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CONCEITO E FINALIDADE

No documento Manual Básico do Policial Militar M4 (páginas 88-92)

Art. 160 - O Destacamento de Policiamento Ostensivo (DPO) e o Posto de Policiamento Comunitário (PPC) são frações de tropa destacadas de sede da UOp, capazes de executar todos os tipos de policiamento Ostensivo.

Art. 161 - A finalidade do DPO é possibilitar a execução de todos os tipos de policiamento ostensivo, de maneira descentralizada, em locais cuja distância da UOp torne inviável a irradiação do policiamento, diretamente do aquartelamento sede.

Art. 162 - A finalidade do PPC é possibilitar a execução de todos os tipos de policiamento ostensivo, de maneira especial, em locais cuja movimentação seja precária ao homem, ao animal e à viatura.

Parágrafo único - O PPC será empregado normalmente em locais de grande concentração populacional, como favelas, conjuntos habitacionais e outros do mesmo gênero.

SEÇÃO II - DA ORGANIZAÇÃO

Art. 163 - O DPO ou o PPC serão organizados com as características peculiares a uma Unidade Policial-Militar operacional de proporções reduzidas, com capacidade para abrigar o efetivo necessário a atender a sua área de atuação.

Art. 164 - O efetivo do DPO ou do PPC será variável de acordo com a extensão, a densidade demográfica e o índice de criminalidade da área de atuação.

Parágrafo único - O efetivo do DPO e do PPC variará de o mínimo de 01 (um) grupo devidamente comandado ao máximo de 02 (dois) pelotões.

Art. 165 - A organização administrativa do DPO e do PPC será baseada nos seguintes documentos básicos:

I - livro de Parte Diária (LPD);

II - livro de Registro de Supervisão e de visitas de inspeção (LRS); III - Mapa Carga;

IV - Mapa Croqui da área, dividido em subsetores de patrulhamento; V - escala de patrulhamento dos subsetores da área;

VI - Guia Rex;

VII - escala de serviço diário;

VIII - cadastro dos habitantes da área;

IX - Código Penal e Lei das Contravenções Penais; X - exemplares do TRO;

XI - exemplares do BRAT.

Art. 166 - Para o perfeito funcionamento do DPO e do PPC serão imprescindíveis os seguintes equipamentos:

I - uma viatura, equipada com rádio, sirene e giroscópio;

II - um transceptor móvel sintetizado, com 40 (quarenta) canais; III - um transceptor fixo sintetizado, com 40 (quarenta) canais;

IV - quatro transceptores portáteis sintetizados, com 40 (quarenta) canais; V - um telefone;

VI - um megafone;

VII - uma lanterna de 03 (três) pilhas; VIII - uma lanterna bicolor;

IX - algemas (1 para por patrulheiro); X - duas camisas-de-força;

XI - duas lonas para cobrir cadáver;

XII - corda de 20 (vinte) metros com ganchos nas extremidades; XIII - um estojo de primeiros socorros;

XIV - uma machado;

XV - dois extintores de incêndio;

XVI - um lampião a gás (com 2 botijões);

XVII - uma caixa de madeira para o armamento, com cadeado; XVIII - três coletes refletivos;

XIX - outros equipamentos, a critério do Cmt da UOp, em função da necessidade do serviço.

Art. 167 - O armamento e a munição específicos de um DPO ou PPC serão os seguintes:

I - uma metralhadora de mão (opcional); II - revólver calibre “38” (1 (um) por PM); III - 10 (dez) bombas de gás lacrimogêneo; IV - bastão policial (1 (um) por PM);

V - uma espingarda calibre “12” (opcional);

VI - munição suficiente, a critério do Cmt da UOp, de acordo com o armamento utilizado.

