as localidades fos�iliferas dos est ados nordestinos. O primeiro deles foi MORAES em 1 924 . Em 1 939, ALVIM compl ementa esta l istagem com novas localidades. Seguem-se SIMPSON & PAULA

COUTO < 1 '.;>�57 > , SOUZA CUNHA ( 1 962 ) , MOREIRA ( 1 97 1 ) , ROL IM ( 1 974 ) , SILVA SANTOS ( 1 982 ) •

(mapi:1 I I ) '

Agrupamos aquelas referentes ao estado do Ceará tentando, porém , discernir em cada município, vilas ou mesmo propriedades rurais, visto que as identific a­ �bes n�o foram bem esclarecidas em alguns dos trab�lhos.

util izamos o mapa do estado do Ceará, pelo I nstituto do Nordeste (Fortalez a) de 1955.

1 Município de Fortalez a

arredo� es da Sede de Fortal eza

publ icado

2 Munic í pio do Riacho do Sangue (com este nome há várias propriedades rurais, além de riachos e a�úde )

Oui >: eramobi m l...agoc.:i Cororiel

� Município Limoeiro do Norte

Li mot�i ro (al ém da cidade há propriedade rural •mesmo n ome )

4 . - Município de Jaguaribe Mi rim C."

�·

6

J �guaribe-mirim (Sede e riacho com o mesmo nome ) Munici pio Maria Pereira

Lagoa de S�o Pedro

Município de Ara�oiaba-araijoiaba 7 Município de Guarani

com o

Lagoa do Ipü ( há propriedade rural no municipio de Itapipoca com este nome)

8 - Municí pio de Pacajus Lagoa do Ipú

(21)

9 - Muni ci �io Senador Pompeu 1 0 - Muni cípio de Massap@

Canafístula ( vi la) 1 1 - Municípi o de Cascavel

Sucati nga

1 2 Muni cípio de Baturi té

1 3 Muni cípi o Catarina

Lagoa Santa Catarina, Sitio Coronzó (propriedade rural) 1 4 - Muni cípio de Quixad�

1 6

1 7

1 8

1 9 20

Banabui u (propri edade rural? ) Muni cí pi o de Russas

Municípi o de Jaué Inhamuns (vi la) Arneiroz (vi la)

Síti o Coronzó, ao sopé da Serra de Ibiapaba em Inhamuns Muni cípi o de Crato

Cariri �3VO

Ti mbaüba (mui tas propri edades rurais com este nome, vári os municí pi os)

Crate�s

- Muni cípi o de Itapi poca

Jo�o Cat i vo ( p�opri edade rural)

Rapina, perto de Santa Cruz ( propriedade rural)

em

O mapa II mostra os municí pios cearenses onde foram registradas ocorrénci as de fósseis , aqueles acompanha­ dos de um < • > n�o foram locali zados na Enciclopédia dos Muni cípios.

(22)

6. 0 - A FAUNA PALEOMASTOZOOLOGICA DE ITAPIPOCA

Neste i tem trataremos dos restos da fauna plei stoc ênica de Itapipoca,

CE ,

representados pelos fósseis coletados nos tanques Jo�o Cativo n9s. 2 e 3 .

A

partir

do

material estudado, foi possível identificarmos 5 ordens , 12 famílias, 1 tribo, 1 g@nero e 14 espéc: ies.

No estudo de cada espécie foram enfocados sete aspectos, a saber : sistemática, holótipo, outras ocorrências no Brasil , material, descri��º , discuss�o e conclus�o. No final li stamos os fósseis cujo estado de preservaç�o impediu uma identi ficaij�O mais exata.

Baseamos a sistemática dos grupos aqui est.uda-dos nos seguintes autores :

( 1 979, 1980) , CARTELLE & FONSECí-� ( l '.:_;18�5 ) •

Ordem

EDENTATA

Cuvier, 1798

HOFFSTETTER

BOHORQLJEZ

Suborder

�ENARTHRA ,

Cope ,

1 889

Infraordem PILOSA Flower , 1883

Superfami lia MEGATHEROIDEA Gray, 182 .t

( .t 952 ) , ( 1982 ) ,

Família MEGALONYCH IDAE Zittel , 1892

Subfamí l ia N

THROTHERIINAE Kraglievch, 1923 Género Hothrotheriu• Lydekker, 1889

PAULA COUTO

CARTELLE

�<

Espéci e Hothrotheriu• aaquinense 188'-=?

( Lund } L.ydekker, Subfamí l ia X ENOCNINAE Paula Couto , 1980

Género Xenocnus Paula Couto, 1980

(23)

Famí l ia MEGATHER IIDAE Owen , 1843 Subf amí l i a MEGATHER IINAE Gi ll , 1872

Géner o Ereaotheriu• Spillman, 1 848

Espéc i e Ereaot heriu• laurillardi

Bohor quez , 1982

( Lund)

Fami l i a MYLODONT IDAE Ameghino, 1889

Subf amília SCEL IDOTHERIINAE Ameghino , 1904 Géner o Scelidodon Ameghi no , 1 88 1

Espéc i e Scelidadon cuvieri ( Lund) Subordem C I NGULATA I l l i ger , 18 1 1

Super f ami l ia DASYPODO IDEA Simpson , 193 1 Fami l i a DASYPOD IDAE Bonaparte, 1938

Subf amíli a PAMPATHER IINAE Paula Couto, 1954 Género Hol•esin a Simpson , 1930

Cartelle

Espécie Hol•esi n a p aulacoutoi (Cartelle & Bohorquez, 1985)

Superf amilia GLYPTODONTOIDEA Simpson , 193 1 Familia GLYPITODONTIDAE Burmeister, 1879

Subf amília GLYPTODONTINAE Troussart, 1898 Género Glyptodon Owen , 1838

Glyptodan sp.

