2 ORGANIZAÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA
2.3 Componentes curriculares
Compõem os módulos os componentes curriculares que seguem apresentados.
2.3.1 Disciplinas
Módulo: Temas e Experiências para o Ensino de História História Antiga
História Medieval
Fundamentos Teóricos e Metodológicos em História História Contemporânea I
História Contemporânea II História do Brasil República I História do Brasil República II
Módulo: Fundamentos do Mundo Moderno História Moderna
História do Brasil Colônia e Império História da América I
História da América II
Tecnologias Digitais Emergentes e Ludicidade
Projeto Integrador I - Recursos locais e regionais para o ensino da História Projeto Integrador II - Espaços de cultura e de memória nos estudos de História
2.3.2 Projetos Integradores
A organização dos projetos integradores ora propostos encontram inspiração nos projetos de trabalho arquitetados por Hernández e Ventura (1998, p.61), cuja proposta: “[...]
está vinculada à perspectiva do conhecimento globalizado e relacional [...]” na qual a articulação dos conhecimentos se dá na organização da atividade de ensino e aprendizagem.
Para os mesmos autores (1998, p. 63) a globalização, no sentido da organização dos saberes (conteúdos e aprendizagens), é um dos aspectos essenciais que circundam os projetos, entendida como um processo no qual “[...] as relações entre conteúdo e áreas do conhecimento têm lugar em função das necessidades que traz consigo o fato de resolver uma série de problemas que subjazem na aprendizagem.” Tal perspectiva de globalização “[...]
requer que o tema ou o problema abordado em sala de aula seja o fator no qual confluam os conhecimentos que respondam às necessidades de relação que o aluno pode estabelecer e o docente vá interpretar.” (HERNÁNDEZ; VENTURA, 1998, p. 58).
Considerando o exposto, por meio dos projetos integradores, o Curso de História busca responder ao objetivo de assegurar a interdisciplinaridade e a relação teoria e prática na sua organização didático-pedagógica do curso, articulando ensino, pesquisa e extensão, conforme estabelece o PPI. De acordo com o referido documento a interdisciplinaridade é percebida
[...] na relação estabelecida entre pessoas que carregam consigo saberes e domínios de conhecimento individuais, na direção do coletivo. Para emergir essa atitude favorável à aprendizagem, é necessário promover o encontro com o outro, com o diferente e permitir a inclusão de novos conhecimentos e dados, numa perspectiva ampla e sistêmica, que transcende o que se concentra limitado ao contexto tradicional de cada disciplina (PDI, 2019-2025, p.78).
Nessa mesma direção Masetto (2015, p. 83) ao se referir especificamente ao contexto universitário, afirma que:
Uma das formas de conseguir envolver os docentes em atividades integradoras de conhecimentos, habilidades e atitudes é organizar um currículo para que se trabalhe constantemente com situações da realidade profissional por meio de grandes temas, de cases ou de projetos e ações que interfiram diretamente em situações- problemas. Complexas e desafiadoras, essas situações reais exigem integração de áreas de conhecimento, de habilidades, e trabalho em equipe.
Partindo desses pressupostos, visando proporcionar o exercício prático das competências a serem desenvolvidas pelos estudantes e a integração entre os conhecimentos estudados serão desenvolvidos no Curso Superior de História, quatro projetos integradores. Para atingir ao objetivo proposto, os projetos vinculam-se a uma situação real, que desafie os estudantes a resolverem, de forma competente, algum problema na sua área de atuação, em articulação com algum setor da sociedade, contando, para tanto, com o suporte do conjunto de conhecimentos abordados no curso até o momento de realização do referido projeto.
Desse modo, com a inserção dos projetos integradores, a extensão passa a compor o currículo, proporcionando uma aprendizagem mais significativa e ativa por parte dos estudantes, por meio da qual considera-se que:
Em vez de apenas ouvir, ler, executar exercícios de rotina [...] os estudantes desenvolvem pensamentos superiores, praticando, investigando, debatendo respeitando diferentes pontos de vista, enfatizando e promovendo os aspectos sociais. O conhecimento é aprendido de forma compartilhada, ativando a criatividade e o pensamento crítico (FAVA, 2018, p. 160).
Assim, os projetos integradores privilegiarão a realização de trabalhos em equipe, de modo a contribuir para o desenvolvimento da capacidade de atuar de forma colaborativa, cooperativa, multi e interdisciplinar.
