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Como proceder no caso de um pequeno inseto penetrar na orelha e não sair?

No documento Apostila Primeiros Socorros Senac (páginas 74-85)

EMErGÊnCIAS CLÍnICAS

6. Como proceder no caso de um pequeno inseto penetrar na orelha e não sair?



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Para esta situação simples, existem as seguintes alternativas: • utilizar uma lanterna para atrair o inseto e fazê-lo sair;

• no caso de zumbido excessivo, utilizar gotas de óleo de cozinha derramadas no orifício da orelha para neutralizar as asas e matar o animal.

Em ambos os casos, recomenda-se a procura de um médico para confirmar a saída e/ou retirar o animal.

OBS: JAMAIS, utilizar objetos pontiagudos ou de qualquer origem na tentativa de retirar o animal.



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PaSSo-a-PaSSo Princípios Fundamentais

⇒ Avaliação primária (prioridade da vida sobre a lesão) ⇒ 10 regras básicas

Suspeita de sangramento interno

• Prevenir e observar sinais de choque

• Aquecer e elevar as pernas • Transportar rápido

olhos

• Cobrir os dois olhos nos ferimentos graves

tórax aberto com saída de ar

• Curativo de 3 pontas

abdome aberto (evisceração)

• Compressas umedecidas ou plástico

encravamentos

• Não retirar o objeto e imobilizá-lo Incisões, lacerações e avulsões• retirar sujidades • conter hemorragias

• aproximar bordas

• cobrir com gazes ou tecidos secos

Contusão ou Hematoma

Compressas de gelo ou resfriadas

Cabeça

• estabilização da cabeça • comprometimento neurológico? • Aberto: leve compressão • Fechado: compressas frias

amputação

• Coto: contensão da hemorragia

• Segmento: lavar, envolver em gazes secas e plástico e colocar no gelo JAMAIS DEIXAR ENTRAR EM

CONTATO COM O GELO.

Perfurações

• Contensão do sangramento • Se ferimento por arma de fogo,

observar orifícios de entrada e saída.

abrasões

• Lavar a área afetada • Evitar cobrir a lesão



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CoNCeItuaÇÃo bÁSICa

A pele é o maior órgão do corpo e é a barreira natural de proteção contra agentes físicos (calor e frio), agentes químicos (água, ácidos e outros) e agentes biológicos (bactérias, fungos etc.), auxiliando ainda o controle da temperatura e a função sensitiva. Se a pele sofrer uma agressão, essas capacidades são imediatamente alteradas.

As queimaduras mais comuns são as produzidas pelo sol ou pelo calor em ambiente doméstico (fogo, objetos ou líquidos quentes).

A maioria das lesões é leve e atinge apenas a camada mais superficial da pele. No entanto a queimadura pode alcançar estruturas ainda mais profundas como músculos, ossos, nervos e vasos sanguíneos.

aNÁLISe Da GraVIDaDe DaS QueIMaDuraS

As queimaduras podem ser classificadas e avaliadas em sua gravidade de acordo com: • O agente causador.

• A profundidade (camadas de pele que atinge). • A extensão (área corporal atingida).

• A localização (parte do corpo atingida).

CAPÍTULO 7



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De acordo com o agente causador, a queimadura pode ser:

aGeNte FoNteS e CaraCterÍStICaS

térmica São as mais comuns. São produzidas pelo calor (fogo, vapor, líquidos quentes, objetos aquecidos) e pelo frio (gelo).

Química São graves. São produzidas por produtos ácidos e alcalinos.

elétrica

São graves por produzir lesões internas, principalmente com risco ao coração. Geralmente causadas por correntes alternadas,

contínuas e por raios.

radiação Nuclear, ultravioleta (do sol) e infravermelha.

De acordo com a profundidade, podem ser classificadas em:

ProFuNDIDaDe CaraCterÍStICaS

Primeiro grau Caracteriza-se por vermelhidão e certo inchaço no local, com muita dor.Atingem somente a camada mais superficial da pele (epiderme).

Segundo grau

Atinge uma camada mais profunda (epiderme e derme). Caracteriza-se por vermelhidão, inchaço, dor intensa e presença de

bolhas de tamanhos variados.

terceiro grau

Pode atingir além das camadas superficiais, músculo e até ossos. Geralmente acompanhada de lesões de 1º. e 2º. graus. Pode ser indolor e toma coloração esbranquiçada ou escura. É bastante grave.