SEÇÃO III - DA COMPETÊNCIA

Art. 168 - Compete ao Cmt do DPO ou PPC: I - cumprir expediente;

II - escalar seus comandados para o serviço;

III - supervisionar todos os serviços relativos ao DPO/PPC;

IV - zelar pela boa apresentação e preparo profissional de seus comandados; V - instruir seus comandados para a missão de patrulhamento, de acordo com o planejamento da UOp;

VI - confeccionar e atualizar o cadastro dos habitantes da área de atuação; VII - solicitar à UOp qualquer tipo de material necessário ao bom andamento do serviço;

VIII - solicitar reforço do efetivo caso haja necessidade;

IX - comunicar ao Cmt da UOp todas as alterações dignas de menção;

X - procurar entrosar-se com a população local, a fim de colher informações relativas às ações de marginais, bem como locais de homízio;

XI - determinar seja efetuado patrulhamento, em subsetores predeterminados da área de atuação, nos horários críticos, sendo respeitados os horários de refeições e descanso da tropa;

XII - determinar sejam cumpridos roteiros de Ptr, os quais devem ser diversificados, evitando-se patrulhamentos rotineiros;

XIII - para os patrulhamentos dos subsetores deverá basear-se em levantamentos feitos através de estatística operacional, empregando o policiamento em locais de maior incidência criminal e de grande concentração de comércio.

Art. 169 - Compete ao Cmt da guarnição de serviço:

II - encaminhar à DP da jurisdição toda e qualquer ocorrência de natureza policial;

III - registrar as ocorrências e alterações durante o serviço, nos documentos próprios;

IV - nos casos de transgressão da disciplina por parte de qualquer policial- militar, participar o fato e comunicá-lo ao Oficial-de-Dia da UOp;

V - somente conduzir presos ao DPO/PPC em casos estritamente necessários à ordenação dos fatos, para, logo após, no mais curto espaço de tempo, encaminhá-lo à DP da jurisdição;

VI - escalar os PM para o patrulhamento nos subsetores da área do DPO; VII - determinar os roteiros e horários de patrulhamento dos policiais- militares, de acordo com as ordens do Cmt do DPO/PPC e planejamento da P/3 da UOp;

VIII - solicitar periodicamente localização dos policiais-militares patrulheiros, através de intercomunicadores portáteis ou rádio do DPO/PPC;

IX - estar em condições de informar ao supervisor, quando supervisionado, quais os subsetores que estão sendo patrulhados;

X - solicitar à UOp a viatura própria, para conduzir os presos à DP;

XI - se não houver a viatura de transporte de presos na UOp, utilizar a viatura do DPO/PPC ou, na falta desta, solicitar ao Centro de Comunicações a RP do setor ou o PATAMO para que os conduza à DP;

XII - informar ao Cmt do DPO/PPC todas as alterações relativas ao serviço . Art. 170 - Compete aos demais policiais-militares componentes da guarnição:

I - jamais agir no campo da Polícia Judiciária, área afeta à Polícia Civil; II - deverão agir, a princípio preventivamente, devendo as ações represivas limitar-se aos casos surgidos durante o patrulhamento ou àqueles que forem encaminhados à sede do DPO/PPC;

III - conduzir os presos e as testemunhas à DP da jurisdição;

IV - patrulhar somente os locais que estejam determinados pelo Cmt do DPO/PPC, obedecendo à escala de patrulhamento;

V - quando em patrulhamento entrar em contato via rádio de 20 em 20 minutos com o DPO/PPC, informando a localização exata, no subsetor de Ptr determinado para tal;

VI - agir sempre em conjunto nas favelas e morros;

VII - ao patrulhar becos, procurar seguir junto às paredes sempre com um companheiro cobrindo a retaguarda;

VIII - só fazer abordagem de barracos ou residências suspeitos quando autorizado, além de estar no mínimo com mais 02 (dois) companheiros;

IX - tratar os habitantes da área com bondade e compreensão, porém agir energicamente, dentro da lei, para com os marginais;

X - só fazer disparos com motivo justo, pois disparos a esmo poderão atingir inocentes;

XI - tendo certeza de que há marginais no interior de um barraco, solicitar reforço ao DPO/PPC ou à UOp, mantendo-se vigilante com relação ao local de homízio;

XII - solicitar sempre autorização ao responsável ou proprietário para penetrar num imóvel;

XIII - participar ao Cmt da guarnição todas as alterações relativas ao serviço; XIV - registrar no TRO (preenchendo-o) todas as ocorrências e flagrantes realizados.

CAPÍTULO IX - CABINA DE POLICIAMENTO

No documento Manual Básico do Policial Militar M4 (páginas 88-92)