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o que fazer para evitar convulsões em uma criança que apresenta febre alta? As convulsões por febre alta em crianças são mais comuns até os 3 anos de idade Se a tem-

No documento Apostila Primeiros Socorros Senac (páginas 52-62)

EMErGÊnCIAS CLÍnICAS

2. o que fazer para evitar convulsões em uma criança que apresenta febre alta? As convulsões por febre alta em crianças são mais comuns até os 3 anos de idade Se a tem-

peratura exceder 37,5ºC, retire o excesso de roupas, coloque-a em um ambiente arejado e providencie um banho morno. Se não houver melhora, pode-se tentar outro banho ou experimentar o uso de compressas frias. Providencie acompanhamento médico. O uso de medicamentos deve ser restrito à orientação médica.

Dor No PeIto

Você sabia que...

50% das mortes por problemas cardíacos aconte- cem subitamente e antes da chegada ao hospital? Geralmente são quadros que evoluem para PCR por arritmia (fibrilação ventricular).

As doenças do coração compõem a principal causa de morte nos países desenvolvidos e em desenvolvimento. Essas doenças levam a morte precoce de adultos jovens ou mesmo de adultos em idade mais avançada, causando grande impacto social por romper a estru- tura das famílias.

Dentre as doenças cardíacas, destacam-se aquelas que levam à dificuldade na oxigenação das células do coração como o infarto agudo do miocárdio e a angina, cujo sinal mais evi- dente é a dor no peito ou dor torácica de origem cardíaca.

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A dor no peito pode ser percebida em intensidade variável e suas características clássicas são: o Variação de sensações, desde a opressão, queimação e aperto no peito (suportáveis)

até a sensação de intensa dor;

o Localizada no centro do peito, podendo irradiar para o lado esquerdo, ombros, pesco- ço, mandíbula, braços e mãos (geralmente do lado esquerdo);

o Se infarto agudo, a dor pode se prolongar por 30 minutos ou mais;

o Pode ser acompanhada de dificuldade para respirar, náuseas, vômitos , palidez e su- dorese.

Os idosos e diabéticos podem apresentar quadros semelhantes, porém sem dor ou com uma mínima dor, difícil de caracterizar. São os chamados infartos silenciosos ou assinto- máticos.

Existem ainda outras doenças que podem levar à dor torácica ou confundir-se com ela. Há quadros de angina (dor, em latim), cuja dor pode melhorar simplesmente com o repouso e “enganar” a vítima e o socorrista. Somente uma equipe especializada poderá fazer tal diferenciação. Por isso, chame sempre o serviço de emergência.

É fato conhecido que quanto mais precoce for restabelecido o fluxo do sangue e oxigênio para o coração, maiores serão as chances de sobrevivência da vítima. Logo, é preciso dimi- nuir o tempo entre o início dos sintomas e o atendimento hospitalar.

PrIMeIroS SoCorroS ÀS VÍtIMaS De Dor No PeIto

objetivos no atendimento de primeiros socorros ao paciente com dor no peito de origem cardíaca:

o Reconhecer as características da dor e associá-las ao evento car- díaco;

o Atuar imediatamente para impedir o avanço e a ocorrência de PCR;

o Acionar precocemente o serviço de emergência, para diminuir o tempo de chegada ao hospital.



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o O fundamental é tranqüilizar a vítima.

o Impeça esforços e emoções, mesmo que mínimos.

o Mantenha a vítima de preferência sentada, aquecida e confortável. o Arejar o ambiente e afrouxar roupas, cintos etc.

o Realize frequentemente a avaliação primária na busca de intercorrências com a respi- ração e circulação.

o Esteja preparado para a ocorrência de PCR.

o Se DEA disponível, peça para alguém providenciar imediatamente.

DeSMaIo

O desmaio é também conhecido como síncope e se caracteriza por um episódio repentino de perda da consciência por um período curto. Por si só o desmaio não determina uma doença, mas é um sinal de inúmeras delas.

Geralmente é causado por alterações no fornecimento de oxigênio e glicose para o encéfa- lo, como por exemplo, na exposição prolongada a ambientes quentes, alimentação precá- ria e exercícios físicos excessivos. Dor, medo e excitação são causas prováveis também. Sinais e sintomas que caracterizam o desmaio:

o Perda da consciência (perda do contato com o ambiente). o Relaxamento dos músculos.

o Palidez.

o Pele fria e úmida.

o Retomada rápida da consciência (1 a 2 minutos).



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PrIMeIroS SoCorroS ÀS VÍtIMaS De DeSMaIo

o Realize a avaliação primária da vítima (para determinar a inconsciência, abrir vias aéreas e certificar-se que a vítima respira e têm circulação).

o Mantenha a vítima deitada e aquecida.

o Eleve os membros inferiores para facilitar a circulação cerebral. o Areje o ambiente e afrouxe roupas, cintos etc.

o Repita a avaliação primária na busca de intercorrências com a respiração e circulação. o Durante a retomada da consciência, não permita que a vítima se levante imediatamente. o Acionar o serviço de emergência.