Lembre-se que uma lesão por queimadura não é uniforme. Podem ocorrer vários graus de profundidade em uma mesma lesão.

Só para ilustrar, as comunidades científicas da área médica já estão usando uma nova classi- ficação, dividindo melhor o 2º. e o 3º. grau e criando o 4º. grau. Tal classificação ainda não será utilizada nessa apostila.

A análise da extensão é o fator de maior influência na avaliação de gravidade da queimadu- ra. Quanto maior a extensão, maior o risco para a vida da vítima, pois pode haver perda excessiva de líquidos do corpo, perda de temperatura e altíssimo risco para infecções. Em primeiros socorros, o objetivo não é determinar a extensão e sim manter a vítima com vida, prevenir danos adicionais e parar o processo de queimadura.

Quanto à localização, é preciso saber que algumas regiões do corpo tornam as queima- duras muito críticas por favorecerem a contaminação da ferida ou por serem fatores de



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complicação a respiração, ou por serem altamente incapacitantes para o trabalho e com- prometedoras no aspecto estético. Esse é ocaso das mãos, face, pés, genitais, pescoço, vias aéreas e o tórax. Tais áreas são chamadas de “áreas críticas”.

Baseado nos 4 aspectos que traduzem a gravidade de uma queimadura, dizemos que: • QUEIMADURAS LEVES: são aquelas de 1º. e 2º. graus e pequenas (menores que a

palma da mão).

• QUEIMADURAS MODERADAS: são aquelas de 1º. grau extensas (como as produzi- das pelo sol), 2º. grau de média extensão e as de 3º. grau de pequenas áreas.

• QUEIMADURAS GRAVES: são aquelas de 2º. e 3º. graus que envolvem face, pescoço, tórax, mãos, pés, genitais e articulações em qualquer extensão. São graves também, as extensas de 2º. e 3º. graus, além das químicas e elétricas.

Outros fatores que contribuem para a gravidade da queimadura são: idade da vítima (crian- ças e idosos respondem mal a agressão) e a presença de outros traumas ou lesões associa- das (diabetes, hipertensão etc.) que alteram a resposta corporal ao ferimento.

reGraS bÁSICaS No ateNDIMeNto ÀS QueIMaDuraS

10 reGraS bÁSICaS No ateNDIMeNto ÀS QueIMaDuraS

1. O socorrista deve ter sempre atenção sobre a sua própria segurança.

2. Trate a vítima e não a lesão. Sempre inicie o atendimento pela avaliação primária. 3. Afaste a vítima do agente causador da queimadura utilizando ÁGUA.

4. Retire jóias, roupas e sapato somente se eles não estiverem grudados. 5. Não perfure bolhas.

6. Não aplique pomadas, vaselinas, sprays, medicamentos ou pasta de dente. 7. Utilize apenas curativo de gazes ou tecidos limpos e secos.

8. Promova aquecimento.

9. Procure saber: “O que causou a queimadura?”, “Houve outro trauma?”, “Houve in- consciência?”, “Houve inalação de vapor, gazes ou fumaça?”.

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PrIMeIroS SoCorroS ÀS QueIMaDuraS tÉrMICaS 1. Seguir as regras básicas de atendimento.

2. Apagar as chamas se necessário, usando cobertor ou rolando a vítima no chão. 3 Resfriar a área com muita água corrente ou imergir em água (cerca de 10 a 15 minutos). 4. No caso de mãos e pés, separar os dedos queimados com gaze ou tecido limpo ume-

decido para que não grudem. Caso já estejam grudados, não force a separação. Apenas cubra com a gazes ou tecido limpo umedecido.

Apagando as vestes em chamas Resfriando a área com água corrente

PrIMeIroS SoCorroS ÀS QueIMaDuraS QuÍMICaS

CuIDaDo!!!

As queimaduras químicas são especialmente perigosas tanto para a vítima quanto para o socorrista. Proteja-se da contaminação!

o SeGreDo É...

Para substâncias em pasta ou em pó, primeiro remova o excesso com uma escova ou tecido seco, para depois lavar com água. Isso evita que o produto escorra pelas roupas ou pela pele, causando queimaduras por onde passa.

