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PAUL.A COUTO Ere•otheriu•

OUTRAS OCORRENCIAS NO BRASIL

Minas

Bahia

< CARTELLE & BOHORQUEZ,

1985} , Paraíba < BERGQV IST, 1981) ( Mapa I I I J .

MATER I AL

Fragmento mandibular com porc;:�o alvéolar de nono molariforme inferior esquerdo nQ MNRJ 2768-V; vértebra c e.'rv í c: c\.l VI-V II/ nº MNRJ 333 1-v; ca� c�neo D incompleto nQ MNRJ 3645-V; metatarsal I I n9 MNRJ 3366-V; falange proximal

dedo IV p� direito nº MNRJ 337 1-V; falange proximal dedo III

ou IV pé esque�do nº MNRJ 3547-V; osteodermo do escudo cefé­

lico nº MNRJ 37 10-V; ostepdermo nucal �Q MNRJ 2767-V; osteo-

dermo de carapac;: a nQ MNRJ 9296-V; osteodermo de carapac;: a n-.Q

MNRJ 4297-V; - osteoder�o de carapa�a nQ MNRJ 4299-V; ostE.�o- dermo de c arapa� a ng MNRJ 4294-V ; osteodermo de carapaça n9 Mt.'f··, .. ·J •. ��� �-· ; os .eo . ermo . e carapa�a n- ,. � ·-,··,--� '/ t d d o M"lR' J 4 ~c--,.,.. V � �- ; os eo-t dermo de car�pac;: a nQ MNRJ 4304-V; osteodermo de carapac;: a nQ

MNRJ 4306-V; osteodermo de carapaij a nº MNRJ 4301-V; osteo­

dermo de carapa�a nQ MNRJ 4286-V; osteodermo de carapa�a nº

MNRJ 4285-V; osteodsrmo de carapa�a nº MNRJ 4284; osteodermo

de carapa�a nQ MNRJ 4287-V; osteodermo de carapa�a nQ MNRJ

4283-V ; osteodermo d� carapa�a nR MNRJ 4282-V; osteodermo de

n!2 MNRJ 4278-V; osteodermo de carapa�a nº MNRJ 4289-V; osteodermo do anel caudal nº MNRJ 428 1-V ; osteodermo

do anel caudal ng MNRJ 4279-V; osteodermo do anel c audal

n

º

osteodermo do anel caudal nQ MNRJ 2769-V;

caudal

n

º 'MNRJ 4290-V ; osteodermo dos membros nQ MNRJ 429 1- V ; osteodermo dos membros nQ MNRJ 4278-V ; osteodermo dos membros nQ MNRJ 4276-V � osteodermo dos membros ng MNRJ 4307- V ; osteodermo dos m•mbros nQ 4277-V.

INTRODUÇl!lO

Os primeiros fósseis de pampateríneos encontra­ dos no Brasil, foram descobertos por Lund nas cavernas de Lagoa Santa/MG, no ano de 1837. A princípio foram denomina­ dos -como Cla•i dotheriu• hu•boldt Lund, 1839. C CARTELLE & BOHORQUEZ, 1985).

a

CARTELLE & BOHORQUEZ ( 1985 } explicam como se mudan�a da denominac;:�o de C . huaboldt para Pa■patheriu• hu•boldt Ameghino, 1875. Ainda segundo estes espé­ <Lund) autor_1�s, pode-se conside�ar que este género possui 3

cies: P�•patheriu• typu• Ameghino, 1875 ; P. hu•boldt 1838 � P . pa�lacoutoi Cartelle & Bohorquez, 1985. apenas a �ltima é bem representada. As outras apresentam material muito significativo.

Destas, duas n�o G:rac;:as a qualidade, a quantidade e diversidade das pe�as de P. paulacoutoi coletados pela equipe da PUC/MG, pode-se verificar que as características destes exemplares estavam mais de acordo com o género Hol•esina Simpson, 1930. Assim , concluí ram que a espécie P . paulacoutoi na verdade, pertencia ao gênero Holaesina, criando a nova combina��º H. paulacoutoi (Cartelle & Bohorquez 1985 }

C 8ERGQVIST , 1989) .

