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PROCEDIMENTO DA GUARNIÇÃO AO ATENDER A UMA OCORRÊNCIA

No documento Manual Básico do Policial Militar M4 (páginas 64-67)

Art. 125 - Ao atender a uma ocorrência a guarnição da RP deverá proceder da seguinte maneira:

I - ao receber a determinação do Centro de Comunicações, deverá acusar o recebimento e, simultaneamente, deslocar-se para o destino:

- “RP TAL CIENTE, DESLOCANDO-SE PARA O LOCAL”;

II - quando atingido o local, deverá informar de imediato ao Centro de Comunicações:

- “RP TAL NA TAL DP”; - “RP TAL NO HSA”;

III - no local, se nada for encontrado, deverá proceder da seguinte forma: 1) o Cmt da RP saltará da viatura e procurará localizar o destino determinado pelo Centro de Comunicações;

2) mesmo que não seja localizado o destino exato determinado, procurará investigar de modo a constatar se ocorreu algum fato anormal no local, para o qual se justificasse a solicitação da RP;

3) se ficar apurado que nada ocorreu no local, informará ao Centro de Comunicações:

- “RP TAL AO CENTRO, SOLICITAÇÕES SEM FUNDAMENTO”;

4) se o destino determinado for totalmente desconhecido ou não for localizado mesmo com o auxílio de guias ou catálogos de logradouros, informará ao Centro de Comunicações:

- “RP TAL AO CENTRO, ENDEREÇO NÃO LOCALIZADO”;

5) se ficar apurado que o fato ocorreu no local, mas já tenha sido resolvido, informará ao Centro de Comunicações:

- “RP TAL AO CENTRO, OCORRÊNCIA RESOLVIDA NO LOCAL”; IV - se, ao constatar a ocorrência, for verificado tratar-se de fato com características assistenciais de auxílio ao público, porém, sem código específico no seu TRO, solicitar ao Centro de Comunicações a autorização para enquadramento no código geral de auxílio ao público:

- “RP TAL AO CENTRO, TRATA-SE DE OCORRÊNCIA DE AUXÍLIO AO PÚBLICO SEM CÓDIGO ESPECÍFICO; SOLICITO AUTORIZAÇÃO USAR CÓDIGO 850”;

V - se for constatado tratar-se de ocorrência de natureza criminosa, deverá observar o seguinte:

1) manter a calma e a tranqüilidade, agindo no entanto com a decisão e a energia necessária para conter os ânimos e manter a ordem no local da ocorrência;

2) ter o cuidado de não empregar excessos desnecessários, para manter o domínio da situação ou conter os infratores;

3) conscientizar-se de que um ato de violência da polícia pode ser a causa de um distúrbio de grandes proporções;

VI - se, devido às proporções da ocorrência, sentir necessidade de auxílio, solicitá-lo de imediato, sem constrangimentos, ao Centro de Comunicações; a demora dessa conclusão pode ser fatal para o domínio da situação;

VII - quando a necessidade ocasionar mais de uma RP envolvidas na ocorrência, devidamente autorizadas pelo Centro de Comunicações, o patrulheiro mais antigo, ou mais graduado, assumirá o comando das ações no local;

VIII - assim que o controle da situação demonstrar haver cessado a necessidade do auxílio, o patrulheiro mais antigo, que assumiu o controle das ações e, por conseguinte, assumiu a ocorrência, deve liberar as demais RP;

IX - as RP liberadas registrarão a ocorrência em seu TRO como AUXÍLIO AO POLICIAL;

X - deverão ser solicitados de imediato todos os apoios que a ocorrência exigir, tais como Corpo de Bombeiros, perícia, ambulância, reboque, etc;

XI - assim que for possível, retirar as partes envolvidas do local, a fim de evitar aglomeração ou tumultos, que poderão vir a prejudicar o serviço;

XII - deverá inteirar-se do fato em seus mínimos detalhes, ouvindo, sempre que possível, o solicitante, o acusado, a vítima (se for possível), e as testemunhas, aos quais procurará qualificar através de documentos de identidade, que deverão ser solicitados de pronto;

XIII - as testemunhas são de grande importância para a elucidação dos fatos, devendo haver empenho para que sejam localizadas e identificadas, mesmo que somente tenham ouvido falar do fato;

XIV - se a ocorrência exigir a presença da perícia, deverão ser tomadas as providências necessárias à preservação do local e dos indícios ou vestígios, essenciais ao exame pericial;

XV - tomadas todas as providências exigidas pela ocorrência, no local, anotados todos os dados importantes sobre o fato, deverá então ser conduzido o fato à delegacia policial da jurisdição ou à especializada;