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As substâncias químicas continuam a queimar enquanto estiverem em contato com o cor- po. Afastar o agente agressor é fundamental. Para isso utilize água em grande quantidade. 1. Utilizar luvas se possível e atuar com muito cuidado;

2. Lavar a região com muita água corrente por 15 a 20 minutos, utilizando se possível um chuveiro.

Obs.: A seguir estão relacionadas algumas exceções, quando não se pode usar água. 3. Não tentar usar neutralizantes ou antídotos;

4. Se possível, identifique o agente químico, pois isso ajudará no atendimento definitivo; 5. Se houver queimaduras nos olhos:

o Lave imediatamente com água em abundância;

o Inicie o transporte ou aguarde o socorro especializado, fazendo lavagem durante todo o tempo;

o Cubra ambos os olhos com gazes umedecidas (mesmo que apenas um deles tenha sido atingido).

Jamais use água em queimaduras químicas produzidas por:

o Pó de cal: torna-se corrosivo se misturado à água. Remova todo o pó antes de jogar água.

o Ácido sulfúrico: se concentrado, em contato com a água produz ainda mais calor. Usar água somente em jatos abundantes.

o Fenol (ácido carbólico): deve ser removido com álcool e em seguida irrigada a região com água.

PrIMeIroS SoCorroS ÀS QueIMaDuraS Por INaLaÇÃo

Você sabia...

Que vários itens do mobiliário de uma casa soltam fumaça altamente tóxica quando queimada?

Esse tipo de queimadura pode acontecer por inalação de fumaça proveniente da combus- tão de produtos químicos e por gazes ou vapores aquecidos.

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A fumaça de incêndios ou produtos químicos é altamente tóxica e pode provocar irritação nos olhos, lesões nas vias aéreas e conseqüente dificuldade para respirar que pode evoluir para a morte. Os sinais e sintomas de inalação de fumaça são:

o Dificuldade respiratória; o Tosse;

o Ar da expiração com cheiro de fumaça ou de produto químico; o Resíduos acinzentados da fuligem da fumaça ao redor da boca e nariz.

A inalação de vapores quentes leva a ressecamento e inchaço da mucosa do nariz e nas vias aéreas em geral, tornando a respiração muito dificultada diante da obstrução. Esse edema pode ser leve e imperceptível no inicio e se agravar com o passar do tempo. Por esta razão, encaminhe sempre a vítima para o hospital para uma melhor análise.

Outros sinais que ajudam na identificação da queimadura por vapores quentes são: o Queimaduras na face;

o Dificuldade respiratória;

o Rouquidão, tosse e respiração ruidosa.

No caso de queimaduras por inalação, esteja preparado para: 1. Retirar a vítima do ambiente e colocá-la em local bem arejado;

2. Colocar a vítima consciente e sem traumas adicionais na posição sentada; 3. Abrir as portas e janelas para melhorar a ventilação;

4. Aquecer a vítima;

5. Se inconsciente, colocar a vítima em posição de recuperação; 6. Providenciar transporte ou socorro especializado.

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PrIMeIroS SoCorroS ÀS QueIMaDuraS eLÉtrICaS

Gravíssimas, essas queimaduras podem provocar alterações importantes no funcionamen- to do coração, levando até à morte por parada cardiorrespiratória. Suas características mais comuns são:

o Lesão por queimadura em 2 pontos; o Tremores ou flacidez dos músculos; o Dificuldade respiratória;

o Agitação ou inconsciência; o Convulsões (em casos graves). No caso de queimaduras desse tipo:

1. Não se aproxime caso haja corrente elétrica ativa ou fios soltos; 2. Observe os cuidados com eletricidade descritos abaixo;

3. Inicie a abordagem pela avaliação primária e faça a RCP se necessário; 4. Aqueça a vítima.

Você sabia...

Que a corrente elétrica provoca 2 áreas de quei- madura: uma no ponto de entrada da corrente e outra no ponto de saída da corrente elétrica?



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CuIDaDoS FuNDaMeNtaIS eM CaSo De aCIDeNteS CoM eLetrICIDaDe 1. Não toque na vítima se ela ainda está ligada à corrente elétrica. Garanta sua segurança,

desligando a energia.

2. Evite movimentar fios caídos. Chame a empresa de eletricidade. Se necessário, mano- bre os fios com uma madeira longa.

3. Cuidado com fios elétricos caídos sobre veículos. Ao tocar o carro, você pode ser atingido pela corrente.

4. Não toque em objetos elétricos ligados à corrente elétrica ou que estejam molhados ou em banheiras e baldes. Desligue a energia primeiro.



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DÚVIDaS MaIS CoMuNS

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