DESCRIÇl!lO DO MATERIAL

Ficou preservado da por��º do dentário, a pa­ rede alvéolar do M9E e pequena por��o do ramo ascendente. Do que r€;.-stou dest. a parede, pode-·s,:e perceber que este dente er·a b i l obulado. O comprimento mesio-dist�l do dente é de 1 7 mm.

DD esqueleto axial possuímos um fragmento de vértebra cervical V I ( ? ) , onde ficaram preservadas as apófi­ ses articulares e a por��o inferior do canal neural. O corpo Vf2r-t ebr- a 1 é comprimido dorso-ventralmente. A face dorsal desta

v1?ntr .. 1l

é plana com perfura��es vasculares diminutas e é lisa e convexa transversalmente. Dois forames de diametro de aproximadamente 8 mm, s�o encontrados na super­ fície inferior de cada uma das apófises. Estas possuem uma superfi cie articular cranial cõncava de aspecto oval.

Imediatamente acima desta superfície articular acha-se um forame com cerca de 4 mm de diametro. A face dorsal da apófise é marc ada por outra superfíci e articular

lar e i rregu l armente côncava.

sub-·c i rcu- Do pé ficaram preservados o calcaneo , o meta­ t ,::1r- sal I I e duas + a.l angf.:;-s pro:,: i mais do dedo IV.

Calc:aneo está sem o ápice do tubérculo. E

comprimido latero-medialmente . A faceta ectal é pouco maior que a sustentacular. Esta última encontra-se numa protube­ réncia bem marcada. A faceta articular para o cubóide é lisa ,

má>: i ma

côncava e de contorno quase retangular. A espessura de 39 mm. imediatamente acima . da faceta ectal é

Latero-medialmente mede 2 1 mm. O comprimento máximo de uma borda e� terna a outra das facetas ectal e sustentacular é de 4 1 mm.

comprimido distal inente.

O metatarsal I I é alargado latero-medialmente e no sentido dorso-plantar. E pouco mais amplo A extremidade proximal é oblíqua, formando uma eleva��º lateral, onde há duas facetas articulares próximo­ laterai s. A facet a articular proximal (para o mesocuneifor­ me> é mai� estreita caudalmente, dando a esta o aspecto de um tri�ngulo. A superfície articular para o metatarsal I, di vide-se em duas .facetas circulares. A de posi��o mais

r

di st. Ell apresenta-se um pouco voltada dorsalmente. A f ac:e c audal da pe�a é l i gei ramente côncava. A extremidade di stal apresenta faceta arti cular convex a em sentido dorso plantar,

acompanhc:,déi por-· uma cri st a medi ana mai s sali ente na face pl .:':intar-. Tem como compri mento ffláximo C:-,..'l C'

1,.J.L , �.t mm, no ter�o di stal de 24, 6 mm e de espessura plantar ( prox i mal) 20 mm.

P1 f.a.l.a.n.qe ... Pro): i m<:\l do dedo IV,

l ar-· gur-· a má>: i ma mc.h: i ma dor-so-

é comprimi da próximo distalment e , sendo mais larga do que longa. Em vista proximal, a falange tem formato semi -circular. Prox imalmente é çOncava e. de superfície irregular na ex tremidade distal. A f ace lateral é menos convex a que a medial. Tem de comprimen- tq má>: imo 1 2, 1 mm, largura máxima 24, 8 mm e comprimento dorso-plantar 2 1 mm.

O único osteodermo presente do escudo cefáli co, n�o está completo. A superfície ventral é côncava e marcada por rugorosi dades. Na superfíci e dorsal, a pequena por��o da banda margi nal que restou, é rugosa mas n�o muito estrei ta (�prox imadamente 3 mm > . A ornamenta��º é bastante evidente, formada por perfura�Oes dispersas. Em rela�•o aos demais

osteoder-mos é menos t?.·str.-a•i to E• um tanto ar que ado.