XVI - na delegacia o Cmt da RP relatará com objetividade, clareza e precisão, todos os fatos, antecedentes e conseqüentes, constitutivos da ocorrência à autoridade polícia judiciária de plantão, a quem competirá decidir sobre as providências legais a serem tomadas;

XVII - não cabe à guarnição objetar sobre as providências determinadas pela autoridade policial, de vez que, em princípio, é seu agente, devendo, todavia, se julgar conveniente, apresentar parte ou relatório à sua UOp, sobre a irregularidade que porventura suponha existir;

XVIII - quando a natureza da ocorrência admitir sua resolução no próprio local do fato, deverá ser informado ao Centro de Comunicações sobre tal possibilidade e solicitada a autorização para tal procedimento;

XIX - sempre que das ocorrências participarem oficiais ou praças das Forças Armadas ou Auxiliares deverá ser comunicado de imediato ao Centro de Comunicações, que tomará as providências que o fato exigir, junto aos órgãos competentes;

XX - embora caiba a autoridade de polícia judiciária a decisão sobre as medidas a serem adotadas nas ocorrências, caso paire duvidas deverá ser de imediato informado ao Centro de Comunicações, que anotará a comunicação e enviará ao local o supervisor da área, de modo a solucionar o impasse, ainda que o auxílio seja à autoridade policial;

XXI - sempre que houver necessidade de patrulhamento ou diligência nas imediações do local da ocorrência, deverá ser informado ao Centro de Comunicações, para a indispensável autorização;

XXII - ao atender a ocorrências que exijam a interdição e preservação do local, mas sendo dispensável a permanência de toda a guarnição; à espera de perícia ou outro apoio, deverá ser solicitado ao Centro de Comunicações a substituição por POG no mais curto espaço de tempo possível, para que a RP volte ao seu patrulhamento normal;

XXIII - sempre que for constatada a presença de guarnições da polícia judiciária atuando no setor da RP, caso lhe seja solicitado, deverá ser prestado total auxílio e, simultaneamente, informado ao Centro de Comunicações.

§ 1º - Ao apresentar uma ocorrência à delegacia policial a guarnição da RP deverá atentar para os seguintes procedimentos:

1) nos flagrantes efetuados pela própria guarnição: a) o Cmt da RP figurará como condutor do preso; b) o patrulheiro motorista figurará como testemunha; c) deverão ser apresentadas também testemunhas civis;

d) o transporte dos presos deverá, tanto quanto possível, ser feito em viaturas de transporte de presos;

e) a solicitação da viatura de transporte de presos deverá ser efetuada através do Centro de Comunicações;

f) deverão ser observados todos os requisitos necessários à lavratura do auto de flagrante, de modo a agilizar a autuação e minimizar o tempo de retenção da guarnição na DP;

g) a guarnição da RP deverá permanecer na DP até o término da lavratura do auto de flagrante;

2) nos flagrantes efetuados por policiais não componentes da guarnição, somente transportados pela RP à DP:

a) deverão providenciar a liberação da guarnição o mais rápido possível, a não ser que sejam apresentados como testemunhas;

b) evitar o transporte de presos só o fazendo se não houver outra alternativa, e por ordem do Centro de Comunicações;

§ 2º - O transporte de doentes mentais deverá ser providenciado pelo Cmt da RP, preferencialmente em viaturas dos órgãos de saúde estaduais ou em viaturas de transporte de presos e , somente em último caso e por ordem do Centro de Comunicações, na viatura RP.

§ 3º - Todo e qualquer deslocamento da RP de seu roteiro de patrulhamento só poderá ser executado por ordem do Centro de Comunicações, conseqüentemente, deverá ser registrado no TRO.

§ 4º - Ao final de cada período de serviço a quantidade de registros no TRO e de roteiros patrulhados deverá conferir com o cômputo realizado pelo Centro de Comunicações, para aquela RP.

§ 5º - O Cmt da RP não poderá tomar nenhuma iniciativa por conta própria, sem que seja dada ciência ao Centro de Comunicações e que seja devidamente autorizada.

§ 6º - É dever do Cmt da RP esforçar-se para evitar a perda de tempo no atendimento das ocorrências, principalmente na delegacia, pois enquanto a viatura se encontra empenhada em uma ocorrência o setor de patrulhamento se encontra descoberto.

§ 7º - Deverão ser observados os princípios para o atendimento às ocorrências e os flagrantes, estabelecidos na Parte Geral deste Manual.

No documento Manual Básico do Policial Militar M4 (páginas 64-67)