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PaSSo-a-PaSSo

CoNVuLSÃo

Durante a crise:

• Proteja a vítima da queda • Afaste objetos que possam

causar ferimento; • Proteja a cabeça; • Lateralizar a cabeça para

evitar o engasgamento; • Afrouxe as roupas e retire

os óculos; • Afaste os curiosos; • Aguarde o término da convulsão. após a crise: • Coloque a vítima em posição de recuperação; • Realize a avaliação primária;

• Esteja preparado para a necessidade de RCP; • Afaste os curiosos e cubra

a vítima;

• Oriente para o repouso.

Não faça:

• Impedir movimentos • Jogar água ou bater no

rosto;

• Tentar abrir a boca ou colocar algo dentro dela; • Oferecer alimentos, medicamentos ou bebidas; • Transportar a vítima durante a crise. Dor No PeIto • Tranqüilizar a vítima;

• Impeça esforços e emoções, mesmo que mínimos;

• Mantenha a vítima de preferência sentada, aquecida e confortável; • Arejar o ambiente e afrouxar roupas, cintos etc.;

• Realize frequentemente a avaliação; • Esteja preparado para a ocorrência de PCR;

• Se DEA disponível, peça para alguém providenciar imediatamente.

DeSMaIo

• Realize a avaliação primária da vítima; • Mantenha a vítima deitada e aquecida;

• Eleve os membros inferiores para facilitar a circulação cerebral; • Areje o ambiente e afrouxe roupas, cintos etc.;

• Repita a avaliação primária;

• Durante a retomada da consciência, não permita que a vítima se levante; • Acionar o serviço de emergência.



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CoNCeItoS bÁSICoS

Os ferimentos são lesões nos tecidos da superfície interna ou externa do corpo humano, incluindo as diferentes camadas da pele, os músculos e os órgãos internos.

Existem inúmeros critérios para a classificação dos ferimentos. No entanto, em geral, eles podem ser fechados ou abertos.

Nos fechados não há ruptura da pele e pode haver sangramento interno, já nos abertos há ruptura da pele e possibilidade de sangramentos externos visíveis.

A gravidade de um ferimento é medida pela intensidade do sangramento e pelo local atin- gido. Já a gravidade do sangramento varia pelo tipo de vaso sanguíneo atingido. Observe abaixo:

CAPÍTULO 6

FErIMEnTOS

Sangramento arterial: • Vermelho vivo • Em jato • Intenso e pulsátil • Sempre grave Sangramento venoso: • Vermelho escuro • Fluxo estável e lento • Grave se não controlado

Sangramento capilar: • Fluxo bem lento • Baixa intensidade • Uniforme • Sem gravidade Características do sangramento em relação ao tipo de vaso atingido



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SaNGraMeNtoS INterNoS

Geralmente os sangramentos internos acontecem por um trauma contuso ou fechado (chutes e socos, quedas, acidentes de trânsito etc.) que podem resultar até em fraturas e lesões em órgãos internos.

Nesse caso, apesar de não existir lesão na parte externa da pele, os tecidos internos e os vasos se romperam internamente, causando sangramento e como não é possível controlá- lo, torna-se uma situação grave.

Lembre-se...

Em geral, o tratamento para estas lesões é apenas intra-hospitalar e com cirurgia.

Algumas vezes é possível observar estes sangramentos apesar de serem internos. É o caso dos hematomas (manchas roxas) ou dos sangramentos que se exteriorizam pelas orelhas, nariz, vagina, uretra, ânus e ainda dos ferimentos por arma de fogo e por faca, quando se pode supor a existência de lesões internas.

Devemos estar atentos para a ocorrência de sangramentos internos nos casos de: • fraturas de ossos (fêmur, úmero ou pelve);

• presença de dor acompanhada de hematoma e rigidez no abdome;

• presença de hematomas no tórax acompanha- dos de dificuldade para respirar.

SaNGraMeNtoS eXterNoS

As causas mais comuns de sangramentos externos são: arranhaduras, ferimentos com agentes pontiagudos (pregos), perfuro-cortantes (faca, tesoura etc.), mordedura de ani- mais e ferimentos por arma de fogo, entre outros.

Apesar de muitas vezes os ferimentos terem uma aparência drástica e serem acompanha- dos de muita dor, nem sempre são classificados de graves, a menos que estejam sangrando de forma descontrolada ou comprometam a respiração (como no caso dos ferimentos das vias aéreas, face, pescoço ou tórax).

P eça a alguém para controlar o

ambiente e dê tarefas aos mais exaltados !

Você sabia

Que numa fratura de fêmur fechada, pode-se perder até 2 litros de sangue, por lesão da artéria femoral?



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tÉCNICaS bÁSICaS De CoNteNSÃo De SaNGraMeNtoS

É importante conhecer as formas mais simples de contensão de hemorragias antes mesmo dos tipos de ferimentos mais comuns. Para executar qualquer uma das técnicas que serão apresentadas, é preciso expor o ferimento e se possível determinar rapidamente a causa. Os métodos de contensão são: compressão direta da lesão, elevação da parte afetada, compressão de pontos arteriais (compressão indireta) e aplicação de gelo ou compres- sas frias.