O o�teodermo da regi �o nucal, da primei ra fileira, n9 MNRJ 2767-V; fi cou preservado integralmente, tem formato de cu·nh a, é de menores di mensbes que os demais da regi �o escapular, bastante espesso (1 3, 4 mm de espessura) e

convex o ventralmente. A largura da banda marginal é desi-

7 , 7

gual, sendo um dos seus lados mais amplo que o demais i

mm a mai or-· margem e 2, 5 mm a menor delas. A superfíc i e

interna é li sa e plana. Mede 30 x 28 mm.

Oi to dentre os osteodermos pertencem a regi �o (ng MNRJ 4286-V ; MNRJ 4285-V ; MNRJ 4284-V ; MNRJ

4283-V ;

MNRJ

4282-V ;

MNRJ

4288-V ;

MNRJ

4289-V ) , s�o pentago- nais com a super fície dorsal amplamente per fur ada. Apresen- t ando uma figur a centr al mais elevada e dorsalmente destaca­ da sobre a banda periférica. Esta é mais rugosa que a f igur a centr al e mede 6 mm de largur a na -f aixa mais larga e 2, 5 mm de largur a na mais estreita. Ventr almente o osteodermo é l iso côncavo e bem menos per fur ado. Longitudinalmente o de nº MNRJ 4284-V ; mede 67 mm e tr ansversalmente, mede 48,3 mm. A espessur a máxima é de 1 2, 7 mm.

o

Os

_osteodermos

de

n-

MNRJ

4303-V ;

MNRJ

4305-V ;

MNF:,J 4304-V ; MNRJ 4302-V ;

MNRJ

4306-V ;

MNRJ

430 1-V ; s�o da

reqi_�o ____ d_a _____ c_inta móvel. NE�nhum deles esta completo, mas pode- s+:➔ obser···,1-,:u- com c:lar-ez a a r-egi�o c:lf? super-posic;-�o (enci a>: e) 430�,-V. A

dos

osteodermos.

O

�ai s completo é

o

de

n

º

MNRJ

super f í cie dorsal pode ser divi dida em duas éreas distintas: uma cr anial e outr a c: audàl. A primeir a é mais rebaixada em rela��º à segunda, f ormando entre elas um degr au bastante ni'. tido. N�o há ornamentac;-�o. ·A érea cr anial é plana, pOLIC O rugosa e retangular. Caudalmente é plana, lisa, afilando-se distalmente, o que dá a érea aspecto triangular. A super fi- e i +? v en t. r a 1 acompanha as linhas da dorsal, porém n�o há gr ande distin��o entre as áreas, s�o homogêneas e lisas. A área C: ê.1udal é suavemente côncav� lontitudinalmente e a cr- anial,

sinuoso.

tr ansversalmente, o que dá a super ficie aspecto Aparecem poucos f or ames de ambos os lados. A

espessur a do osteodermo diminui gr adualmente da extremidade cr anial par a a caudal.

As

medidas do osteodermo nQ

MNRJ

s�o as seguintes: comprimento máximo 71, 5 mm •

'

máxima 40 mm � espessur a da extremidade cr anial 9 m�; sur a de extremidade c audal 3, 2 mm.

1 argur- a espes-

Os osteodermos de f ormato retangular, s�o do escudo pélvicb. <nº MNRJ 4296-V ;

MNRJ

4297-V ;

MNRJ

4299-V ;

banda per i fér i ca bem marcada pela fi gur a centr al que é de super fí ci e i r regular. A banda per i fér i a é rugosa e de lar gur a mai s homogénea (em médi a 4 mm de largur a} . A super ­ fí ci e ventr al é plana e li sa, com alguns forames espar�os. Mede cr ãni o- caudalmente 52 mm e latero-medi almente 4 1 mm. De espessur a tem 8 , 8 mm < nº MNRJ 4296-V} .