Ordem CARNIVORA Bowdich , 182 1

Subordem F ISS IPEDIA Blumenbach , 179 1 Super f amilia CANO IDEA Si mpson, 193 1

Famí lia CANINAE Gr ay , 182 1 Subf amília CAN IDAE Gill , 1872

Género Cerdocyon Smith , 1838

Espéci e Cerdoc yon thous Linnaeus Subf amília S IM□CYON INAE Zittel , 1893

(24)

Espécie Protocyor, troglodytes (Lund ) (Gi ebel , 1855 ) Super f amíl i a FELO I DEA Si mp son , 193 1

Fami li a FEL I DAE Gr ay, 182 1

Sub f amí l i a MACHAI RODONT INAE Gi l l , 1872 Género S•ilodon Lund, 1842

Espécie_ S•ilodon populator Lund, 1842 Ordem PROBOSC I DEA Illiger, 18 1 1

Subordem ELEPHANTOI DEA Osborn , 192 1 Fam í lia �OMPHOTHER I I DAE Cabrer a , 1929

Subf amí l i a ANANCINAE Hay, 1922

Génei6 Haplo•astodon Hof f st et ter , 1950

Espéc i e Haplo•�stodon waringi Hol l and , 1920 Ordem PER I SSODACTYLA Owen, 1848

_Subor-dem H IPPOt'ÍORPH?) vJood, 19;..,7 Sup�r f amília �QUO I DEA Hay, 1902

F. • 1 . Eam1 1 a -·n1 1 1\!< ... . · 1·>_ ,-, __ 1'-E. (' :ir.,::1y, 1·• 9"> 1 -

-1--Subf ami l i a EQU INAE Steinmann & Doderlein, 1890 Género Hippidion Owen ,. 1869

Espécie Hippidion principale < Lund, 1846) Género Eq�u� Li nnaeus, 1758

Espécie Equus <A•erhippus ) neogaeus Lund, 1840 Ordem ART IODACTYLA Owen, 1848

Subordem SU I FORMES J aec kel , 19 1 1 �am i lia TAYASSU I DAÉ Palmer, 1897

Subf amí l i a TAYASSU I NAE Ha�, 1902 Género Tayassu Fisher, 18 14 _

Espécie Tjyassu pecari Fisher, 18 14 Subordem TYLOPODA Illi ger ; 181 1

Fami l i a CAMEL IDAE Gr ay , 182 1

(25)

e

Gêner o Pal aeal ama Gerv a i s , 1 867

Espéc i e Pa l aeal aaa •ajor ( Li a i s , 1 872 )

Subordem PECORA L i nn aeus , 1 758

C" .:,upe1•-- .,- ê-:, m1 1 ,,-. ... c ,: v .. ,. • 1 · c··•., ... :1 ... ' 1c .. 111·1f-- ,, ,.., _ .. . :.H :::,1 mp ".on , .. • · ·

F ami 1 i a CER',J I .DP,F G1·· .;:-,y , 1 B'.? 1

'.3u b f é,m:t l i a ODUCU I LE I N{�E 'f�'ocóc k , 1 92:3 fr i bo ODOCO I LE I �I Si mpson , 1 945

Gêner o Haza•a Raf i nesque , 1 8 1 7

Espéc i e Maza•a gauazaub ir a ( F i sher , 1 8 1 4 ) Géner o Ozatacer �s Amegh i no , 1 89 1

(26)

Hothr other iüa aaquinense ( Lund ) Lydek k er , 1 889

HOLOT IPO:

Fêmur e dente de Lapa Nova de Maqu i né , MG .

OUTRAS OCORReNCI AS NO BRASIL:

MATER IAL : mol c·,,1··· :i. + 01· .. rr,P

Bl,�c) Paul r.::, , Mi nas Ger ai s e Bah i a

Por � �o do dent ár i o nQ MNRJ

( CARTEL.LE �<

segundo

i n + ir i or d i r ei t o

n

º 2987-V ; quar t o mol ar i f or me

Ps,.qup1•'· c!o segundo mol ar .. i f or .. mE?

i n f er i or d i r e i t o nº .MNRJ 373 1 V ; segundo mol ar i f orme i nf e� i

-CH'" d i r e i t o nQ MNRJ 3727-V ; por ç �o .petrosa do t empor �l d i r e i t o · com est r i bo n9 MNRJ por ç �o petr osa de

d i r e i t o nR MNRJ 3�89-V ; f a l ange d i st a l

INTRODUÇl!IO:

Os pr i mei ros r est os f óssei s· de Hothrother i u•

f or am enc on t r ados 'poi Lund em 1 936 , qu� os c onsi derou como

Hegather i u• _Cuvi er , 1 796 . Em 1 839 , Lund desc r eve o gênero

Coe l odor, . Com b a se ·em um segundo esquel eto enc ont r ado por

Lur·,d . Rei nhardt ( 1 878 ) f e2 um estudo m a i s mi nuci oso , atr i

-bui ndo-os a duas espéc i es d i st i nt�s

< CARTELLE

&

FONSECA,

1 983 ) , a saber Coe lodon •aquin en s i � e Coe lodon escr i v an ensis

A l gumas déc adas depoi s , AMEGH I NO ( 1 90 7 ) , ao

estudar u� novo ach ado proven i ent e de I por an g a / SP , d a Gru t a do Mon jol i nho,' dedu:z i u t r- a t. ar -se , ê:10 cont r ár i o do. que sugere

Re i nh ardt , de apenas uma e�péc i e , Hothrother i u• aaqu i n ense . PAULA COUTO ( 1 959 ) , apoi a a separ a� �º das formas

(27)

./

r-· e•specti vamente. PP,l.lLA COUTO < 1971 ; 1979) , 12studando novo mater ial ( c: r- ,fmio qu.,\tsE;;> completo e mandíbula) proveniente de Pedro Leopoldo/MG, conclui por uma separa��º genéric a destas duas formas (n�o �ais sub-genérica) ; no que é inteiramente apoiado por ÇARTELLE & FONSECA < 1983) .