CoMPreSSÃo DIreta Da LeSÃo

Lembre-se que...

não devemos executar a pressão direta sobre ferimentos com objetos encrava- dos ou sobre ossos fraturados.

Compressão direta da lesão

É o método mais simples e usual.

Promove diminuição do fluxo sanguíneo e favorece a formação do coágulo no local do fe- rimento. Pode ser realizado com bandagens, curativo pronto, gazes, ataduras e até mesmo com as próprias mãos da vítima ou do socorrista até que se consiga outro material. O uso de camisetas limpas ou outros tecidos (lençóis, toalhas, etc), também é incentivado. Jamais utilize papel absorvente ou algodão hidrófilo pois estes encharcam facilmente.

a técnica consiste em:

• Colocar o material ou as mãos diretamente sobre a lesão;

• Pressionar firmemente, utilizando a palma das mãos por cerca de 10 a 15 minutos; • Observar o curativo, não permitindo que fique ensopado de sangue. Neste caso, não

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eLeVaÇÃo Da Parte aFetaDa

Compressão direta e elevação da parte afetada

Sempre associada à compressão direta da lesão, essa é uma boa opção para ferimentos nas extremidades do corpo (braços e pernas).

Com a elevação da parte afetada, há diminuição do fluxo de sangue para a lesão devido à ação da gravidade, o que diminui o sangramento. Neste caso, basta elevar a região acima do nível do coração.

Lembre-se que...

não devemos elevar extremidades em caso de suspeita de fraturas, luxações e mesmo no caso de objetos encravados.

CoMPreSSÃo De PoNtoS arterIaIS

Lembre-se que...

A técnica de compressão indireta não elimina a necessidade de compressão direta e se possível de elevação da parte afetada

Se as técnicas anteriores forem insuficientes para conter a hemorragia ou o local do feri- mento estiver em difícil acesso, pode-se tentar a compressão de um ponto arterial anterior ao local do ferimento.

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A técnica consiste em aplicar uma pressão com os dedos, sobre pontos onde se perceba o pulso de uma artéria, passando sobre uma superfície óssea. Esta técnica exige conhecimen- tos anatômicos e habilidade do socorrista.

Os principais e mais fáceis pontos para compressão indireta são:

• Artéria femoral para as lesões em membros inferiores (à altura da virilha). • Artéria braquial para lesões em membros superiores (região interna do braço). • Artéria radial para as lesões da mão (à altura do pulso, abaixo do dedo polegar). aPLICaÇÃo De GeLo ou CoMPreSSaS FrIaS

Estes recursos promovem constrição dos vasos da região do ferimento, diminuindo leve- mente o fluxo sanguíneo para o local e conseqüentemente o sangramento.

São bem indicados nas lesões fechadas (contusões), para impedir a formação de hemato- mas decorrentes do extravasamento interno de sangue.

São cuidados importantes em sua aplicação:

• Não coloque o gelo ou a compressa diretamente sobre a pele;

• Providencie um pano fino (meia, pano de prato, camiseta, gazes, etc.), para colocar entre o saco de gelo e a pele do local;

• Controle o tempo de aplicação das compressas (máximo de 10 a 15 minutos).

Lembre-se que...

deve-se proteger a pele da vítima com um tecido fino, para evitar a queimadura dos tecidos pelo frio ou pelo congelamento

tIPoS De FerIMeNtoS

1.FerIMeNto FeCHaDo

Lembre-se...

1. Avalie a segurança da cena.

2. A prioridade é a vida.Inicie sempre pela avaliação primária, principalmente na vítima inconsciente.

3. Se possível use luvas ou outra barreira de plástico ou pano grosso. 4. Lave as mãos antes e após o cuidado com a vítima.

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Lesão provocada por objeto contundente e rombudo que não provoca a abertura da pele. Porém, nas camadas inferiores, leva a rompimento de tecidos e vasos com conse- qüente extravasamento de sangue (sangramento interno). É o ferimento conhecido por contusão.

Caracteriza-se pela formação de uma área arroxeada sob a pele íntegra e com contornos definidos, chamados de hematomas.

Um hematoma pode ser uma indicação de lesão interna com sangramento, como no caso de: • abdome: possível lesão no fígado, baço e outros órgãos.

• Cabeça e pescoço: possível lesão na cabeça e/ou pescoço.

• tórax: possível lesão de costelas e esterno, principalmente se a vítima estiver com dificuldade respiratória.

Você sabia...

Que o famoso “galo” na cabeça é um hematoma no couro cabeludo, e que seu nome técnico é hemato- ma subgaleal?

o Que FaZer?

• Realize a avaliação primária é prioritário. Trate a vítima e não a lesão. • Exponha a lesão, afastando as vestes se necessário;

• Eleve a parte afetada, se não houver suspeita de fraturas; • Na contusão leve, aplique compressas de gelo .

No documento Apostila Primeiros Socorros Senac (páginas 52-62)