Os osteodermos da reqi �o caudal (n9 MNRJ 4279- MNRJ _4281-V ; MNRJ 4278-V ; MNRJ 4280-V ; MNRJ 4290-V J sg(o

de modo ger al retangula�es, com uma protuber �nci a na por�ao

c i::;-nt.r- a.l da super fíc i e dorsal. Tal protuberanci a é mai s evi derite nos osteodermos de menores di mens�es, onde se pr oj etam c audalmente além da �argem di st al. As bandas per i ­ fér i cas s�o rugosas e mai s amplas n a extremi dade centr al. Forames s�o encont r ados em toda est a super fíci e . Vent r almen­ te s�o li sos e planos, com r ar os for ames. Com exce��o da pe�a nº MNRJ 4290-V que, na por�ao caudal preservada apre­ senta ci nco enormes for ames medi ndo de 4 a 6 mm. A pe�a mede later almente 18 mm. Estes osteodermos podem ser

ao dos anéi s caudai s. O compr i mento máx i mo é largur a máx i ma 33 mm e a espessur a, 8, 2 mm.

atr i bLli dos 46 mm , a Ci nco dos osteodermos <nº MNRJ 4275-V ; MNR�J 4276-V ; MNRJ 4277-V ; MNRJ 4307-V ; MNRJ 429 1 -V} s�o c aracte­ r í st i cos dos membros. S�o achat ados, peqL1enos e de contorno ci rcular.

conve>: os.

Dorsalmente s�o ornament ados e l i gei r amente A super fíc i e ventr al é li sa e pouco côncava. A presen�a de for ames é evi dente em ambas as superfici es.

D ISCUSSl'IO

Ti V E•ffiO!=, a oportuni dade de compar ar nossos

exemplares com aqueles simi lares do Museu da PUC/MG com o holót i po de H . paulacoutoi . A descr i ��º do g�ner o Hol•e$ina fei ta por· EDMUND ( 1 9B5 } , também servi u da base par a a nossa compar a<;�o .

As características observadas em nossos exempla­ res s�o inteiramente concordantes com as descritas para a espécie por

CARTELLE

&

BOHORQUEZ , 1 985

e

EDMUND, 1 985.

Os dentes de H. paulacoutoi apresentam variaç�o em seu contorno de acordo com a posiij�O que se encontra na

sér-i e dent. .twi a: os dentes anteriores s�o ovais ou semi-

circulares, enquanto os posteriores podem ser bi ou tri- lobulados, o. que é uma característica dos tatus.

(CARTELLE

&

BOHOHIJUEZ ;

op. cit. ) . O exemplar de ramo mandibular (fra- gmento) com alvéolo para o M9 se enquadra nestes padr�es, pois éste tem uma parede de contorno sinuoso apto ao encaixe de um dente co� formato bilobular.

paulacout,.ai

O que diferencia a sexta vértebra cervical de H . � o fato dest a ser reduz ida e com arco neural comprimido. D que a distingue da s·étima vértebra cervical é que a sexta cervical é livre, enquanto a sétima apresenta­ se fusionada à primeira, ou mesmo à segunda ou terceira, vértebra torácicé

< EDMUND ,

1985 ) . Dos metapodias descritos encontramos melhores subsídeos na descrição do calcêneo fl,d ta por

CARTELLE

8<

BOHORQUEZ

( op. cit. ) , onde verificamos que as caracterí sti� as s�o coincidentes. Como nosso exemplar n�o esté completo, os aspectos mais notáveis que pudemos notar s�o:· o posicionamento da faceta sustentacul ar em Llm

tubér-cul o, o sulcbs talis bem marcado que proporciona a

separa��º entre as facetas o posicionamento da faceta ar- ticular­

paulacoutoi

para o cubóide. Se compararmos o cal cêneo de H. com o de Paapatheriu• hu•boldt, notamos que no deste ú l timo o tubérculo onde se encontra a faceta sustenta- cular·· é mai s grácil e ach�tada do que em H . paulacoutoi,

onde tal .tuberosidade é bem mais robusta.

Quanto aos osteodermos, tanto a descri�âo de

r

encaix am perfeitamente com nossos exempl ares . Os for ames presentes s�o distribuídos homog�neamente e a figur a centr al é m�i s ou meno� el evada , de acordo com a regi�o em que se encontra o osteodermo . Em P. huaboldt as el evaç�es das figur às centr ais s�o menos acentuadas que em H. paul acoutc•i

e os for ames diminuem seü diêmetro da periferia par a o centro C CARTELLE & BOHORQUEZ , 1985) .