Assim a denomina��º correta para ambas as espé­ cies é Hothrotheriops shastensis (Sinclair) Paula Couto,

197 1 e Hothro theriu• aaquinense (Lun�) Lydekker, 1889.

KRAGLIEVICH ( 1 926), estudou o material argentino pet-t1:?nc:ent�-? a Hothrotheriu• e descreve a espécie Hothrotheriua �orresi Kraglievich, 1926. CARTELLE & FONSECA ( op . cit . } acreditam que esta forma e a descri ta por Bordas em .1 942, preci sam sofrer revis�o , para a ratificar ou r etificar a identidade genér i ca.

O último tr abalhb sobre a espécie deve-se a CARTELLE & BOHORQUEZ ( 1 986 } que estudaram a pré-maxila da espéci e .

DESCRI ÇAO DO MATERI AL:

A por;�o do dentário ficou preservada com um al véolo e parte da parede d� dois outros alvéolos. Pela forma do alvéolo qbserva-se que o dente que ali se alojara era elí ptico, com uma sinuosidade n� face distal. As faces vestibular é lingual s�o planas e. lisas, sendo uma mais oblíqua que a outra. O comprimento méximo linguo-vestibular d6 alvéolo é de 19 mm e o mesio-distal, 10, 5 mm.

O

segundo molariforme inferior direito

MNRJ

2987-V tem.na face oclusal uma crista mesial completa, tendo

destru:i'. da a crista distal. Em se��o transversal

contornó retangular, com : vértices arredondados.

apresenta A fa·ce distal possui uma sinuosidade discreta . Tem como comprimento

(28)

mésio-distal 1 2, 1 mm e mede em sentido latero-vestibular 16, 5 mm . Os outros três molariformes também est�o gastos e

incompletoé. S�o todos de forma cilíndrica, as cristas

transvers�s est�o bem marcadas. Medem, respectivamente os números MNRJ 34 10-V, MNRJ 373 1 -V e 3727-V, nos sentido mé­ sio-distal e l atero-vest i bular: 6 x 14 mm; 9 x 15 mm ; 874 x

12, 5 mm.

Os dois exemplares de porç�o petrosa do temporal est�o bem presenvados . De um deles ( MNRJ 3385-V J foi retira­ do o estribo. Este tem formato retangular, com um orifício central de contorno quase elíptico no sentido longitudinal. Uma das extremi dadss forma uma expans�o ligeiramente côncava

no sentido lateral. irregular e rugoso.

O lado diretamente oposto a este é Falange distal quase completa, faltando o 1 ápice d a extremidade distal. Face proximal plana e suavemente convexa no sentido dorso-p�lmar (ou plantar > . Esta face (palmar ou plantar) apresenta duas tuberosidades proximais. E comprimida latero�medialmente. A face dorsal é acentuada­ mente mais convexa.· O comprimento máximo da face proximal é de 2475 mm e de largura máxi ma tem 1 4, 1 mm.

D.ISCUSS�O

Este material foi comparadci com pe�as semelhan­ tes depositadas na cole�âo do MNRJ � da PUC/MG, apresentando morfologia concordante, n�o havendo dúvidas quanto à correta identifica��º especifi ca.

O fragmento ma�dibular, mesmo muito incompleto, apresenta os �esmos caracter�s dos exemplares com os quais comparamo� , tanto nas suas dimens�es, �uanto na morfologia das pa�edes alveolares. Os dentes s�o si milares mor fologi

(29)

por serem pouco mai or es . O ( s f espécime ( s) de ltapipoca era m;:;ii <.-:; c�v;:1nt_a jado .

Do que �estou da falange distal, fica-nos difi­ c i l a deter-mi na<; �o ,· uma vez que, segundo CARTELLE Se FONSECA

( 1983 ) os dedos I I , I I I e I V tém praticamente o mesmo ta­

manho . Por outro lado, pode-se excluir o dedo I, cuja falan-ge distal , segundo estes autores, é, além de estreita , bem

curvada dor- salmente. Ademais, a falange distal do dedo IV, é bem semelhante a sua correspond�nte no pé. Como nosso ex�m�lar. está incompleto, fi ca difícil a determinaij�o, uma ve:;: que· faltam �artes important�s para se chegar

C.ONCLUSl!IO

CJ mat.er· i i:i l coletado em tanques (SOUZA CUNHA , 1 966; ROL I M, 1974 ; OL I VE I RA, 1 983 ;

a alguma

nordestinos BERGQV IST,

1 989 J , ba�tante fragmentado. N�o obstante,

permi�em constatar a presen�a d�s diversas espécies e estabelecer a di stribui��º geográfica destas. Até a presente

data , verificou-se a presen�a de N. •aquinense em jazigos

fossili feros dos Estados de S�o Paulo, Minas Gerais e Bahia. A ocorrência que agora registramos amplia a distribui��º da espécie até o Ceará. Os achados raros insinuam que,

possi-V f.:? l mente , N. •aquir,ense, era uma espécie de popula��o

(30)

I'

Xonocnus Cear ensis Pa�lo Couto, 1980

HOLOT IPO

MNRJ 2851 -V Astrágalo direito, depositado na Co l e� �º do Museu Nac i onal.

MATER IAL

Reg i�o �infisiéria da mandíbula nQ MNRJ 3383-V; primeir o · mol ariform� supér ior direito nQ MNRJ 2857-V ; quinto mol ar i f orme super ior direito nQ· . MNRJ 2859-V ; terceiro mol ar i forme inferior esquerdo

n

º MNRJ 2858-V ; quarto molari­ f 1:>rmt? i nf er i or t��-;qu-1?,rdo ( ?) .nfJ MNR.J 2B55·-V ; molar i forme incomplet6 n9 MNRJ 4i5 1 -V ; astrágalo dire� to nQ MNRJ 285 1-V; astrág alo direito n. Q MN�J-V cubóide esquerdo nQ MNRJ 2839-V.

