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Quando um projeto é elaborado e entregue ao executor, duas das primeiras

perguntas que são feitas são as seguintes: qual será o valor gasto com cada

serviço? Quanto custará cada etapa da obra? A resposta destas perguntas é de

fundamental importância para que seja feito o planejamento financeiro da execução

de otimização e das matrizes de custos unitários foi possível extrair estas respostas.

A TAB. 6.2 apresenta os custos dos serviços por solução de projeto e a TAB. 6.3

apresenta os custos das construções de aterros por etapa de construção.

TAB. 6.2 – Composição de custos por serviços

SERVIÇOS

SOLUCIONADOR Brückner SOLVER CPLEX 300 CoinMP

Custo da escavação,

carga e transporte: R$ 2.869.831,15 R$ 3.117.460,88 R$ 2.739.340,37 R$ 2.402.833,12

Custo da Construção dos

Aterros: R$ 1.252.343,02 R$ 1.327.406,36 R$ 1.308.403,92 R$ 1.308.301,65 Custo do Momento Extraordinário: R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 Custo de indenização: R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 CUSTO TOTAL DE TERRAPLENAGEM: R$ 4.122.174,17 R$ 4.444.867,24 R$ 4.047.744,28 R$ 3.711.134,77

TAB. 6.3 – Composição de custos por etapa de construção

ETAPA DE CONSTRUÇÃO

SOLUCIONADOR Brückner SOLVER CPLEX 300 CoinMP

Corpo de aterro R$ 3.969.824,97 R$ 4.102.913,00 R$ 3.705.735,15 R$ 3.385.772,70 Camada Final de terraplenagem R$ 152.349,20 R$ 164.421,30 R$ 169.118,79 R$ 151.556,57 Bota-fora R$ 177.532,94 R$ 172.890,34 R$ 173.805,50 CUSTO TOTAL DE TERRAPLENAGEM: R$ 4.122.174,17 R$ 4.444.867,24 R$ 4.047.744,28 R$ 3.711.134,77

A composição dos custos por serviços é o resultado de cada parcela da equação

da função objetivo, EQ. 4.2. Já a composição dos custos por etapa de execução da

obra ou por tipo de construção de aterro é dada pelo somatório das quantidades de

materiais transportados para cada tipo de construção de aterro pelo respectivo custo

unitário total de serviços.

Na composição dos custos por serviços, os custos com os serviços de

escavação carga e transporte diminuem com o aumento do número de variáveis de

decisão consideradas pelo problema. O valor encontrado pelo SOLVER foi maior

que o valor de projeto e que o valor das demais aplicações do modelo de

otimização. Isto se deve pela falta de rigor e aproximação que foi necessária para

não extrapolar a capacidade de variáveis de decisão do SOLVER. Já as duas

aplicações do modelo de otimização em MPL solucionadas pelo CPLEX 300 e

CoinMP apresentaram valores menores, demonstrando mais uma vez a influência

da precisão da DMT na redução dos custos, visto que o custo unitário destes

serviços é levantado a partir das faixas de DMT na planilha do SICRO2.

Quanto aos custos com os serviços de construção de corpos de aterro,

novamente o SOLVER encontrou o maior valor, já os solucionadores CPLEX 300 e

CoinMP encontraram valores muito próximos, porém acima do valor de projeto. Esta

proximidade de valores demonstra que os custos relativos à construção de camadas

de aterro não sofrem tanta influência quanto ao número de iterações considerada

pelo problema, pois estes volumes são definidos pelo projeto de geometria e o custo

não depende da distância que o material foi transportado. A única influência no custo

deste serviço é da categoria de material que está sendo utilizado para construir as

camadas dos aterros.

Em nenhuma das soluções da distribuição de materiais de terraplenagem houve

custo com Momento Extraordinário de Transporte e indenizações, porém, estes

custos devem ser considerados na solução do problema. As iterações afetadas por

estes custos se ornaram inviáveis, onde acabaram ficando de fora das soluções

ótimas encontradas para as aplicações do modelo de otimização.

Na composição dos custos por etapa de execução de obra o SOLVER encontrou

o maior valor para a construção e compactação de corpo de aterro. A solução com

menor custo foi a encontrada pelo CoinMP.

Para a construção e compactação de camada final de terraplenagem, o CPLEX

300 encontrou o maior valor e o CoinMP o menor, porém isto não desabona a

utilização do modelo de otimização, visto que a diferença destes valores foi de

apenas R$17.562,22, correspondendo a 0,47% do menor valor encontrado entre as

soluções.

No projeto elaborado pelo método de Brückner não aparece à parcela referente

à construção de bota-fora. O volume de material encaminhado para bota-fora pelo

modelo de otimização corresponde a um volume de material que foi enviado a outro

trecho do projeto original. Este foi um pequeno ajuste feito para que este trecho

pudesse se enquadrar como compensado e ser utilizado neste trabalho.

Os valores encontrados para a construção de bota-fora foram muito próximos

para as três aplicações do modelo de otimização, com uma diferença de apenas

R$4.642,61 entre o valor encontrado pelo SOLVER e o valor encontrado pelo

local para descarte, correspondendo a 0,13% do menor valor encontrado entre as

soluções.

Em um estudo de alternativas, pode ser pensada a hipótese de simular

empréstimos laterais a toda escavação em que o material apresente características

compatíveis com as solicitações de projeto e bota-foras laterais adjacentes a todos

os corpos de aterro do trecho, respeitando os limites de 10 metros do offset (crista

do corte ou pé do aterro) a faixa de domínio, conforme Art. 24 da Norma para o

Projeto das Estradas de Rodagem (DNER, 1973). Esta faixa de 10 metros é

necessária para a implantação de dispositivos de drenagem de proteção do corte ou

do pé do aterro e também para possibilitar a manutenção da faixa de domínio dentre

suas principais finalidades. A FIG. 6.1 ilustra sobre uma seção-tipo como é a

disposição de um empréstimo lateral ou um bota-fora lateral.

FIG. 6.1 – Disposição de empréstimos e bota-foras laterais

EIXO EIXO EIXO SEÇÃO EM ATERRO SEÇÃO EM CORTE SEÇÃO MISTA

MODALIDADES DAS SEÇÕES TRANSVERSAIS

LIMITE FAIXA DE DOMÍNIO FAIXA DE DOMÍNIO FAIXA DE DOMÍNIO FAIXA DE DOMÍNIO FAIXA DE DOMÍNIO FAIXA DE DOMÍNIO LIMITE LIMITE LIMITE LIMITE LIMITE

EMPRÉSTIMO LATERAL BOTA-FORA LATERAL TERRENO NATURAL LIMPEZA - MATERIAL ORGÂNICO