CONCLUS�O

Ao contr ár io da maioria das peças de Itapi poc a,

os exempl ares de H. paul acou toi fic ar am bem preservados e representados . S�o nitidamente pertencentes a esta espécie. Pe l a quantidade de material disponível , em compar aç�o com os demais grupos � podemos aval iar seu signific ado . Tal serve também par a mar c ar mais um registro de sua ocorrência no Br ;::1si 1 .

CARTELLE & BOHORQUEZ C 1985 ) sugerem que as identifica�ôes de P . huaboldt já feitas par a os achados das regiões Norte e Nordeste do país, devem ser revistas, e com cautel a par a se encontr ar a exata determina��º especifica.

Pudemos constatar este probl ema diretamente, uma vez que nosso material jé havia sido c l assific ado como P .

Glyptodan sp .

HOLOTIPO: Desaparecido

OUTRAS OCORReNCIAS NO BRASIL

S�o Paulo < PAULA COUTO, 1973) , Minas Gerais, Rio Grande do Sul e diversos estados do nordeste ( PAULA COUTO ,

1 979 > (mapa. I II) . MATERIAL

Osteodermo da carapaija nQ MNRJ 3397-V ; esternal n� MNRJ 3582-V (n�o localizado) .

costela

INTRODUÇAO

para 1 895 ( 1871)

O primeiro pesquisador a estabelecer as principais espécies de Glyptodon foi

( CASTELLANOS , 1953) . Alguns anos antes,

caracteres Ameghino em BURME ISTER publicou sua monografia sobre gliptodontes, onde buscou reuní-los e f az er um estudo de seu esqueleto. Com o correr d�s décadas, vári os nomes foram propostos como novos gêneros da Subfamí l'i a Glypto�onti nae.

Vérias espécies jé foram incluídas no género inc� usive espécies, que na reali dade, pertenciam aos géneros Hoplophorus e Panocthus (CASTELLANOS, 1953) .

Segundo PAULA COUTO ( 1979) , diversas e variadas foram as formas encontradas desde a Argentina até o México.

De todas , a mai s bem caracterizada é Glyptodon clavipes

(Burmeister ) do Pampeano da Argentina , Uruguai .

Sul do Brasil e Como n�o dispomos de material suficiente, opta- mos por identificar a espéci e como sendo de Glyptodon sp .

No Br asil, os pri meiros fósseis deste gênero fo­ ram coletados por Lund em Minas Gerais e posteriormente

WINGE ( 19 15 } que os atribuiu a espécie G. c l avi pes .

PAULA COUTO < op. c it.> , considera que todos os ex emplares encontr ados no Rio Grande do Sul, S�o Paulo e estados nordesti nos sej am pertencentes a mesma espécie.

DESCRIÇAO DO MATERIAL

Este osteodernm de c ar apa�a tem formato arredon-

d,::1do, com superfí cie dor sal plana, n�o ornamentada coberta por di minutos forames, que se concentr am no centro. Ventral­ mente é plano e mais liso que a superfície oposta. Apresenta for ames esparsos distribuídos irregularmente e di�metro pouco maior que os anteriormente citados. Faces laterais irregulares e rugosas. O di�metro máx imo é 34, 6 mm e a ·espessur a méx ima é 22, 8 mm.

D ISCUSSAO

Em Glypt:odon a carapa�a é formada por ornamentadas em forma de rosetas poligonais, com uma

placas figur a centr-·al razoavelmen�e arredondada < PAULA COUTO, 1979 } . S�o espt:?ssas e bastante rugosas. Através do conjunto formado pela carapa�a , pode-se apenas estabelecer os limites genéri­ cos ( CASTELLANOS, 1953) . Nosso único ex emplar demonstra tais caracter- :!'. sti c: as .