INTRODUÇl!IO

{.� espécie X , cearensis f oi criada por

PAULA

COUTO (1 980) com base em restos fósseis coletados em Itapi -poca/CE ( mapa/ I I I) . Neste trabalho, o citado autor também, propõe a cr ia��º da Subfamília Xenocninae dentrb da Familia Megalonychidae, para abrigar t�o si�gular espécie .

Xenocnus é considerado como um membro aberrante da Famí lia Megalon�chidae. Tanto os dentés como o cubóide tém, cl�ramente, a morfologia própria desta família. Já, o

a�trágalo é peculiar, n�o apenas no que diz respeito a esta fam:i'. lia, ma� também em rela��º aos outros Megatheroidea conhecidos .

Frente a este fato, seria interessante que se fiiesse uma revis�o geral dos Megalonichidae.

DESCR I ÇAO DO MATERI AL

As pe�as de nó�eros MNRJ 33S3-V ; MNRJ MNRJ 2859-V ; MNRJ 2856-V ; MNRJ 285 1-V ; MNRJ 2839-V ;

20

2857-V ; foram

(31)

f

J

descritas por PAULA. COUTO ( 1 980) .

Identificamos as pe�as nQ MNRJ 2855-V ; como

sendo possivelmente

t4_g_.

E comprimido mesio-distalmeMte

sendo a fac e mesial ligeir amente convexa e a distal um pouco

côncava. A pe�a é muito semelhante à homóloga de Hegalonyx

j e'f'fer sorli Har-l am, 1825, por-ém, de menor-es dimens�es. A superfície oclusal n�o esté completa. Possui seç�o tr

ansver-sal e i l :i'. ndr· i e a. Mede mesio-dist almente 2 1 mm e 3 1 mm no

sentido linguo-vestibular . O nQ MNRJ 4251-V é menor que os outr os, como o �5

D

nQ

MNRJ 28

5

9-V ;

mas n�o com o mesmo formato . Enquanto o primeiro é elíptico o segundo é quadr an-qular pouco c·ôncc�vo 1:?m t.1mê1 das sua!::; face!: .. SE'U desgaste é como o d1? M�'iu.

O astréqalo ficou preservado em sua por��º caudal , 8té a altur a da superfície articular p ar a o cubóide e po�sui. as mesmas car a�tci�ísticas morfológicas jé:descritas PAULA COUTO ( 1 980) . . · � dorso-ventr al�ente comprimido.

A

�rticu l a� �o par a a ti bia é . uma protuberancia abobadada

empurr ada caudalment�. D ISCUSSl!IO

nós.,

Os dois novos molariformes identificados por têm em se��o tr ansversal formato semelhante entre si, séndo

de

mórfologia diferente dos descritos por

PAULA COUTO

( 1 980) . O molariforme indeterminado lembr a muito o M5 de E. iaurillar di, porém, a face distal de ambos é distinta. Enquanto . e� . t . laurillardi esta é quase plana (em corte tr ansversal) , em X. cearensis há pequena protuberéncia ou sal i ênci ,a na jun��o das faces distal com lingual. A face mesial do dente, de X . cear ensis é plana, enquanto a mesma face nb dente de E . laurillardi é algo convexa. O M� de E . laur illardi é, em se��o tr ansversal , quase t ri�ngular. No dente de X. cearensis, tal contorno apresenta-se retangular.

(32)

r

O provável se assemelha bastante

descrito por PAULA COUTO ( op. c i t . ) , apesar de pouco menos tr i angular que o M3• Neste mesmo trabalho Paula Couto compa-rou seu mate�ial com o hcimólogo de Hegalon yx .Jeffersoni Harlam , descrito e ilustrado por Leidy ( 1 885)

muita semelhan�a entre ambos.

e constatou

O astrág alo que identificamos como pertencente a esta espécie é, morfol ogicamente coincidente com o descrito (nQ MNRJ 285 1-V ) por PAULA COUTO ( o p . c i t . ) . Ambas as pe�as s�o direitas . Um dos aspectos mais interessantes é o formato d a faceta sustentacular , que é quase plana e até um pouco convexa em sua por��o la�eral (PAULA COUTO op. cit . ) .

Como o próprio autor desta espécie sugere, nad a impede que se suponha que o astrág alo, por um lado, e o cu­ bóide, por ·outro, pertencessem a duas espécies diferentes de pesqui�as de ch�o da família Megalonychid ae, uma delas aberrante, a outra mais normalmente estruturada. Todavia, a hipótese parece ser �uvidosa , pois os dois ossos em

conside-como também os demais ossos listados no item

MATE-R IAL , provém do mesmo tanque (tanque 2) . A classificaiao de

X . ce ar en s i s como um membro aberrante famili a

Meg alonychid ae é b aseada , principalment�, nos dentes compri­ midos juntamente com o astrág alo e o c�bóide. Os dentes s�o de aspecto claramente megaloniquideo assi� como o cubóide.

Apenas o astrága l o é decidid amente de morfologia aberrante ,

n�o apenas no que diz respeito ao Megalonychid ae tí pico como também a todos os Meg ath�roidea conhecidos.

CONCLUSAO

Apesar de al gumas dúvidas, fica claro que este nosso materia l é diverso dos até ent�o encontrados, mesmo ocorrerido algumas semelhan5 �s com outras espécies.

(33)

(",

PAULA COUTO, neste mesmo trabal ho , cons� derou·-o

cmmo um animal n�o müito ·ab�ndante, o. que poderi� ser

mente, mai , por outro l ado,. a presen�a de mais um

real --demon!;,tr,::1 que n�o seria .assim t�o escasso (pel o menos em

termos de Pa l eontol ogia} . Outra hipótese que se pode excl uir

é a de anomal ia individual , uma vez que foram encontrados

dois astrágal os iguais.

l evar em consi dera��º, também, as

d i ficul dades que apresentam espécies fundadas em base a

pduco material , uma vez que desconhece-se o todo e as varia­ �bes individuais . Mesmo assim ampl i�-se seu conheci�ento.