PROJETO INTEGRADOR I: Espaços de cultura e de memória nos estudos de História O Projeto Integrador I, denominado “Espaços de cultura e de memória nos estudos de História” aborda a exploração de experiências de ensino e vivências de professores da disciplina em diferentes escolas de Educação Básica das redes pública e privada. Também, busca a promoção de leituras das realidades locais e regionais com a análise de questões sociais contemporâneas para uma atuação docente que enfatiza a defesa dos direitos humanos em espaços formais e não formais de ensino e de aprendizagem.
Neste Projeto, os estudantes exercitarão as competências que seguem.
● Expressar-se de forma oral e escrita, para comunicar, informar e interagir com o outro e a sociedade, de forma clara e dinâmica.
● Interpretar e compreender textos diversos, como ferramenta de aprendizagem contínua, demonstrando leitura proficiente.
● Utilizar tecnologias de informação e comunicação como ferramentas de trabalho, de forma funcional e criativa.
● Dominar as diferentes concepções metodológicas que referenciam a construção de categorias para a investigação e a análise das relações sociohistóricas.
● Relacionar as diferentes concepções historiográficas com os contextos sociais nos quais estão inseridos.
As produções deste projeto serão realizadas em ambiente de mídia, produzindo vídeos, podcasts, textos e mapas conceituais a serem divulgados em redes sociais e em escolas da sua localidade e/ou região.
PROJETO INTEGRADOR II: Espaços de cultura e de memória nos estudos de História O Projeto Integrador II aborda o ensino de História em ambientes escolares e não escolares, o reconhecimento de tradições e de diferenciações entre épocas históricas, a partir de equipamentos culturais locais e regionais.
Neste projeto, os estudantes exercitarão as seguintes competências:
● Identificar informações básicas referentes às diferentes épocas históricas nas várias tradições civilizatórias, assim como sua interrelação.
● Desnaturalizar e historicizar conceitos-chave que sustentaram a construção de diferentes narrativas históricas no mundo moderno (tradição, progresso, evolução, desenvolvimento, tempo, espaço, oralidade, memória, patrimônio, identidade, etc.).
● Reconhecer diferentes fontes e ferramentas disponíveis ao historiador e suas possibilidades para fins didáticos.
● Inovar na elaboração de práticas de mediação cultural em ambientes escolares e não escolares de educação, integrando ações educativas ou comunitárias com expressões artísticas e culturais.
● Contribuir com os múltiplos usos (memoriais, ecológicos, turísticos, educacionais, governamentais, celebrativos) de objetos e temas da História.
Os projetos serão aplicados em equipamentos culturais nas comunidades dos alunos em projetos de exposições, em organização de eventos que levem em consideração festas, celebrações, lendas, costumes e sociabilidades locais e regionais.
2.3.3 Estágio
O estágio é parte integrante da formação superior, se constituindo em espaço privilegiado de articulação teórico-prática, entre formação acadêmica e mundo do trabalho, bem como entre Universidade e Sociedade. O curso de História oportuniza a sua realização na modalidade de estágio curricular não obrigatório. O estágio deverá estar relacionado à área de conhecimento e de atuação profissional do curso superior no qual está matriculado o estagiário.
O UNIJOBS é o setor responsável por promover a interação entre os acadêmicos da Universidade La Salle com o mercado de trabalho, facilitando o acesso a oportunidades de estágio.
2.3.3.1 Estágio Curricular não obrigatório
O estágio curricular não obrigatório tem caráter formativo e compreende a realização de atividades práticas e de complementação da aprendizagem, ligadas direta e especificamente à área de formação profissional do acadêmico, sendo prevista sua remuneração. Tal estágio pode ser realizado em empresas ou instituições públicas ou privadas e objetiva complementar a formação profissional e oportunizar ao aluno uma vivência além da graduação. Não cria vínculo empregatício e é acompanhado pela Universidade.
A Universidade mantém serviços institucionalizados relacionados à oferta e à intermediação de estágios curriculares não-obrigatórios para estudantes interessados. A aproximação do estudante com o campo de trabalho ocorre por meio do UNIJOBS, setor responsável por promover a interação entre os acadêmicos e o mercado de trabalho. O Setor estabelece parcerias diretamente com empresas e agentes de integração, viabilizando a prática do aprendizado por meio do estágio, facilitando o acesso às oportunidades por meio de uma plataforma on-line.
A Instituição dispõe de regulamentação que descreve os procedimentos para a realização do estágio não obrigatório, bem como firma convênios com os campos de estágio.