Ccimpar ando o osteodermo d e nossa coleç•o com simi lar de Panoct:hus Bur meister , 1866 procedente da Paraí ba f.:? depositado. no l'.1NHJ, notamos difer-en�as. definidas entre ambos. Apesar de n�o muito r egul�r es , pode-se dizer que o osteodermo de Pano�thus é quase retangular enquanto o nosso exemplar é sensivelmente cir-cular. Hé diferen�as na or-namen­ ta��o da superfi�ie dorsal. Em Glypt:odon, esta apresenta-se

_,

-

com perfura�ôes distribuídas por toda uma superfície plana. Lund ,

Se compararmos com as figuras de Hop lophorus 1839 f eit�s por W I NGE ( op . cit . ) , verificamos que os osteodermos s�o arranjados de tal forma que, quando unidos, formam desenhos variados e que cada

apresenta pequenos desenhos.

um isoladamente, J é em Panocthus , as perfura��es se di sp�em,

j á

em sua maioria , nos su l co� que separam as plaquetas poligonais. CONCLUSJ!iO

de um �nico exempl ar identificado, conf i rmamos a presen�a do gênero na regi�o nordeste, mos- trando a necessidade de haver maior estudo sobre o grupo que se apresenta var i ado e semel hante.

de c onc:r-eto se pode concl uir quanto a desi gna� �º especi fica d�ste material . Observamos que el e se assemel ha ao géne�o Glyptodon , dif erindo de Panocthus e

Cerdocyon thous Linnaeus

OUTRAS OCORRENCIAS NO BRASIL

Nas cavernas do Vale do Rio das Velhas, Ger a i s, (mapa I I I > .

MATERIAL

Minas

i ric:nmpl E:�t:.o C1E"

º

MkJD J 77 7-\/ • �1 D

º

�1�JR" "J n I' r,, ,.,.,<.. ,.\,.� ' 1· 1 . n ,. , . . ,

nº MNRJ 3229-V ; corpo de axis nº

3232-V ; atlas MNR,l 3548-V ; vértebr a c ervi c al nº MNRJ 31 87-V ; vértebr a cervical nQ 3188-

fr agmento proxi mal de ulna E nº MNRJ 3186-V ;

. ·t t 0 1 ncomp. e . a n- MNRJ

INTRODUÇAO

3289-V ; calc�neo D nQ MNRJ 2871 -V. pelve sup♦?r· i or

A subfamí li a Cani nae é conhecida desde o Eoceno na Améric a do Norte e Europa, onde é r epresentada

di versos géneros ext i ntos < PAULA COUTO, 1 953 ) . Tem

numerosas espéci es di str i buídas pelo Plei stoceno da Eurásia, Amér i c a do Norte e apenas uma na Austrália

CWALKER et all , 1 983) .

< Canis dingo) , O género Cerdocyon H. Smith, 1 839, é monoespeci- ( C . thous> , e vi ve, atualmente, em campos abertos da Amér i c a do Sul , sul e sudeste do Brasil, sudoeste da Bolívia e Urugua i . S�o conheci das como "r aposas comuns" na Colômbia e Venez uela (WALKER et all, 1 983) .

A classi fi c a��º dos Caninae é pouco clar a . No que d i z r espeito a Cerdocyon H. Smith, ainda mai s. Alguns autor es como , PAULA COUTO (1 979), S I MPSON 1945 e KRAGL IEV I CH

,: 1 9�52) , Smi th ,

consi deram Cerdocyon como subgénero de Dusicyon H. Outros c omo WALKER e� all

YEPES (1 940) e HOFFSTETTER ( 1 952) , os consi der am como géne­ ros di sti ntos .

_,

/"

HOLDAN & V I LLAFRANCA

( 1 98 1 ) anal i sando os cani-

deos sul -americanos propõem para estes, uma origem norte americana , com base na descoberta de um canídeo do Terciário Super-i or- do México e Estados Unidos.

O

novo material

senti.� afinidades estreitas com c�es sul americanos,

apre­ o que apoia

a

hipótese de origem �orte americana . As caracter í sti­ ca� princi�ais deste grupo especí fico s�o: a presen�a de seios frontais, a microdontia e sua distribui��º neotropi­ c � l . Para estes autores ,

a

invas�o da América do Sul ocorreu durante o Plio-Pl eistoceno e nesta, Cerdocyon , Protocyon e Speothos seriam. contempor�neos.