(34)

Ereaotheriu� lauril l ardi <Lund ) Cartel l e & Bohorquez, 1982

HOUJT I PO

Dois dentes de espécime juvenil , cnl etados na qr�uta da La�a Vermel ha (Lund, 1 842 ) . Depositados no Zool ogiske Museum j ·Copenhage.

OUTRAS OCORReNCI AS NO BRASI L

Ri6 Grande do Sul , S�o Paul o até o Norte por todo o Brasil centro-ocidental , (CARTELLE, 1982). <mapa I I I> MATERIAL

Por��º caudal do cranio nº MNRJ 3358-V ;

fragmen-tti de cõhdil o oc�ipital D com temporal nQ MNRJ 3586-V ;

fragmento do parietal E nº MNRJ 3585�v ; arco zigomático E nº

MNR,J �:,658 ; l àminr.·1 int.f:?r- t, ê:"lsal (crist;,,-) nQ MNRJ 3815-V ; apófi·­

se (ou processo ) coronóide E nº MNRJ 3356-V ; por��o petrosa

do tempor a l E ng MNRJ 3384-V ; por��o petrosa do temporal E

nº .MNRJ 3255-V ; por� �o petrosa do temporal E nQ MNRJ 3252-V ;

pbr� ào pet rosa do temporal E nº MNRJ 3388-V ; por��o petrosa

d o tempor· cd D n ···-C) MNRJ 3381-V; por��º petrosa do temporal

D

nQ MNRJ 3253-V ; côndil o occipit al E nQ MNRJ 3332-V; mandí bu­ l a i ncomplet a D nº MNRJ 33�7-V ; dentário E incomp l eto nQ M�RJ 274 l -V; M1D nQ MNRJ 3382-V ; M3E nQ MNRJ 3387-V ; M3E nQ MNRJ 3349-V ; M5D ng MNRJ 341 3-V; M5D nQ MNRJ 3377-V e 3374� V ; M5E nQ MNRJ 38 14-V; fr agmento .M5D n9 MNRJ 3412-V; M 1D n9 �1tJc.•,1 7 711�-11 • M- E�

·º

!•11''R l �=07-V • M E' Q �NP l 3394-\/ •, fra-,. ,r _ ... � .... " , . .J v !li .. :.� _ r s � :'"· .... -_ ... JC":> ,-� � 4 ·- fl ,- "··

-gmento de at l as nQ MNRJ 3386-V; corpo de vértebra cervical

MNRJ 4252-V ; corpo de vértebra cervical nQ MNRJ 4236-V ;

c orpo de vér tebra ce�vic al nº .MNRJ 4255-V ; corpo de vértebra

cervic al nº MNRJ 4245-V ; corpo de vértebra cervical nQ MNRJ

4254-V ; .cor po de vértebr� ce�vical nº MNRJ 3391 -V ; corpo de

vér t ,-::-br· a t: or .. áci c .;� nº MNR,J 3960·-·V ; c eir- po de"? vért.ebr-a torácica

MNRJ 3961 -V; corpo de vértebra torácica ng MNRJ 3961 -V ;

(35)

-.

tor·ác i ca · nÇ!

MNRJ

:.:,,t.�h�I--',J ; ccwpo de vértebr a to'r-éci ca nº

MNRJ

3965-V ;

corpo

de

vértebr a tor ácica

n

Q

MNRJ

3966-V ; corpo

de

�értebra torécica nº

MNRJ

3967-V ; corpo de vértebra toráci ca

n9

Ml-.mJ

::y:J6B-... \J ; corpo d1::� vé1··tebr .. a tor áci ca nQ

MNRJ

:-:.-969--V ;

corpo de vér te� r a t�rácica nº

MNRJ

3970-V ; corpo de vértebra

torácica nQ

MNRJ

397 1 -V; corpo de vértebr a toréci ca nQ

MNRJ

3972-V ; corpo d� vértebra tor ácica n9

MNRJ

4229-V ; corpo de

vértebr a torácica nQ

MNRJ

4230-V ; corpo de vértebra tor áci ca

n9

MNRJ

4233-V ; corpo de vé� tebra torácica nR

MNRJ

4239-V ;

co.rpo de vér-. . tebr a t.ór .. éci c:a nQ

MNR,J

4242-V ; corpo ele vértebr-·a

toráci c a nº

MNRJ

4243-V ; corpo de vé�tebra torácica nº MNRJ

4256-V ; corpo de vér tebra torácica nº

MNRJ

2794-V ; corpo de

vértebr a lcimbar nQ 4240-V ; corpo de vértebra lombar nº

MNRJ

4244-V ; vér tebra caudal incomplet a nQ

MNRJ

2791-V ; corpo de

vértebr a caudal nº

MNRJ

4131-V ; corpo de vértebra caudal nº

M�RJ 4293-V ; corpo de vér tebra caudal ·ng MNRJ 4232-V ; corpo

de vértebr a caudal nº

MNRJ

4234�V ; corpo de vértebra caudal

MNRJ 4235-V ; corpo de vértebr a caudal ng

MNRJ

4237-V ;

cor po de vértebra ca�dal nº

MNRJ

4238-V ; .corpo de vértebr a

c: �1ucl al nº

MNRJ

4247-V ; corpo de vér tebra caudal nQ

MNRJ

3390-V ; fr agmehto de arco neural nº MNRJ 2792-V ; fr- agmento de arco neural nº MNRJ ·279�-V; f r agmento ele arco neural n9 MNRJ

425(1 .. -\J ; f r agmento de ar-co neur al nB

MNRJ

4249-V ; fragmento ele arco neur· al n ... 1"11\iR,J 4248---V ; fr agmento de arco neur al

·

º de

vér tebr a t�rácica nºMNRJ 33787V ; hemapófise nº MNRJ . 2789-V ;

hemapófise nQ

MNRJ

3333-V ; hemapófise nº

MNRJ

3257-V ; he�a­

pófise nº 2790-V ; hemapófise nQ

MNR�

3341�V ; fragmento de 1ª

costela F nº MNRJ 3573-V � fr- �gmento de 1ª costela D nº MNRJ

2788-V ; ext remi dade Rroxi mal de costel a D nQ MNRJ 2795-V ;

fr- agmento de costela D nº MNRJ 3335-V ; fragmento de costela

o· nº MNRJ 3334-V ; fragmento de costela D nQ �NRJ 2787-V ;

f r agmento ele costela de D nQ

MNRJ

2786-V ; fragmento de por­

��o .proximal de costela E nº MNRJ 2860-V ; fragmento de

costela E nQ MNRJ 2832 ; fragmento de costela E n9 MNRJ 3336-.

fr agmento de costela esternal n9

MNRJ

3574-V ; fr agmento

25

(36)

-�

de costela est erna l n9 MNRJ j576-V ; esternebra nº MNRJ

3259-V; c l a v í cul a D n9 MNRJ 3260-V ; fragmento de escápul a D nQ

MNRJ 3259�V ; rádi o D nQ MNRJ 3262-V ; ep i fi se proxi mal de

u l na

D

MNRJ 2743�V ; ul na D incomp l et a nQ MNRJ 2745-V ;

esc af ói de D nQ MNRJ 2778-V ; escafói de E nQ MNRJ 2777-V;

esc af o l unar

D

ng

MNRJ

2776-V ;· l unar

E

nº MNRJ 2779-V ; l unar

n

º

-

MNRJ

2780-V ; met acarpal III D nº

MNRJ

2774-V ; met acarpal

IV

n

º

MNRJ

277 i -V ; met ac arpal IV E nº MNRJ 277 1-V ; met ac ar­

pal IV nQ MNRJ 2861-V ; f ragmento de fal ange pro�imal média,

dedo

I I I

MNRJ 3379�V ; fal ange prbxi mal média,

dedo I I I,

m�o

E

(? } nQ MNRJ 2775-V ; fal ange proximal , dedo

IV

m�o

D

nº

MNRJ 2833-V ; f al ange proxi mal , dedo I V, m�o E nQ

MNRJ

2845;

f al ange médi a, dedo I I, m�o D nQ MNRJ 3343-V ; fal ange distal , dedo III ,

m�o E

nQ MNRJ 3344-V ; fal ange di st al , dedo

I I I , m�o

E ng MNRJ 3376-V ; f al ange di st al , dedo III, pé D ng

MNRJ

f ·t a. ange 1 ncomp . e _ a n� . 'l

t

o

MNRJ

2835-V ; fal ange i ncomp l et a n� MNRJ j942-v ; fragmento de côndi l o de f @mur E nº

MNRJ

3255�1 ; pat e l � nQ MNRJ 2784-V ; fragmento de fíbul a D

MNRJ 3256-V ; ca l c�neo D nº MNRJ 278 1-V ; ca l c�neo D nº

MNRJ

2783-V ; fragmento de c al � �neo D nQ MNRJ 2796-V ;

fra-gmento de c a l c �neo D nº MNRJ 2782-V ; cubói de D nº MNRJ

2837-V ; cubói de D nº MNRJ 38 17-V; navi cul ar D

navi cul ar D nº MNRJ2847-V ; navi cul ar D

navi cul ar E nº MNRJ2840 ; ectocuneiforme D

n

º

n

º

n

º MNRJ 2838-V ; MNRJ 28 13-V ; MNRJ 2842-V ; ectocunei f orme D nº MNRJ 2846-V ; ec to2unei forme E nQ MNRJ

2850-V ; ec tocunei forme E MNRJ 2852-V ; ectocunei forme E nQ MNRJ 2843-V ; met apodi a l n9 MNRJ 3337-V ; met apodi a l nQ MNRJ 3338-V ; met apodial nQ MNRJ 3339�V ; met apodi al nQ MNRJ

3340-o o

V ; met apodial n- MNRJ 2844-V ; met apodi al n- MNRJ 2848-V ;

metapodi a l nQ

MNRJ

3348-V ; metapodial nQ MNRJ 3380-V ;

mói de ng MNRJ 2834-V.

INTRODUÇAO

sesa-A Famí l i a Meg�theri i dae, à qual pertence Ere•other iu• I aur i l l ardi, Car tel l e & Bohorquez, 1982, é a

(37)

que apr·est?nta as maiores form�s da Ordem

( PAUL.A COUTO ,

1 979 ) . Sua presne�a em j az i gos fossilíferos , indica pl eistocénica superior à holocénica

(HOFFSTETTER ,

idade

1 958 ,

MARSHALL.

et all ,

1 984 ) .

Tais formas s�o características

da

f�una pl ei stocénic a sul americana 1 972 > •

( PATTERSON L PASCUAL ,

SCHAUD

( 1 935) fundou a espécie Hegatheriu• ( ?

Paraaegatheriua) ru�conii, com bas� em restos descobertos no Estado de Lara, Venezuela. A partir de um crênio quase completo e respectiva mandfbula, encontrados no Equador, '.3P I L.LMí-)NN ( 1 948) , propbe o novo nome genérico e específico E� eao�heriu• caro linense , para uma forma bem distinta de He gather'iu• . Estud �ndo outro megaterídeo equatoriano, HOFFSTETTER ( 1 949) , transfere o género H. ( ?) rusconii, para Schaubia rusconii Hoffstette� , 1 949 ; Aci constatar a pré-ocupa��º deste último nome genéri co por outro grupo zooló9i-co, HOFFSTETTER ( 1 950) cria Schaubiatheriu• para abrigar a e�:;pécit?.

Os

espécimes brasileiros pertenceriam,

PAUL.A COUTO ( 1 950) , à Hegatheriu• laurillardi , Lund ,

segundo

1 842.

HOFFf�TETTER

( 1 952) transfere, novamente , a espécie criada SCHAUB ( 1 935 ) para Ereaa theriua rusconii.

PAULA COUTO

( 1.9�:i4) cria novo sugênero e nova espécie para o gênero

Ereaotheriua : Ereaotheriu• (PseudereaotheriuaJ Lund; com base em um cr�anio da regi�o nordeste Brasileira. Para

GAZIN

( 1 956) e PAULA. COUTO ( 1 979) , o gênero Ereaotheriu• teria uma úni e ,:1 e!spéci e, E •. rusconii. CARTELLE L

BOHOROUEZ

criam a hova combinaij�o .Ereaotheriu• laurillardi

( 1 982 } <Lund, 1 �42) , para os meg aterf deos do Pleistoceno Superior/Holoceno da regi�o intertropical brasi leira. Tal estudo foi baseê\do, principa l ment � e� cr�nios encontrados em depósito de caverna no Estado da Bahia .

TOLEDO ,: 1 989 > comparou e�emplares de

E.

(38)

r

el ucidando al guns probl emas quanto a mor fol ogia e a sistemá-tica do grupo . Neste estudo o autor confi rma a hipótese de CARTELLE & BOHOROUE Z ( 1982) quanto a ex istência de uma única espéc i e para o gêner o Ereaotheriu• na América do Sul.

DESCRIÇAO DO MATERI AL

As .pe�as l istadas no item

MATER IAL ,

n�o permitem uma descri��º completa dev i do ao estado fragmentário em que

se enc ontr am . Todavia podemos observar

c ar ac ter es. A por � �º caudal do c rênio

seus pr i ncipais que se preservou rel ativamerite melhor que as demais pe�as, apresenta a regi�o occipital

que se

parietais

disposta quase perpendicular mente aos unem medianamente de for ma obl.i qua . Na

parietais , uni�o dos for �a-se uma c rista que logo se bifurca , indo em

dire� �o do occipital. O temporal esquerdo c om a por��o

most ra, apresenta-se de for ma grosseiramente

triangu l �r . • As fenestras s�o voltadas lateralmente e o meato auditivo ex terno é circ � l ar . O arco zigomático preservou apenas as du as

diferenciando-se

apófiies dcir sais. S�o de do resta�te do arco que é

l �mi n a inter nasal o u sep� on asal, é alongada com um dos bordos ligeirament� alar gado.

for ma cônica, comprimido. A e comprimida,

A por��o do dentário é nitidamente mais espessa que o ramo da mandíbula. Os alvéolos s�o quadrangulares.

O comprimento rostro-cr �nial da série alvéolar é de apr oximadamente 2 1 0 mm. Regi�o sinfisária desen�olvida, for mando a goteira lingual, incompleta.

Há numerosos fragmentos de molariformes na Cole-A maioria deles r epr esentados pelas faces mesial e

dista l . Os m�is comp l etos s�o trés exemplares .do quinto molarifor me , um deles inserido em parte de seu alvéolo, os outros dois sem a por ��o distal , preservaram somente a por

(39)

-r

-s;:\i(::i todos de f ormato prismático e transversa l sub-quadrangul ar.

Temos quarent a e seis fragmentos de vértebras i dent i f i c a�os. Nenhuma das vértebras está comp l et a . Del as , a mai•s bem prf2ser-vada é i:I de n9 MNRJ 279 1-\/ , é da r-egi �o caud al , faltando-lhe apenas a apófise transversa direit a e a superf í � i e ar � i cul ar hemal anterior . O corpo desta vél" :t.ebr- a

do E:�· c:: i J J n cl r·· i c c'.:t , mais largo do que long o . A

neur i:� 1 f:-.?qui V i:'1 1 +:? 2 / 3 da altura do corpo vertebral . . Os

e or·· p

º�"-

d ,,< !;;:, vér tebras cer v ica is s�o de ci 1 :l. ndri c:o

por ém mais a-long ado do que largb . Nas torác icas o c orpo tê� formato tr i-angular �nquanto os das l ombares s�o gro�seira-mente ·t.r- i angulares , ma i s comprimidas latera l mente que -as

As c ostel as s�o represent adas , em sua maioria , por fragment os proximais � que preser.vam as superfícies art icul ares do tubércul o e d a cabe�a da costel a. Temos dois fr�gmentos d� costel a esternà l e um exempl ar de esternebra que est é compl et o. As primeiras costel as têm formato cil í n­ drico enquanto as mais caudais vao tornando-se comprimidas à medida que se a� ast am.

A externebra é um t ant o curt a, medindo cranio-caudal 58 mm , e 48 mm transversa l mente. A face proxima l tem cont orno· quad� angul ar e superf :l. ci� pl ana. Na face dist a l observa-se q�atro proje��es em ponta. A uni�o dest as

proje-as outrproje-as f orma , no corpo da qúatr6 superfíci es c ônc avas de formato circul ar .

A ·c 1_.::�vícu1 a , · cujo cont orno lembra a

E'>: ter nebr a,

l etra

s

'

está c ompleta , porém b �stante desg astada . O ónico fragmento d e

ar- t iculi::1r .. para a clavícula (acrômioJ de 29

sua

(40)

'

-t ,::1mbém l Pmbr a

Do ,e,1n t ebr- ;;�<; o , pc,ssu i mos um f r agment o de r ád.i o d i r e i t o e doi s de u l�a d i r e i t a . Ao r ád i o f al t am ac epi f i ses.

, .. \ '

,:,U é.1 d i á f i !:::-E? é suavementP recur vada pouco compr i mi da ,

med i ndo 550 mm . Uma das u l nas f i c ou r epresen t ad a apen as pel a ep í f i se prox i ma l sem a super f í ci e ar t i cu l ar par a o úmero ,

en quanto n a out r a f a l t a a ep :i'. f i se d i st a l . Nest a últ i ma a d i á f i se é mai s est r e i t a que a ep í f i se prox i mal.

O e��c õ:\fol unar , cor r esponde a f us�o dos ossos

esc af ó i c:IE.• e l un ar . No ex emp l ar , t �l ossi f i c a� �º se deu de manei r a notável . Dor sal ment e, de f ormato semi -c i rc u l ar , com

e:>: t. r-emi dacü"' mr:?d i a l ma i s. af i l ad a do que a l ater a l . Face p a l mar cônc ava , c om t r ês f ac et as art i cu l ares un i d as ent r e si ob l i quament Ei e pos1 c 1 on adas n a por� �º med i ana . Mai

duê�s f acet as s�o ob�er vad as em c ada �x t r emo dest a f ac e . Um am� l o f or ame cor t a t r an sver sa l ment e a pe� a .

r:·ossu :i'. mo!::; doi.!::. ��;,c: a -f ói ch;:•s i ncomp l etos , um d i r e i t o < nº MNRJ 2776-V ) ·e outr o esquerdo < nº MNRJ 2T77-·V )

de f ormato i rr egu l ar . N� f ac � prox i ma l , a .superfí ci e ar t i cu-o r ád i cu-o � c cu-onvex a . As :.uper f i c i +.�s

d i st a i s t ém f ormat o subc i � c u l ar . A ma i s e l evada

ar t i c u l ares ar·t i cul a..:se

com o magno e a out r a c om o t r apez ó i de . A ex t r emi d ade d a

com o l u'n ar·· é mê ü s .a l ar·· g adi.� que a f ace par- a o

met a c a r p � l I . O c ompr i ment 6 máx i mo �nt r e est as duas ú l t i mas f ac es é de 1 23 mm.

super f í c i t.=-_; p a l marmen t e ,

O l un ar < nº MNRJ 2780-V ) est á comp l eto. Possui a

a-r t i cu l ar par- a o r ád i o l i sa e conve>: a e m a i s p l ana no seht i do ! at er-o-med i a l . A

dor- so­ f ace p a l mar· apr es;.enf i::1 duas super f í ci es art i cul ares côncavas dest i n adas ao unc i forme . Na f ac e med i a l a ar t i cula� �º p ar- a o esc af ói de é l i sa .

(41)

1 .._,

_,

.-O üni c:o m12t. .:::1c: ê·:il"T•a.l .. cc:<mp l +:?.to é o I I I. E mais

e!=-t.rei ta do que espessa . Al ar g�do na por��o proximal , onde a super f íc i e art i cul ar para o magno e para o unc i forme f ormando uma protuber �ncia . A f ace l ateral é m�is n .. 1qosi::1 do que ,'=< medi ê., I ' � Nest ,":t encontra-se a super fície art i cu l ar �ara o met acar pal I I , em posi��o ob l i qua é super -f :i'. c: i +:;:

faceta

ar .. t. i cu.l é,il'" ,,r· tic u lar·

p i::11'" ª o mc:l<Jno . Nê.� ex tremi dade distal , a

para � f � l a�ge proximal

mr.1 :i s di l atada na por � �º dorsal t.ém uma

quil ha super f í cie ocup a a maior part� da fac e distal .

f➔ f i::i l ê."lng1:? pro): i mo:-méc:li sÜ .. c:lo dedo I I I é quadran·-gu l ar , com super f í cie articul ar para o metacarpal III cônca­ v.-=1 pn::i:,: imal m12nt.e . Di�;:.,tal ment.e há a =-uper f :l c:ie articul ar para

fal ange distal , arredondada, convexa e com s1.1lco ( OLI

depress�q) medianamente, acompanhando a super f i iie.

A f � l anqe distal mais compl eta per tenceu ao dedo

I I I �squerdo . Teve seu estojo ósseo f raturado,

onde há dois ampl os f orames com

restando a 10 mm de l ar gura máxima . A dist�ncia entre ambos é de 12 mm. E suave­ mente recurvada , c om ápice terminando abruptamente.

O _ç_§J_FÊtn.F.�o c!e nt} MNH�.I 27B 1--V é o mê.Ü S compl eto �os quatro . Ficaram prese�vadas as facetas ectal e sustenta­ c u l ar. Nesta úl tima, houve perda da margem l ateral .

das pel o sul cus t a l i s l argo e pouc o pr cifundo, apresentando vários f orames em sua regi�o mais al argada . O tubéicul o do cal c�neo f oi preser vado em 2/3 do seu total . O aspect o geral est á dentro dos padr bes típicos da espécie.

D i spomos de 4 �avicul ares incompl etos de f ormato semi-cir c u l ar . Proximal mente � observa-se a faceta articul ar c: õncava p a�a o ast régal o. A super fície articul ar para o cu-bóide , na f ac:e l ater .. ê d é eE.tr·ei t i:I · e al ongada. A faceta

Referências

Documentos relacionados

IOB Atualiza.. 5 o e 28), o Imposto de Renda Pessoa Jurídica e a Contribuição Social sobre o Lucro apurados com base nos resultados trimestrais efetivos (lucro real trimestral

E para opinar sobre a relação entre linguagem e cognição, Silva (2004) nos traz uma importante contribuição sobre o fenômeno, assegurando que a linguagem é parte constitutiva

Esse elemento da [oferta turística], mais o empreendimento e a infra-estrutura turísticas, são suficientes para definir o espaço turístico de qualquer país (Boullón, 2002 p.

Por meio dos resultados apresentados na Tabela 5, percebe-se que na sua predominância, as empresas analisadas nesta pesquisa obtiveram maior incidência na mudança de política, das 113

Embora a solução seja bastante interessante como parte de uma política pública relacionada ao gerenciamento de dados de saúde dos usuários do sistema, esse

Como vimos durante esse trabalho a política, o planejamento e a gestão são elementos que quando associados podem ampliar os efeitos dos instrumentos normativos e,

O presente trabalho teve como objetivo avaliar o período de floração e frutificação, e realizar um screening fitoquímico do açoita-cavalo cultivado na coleção no Horto de

Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), pós-graduando em Direito Público pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas), e pesquisador